Página 5400 de 5736

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 5:18 pm
por Penguin
Luís Henrique escreveu:Outro dado interessante:

Em 2014 o Ministro da Defesa indiano Shri Manohar Parrikar disse que o custo de operação da FROTA de Su-30 MKI no período de 2013-2014 foi de 834,76 crore.


1 ano antes o Ministro da Defesa da Índia Shri AK Antony declarou que o custo de operação da FROTA de Mirage 2000 no período 2012-2013 foi de 486,85 crore.

temos aproximadamente, em dólares da época:

U$ 90 mi para a frota de Mirage 2000
U$ 154 mi para a frota de Su-30

Um caça LEVE com menos de 10.000 kg/F de potência vs um caça PESADO com mais do dobro do peso e quase o triplo da potência, com 25.000 kg/F de empuxo...


Considerando que entre 2013 e 2014 a Índia possuía uma frota de mais de 100 Su-30 MKI e que a frota de Mirage 2000 é de 49 unidades, ou seja, considerando que o tamanho da frota de Su-30 era o DOBRO da frota de Mirage 2000, qual possui custo de operação menor?



http://pib.nic.in/newsite/PrintRelease.aspx?relid=97687

http://pib.nic.in/newsite/PrintRelease. ... lid=112870

Esse dados não se referem a custos operacionais, mas a custos com manutenção e aquisição de peças apenas.

No doc dos Mirage está escrito:
4.67% of the annual revenue expenditure is budgeted for spares and maintenance for the Mirage aircraft to maintain their required serviceability.
Ou seja, se gastou esse montante para manter um nível de disponibilidade que a IAF requer da frota de Mirage 2000 (qual?). Quanto maior se deseja a disponibilidade da frota, maiores os gastos com manutenção e peças.

Além disso, a frota de Mirage 2000 é mais velha que a do Su-30 que tinha acabado de entrar em serviço.

De qualquer forma, as peças francesas têm fama de caras.

Voltando a custos de aquisição apenas, observe que o último lote de 42 Su-30MKI adquirido pela India em 2010 custou USD4,3bi: http://www.dnaindia.com/india/report-ai ... ar-1424437

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 5:26 pm
por Penguin
Bolovo escreveu:
Galina escreveu:Não posso deixar de notar que fez várias referências a geopolítica, para ao final arrematar que é geógrafo, algo que poderia nos remeter a quem quer passar algum tipo de autoridade no assunto. Tomara que seja apenas impressão. E eu passei dessa fase… disputa de egos de “vencer debates”…
Muito pelo contrário, meu caro. Eu sempre prego por aqui que aqui somos todos a mesma coisa: meros usuários, ninguém está acima de ninguém e odeio qualquer tipo de carteirada, sobretudo uma carteirada virtual (que coisa mais ridícula, não?). Eu só fiquei feliz em saber que alguém por aqui gosta de geografia, pois sendo da área, fico um pouco decepcionado com a falta de conhecimento de muita gente, inclusive aqui, nessa área. Se eu botei um foco em geopolítica é para acrescentar algo a mais no debate que eu acho importante, porém, pelo visto, aparentemente você não dá muita importância, nesse caso, a isso.
Galina escreveu:Bolovo, fatos notórios e incontroversos dispensam prova. Da mesma forma, a manifestação de um perito (expert em algum assunto), para ser impugnada, deve o ser de forma fundamentada. Desconstituída. Voltando aqui, desde mecânicos a oficiais de alta patente, gente que estudou e vivencia isso, citam problemas no MI-35. Então, se alguém vem e relata um problema de cabeamento elétrico do MI-35, a contestação deveria ser baseada em explicações também técnicas. Por exemplo, algumas células tem o local alterado do cabeamento porque v.g. operam em regiões mais frias da Rússia e essa era a melhor solução de engenharia para esse teatro. Sobre o SU-35, a mesma coisa… olham, inexistem parâmetros de TBO de motores pela razão x (e não me venha dizer que é porque o avião não estava pronto. No FX1 estava - outro modelo - pronto e foi a mesma coisa).
Eu não vi nenhum fato notório e nem incontroverso em lugar nenhum por aqui. Quais suas fontes? Eu tenho as minhas, que dizem exatamente o contrário.
Galina escreveu:Então, novamente, para que não se perca o foco: não se trata de “quem acusa tem que provar”, mas no credenciamento mínimo para se desconstituir o que fala alguém com conhecimento técnico na questão. A fim, inclusive, de não passarmos o ridículo tal qual a de uma Sra (vi acontecer) que, munida de explicações da programa Sonia Abraão e várias pesquisas no google em sites “especializados”, permitiu-se a contrariar e discutir com seu médico acerca de seus sintomas… É inteligente para não cair nessa, Bolovo.
Eu realmente não entendi essa parte.

Não se pode contestar ninguém num fórum de debates? Meu caro, aqui todo mundo é usuário, eu não me importo de onde as pessoas vem. Aqui é todo mundo igual.
Galina escreveu:Quanto ao SU-34 ainda vale a pena responder. Se fosse um exemplar de testes, onde foram descobertos graves erros no airframe, o que serviu para que fossem corrigidos logo na sequência, ok. Mas você deveria saber que esse não foi o caso. Eram aeronaves de produção e que formavam já um esquadrão “operacional”. Que bom que corrigiram isso a tempo da campanha na Síria, o que já não era sem tempo, para uma aeronave cujo vôo inicial (exemplar de pré-produção) aconteceu em 1990.
Quanto ao restante, você incorporou, por assim dizer, questões levantadas pelo nosso colega Luis Henrique, as quais não vou responder, até porque a minha resposta já está dada nos próprios posts que já escrevi, evitando assim que entremos aqui num “looping” dos mesmos argumentos.
Tudo bem. Vou fazer aqui uma coisa, vou concordar com você: ok, aqueles 16 primeiros Su-34 tinham problemas de fabricação. Porém, agora já tem mais de 100 entregues e já não tem mais problemas. Resolveram o problema e é isso que me importa, não? Ou por causa disso todo produto russo é ruim, mal feito, "amador" como estão dizendo? Por exemplo, fizeram lá no Reino Unido, lugar que fala aquela maravilhosa língua inglesa, um submarino que não chega na velocidade máxima. Eu acho que vão resolver o problema, porém não vejo ninguém aqui falando que o Reino Unido é "amadora".

Vamos começar como tudo começou, eu citei você, que citou o Thor, que fala que os russos são "sem noção e amadores". É aquilo que eu disse e vou dizer mais uma vez (e vou repetir quantas vezes mais achar necessário): a Rússia é a segunda maior exportadora de armamento no mundo, portanto, tem algum coisa muito errada. Ou os equipamentos deles são bons, competitivos e conseguem emplacar em todos os continentes do planeta ou o mundo inteiro rasga dinheiro e os russos tem um estoque inestimável de vodka e putas oriundos de propina. Tá todo mundo errado, e a gente, que compra uns 1% de armamento do mundo, certos. Isso eu realmente não entendo.

Mas eu prefiro parar por aqui, pois, aparentemente, ninguém vai convencer ninguém do contrário.
E o caso dos Mig-29SMT que a Argelia comprou e foram devolvidos?
O fabricante russo usou peças usadas de Mig-29 fora de serviço para baratear o custo de produção.
O problema é que esses caças tinham a vida útil comprometida.
Os russos reconheceram o problema, aceitaram a devolução dos caças e a Argelia mudou a sua encomenda para Su-30.
Esses Mig-29SMT foram parar na FA russa.

Detalhes:
http://alejandro-8.blogspot.com.br/2012 ... os_15.html

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 5:43 pm
por Bolovo
Penguin escreveu:E o caso dos Mig-29SMT que a Argelia comprou e foram devolvidos?
O fabricante russo usou peças usadas de Mig-29 fora de serviço para baratear o custo de produção.
O problema é que esses caças tinham a vida útil comprometida.
Os russos reconheceram o problema, aceitaram a devolução dos caças e a Argelia mudou a sua encomenda para Su-30.
Esses Mig-29SMT foram parar na FA russa.
Na verdade eles compraram MiG-29SMT "novos", mas não existe MiG-29SMT novos, porque o SMT se trata de uma modernização dos antigos MiG-29. As células foram fabricadas no começo dos anos 90 e depois estocadas, sendo jamais usadas. Com o contrato argelino, pegaram as células estocadas, que estavam "novas", a elevaram para o padrão SMT e venderam como um avião novo e o resto da história você disse. Porém, a Argélia não me parece ser um exemplo muito bom para criticar os russos, pois os mesmos estão recendo dos russos nesse exato momento mais 14 Su-30 (para se somar aos 44 já existentes), 12 Su-34, 36 Mi-28, 10 Mi-26, 200 tanques T-90MS (para se somar aos 305 T-90SA já encomendados), duas baterias de S-400, duas corvetas classe Tigr e dois submarinos classe Kilo.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 7:55 pm
por Helton2042
FCarvalho escreveu:
Galina escreveu: Tudo bem, Carvalho. Agora, veja, através de uma auto crítica (se for o caso), que o colega não foi ao cerne da questão. Carvalho, não estamos falando de diferenças de padronização. Estamos falando de falhas bizonhas estruturais, e um revoltante amadorismo logístico. Estruturas que ora estão em um lugar, ora em outro... sendo cada célula diferente uma da outra... Garanto ao colega que não existe nenhum padrão que permita as bizarrices que são descritas pelo pessoal da FAB nos produtos russos avaliados.
Olá Galina,

Esta confusão toda em relação ao material russo já nos é conhecida aqui há tempos. O problema, como vejo, é que os caras apesar de terem grande parte do mercado de sistemas bélicos em termos de exportação, ainda tem nas suas ffaa's o seu principal consumidor. E estas estão dentro de um padrão, digamos assim, "soviético" de projeto, gestão e produção de sistemas de armas, que só a pouco mais de uma década começou de fato a ser modernizado, a tempo de ficar em pé de igualdade com os sistemas ocidentais naquelas características.

E como não raro a maioria das exportações deles é para países já tradicionalmente consumidores de produtos militares soviéticos/russos, e que não possuem um parque industrial/tecnológico como o nosso, e nem suas padronizações ocidentais, fica realmente difícil para eles conseguirem encaixar seus produtos em países como o nosso, com uma longa tradição de uso e compra de material ocidental, inclusive com respingos na doutrina.

Neste sentido, não é que os produtos russos sejam ruins ou que só sirvam para eles, falta-lhes na verdade ainda a expertise necessária, e diria até um pouco de humildade, para aprender a concorrer em uma faixa do mercado de defesa que pouco ou jamais utilizou seus sistemas, e que sempre trabalhou debaixo da sombra das regras da Otan/Stanag. Que é o nosso caso.

Eles pecam em duas coisas a meu ver conosco. Uma, acham que podem nos tratar como se fôssemos seus clientes mais antigos, que compravam qualquer coisa a qualquer preço e tudo se resolvia sem mais questionamentos. Isso aqui não funciona. Dois, eles ainda não se tocaram que temos uma tradição industrial/tecnológica e de sistemas de gestão e organização militar muito bem enraizadas, ou seja, nossos militares podem não ter os melhores sistemas a sua disposição, mas são de um profissionalismo quase que inconteste naquilo que fazem. E isso não sou que digo. Eles também não estão acostumados com isso. A nossa burocracia ocidental tende a negociar em termos com os quais eles não estão acostumados e muito menos tem hoje capacidade de oferecer em níveis aceitáveis aqui.

Quando estas duas questões forem dirimidas, e penso que serão, mais tempo, menos tempo, talvez possamos ver uma maior e melhor cooperação no campo da defesa entre Brasil e Russia.

Isso, claro, se eles fizerem o dever de casa.

abs.
Ótimo post FCarvalho!!

Um exemplo disso é a simples tradução de manuais de operação de equipamentos russos, nem mesmo a tradução pro inglês os russos tiveram paciência/vontade de fazer, mostra bem como essa "burocracia" brasileira para comprar produtos russos as vezes é má compreendida.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 10:03 pm
por FCarvalho
Para se ver Helton, há males que vem para o bem. Se eles quiserem entrar aqui e nos ter como parceiros comerciais fiáveis vão ter que mudar, e muito, de postura conosco.
Como vários colegas já disseram aqui, os produtos russos são bons, mas isso não significa necessariamente que o sejam para nós.
Não somos a China, mas também não somos o Peru.
Terão de se adaptar ou nunca terão o mercado brasileiro entre seus clientes.

abs.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 11:25 pm
por Luís Henrique
Penguin escreveu:
Luís Henrique escreveu:Outro dado interessante:

Em 2014 o Ministro da Defesa indiano Shri Manohar Parrikar disse que o custo de operação da FROTA de Su-30 MKI no período de 2013-2014 foi de 834,76 crore.


1 ano antes o Ministro da Defesa da Índia Shri AK Antony declarou que o custo de operação da FROTA de Mirage 2000 no período 2012-2013 foi de 486,85 crore.

temos aproximadamente, em dólares da época:

U$ 90 mi para a frota de Mirage 2000
U$ 154 mi para a frota de Su-30

Um caça LEVE com menos de 10.000 kg/F de potência vs um caça PESADO com mais do dobro do peso e quase o triplo da potência, com 25.000 kg/F de empuxo...


Considerando que entre 2013 e 2014 a Índia possuía uma frota de mais de 100 Su-30 MKI e que a frota de Mirage 2000 é de 49 unidades, ou seja, considerando que o tamanho da frota de Su-30 era o DOBRO da frota de Mirage 2000, qual possui custo de operação menor?



http://pib.nic.in/newsite/PrintRelease.aspx?relid=97687

http://pib.nic.in/newsite/PrintRelease. ... lid=112870

Esse dados não se referem a custos operacionais, mas a custos com manutenção e aquisição de peças apenas.

No doc dos Mirage está escrito:
4.67% of the annual revenue expenditure is budgeted for spares and maintenance for the Mirage aircraft to maintain their required serviceability.
Ou seja, se gastou esse montante para manter um nível de disponibilidade que a IAF requer da frota de Mirage 2000 (qual?). Quanto maior se deseja a disponibilidade da frota, maiores os gastos com manutenção e peças.

Além disso, a frota de Mirage 2000 é mais velha que a do Su-30 que tinha acabado de entrar em serviço.

De qualquer forma, as peças francesas têm fama de caras.

Voltando a custos de aquisição apenas, observe que o último lote de 42 Su-30MKI adquirido pela India em 2010 custou USD4,3bi: http://www.dnaindia.com/india/report-ai ... ar-1424437
1) Sim, eu sei disso. Mas parece que você não estava acompanhando a discussão.

Eu postei 2 páginas atrás um estudo da USAF que diz que o custo da hora de vôo é o seguinte:

10-15% Consumable Supplies (small parts, wiring, basic electrical components)
– 20-25% Sortie Aviation Fuel
– 60-70% Depot Level Repair and Systems Maintenance


A discussão era JUSTAMENTE que não se trata apenas de COMBUSTÍVEL. Muito pelo contrário, o combustível representa POUCO em relação à Manutenção, Sistemas e Peças.

2) acabado de entrar em operação???

Os indianos já estavam com 194 Su-30 MKI em operação.
Os primeiros Su-30 MK chegaram em 1997. Depois foram modernizados para MKI.
Os primeiros MKI foram entregues em 2002.

Você não está levando em conta 2 coisas:

1) estamos falando de um caça PESADO em relação à um caça LEVE.

2) Todas as BABOSEIRAS que alguns acreditam.
Como o pesadelo logístico, a manutenção arcaica, pré-histórica e CARÍSSIMA utilizada pelos russos.
Mesmo na aquisição sendo barato, a manutenção inviabiliza, porque é extremamente cara, etc. etc. etc.
Todas essas baboseiras caem por terra quando vemos que o custo em MANUTENÇÃO E PEÇAS é menor no Su-30MKI do que no Mirage 2000.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 11:30 pm
por Luís Henrique
Helton2042 escreveu:
FCarvalho escreveu: Olá Galina,

Esta confusão toda em relação ao material russo já nos é conhecida aqui há tempos. O problema, como vejo, é que os caras apesar de terem grande parte do mercado de sistemas bélicos em termos de exportação, ainda tem nas suas ffaa's o seu principal consumidor. E estas estão dentro de um padrão, digamos assim, "soviético" de projeto, gestão e produção de sistemas de armas, que só a pouco mais de uma década começou de fato a ser modernizado, a tempo de ficar em pé de igualdade com os sistemas ocidentais naquelas características.

E como não raro a maioria das exportações deles é para países já tradicionalmente consumidores de produtos militares soviéticos/russos, e que não possuem um parque industrial/tecnológico como o nosso, e nem suas padronizações ocidentais, fica realmente difícil para eles conseguirem encaixar seus produtos em países como o nosso, com uma longa tradição de uso e compra de material ocidental, inclusive com respingos na doutrina.

Neste sentido, não é que os produtos russos sejam ruins ou que só sirvam para eles, falta-lhes na verdade ainda a expertise necessária, e diria até um pouco de humildade, para aprender a concorrer em uma faixa do mercado de defesa que pouco ou jamais utilizou seus sistemas, e que sempre trabalhou debaixo da sombra das regras da Otan/Stanag. Que é o nosso caso.

Eles pecam em duas coisas a meu ver conosco. Uma, acham que podem nos tratar como se fôssemos seus clientes mais antigos, que compravam qualquer coisa a qualquer preço e tudo se resolvia sem mais questionamentos. Isso aqui não funciona. Dois, eles ainda não se tocaram que temos uma tradição industrial/tecnológica e de sistemas de gestão e organização militar muito bem enraizadas, ou seja, nossos militares podem não ter os melhores sistemas a sua disposição, mas são de um profissionalismo quase que inconteste naquilo que fazem. E isso não sou que digo. Eles também não estão acostumados com isso. A nossa burocracia ocidental tende a negociar em termos com os quais eles não estão acostumados e muito menos tem hoje capacidade de oferecer em níveis aceitáveis aqui.

Quando estas duas questões forem dirimidas, e penso que serão, mais tempo, menos tempo, talvez possamos ver uma maior e melhor cooperação no campo da defesa entre Brasil e Russia.

Isso, claro, se eles fizerem o dever de casa.

abs.
Ótimo post FCarvalho!!

Um exemplo disso é a simples tradução de manuais de operação de equipamentos russos, nem mesmo a tradução pro inglês os russos tiveram paciência/vontade de fazer, mostra bem como essa "burocracia" brasileira para comprar produtos russos as vezes é má compreendida.

Ai é BRINCADEIRA.

Poderia colocar a fonte de sua informação?

Agradeceria em saber qual vetor se refere, qual manual?

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 11:44 pm
por Penguin
Luís Henrique escreveu:
Penguin escreveu:
Esse dados não se referem a custos operacionais, mas a custos com manutenção e aquisição de peças apenas.

No doc dos Mirage está escrito: Ou seja, se gastou esse montante para manter um nível de disponibilidade que a IAF requer da frota de Mirage 2000 (qual?). Quanto maior se deseja a disponibilidade da frota, maiores os gastos com manutenção e peças.

Além disso, a frota de Mirage 2000 é mais velha que a do Su-30 que tinha acabado de entrar em serviço.

De qualquer forma, as peças francesas têm fama de caras.

Voltando a custos de aquisição apenas, observe que o último lote de 42 Su-30MKI adquirido pela India em 2010 custou USD4,3bi: http://www.dnaindia.com/india/report-ai ... ar-1424437
1) Sim, eu sei disso. Mas parece que você não estava acompanhando a discussão.

Eu postei 2 páginas atrás um estudo da USAF que diz que o custo da hora de vôo é o seguinte:

10-15% Consumable Supplies (small parts, wiring, basic electrical components)
– 20-25% Sortie Aviation Fuel
– 60-70% Depot Level Repair and Systems Maintenance


A discussão era JUSTAMENTE que não se trata apenas de COMBUSTÍVEL. Muito pelo contrário, o combustível representa POUCO em relação à Manutenção, Sistemas e Peças.

2) acabado de entrar em operação???

Os indianos já estavam com 194 Su-30 MKI em operação.
Os primeiros Su-30 MK chegaram em 1997. Depois foram modernizados para MKI.
Os primeiros MKI foram entregues em 2002.

Você não está levando em conta 2 coisas:

1) estamos falando de um caça PESADO em relação à um caça LEVE.

2) Todas as BABOSEIRAS que alguns acreditam.
Como o pesadelo logístico, a manutenção arcaica, pré-histórica e CARÍSSIMA utilizada pelos russos.
Mesmo na aquisição sendo barato, a manutenção inviabiliza, porque é extremamente cara, etc. etc. etc.
Todas essas baboseiras caem por terra quando vemos que o custo em MANUTENÇÃO E PEÇAS é menor no Su-30MKI do que no Mirage 2000.
Comparado com os Mirage 2000 que começaram sua carreira na IAF em 1986, os Su-30 eram novos.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Seg Jul 03, 2017 11:45 pm
por Helton2042
No próprio F-X Luís, no caso o Sukhoi, infelizmente ouvi de uma pessoa que estava bem por dentro na época! Nunca comentei, porque até eu mesmo achei que pudesse ser algo que com mais conversa fosse resolvido, mas o resultado saiu, teve a short-list e ele estava desclassificado.
Isso não quer dizer que ocorra com todos os produtos militares russos, mas já teve embaraço por causa disso.

E um Obs. aqui, não quer dizer que foi desclassificado por isso, até porque não sei os conteúdos do que foi debatido, só foi me dado esse pequeno detalhe como exemplo quando eu indaguei o porque das complicações que são colocadas quando se trata de equipamentos russos.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Ter Jul 04, 2017 12:59 am
por Bolovo
Helton2042 escreveu:No próprio F-X Luís, no caso o Sukhoi, infelizmente ouvi de uma pessoa que estava bem por dentro na época! Nunca comentei, porque até eu mesmo achei que pudesse ser algo que com mais conversa fosse resolvido, mas o resultado saiu, teve a short-list e ele estava desclassificado.
Isso não quer dizer que ocorra com todos os produtos militares russos, mas já teve embaraço por causa disso.

E um Obs. aqui, não quer dizer que foi desclassificado por isso, até porque não sei os conteúdos do que foi debatido, só foi me dado esse pequeno detalhe como exemplo quando eu indaguei o porque das complicações que são colocadas quando se trata de equipamentos russos.
Os russos vendem armamentos a Índia desde sempre, um país que fala inglês, que já comprou todos os armamentos soviéticos/russos e eles não tem manual em inglês.

Ah, meu caro, difícil de acreditar, heim.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Ter Jul 04, 2017 4:04 am
por Lucas Lasota
Um exemplo disso é a simples tradução de manuais de operação de equipamentos russos, nem mesmo a tradução pro inglês os russos tiveram paciência/vontade de fazer, mostra bem como essa "burocracia" brasileira para comprar produtos russos as vezes é má compreendida.
Isso é uma mentira. Conheço pessoalmente um dos tradutores juramentados responsável pela tradução dos manuais e documentação técnica para o português. Andrei Ivanov, professor PhD de português em Moscou. Esteve no Brasil com equipe de tradutores quando da chegada dos primeiros Mi-35 e acompanhou todo o procedimento de tradução dos materiais técnicos.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Ter Jul 04, 2017 8:37 am
por Penguin
Bolovo escreveu:
Penguin escreveu:E o caso dos Mig-29SMT que a Argelia comprou e foram devolvidos?
O fabricante russo usou peças usadas de Mig-29 fora de serviço para baratear o custo de produção.
O problema é que esses caças tinham a vida útil comprometida.
Os russos reconheceram o problema, aceitaram a devolução dos caças e a Argelia mudou a sua encomenda para Su-30.
Esses Mig-29SMT foram parar na FA russa.
Na verdade eles compraram MiG-29SMT "novos", mas não existe MiG-29SMT novos, porque o SMT se trata de uma modernização dos antigos MiG-29. As células foram fabricadas no começo dos anos 90 e depois estocadas, sendo jamais usadas. Com o contrato argelino, pegaram as células estocadas, que estavam "novas", a elevaram para o padrão SMT e venderam como um avião novo e o resto da história você disse. Porém, a Argélia não me parece ser um exemplo muito bom para criticar os russos, pois os mesmos estão recendo dos russos nesse exato momento mais 14 Su-30 (para se somar aos 44 já existentes), 12 Su-34, 36 Mi-28, 10 Mi-26, 200 tanques T-90MS (para se somar aos 305 T-90SA já encomendados), duas baterias de S-400, duas corvetas classe Tigr e dois submarinos classe Kilo.
El tribunal de Moscú condenó a los dirigentes de las tres empresas que habían suministrado piezas usadas y piratas al fabricante de aviones MiG.

Las infracciones se han cometido en el marco del cumplimiento del contrato de suministro de dichos aviones a Argelia. El descubrimiento en 2007 en los aviones suministrados por Rusia de piezas cuya calidad estaba por debajo de los requisitos le dio a Argelia motivo formal para rescindir el contrato. Los expertos ofrecen unas explicaciones de los acontecimientos muy dispares.

Escándalos relacionados con la instalación de piezas no oficiales en equipo técnico, tanto el destinado a la exportación como el fabricado para el uso interno, surgen con cierta periodicidad en diferentes países del mundo. Argelia ya ha presentado las respectivas reclamaciones y no únicamente a Rusia. China tuvo que aceptar la devolución por la parte argelina de una entrega de misiles antibuque. Aquel escándalo no recibió gran cobertura mediática, dado que la prensa china está sujeta a un control estatal considerablemente más estricto que la rusa.
https://mundo.sputniknews.com/opinion/2 ... 153927817/

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Ter Jul 04, 2017 9:53 am
por Marechal-do-ar
E foram presos? É algo pouco comum aqui no Brasil...

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Ter Jul 04, 2017 10:06 am
por joao fernando
Lucas Lasota escreveu:
Um exemplo disso é a simples tradução de manuais de operação de equipamentos russos, nem mesmo a tradução pro inglês os russos tiveram paciência/vontade de fazer, mostra bem como essa "burocracia" brasileira para comprar produtos russos as vezes é má compreendida.
Isso é uma mentira. Conheço pessoalmente um dos tradutores juramentados responsável pela tradução dos manuais e documentação técnica para o português. Andrei Ivanov, professor PhD de português em Moscou. Esteve no Brasil com equipe de tradutores quando da chegada dos primeiros Mi-35 e acompanhou todo o procedimento de tradução dos materiais técnicos.
Mais uma cascata para falar mal dos soviéticos do império do terror...

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Ter Jul 04, 2017 10:07 am
por mmatuso
Internet, onde todo mundo inventa a sua verdade.