Fórum Defesa Brasil

Bom dia a todos,

Estou acompanhando a discussão e diante das últimas informações as unidades com dotação de M113 ficarão com dois tipos diferentes de viaturas (modernizadas e não modernizadas), apesar de serem do mesmo modelo. Diante do exposto, surgem as seguintes perguntas:

- como ficará a cadeia logística?
- as antigas unidades modernizadas no Brasil (M113B),terão os seus problemas mecânicos corrigidos pela revitalização?
- os modelos modernizados nos EUA terão algum dispositivo de visão noturna e lançadores de fumígeno?


Abraços.

Como diz a propaganda de cerveja: Boooooa pergunta!

Mas sobre a cadeia logística eu acho que existe uma resposta "simples", que não é a que a gente quer ouvir, mas é uma resposta: serão realmente quase duas cadeias logísticas, tirando algumas coisas que eu acredito que devam ficar as mesmas (lagartas, por exemplo), o resto "que quebra" parece que vai ser tudo diferente: motor, câmbio e suspensão!

Mas parece que é um problema que não tem solução, porque as soluções possíveis são impensáveis: manter tudo como está, só reformando, ou mudar tudo... E mesmo mudando tudo existe uma fase de transição, onde seriam mantidos duas cadeias logísticas do mesmo jeito.

Então parece que fica assim... A curto/médio prazo existiriam os M-113 top, que seriam os de manobra, e os M-113 reformados, que seriam o de apoio. E vejo em um médio/longo prazo esses M-113 top sendo rebaixados com a chegada de uma nova viatura, que pode ser nacional (projeto para depois dos Urutus e Cascavéis serem substituídos). Como eu disse, é uma resposta ruim, mas não tem como, de um jeito ou de outro a logística sofre durante uma transição!

Eu já entendo que esses kits novos, são testados e com um longo tempo de operação. Não é a solução de "adaptar" motor de caminhão, que andou matando CC por ai. Outra coisa, comprando kits de reparo, vc deve arrancar o kit todo, troca, e repara, não deve ser dificil

E hoje em dia, fica facil importar componentes, muito diferente de tempos atras (e isso se não estiver no pacote, a assistencia tecnica)

E eu não duvido que usem motor, câmbio, e peças de suspensão usados em outros modelos, como os M-113 que ainda são usados no USArmy (em unidades de comunicação, por exemplo), ou até mesmo nos Bradley, o que garante fornecimento de peças.

rmturchiello escreveu: Moccelin esse negócio de motor ser ou não nacional acho que não tem mais tanta importância, por dois motivos 1° tem muitos motores importados hoje no brasil e são manutenidos a contento, 2° se o motor for de qualidade não teremos muitos problemas de manutenção pois os MBB 352-A dos M113 aqui do regimento até hoje só foi retificado um.

??????........
Me admirei muito: S/31, Esp Vtr Bld dizer isso?....
Ter motor nacional, produzido em quantidade razoável é de suma importância, pois você aí em SLGonzaga só vai encontrar peças de reposição, quer filtro de ar, quer correias ou outro ítem mais complexo, somente se houver uma quantidade razoável do referido motor produzida e que se produzam peças de reposição "paralelas", que é hoje a nossa maior fonte de peças.
O motor dá problema sim, especialmente quando usado com maior intensidade, como provavelmente passará, para acompanhar os Leo, em substituição aos arcaicos M41-C.

Conheço (e trabalhei com) o M113-B desde a sua repotencialização, na década de 80, e sei, COM CERTEZA que seus motores OM-352A dão pane. Ainda mais hoje, com peças de reposição de qualidade duvidosa, ou minimamente, desconhecida, pois não temos como especificar a MARCA e com isto garantir a qualidade aquando dos pregões ou tomada de preços nas compras efetuadas.

Os motores importados são manutenidos sim..... Mas ao custo de quanto?
Será que o EB terá como repassar para você, em SLGonzaga de verbas suficientes para isso, considerando que não se trata de OM de primeira linha e nem prioritária para este fim?

Portanto, assim como o Guarani TEM de usar motor nacional, conforme previsto no seu projeto, o M113 também deveria ser contemplado com esta opção.

A idéia inicial da modernização dos M 113 era essa. Depois apareceu essa ideia contraria... vai entender o que esta rolando.

rmturchiello escreveu:Pessoal não sei o que será feito com as VBTP que não serão revitalizadas ou modenizada, mas pela ordem que chego aqui elas não são as melhores não, pois a ordem foi separar as melhores viaturas para serem revitalizadas, no caso do meu regimento foi as 22 melhores, que segundo o inspecionador da Brasilia motors eram as melhores que ele tinha visitado, aqui hoje temos mais de 90% de disponibilidade nos M113 inclusive para navegação.

Pois no 20 BIB, onde meu filho serve atualmente e no 13 BIB, onde tenho informações por razões óbvias, a ordem foi exatamente ao contrário. As mais Fu*&%@s vão para a revitalização.

knigh7 escreveu:

jauro escreveu:
Os 150 modernizados junto ao Programa FMS vão ser distribuídos na mesma proporção.
Tomando um BIB como exemplo, este ficará com 30 VBTP revitalizadas, 21 modernizadas e 21 das melhores que tinha.

Jauro,

As VBTP moderrnizadas vão conviver até dentro de uma Cia de fuzileiros com as revitalizadas. Qual a lógica? Por que então não se modernizou pelo menos a ponto de uniformizar as Cias de combate dos BIB e dos RCB? Será que houve falta de $$$ para modernizar uns 100 M113 a mais?

Abracos

Com 30 Vtr Revtz dá para ter 02 Cias FzuBld .
Com 21Vtr Modz 01 CiaFzuBld uma CCAp com 06 VtrMdz
Com mais 21 a 4ª cia e rest da CCAp.
Falta grana, mas também os M113 já deram oque tinham que dar e agora é fazer uma sobre vida de 10 a 15 anos e iniciar a substituição.

Moccelin escreveu:Como diz a propaganda de cerveja: Boooooa pergunta!

Mas sobre a cadeia logística eu acho que existe uma resposta "simples", que não é a que a gente quer ouvir, mas é uma resposta: serão realmente quase duas cadeias logísticas, tirando algumas coisas que eu acredito que devam ficar as mesmas (lagartas, por exemplo), o resto "que quebra" parece que vai ser tudo diferente: motor, câmbio e suspensão!

Mas parece que é um problema que não tem solução, porque as soluções possíveis são impensáveis: manter tudo como está, só reformando, ou mudar tudo... E mesmo mudando tudo existe uma fase de transição, onde seriam mantidos duas cadeias logísticas do mesmo jeito.

Então parece que fica assim... A curto/médio prazo existiriam os M-113 top, que seriam os de manobra, e os M-113 reformados, que seriam o de apoio. E vejo em um médio/longo prazo esses M-113 top sendo rebaixados com a chegada de uma nova viatura, que pode ser nacional (projeto para depois dos Urutus e Cascavéis serem substituídos). Como eu disse, é uma resposta ruim, mas não tem como, de um jeito ou de outro a logística sofre durante uma transição!

É por aí mesmo.
Tudo o que está sendo feito é para que o EB se recupere do sucateamento.
E tenha a partir de 2014 condições de se modernizar, mas com o seu dia a dia se desenvolvendo normalmente.

Bem que poderia vizar uma modernização para colocar placas protetoras.

eligioep escreveu:

rmturchiello escreveu: Moccelin esse negócio de motor ser ou não nacional acho que não tem mais tanta importância, por dois motivos 1° tem muitos motores importados hoje no brasil e são manutenidos a contento, 2° se o motor for de qualidade não teremos muitos problemas de manutenção pois os MBB 352-A dos M113 aqui do regimento até hoje só foi retificado um.

??????........
Me admirei muito: S/31, Esp Vtr Bld dizer isso?....
Ter motor nacional, produzido em quantidade razoável é de suma importância, pois você aí em SLGonzaga só vai encontrar peças de reposição, quer filtro de ar, quer correias ou outro ítem mais complexo, somente se houver uma quantidade razoável do referido motor produzida e que se produzam peças de reposição "paralelas", que é hoje a nossa maior fonte de peças.
O motor dá problema sim, especialmente quando usado com maior intensidade, como provavelmente passará, para acompanhar os Leo, em substituição aos arcaicos M41-C.

Conheço (e trabalhei com) o M113-B desde a sua repotencialização, na década de 80, e sei, COM CERTEZA que seus motores OM-352A dão pane. Ainda mais hoje, com peças de reposição de qualidade duvidosa, ou minimamente, desconhecida, pois não temos como especificar a MARCA e com isto garantir a qualidade aquando dos pregões ou tomada de preços nas compras efetuadas.

Os motores importados são manutenidos sim..... Mas ao custo de quanto?
Será que o EB terá como repassar para você, em SLGonzaga de verbas suficientes para isso, considerando que não se trata de OM de primeira linha e nem prioritária para este fim?

Portanto, assim como o Guarani TEM de usar motor nacional, conforme previsto no seu projeto, o M113 também deveria ser contemplado com esta opção.

Eligio não sei onde vc trabalhou, mas aqui no regimento trabalhamos com uma tal manutenção preventiva coisa diferente do que era feito no 7° e 29° BIB, quantos aos outro BIBs que foram desativados no Ria acho que lá nem deveria ter manutenção, pelo estado da viaturas que chegaram aqui oriundas do 24ª BIB, aqui pelo menos 2 vezes ao ano a equipe de manutenção de VBTP abre toda a viatura e faz toda manutenção necessária não esperamos nada quebra para manutenir, até hoje só mandamos pra o parque 4 motores para serem retificados 3 que vieram do 24 BIB um inclusive não tinha nem bomba injetora, e um nosso que teve problemas de aquecimento e fundio depois de mais de 20 anos de serviço. E volto a te dizer embora recebemos muito menos suprimento de manutenção que os BIB temos praticamente 100% de disponibilidade amanhã teremos 100% pois estamos terminando de instalar o ultimo motor que voltou de parque, o nosso único problema aqui é lagarta, pra vc ter uma idéia só temos 2 exaustores usando graxa o resto todo ta como deveria com óleo quem entende de M113 sabe do estou falando.
Eligio te faço uma pergunta já que vc trabalhou com M113. O que do atual M113B em uso no Exército é fabricado no brasil? Vamos por parte: Diferencial: americano, Redutores Americanos, cardãs: americanos Cruzetas:americanas, caixa de marchas: americana, caixa de transferência: americana (com as engrenagens brasileiras que não são fabricadas por niguém) Motor: nacional, filtro de ar: americano, filtro de combustível: nacionais alternador: nacional (que não é mais fabricado e não tem peças de reposição). O que eu quero dizer é que a unica coisa do M113B que é realmente nacional é o motor e por sinal é a que menos da manutenção e resto todo do carro é americano, as poucas coisa nacionais, fora motor, não são fabricadas para reposição e sempre que necessitamos encomendamos a alguma empresa que a fabrique sob medida.
O motor do tal guarani, que motor é?é usado em qual veiculo? e fabricado aqui ou é montado aqui? é de melhor qualidade que um motor importado? quanto a dificuldade de manutenção dos motores importado isso realmente deveria acontecer pelos idos da década de 80 mas hoje temos peças de reposição de praticamente tudo basta ver a quantidade de veículos importados que rodam nas ruas, oq não temos encomendamos e em poucos dias ou semanas chega, ou vc não tem nenhuma viatura importada na sua unidade? Se essa modernização incluir um Detroit por ex. sera 150 motores basta o EB adquirir junto e pagar para o PqRMnt/3 uns 50 kit de retifica desses motores.
E aqui em São Luiz Gonzaga, onde tem um OM que segundo o senhor não é de primeira linha e nem prioritária não temos que fazem manutenção em motores, a unica coisa que fizemos aqui em motor é trocar filtro, trocar óleos regular válvulas ou seja de 1° e 2° escalão não retificamos motores aqu,i o senhor deve saber que retifica de motor é manutenção de 3° escalão e deve ser feita no parque.
Então continuo com minha opinião se o conjunto de força utilizado for de qualidade não importa se ele é brasileiro ou não.

Mantenho o que falei: TEM DE SER MOTOR NACIONAL, e com boa cadeia produtiva...
Óbvio que eu sei que vocês só fazem Mnt de 1° e 2° escalão, e nem são autorizados a fazer outros níveis....
E com certeza vocês devem ter Land Rover, e deve saber da dificuldade que é manutenir a referida.
Ou vai dizer que é facil obter a correia dentada? (presente num motor moderno...)

Volto a repetir: quando os teus M113 tiverem que acompanhar um Leo, como acontece com os do 29° e 7° BIB, você verá com quanta manutenção terá que lidar, e dará graças a Deus se tiver as peças que precisar "ali na esquina"....

Sobre as peças citadas, aqui do fórum todos sabem que se trata de importados, e como tal vão continuar. E sua mortalidade é muito pequena, com excessão de quando os motoristas extrapolam e detonam com tudo. Como eu vi em VBTP da sua OM, nos idos de 1997, no PqRMnt/3 (ou o que sobrou da transmissão....)

Parabéns pela Mnt Preventiva, pois vocês devem ser os únicos (ou quase...) que a conseguem executar como deve ser. A maioria das OM não pode parar as VBTP, ou por não possuírem o suprimento necessário ou por que estão usando as vtr na atividade fim....



PS: Nunca servi no 29° e 7° BIB, acima citados, mas sei que a manutenção é muito bem feita pelas respectivas (competentes) equipes....!!!!

Eligio e Rm
Vcs que são do ramo sabem muito bem dos desafios de manutenir os blindados e cc.
concordo que somente o fato de ter um motor nacional não significa maior facilidade de manutenção.
Me lembro de um componente da lagarta do M113B, um pino revestido por uma bucha de borracha que liga cada patim . Esta peça de borracha, tem que ser importada pois a nacional é de qualidade bem inferior. O desgaste natural deste componente é grande, dai o grande numero de esteiras indisponiveis.
Na época que foi projetado o kit de moderização do M113B (projetado pelo engenheiro militar TenCel Guy Ubirajara Meyer do EB e executado pela Motopeças), não tinhamos tecnologia, e nem quem produzisse no Brasil uma nova transmissão. Foi utilizado um máximo de nacionalização disponivel no país. O motor Mercedes era o unico diesel nacional compativel, que se por um lado tivemos um produto nacional, seu desempenho era inferior ao M113A do CFN

O Guarani tem um motor que embora equipe caminhões da linha IVECO, seu bloco é importado, porém está previsto ser fabricado no Brasil.Éstá previsto também uma nacionalização de 60% dos componentes do Guarani inclusive do reparo ELBIT do canhão de 30mm .
Além disso, o EM está prevendo contratar empresas terceirizadas para manutenir os Guarani

helio escreveu:Eligio e Rm
Vcs que são do ramo sabem muito bem dos desafios de manutenir os blindados e cc.
concordo que somente o fato de ter um motor nacional não significa maior facilidade de manutenção.
Me lembro de um componente da lagarta do M113B, um pino revestido por uma bucha de borracha que liga cada patim . Esta peça de borracha, tem que ser importada pois a nacional é de qualidade bem inferior. O desgaste natural deste componente é grande, dai o grande numero de esteiras indisponiveis.
Na época que foi projetado o kit de moderização do M113B (projetado pelo engenheiro militar TenCel Guy Ubirajara Meyer do EB e executado pela Motopeças), não tinhamos tecnologia, e nem quem produzisse no Brasil uma nova transmissão. Foi utilizado um máximo de nacionalização disponivel no país. O motor Mercedes era o unico diesel nacional compativel, que se por um lado tivemos um produto nacional, seu desempenho era inferior ao M113A do CFN

O Guarani tem um motor que embora equipe caminhões da linha IVECO, seu bloco é importado, porém está previsto ser fabricado no Brasil.Éstá previsto também uma nacionalização de 60% dos componentes do Guarani inclusive do reparo ELBIT do canhão de 30mm .
Além disso, o EM está prevendo contratar empresas terceirizadas para manutenir os Guarani

Concordo com você, Hélio.
Só por nacionalizado, não é garantia. Eu me referi à um motor com produção representativa, como na linha MBB tem muitos, por exemplo apenas.
Na época do OM 352-A, não tínhamos muitas opções: Scania DS11 e DS 14; Volvo - ambos muito pesados, e MBB, hoje considerado muito pesado por haver opções mais leves e potentes. A MWM e Maxion(Perkins) não tinham opções na faixa de potência requerida.
Mas o 352 era largamente usado, inclusive no EB: EE11 e EE9...Daí a escolha por ele.
Os VBTP do CFN já foram importados com motor Detroit V6, padrão do M113 na época. Hoje eles também tem um retrofit pela frente.

Sobre o Guarani, até onde eu saiba, a manutenção está prevista ser feita nos moldes da aviação do EB e do projeto que ora se implanta, do Leopard. Não exatamente igual, mas semelhante na idéia principal.

os cascaveis e urutus estão recebendo hoje os motores OM366 que é uma evolução do 352, e na epoca do ~modernização dos m113 já havia no mercado os motores cummins serie C 8.3, que era utlizado nos caminhões vw 14210, hoje a uma infinidade de motores como mwm, cummins, mb, iveco, e até scania na faixa dos 9 litros, que podem ser utilizados nas modernizações