Exato. Tentaram, e tentam AINDA HOJE, legitimar a DITADURA e TODOS seus CRIMES, pelo tal de "combate ao comunismo".Brasileiro escreveu:Vamos por partes:
-Regime militar não foi patriótico. O Brasil foi entregue de quatro aos interesses americanos ("ah, mas antes aos EUA do que aos soviéticos"). Quer dizer, entregar-se a soberania aos soviéticos era o cúmulo da falta de patriotismo, já para os EUA não. Ah, tá entendi.
Fazia parte da farsa da ditadura mandar as pessoas cantarem o hino nacional, assistir desfiles, etc, inflamar um sentimento de patriotismo numa nação que estava obrigatoriamente entregue, já que havia feito a escolha da "fidelidade". Nosso povo viveu uma "sensassão de patriotismo", aliás, somos mais soberanos hoje do que há 40 anos atrás.
-Um outro erro estúpido é jogar os opositores do regime à vala comum do comunismo. Eu poderia muito bem fazer uma música, um livro, uma ilustração, um filme ou uma peça que atacasse o regime e não ser necessariamente comunista, como fizeram muitos artistas.
Simplesmente ser defensor da social-democracia poderia te levar aos mesmos destinos de outras pessoas presas/torturadas ou mortas por aí.
-A censura não tinha apenas a função de proteger a opinião da população contra uma ideologia em si. Mas era a própria sustentação do regime. O egoísmo e a fome de poder (notar que prometeram devolver a democracia logo em seguida ao golpe e realizar novo pleito, coisa que não fizeram) determinava que o regime era "incriticável" e qualquer um poderia ser tachado de comunista, dentro da lógica de que ditaduras só conseguem se justificar perante seus dominados mediante a criação ou amplificação de um inimigo, um fantasma externo a ser combatido. Assim, qualquer coisa, desde uma música, uma conversa ou um jornalzinho poderiam ser chamados de comunistas.
-Hoje em dia, seja uma invasão, um ato terrorista, um grupo interno armado. Temos uma constituição para isso, e um código penal onde não está prevista a morte ou a tortura, cabendo pena para quem comete este tipo de coisas. Muito diferente daquela época.
abraços]
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