Buenas, tigrada. Comecei a
apenas ler para acompanhar o debate desde anteontem, até para entender os rumos que está tomando. Me parece que se formaram duas "correntes", uma defendida pelo
@gabriel219 com um apoio discreto, ambíguo e, para variar, meio que sem pé nem cabeça
do
@Bourne e outra pelo
@FCarvalho. A primeira preconiza que a Vuvuzela se lançará numa guerra de conquista contra o Brasil, a segunda segue mais ou menos o que propus, ou seja, que guerrilhas anti-bovinas se formarão aqui, com base nas multidões de refugiados que têm todas as razões do mundo para odiar o regime lá deles. Minha análise (à luz do que
já postei, dando início ao presente
what if - que aliás, não é
meu, cada um segue como quiser/puder e com a argumentação que melhor lhe aprouver):
O GABRIEL - A meu ver, inicia da premissa que a Vuvuzela, no desespero, parte para uma guerra aberta de conquista contra o Brasil, empregando blindados, caças, helicópteros, AAAe, tudo o que tem. Não vou ficar de ufanismos & baboseiras afins para contestar, basta notar que os caras mal se aguentam para manter o
status quo, é sodas de acreditar que se lançariam numa aventura com mil por cento de chance de dar
muito errado, e não por causa de miraculosas capacidades do Brasil, mas por fatores geopolíticos inescapáveis:
A grande inimiga da Vuvuzela é
a Colômbia, o que inclui disputas político-ideológicas, territoriais e marítimas, grande parte disso focado nas vastas jazidas de petróleo e outras
commodities minerais. Secundariamente, há os EUA,
o dono do quintal chamado América do Sul e que é abertamente favorável a uma e hostil à outra. Seria a mãe de todas as loucuras dar as costas a este
FATO para atacar o Brasil
porque sim, e isso que nem a fraquíssima Guiana - que o
pajarito que o Girafales diz que lhe dá conselhos deixou claro que considera parcialmente como território seu, chegando ao ponto de botar uma parte dela como estrela em sua bandeira - se meteram a atacar. E iriam apenas
porque sim tirar seus T-72, S-300, Buk, Grad, Smerch e obuseiros 152 mais os FLANKERS e Hinds e as melhores e mais fiéis tropas (entre militares e milicianos) das áreas mais
quentes (ao norte) para vir atacar aqui (sul) sem qualquer justificativa? Como ficaria a parte mais populosa e estratégica? Totalmente desprotegida, inclusive contra uma população crescentemente
hostil? Desprezariam o Inimigo Interno
e o externo numa tentativa abilolada de obter mais
Lebensraum? Brabo, pois não há cenário minimamente aceitável - sequer como mera
possibilidade - de isso ocorrer, é tudo o que a oposição de lá precisa para aproveitar o enorme descontentamento popular e correr de vez com a cambada...
O FCARVALHO - Sempre
a meu ver, parece focado no cenário
por lejos mais provável (quase escrevi
inevitável): a crescente massa de refugiados, ante a impossibilidade de se estabelecerem aqui, seja pelo escasso (eu ia dizer
ausente) apoio governamental (que aliás já não tinha
nem para os Brasileiros da região) daqui, trata de sobreviver, se organizando nos seguintes eixos-chave:
Uma parte menor se une ao crime organizado transnacional, parte Brasileiro, parte Colombiano, parte Vuvuzelano e, por fim, uma mistura ardida disso tudo; esta parte se juntará - e será composta - por:
A - Inclinação natural, já que deram no pé da Bovinolândia porque já eram criminosos mesmo e procurados pelas forças de SegPub de lá;
B - Habilidades adquiridas (combate, treinamento de recrutas e até de FFEE, ações de inteligência), sendo ex-militares, ex-milicianos e ex-policiais. Mesmo sem inclinação natural para o crime, sabem que possuem capacidades que valem dinheiro e precisam sobreviver, além de prover sustento a seus dependentes;
C - Outros especialistas, como engenheiros, médicos, paramédicos e enfermeiros, além de armeiros/mecânicos de armamento, mecânicos automobilísticos, de barcos, etc. Suas habilidades de pouco lhes valem no Brasil, se empregadas
legalmente, os obstáculos são imensos. Assim, resta-lhes apenas seguir por
outras vias...
D - Finalmente a população refugiada comum, de baixa instrução mas com as mesmas necessidades; à falta de opção, a tendência natural (e isso é explicável pela própria
natureza humana, que impõe
a sobrevivência, própria e dos seus, sobre toda e qualquer outra consideração ética, moral e/ou legal) será sempre buscar meios para se sustentar. Se estes forem contrários à lei, azar da lei.
Este pessoal levará a criminalidade a níveis muito acima do que já se viu alguma vez por aqui, com a "vantagem" extra de poder ajudar a expandir e sofisticar a mesma criminalidade para e em todas as outras partes do Brasil, que já nem tem isso sobrando¹.
Outra parte menor - podemos ver isso agora mesmo - se adapta ao Brasil e até tende a prosperar, sendo que alguns permanecem na região e outros se espalham pelo Brasil; uma terceira parcela fica aqui apenas até juntar dinheiro suficiente para imigrar para Países de fala castelhana (como a Argentina), onde ficarão mais à vontade. Não falta matéria na imprensa mostrando estes "casos de sucesso". É de se imaginar que ao menos parte desta ajudará a financiar e obter financiamento para a seguinte.
A terceira minoria - mas muito mais numerosa do que as duas já citadas
juntas, e sobra troco - quer voltar para seu País e retomá-lo dos bovinos, uns porque ainda acreditam em fofialifmo e que dá para fazer essa bagaça funfar, "é só mudar o
aproach"; já outros têm saudade de como era antes do
Pajarito botar as manguinhas de fora e transformar um País inteiro em Casa da Mãe Joana; o terceiro grupo quer uma terceira via (vai saber qual
). É no seio
deste pessoal (formado pelos mesmos ABCD supracitados, cada um por suas razões) que surgirão - ou até
já surgiram - os líderes que irão arregimentar seguidores e obter recur$o$ onde e como puderem, o que vai desde obter apoio financeiro apelando para desde Brasileiros (e não vai faltar quem seja "de direita" e tope botar uma grana para sacanear os COMUNAZZZ, lembrem dos ianques nos anos 80, que compravam camisetas onde estava escrito em caixa alta "I SUPPORT SOLIDARNÖSC" porque lhes era prometido que parte da grana iria para o Lech Walesa e seus seguidores na Polônia, lembro de anúncios disso em revistas que comprava na época, tipo "Soldier of Fortune", etc) e estrangeiros (aí incluído quem se mandou e se deu bem) até operações clandestinas - encobertas - de garimpo em terras indígenas (mostrei acima um mapa com um apanhado geral de quanto há para roubar só em RR), sem falar em associações mutuamente proveitosas com o primeiro grupo, o do crime organizado, p ex as FARC faziam isso na Colômbia até virarem uma narcoguerrilha; com o tempo a coisa irá afunilando (outra vez, isso provavelmente já está em andamento. Eu ficaria até surpreso se não estivesse) e muitos dos chefes se tornariam subchefes, reunidos em torno de uns poucos (mais inteligentes, carismáticos e com melhor acesso a recur$o$) líderes maiores. Essa tchurma daria/dará início aos
raids anti-bovinos na Vuvuzela.
Finalmente, a chamada "maioria silenciosa" que ficará em campos e comunidades de refugiados - com o crescimento da imigração ilegal (e são
refugiados, não dá para
engrossar muito com eles/as) isto se tornará inevitável - no norte do Brasil, sendo provida² parcialmente em suas necessidades por criminosos e/ou guerrilheiros (já há muito
know-how disso aqui mesmo, vide RJ: onde o Estado se omite, há sempre quem lhe ocupe o espaço. Este receberá a Lealdade que o Estado espera para si e
de per si, mesmo sem fazer jus a ela), em troca de abrigo/santuário nos ditos campos e comunidades, novos recrutas, assistência médica para feridos e doentes e mesmo local seguro para estocar seus suprimentos e até armas, além de todas as outras facilidades que lugares assim propiciam.
Bueno, este post já ficou longo demais. Mesmo sem ter falado nem metade, creio que mostrei como vejo ao menos uma parte do contexto. Assim, encerro com as notas explicativas:
1 - Neste cenário, onde o famigerado R-105 e o ainda mais famigerado Estatuto do Desarmamento (dos
PAGADORES DE IMPOSTOS apenas, claro) irão aparecer pelo que realmente são e, diante da falta de justificativa - além da
impossibilidade física, dado o estouro da criminalidade do Oiapoque ao Chuí - para manter sua imposição, vou poder enfiar a faca na poupança sem dó e comprar uns "brinquedinhos" que desejo faz tempo: Kel-Tec KSG para Defesa Residencial, Glock 17 para Porte e AK-103 para quando nenhuma das outras duas bastar.
2 - O termo está correto (fui checar). É o gerúndio para "providenciar" ou "fornecer".
Bons debates a quem tiver sacola para ler e tentar entender esse catatau todo, fui o mais claro que consegui.