Brigada de Infantaria Paraquedista

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#811 Mensagem por Henrique Brito » Sáb Mai 23, 2020 1:23 am

Alfa BR escreveu: Sáb Mai 23, 2020 12:30 am
Henrique Brito escreveu: Sex Mai 22, 2020 7:20 pm

Talvez eu que esteja desatualizado, mas há 20 anos atrás os americanos não saltavam a menos que 1400 pés, 1000 pés então nem pensar, pois corria-se o risco de não haver tempo suficiente para acionar o reserva.

Inclusive o exercício conjunto consistia em que um pelotão brasileiro saltaria no Hercules americano e um pelotao americano no Hercules brasileiro na ZL da Base Aérea dos Afonsos, e estes militares teriam o direito de usar no uniforme o breve de paraquedista da outra nação. Eles não saltaram, nós sim, temos nossos breves americanos até hoje.

Mas em 20 anos, muita coisa muda, procedimentos são melhorados, e a maior potencia militar do mundo não vai ficar pra trás, talvez essa seja uma vantagem que não tems mais

Um abraço.
Os Rangers saltaram no Panamá a 500 pés de altitude.
Rangers são tropas de operações especiais, a doutrina é outra, podem saltar HALO ou a 500 pés, e usar tipos de paraquedas diferentes para situações diferentes, porque tem um treinamento apropriado, e o número de soldados lançados em operações especiais geralmente é muito menor, necessitando assim de um só avião, podendo assim saltar em ZL menores tambem, e pra saltar em ZLs menores tem que saltar mais baixo para o vento não te jogar fora da ZL, ou saltar com paraquedas de salto livre.

Mas não queria polemizar neste topico, só dizer que a 20 anos, talvez uns 25, uma tropa regular da Airborne que veio ao Brasil participar de uma operação em conjunto conosco, naquele momento não saltavam a 1000 pés de altitude, alegando que saltavam normalmente a 1400 pés e em ZLs muito maiores que a da Base Aérea dos Afonsos, isso é um fato muito conhecido e qualquer veterano da época, oficial ou praça pode confirmar, não alegaram velocidade do vento ou qualquer outra coisa, alegaram altura do salto e tamanho da ZL, o que naquele momento, nos deu a noção, que nós tínhamos uma vantagem operacional em relação a eles. Se na mesma época outras unidades regulares da Airborne saltavam a menos de 1400 pés e em ZLs pequenas, eu não sei, o que sei é que aquela que veio não saltavam, e duvido que um país não envie seus melhores soldados para um exercício com outra nação.

Se eles resolveram depois disso a treinar saltos mais baixos e em ZLs menores, ou se eles já faziam isso mas aqueles que vieram não faziam eu não sei, o que sei é que eu nunca encontrei na internet, registrado, uma tropa paraquedista regular (não falo de operações especiais) saltando a menos de 1000 ou 800 pés como nós fazemos, normalmente, todo salto que eu vejo e consigo saber a altura, está geralmente na faixa dos 1300 pés, alguns mais alguns menos, e 10 pés de altura de diferença já faz uma diferença enorme da distância que um paraquedas pode te levar após o salto, imagine então de 1400 ou 1200 para 1000 ou 800 pés. Pode ser apenas uma coincidência de eu não ter encontrado, afinal esse nao é o tipo de informação de se encontrar rápido.

Mas é isso, sem polêmicas, posso estar enganado, não sou dono da verdade, não é mesmo, as coisas avançam tanto que de um ano pro outro mudam procedimentos, equipamentos como paraquedas, altimetros avançam, imagina de 20 anos atrás. Eu não tenho como dizer hoje como tropas paraquedistas de outros países saltam, mas o próximo exercício Culminating vai nos dizer. Um abraço.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#812 Mensagem por Henrique Brito » Sáb Mai 23, 2020 1:28 am

Alfa BR escreveu: Sáb Mai 23, 2020 12:37 am
Henrique Brito escreveu: Sex Mai 22, 2020 11:21 pm Sobre a formação do soldado no Exército, é extremamente heterogênea, pois é responsabilidade de cada OM formar o seu próprio soldado, eu considero uma deficiência grande o exército não ter centros de formação de soldados, como a Marinha tem os seus centros de formação de fuzileiros e escolas de marinheiros.

E dentro desta heterogeneidade, existem soldados formados quase sem praticar tiro, o que é uma vergonha, e também até aqueles extremamente operacionais podendo operar até nas retaguardas inimigas e não devendo em nada a soldados de lugar nenhum do mundo em operacionalidade.

O que eu vou escrever não é regra, é minha percepção, e evidente que há exceções à regra, mas em geral, o Exercito tem 6 tipos de soldados, tamanha a diversidade do treinamento.

1° Atiradores dos tiros de guerra, é a formação mais básica, tão básica que ao final da formação, o guerreiro sequer pode ser chamado de soldado, é apenas atirador, é habilitado a atirar com armas longas e tem noções de ordem unida, ele não integra uma unidade militar, seu objetivo é habilitar o "camponês" da cidadezinha a resistir a uma invasão estrangeira até que tropas de combate cheguem para socorrer.

2° Soldados de unidades não combatentes, que são aqueles soldados dos batalhões de intendência, de manutenção de material bélico e dos serviços de saúde, a formação desse soldado é a mais básica das formações de uma organização militar do EB, eu particularmente considero muito ruim, a formação geralmente dura 1 mês, deste mês passam uma semana em internato e outra em acampamento aprendendo o básico que deve saber um soldado, praticam uma quantidade muito pequena de tiros, e depois nunca mais vao atirar ou ver mato, não se especializam como soldado de arma, quadro ou serviço, são soldados básicos que estão habilitados a usar o fuzil, fazer a guarda do quartel e defender em trincheiras o perímetro da sua unidade militar em caso de guerra.

3° Soldados de unidades combatentes, aqui começam a ter uma formação decente, são soldados dos grupos de artilharia, batalhões de infantaria, regimentos de cavalaria, a formação dura entre dois e três meses, deste tempo, passam pelo menos quinze dias em internato e outros quinze dias em acampamentos, geralmente fazem duas marchas de combate, de 8 e 16 km, alguns fazem também a marcha de 32km, e a quantidade de tiros é maior (ainda pra mim não o ideal mas dentro de uma normalidade de formação de soldado), após formados soldados, eles são especializados como soldados da arma de artilharia, cavalaria, etc, o que exige pelo menos mais quinze dias de instrução na mata (as vezes fazem no quartel), uma ou duas vezes por ano (geralmente uma), sua unidade participa de uma grande manobra militar que geralmente dura quinze dias, onde o militar pratica novamente tiros das armas individuais e coletivas, que também fazem parte dos adestramentos da unidade. Geralmente, a cada dois ou três anos passam por um grande exercício militar de avaliação do CAADEX, onde usam equipamentos de engajamento tático DSET que pra mim são excelentes, dão a noção exata da operacionalidade da tropa e toda tropa do EB deveria passar por essa avaliação pelo menos uma vez ao ano, e ter este equipamento para fazer treinamentos durante o ano. Nestas unidades, há os chamados pelopes, onde os soldados tem um treinamento um pouco melhor.

4° Soldados de unidades de infantaria especializadas em biomas, selva, montanha, caatinga e pantanal, aqui a formação do soldado é muito parecida a dos soldados de unidades combatentes descrito acima, porém melhor, devido a manobras militares mais frequentes, e com o acréscimo de um estágio operacional de 15 dias que especializa o soldado a operar no ambiente operacional onde está inserida a sua unidade, e as marchas de combate de formação são mais longas e duras, 64 km geralmente. Aqui há o acrescimo de que alguns soldados, minoria em geral, mas maioria em algumas unidades de fronteira, são indigenas, portanto a selva já é o dia a dia do cara, precisando apenas instrução militar para se tornar um grande combatente.

5° Soldados de pronto-emprego, que são os soldados integrantes da Força de Ação Rápida e Estratégica do EB, mais especificamente os soldados paraquedistas, os soldados da infantaria aeromóvel (helis), incluindo aí os soldados do 1° Batalhão de Infantaria de Selva Aeromóvel, a estes soldados se dá uma formação militar profissional, que geralmente dura quatro meses, onde pelo menos dois meses o soldado estará em acampamentos, aprendendo técnicas profissionais de combate, de infiltração, exfiltração, orientação diurna e noturna na mata usando GPS, bussola, cartas topográficas e os astros, silenciamento de sentinela, combate corpo a corpo, combate com facas, combate a baioneta, prisioneiro de guerra, câmara de gás, transposição de cursos dágua, montanhismo militar, pratica de tiros e manobras com óculos de visão noturna, confecção de armadilhas, abrigos e trincheiras, muita pratica de tiro de armas individuais e coletivas como granadas, morteiros, metralhadoras e lança-rojão, igualando as praticas de tiro dos na formação de fuzileiros navais, entre outras dezenas de instruções, e as marchas de combate são muito duras, havendo casos em que o comando ordenou marchas de mais de 100 km com todo equipamento e armamento,mas geralmente fica em torno de 64 km, no caso da brigada paraquedista, é exigida uma preparação física de atletas e o estágio básico paraquedista, um dos estágios mais difíceis para um soldado do EB devido a exigência física, ainda que seja mais leve que o de oficiais e sargentos, para os soldados da infantaria aeromóvel, acrescentasse o estágio de operações aeromóveis, que é muito operacional com técnicas de fasthope e halocast, e para ambos tanto paraquedistas como infantaria aeromovel, assim como o 1° BIS Amv, acrescentasse o estágio de força de ação rápida, com 15 dias onde os soldados tem instrução até para operar em ambiente que sofreu ou está prestes a sofre um ataque com armas químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, estes soldados também recebem a especialização da arma de infantaria, e uma boa parte deles, é levada para fazer os quatro estágios operacionais de selva, montanha, caatinga e pantanal. Além disso, após a formação, estão em operações praticamente o ano todo, vão pra uma manobra militar com duração de 15 a 30 dias, passam 15 a 30 dias de volta dando grande enfase a preparação física e a prática de tiros e já partem novamente pra manobras, estando em constante apronto operacional. E todos os anos são avaliados pelo menos uma vez pelo CAADEX, e sempre que o EB pratica manobras com nações amigas, estas tropas sempre vao participar, estando ou não acompanhadas de outras unidade combatentes do EB da regiao onde for desenrolado o exercício.

6° Soldados comandos, estes tem a formação idêntica dos soldados de pronto emprego, acrescida dos cursos operacionais de paraquedista e do curso mais difícil a que um cabo ou soldado do exército pode passar, o CFCC, o curso de formação de cabo comandos, que habilita o soldado a mobiliar um DAC, destacamento de ações de comandos e operar nas retaguardas profundas do inimigo em ações diretas de comandos, que dispensa minhas apresentações, vocês conhecem

Reparem que eu estou falando apenas na formação do soldado, e não dos oficiais e sargentos.

Isso é o que geralmente acontece, mas se voce serviu e a sua formação foi diferente do que eu descrevi, parabéns, como cada OM do EB forma seus próprios soldados, há casos de exceção, onde haverão soldados de unidades não combatentes com um bom treinamento militar,e soldados de unidades combatentes com um treinamento meia boca, tudo depende da vontade do comando e dos recursos. Por isso que pra mim, urgente a criação de centros de formação de soldados no EB, para evitar tanta heterogeneidade na formação do soldado.
Aqui no NE tem OM onde o soldado EV dispara menos de 50 tiros com o fuzil e NPOR que não atirou com a MAG por falta de munição. É muito contraste dentro da força.
Agora tu vê, um NPOR que vai preparar um oficial da reserva que nunca atirou com uma MAG.

Me dá até vergonha de ler isto.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#813 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 23, 2020 5:08 am

1000 pés? Eu pensava que vocês saltassem a 1200 pés, o que é de resto o normal em tempo de paz.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#814 Mensagem por Alfa BR » Sáb Mai 23, 2020 12:58 pm

Henrique Brito escreveu: Sáb Mai 23, 2020 1:23 am
Alfa BR escreveu: Sáb Mai 23, 2020 12:30 am

Os Rangers saltaram no Panamá a 500 pés de altitude.
Rangers são tropas de operações especiais, a doutrina é outra, podem saltar HALO ou a 500 pés, e usar tipos de paraquedas diferentes para situações diferentes, porque tem um treinamento apropriado, e o número de soldados lançados em operações especiais geralmente é muito menor, necessitando assim de um só avião, podendo assim saltar em ZL menores tambem, e pra saltar em ZLs menores tem que saltar mais baixo para o vento não te jogar fora da ZL, ou saltar com paraquedas de salto livre.
O assalto aerotransportado ao aeródromo de Rio Hato envolveu treze C-130 transportando elementos de dois batalhões Ranger (ao todo mais de 800 homens saltaram). Foi uma operação bem convencional, que qualquer unidade paraquedista deveria ser capaz de realizar.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#815 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 23, 2020 6:19 pm

Por falar em Paras em operações:
smg escreveu: Boa tarde . Forças especiais da Minusca capturaram 9 elementos armados do grupo que tentava conquistar a localidade de Ndele quando tentavam fugir de moto . Entre eles se encontra um comandante , o general Azor Kalite . Isso aconteceu a pedido da Corte Penal Especial que julga crimes de guerra e crimes contra a humanidade na RCA . Já foram transferidos para Bangui sob escolta , por via aérea .
Se foi a 7° FND , parabéns a ela e em particular aos paraquedistas neste dia 23 de maio .
https://corbeaunews-centrafrique.com/rc ... ca-a-ndele
Um abraço .
8-] :D

Este ano não houve dia da Casa Mãe por causa do Covid-19. Para compensar temos a rapaziada na RCA a mostrar serviço. Nos EUA uma operação destas seria entregue aos Rangers, SF, etc.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#816 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 23, 2020 6:21 pm

Já agora os Rangers saltaram a essa altitude no Panamá porque era um salto operacional real. Os saltos em tempos de guerra costumam ser a metade da altitude dia saltos de manutenção/exercícios em tempo de paz.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#817 Mensagem por Alfa BR » Sáb Mai 23, 2020 7:18 pm

No manual TC 3-21.220 Static Line Parachuting Techniques and Training do US Army consta:

Imagem




Editado pela última vez por Alfa BR em Sáb Mai 23, 2020 7:31 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#818 Mensagem por Alfa BR » Sáb Mai 23, 2020 7:23 pm

Altitudes mínimas de salto em treinamento por tipo de aeronave e aplicação:

Imagem




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#819 Mensagem por Henrique Brito » Dom Mai 24, 2020 8:44 pm

Ckrauslo escreveu: Sex Mai 22, 2020 8:50 pm Eu acho pessoalmente que deveríamos ter mais investimento e fundir a Aeromovel com a paraquedista e criar uma unidade especializada, como as Americanas e britânicas.
Criação da brigada aero transportada, que é especializada em ambos.
Talvez estudar ter núcleos de unidades aero transportada pelo país.
Hoje em dia é muito mais fácil fazer um assalto por helicópteros, do que um salto operacional, por que as defesas aéreas aumentaram muito ao longo dos anos.
Exigiriam uma logística muito grande.
Abraço.
Eu gostaria mais que se criasse uma divisão aerotransportada, com duas brigadas aeromoveis e uma paraquedista, cada uma em sua especialidade e tradição do que se tornarem generalistas, e aproveitando a própria brigada de infantaria paraquedista, a 12° Brigada de Infantaria Leve (aeromóvel), e convertendo a 11° Brigada de Infantaria Leve em unidade aeromovel e de pronto emprego, e transferindo todas estas brigadas para Brasília, a capital e região mais centralizada do país e onde fica o QG do EB, de onde poderiam chegar mais rapidamente a qualquer regiao. Essa divisão aeroterreste eliminaria um gap da nossa brigada aeromovel, não ter elementos de operações precursoras orgânicos, que ainda que em menor medida, também são necessários para organizarem grandes assaltos aeromoveis, e nesse caso, a Companhia de Precursores Paraquedista abraçaria esta missão, que ela já faz hoje, mas sem um vínculo direto com a 12° Brigada de Infantaria Leve (aeromóvel)

E se possível transferindo também o Comando de Operações Especiais para dentro da organização desta divisão aerotransportada, e se possível os mandando pra Brasília também (ou criar a Divisão Aerotransportada em Goiânia) pois acho importante os elementos de operações especiais e as unidades paraquedistas de pronto emprego e que integram a Força de Ação Rápida voltarem a estar próximas e sob o mesmo comando, facilitaria a logística de apoio com os paraquedas do Dompsa, de apoio de suprimentos por via aérea, de adestramentos individuais em técnicas aeroterrestres e de operações especiais, precisando de apenas um centro de instrução, ao invés dos dois atuais, um pqd é um de operações especiais, facilitaría adestramentos em conjunto voltando a estarem sediados na mesma cidade. E se possível, criando um centro de formação de soldados para os membros desta divisão, que se possível, deveriam ingressar por concurso. Pra mim este seria o modelo

Abraço.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#820 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 24, 2020 11:20 pm

Salvo engano, ainda está na agenda de planejamento do EB a transferência da bgda pqdt para o centro oeste, somente faltando definir claramente se para Anápolis ou Goiânia. O 1o GTT está em Anápolis, enquanto o COpEsp do exército está na capital goiana.
Há sim, e verba para poder enviar uma brigada inteira.
Acredito que ante de mover unidades em nível GU é preciso constituir na íntegra tais OM com tudo de bom e do melhor em pessoal e material.
De nada adianta mover os pqdt para o centro do país se os problemas continuarem os mesmos do Rio de Janeiro.
Sou de opinião que deveria haver concurso interno no EB para admissão na bgda pqdt em todo o país pelo menos duas vezes por ano para soldados engajados e cabos. A própria bgda deveria ser a organizadora e incentivadora para que militares sejam atraídos a servir na mesma.
Unidades FAR-E deveriam ser compostas somente por pessoal profissional, já que são nossa ponta de lança. Assim como oficiais e stg tem um tempo limite para servir na pqdt, cabos e soldados engajados da mesma forma. E aí é questão se ver quanto tempo é necessário para formar bons canos e soldados aptos a realizar bem todas as funções inerentes que existem dentro da bgda.
Acho muito perigoso você jogar gente fazendo SMO de paraquedas atrás das linha de contato mesmo com o treinamento um pouco melhor recebido ali. Guerra hoje em dia, até as do tipo "chutar cachorro morto", não são um espaço onde conscritos possam se expor sem que com isso tenhamos um desastre previsto.
Me parece assim que temos que rever inclusive nossa doutrina e nossos manuais de organização e formação.
Enquanto um conscrito ou mesmo soldados e cabos engajados no Brasil só souberem o que é um míssil AC, um manpad ou uma simples metralhadora leve moderna, por televisão, internet ou em filmes, por falta de destes equipamentos ou de quem ensine, mudar OM de lugar é um assunto secundário.

abs




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#821 Mensagem por RobsonBCruz » Seg Mai 25, 2020 9:31 am

A idéia de criação de uma Divisão Aeroterrestre (a atual brigada paraquedista nasceu como núcleo da divisão aeroterrestre) era do modelo americano dos anos 40-60, em que a divisão era a grande unidade básica de combate. Na época tínhamos Divisões de Cavalaria e Divisões de Infantaria, ou seja, divisões por arma.

No mundo moderno, a grande unidade básica de combate passou a ser a brigada. Até mesmo os Estados Unidos reestruturaram o US Army para ter a brigada (brigade combat team - BCT) como a grande unidade básica de combate, permanecendo as divisões como um comando operacional.

No Brasil as divisões atuais são também um grande comando operacional, que apesar de possuírem na estrutura algumas brigadas, são, em essência, uma organização flexível, preparadas para comandar de 2 a 5 brigadas, de qualquer tipo, conforme a necessidade da operação.

Por mim, as atuais Divisões de Exército (1º, 2º, 3º, 5º e 6º DE) deveriam ser desativadas e cada Região Militar ser apta para desdobrar uma DE quando necessários.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#822 Mensagem por cabeça de martelo » Seg Mai 25, 2020 10:29 am

Henrique Brito escreveu: Dom Mai 24, 2020 8:44 pm
Eu gostaria mais que se criasse uma divisão aerotransportada, com duas brigadas aeromoveis e uma paraquedista, cada uma em sua especialidade e tradição do que se tornarem generalistas, e aproveitando a própria brigada de infantaria paraquedista, a 12° Brigada de Infantaria Leve (aeromóvel), e convertendo a 11° Brigada de Infantaria Leve em unidade aeromovel e de pronto emprego, e transferindo todas estas brigadas para Brasília, a capital e região mais centralizada do país e onde fica o QG do EB, de onde poderiam chegar mais rapidamente a qualquer regiao. Essa divisão aeroterreste eliminaria um gap da nossa brigada aeromovel, não ter elementos de operações precursoras orgânicos, que ainda que em menor medida, também são necessários para organizarem grandes assaltos aeromoveis, e nesse caso, a Companhia de Precursores Paraquedista abraçaria esta missão, que ela já faz hoje, mas sem um vínculo direto com a 12° Brigada de Infantaria Leve (aeromóvel)

E se possível transferindo também o Comando de Operações Especiais para dentro da organização desta divisão aerotransportada, e se possível os mandando pra Brasília também (ou criar a Divisão Aerotransportada em Goiânia) pois acho importante os elementos de operações especiais e as unidades paraquedistas de pronto emprego e que integram a Força de Ação Rápida voltarem a estar próximas e sob o mesmo comando, facilitaria a logística de apoio com os paraquedas do Dompsa, de apoio de suprimentos por via aérea, de adestramentos individuais em técnicas aeroterrestres e de operações especiais, precisando de apenas um centro de instrução, ao invés dos dois atuais, um pqd é um de operações especiais, facilitaría adestramentos em conjunto voltando a estarem sediados na mesma cidade. E se possível, criando um centro de formação de soldados para os membros desta divisão, que se possível, deveriam ingressar por concurso. Pra mim este seria o modelo

Abraço.

Não sei porquê, mas quando li este teu texto lembrei-me na DSK.

https://en.wikipedia.org/wiki/Rapid_Forces_Division




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#823 Mensagem por Henrique Brito » Seg Mai 25, 2020 1:27 pm

cabeça de martelo escreveu: Seg Mai 25, 2020 10:29 am
Henrique Brito escreveu: Dom Mai 24, 2020 8:44 pm
Eu gostaria mais que se criasse uma divisão aerotransportada, com duas brigadas aeromoveis e uma paraquedista, cada uma em sua especialidade e tradição do que se tornarem generalistas, e aproveitando a própria brigada de infantaria paraquedista, a 12° Brigada de Infantaria Leve (aeromóvel), e convertendo a 11° Brigada de Infantaria Leve em unidade aeromovel e de pronto emprego, e transferindo todas estas brigadas para Brasília, a capital e região mais centralizada do país e onde fica o QG do EB, de onde poderiam chegar mais rapidamente a qualquer regiao. Essa divisão aeroterreste eliminaria um gap da nossa brigada aeromovel, não ter elementos de operações precursoras orgânicos, que ainda que em menor medida, também são necessários para organizarem grandes assaltos aeromoveis, e nesse caso, a Companhia de Precursores Paraquedista abraçaria esta missão, que ela já faz hoje, mas sem um vínculo direto com a 12° Brigada de Infantaria Leve (aeromóvel)

E se possível transferindo também o Comando de Operações Especiais para dentro da organização desta divisão aerotransportada, e se possível os mandando pra Brasília também (ou criar a Divisão Aerotransportada em Goiânia) pois acho importante os elementos de operações especiais e as unidades paraquedistas de pronto emprego e que integram a Força de Ação Rápida voltarem a estar próximas e sob o mesmo comando, facilitaria a logística de apoio com os paraquedas do Dompsa, de apoio de suprimentos por via aérea, de adestramentos individuais em técnicas aeroterrestres e de operações especiais, precisando de apenas um centro de instrução, ao invés dos dois atuais, um pqd é um de operações especiais, facilitaría adestramentos em conjunto voltando a estarem sediados na mesma cidade. E se possível, criando um centro de formação de soldados para os membros desta divisão, que se possível, deveriam ingressar por concurso. Pra mim este seria o modelo

Abraço.

Não sei porquê, mas quando li este teu texto lembrei-me na DSK.

https://en.wikipedia.org/wiki/Rapid_Forces_Division
Minha sugestão deixaria nossa FAR realmente muito parecida com a organização desta unidade de elite alemã, e eu confesso que nunca tinha lido sobre ela.




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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#824 Mensagem por Henrique Brito » Seg Mai 25, 2020 1:32 pm

Esse corretor automático é muito ruim, agora que vi que todos os meus textos estão com "é" assim com acento agudo ao invés de o "e" estar sem acento. Desconsiderem o erro por favor .




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"Enquanto houver no céu a silhueta de um paraquedista, haverá sempre a esperança de vitória!" Gen Acrísio
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cabeça de martelo
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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

#825 Mensagem por cabeça de martelo » Seg Mai 25, 2020 1:34 pm

Alemã e Holandesa.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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