MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Plano Guedes: o pacote de medidas do ministro para destravar a economia
Para além da Nova Previdência e do FGTS, governo vai lançar mudanças estruturais para tirar o Brasil do atraso
Após sete meses de um esforço quase exclusivo em defesa da reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno pelos deputados federais, Guedes promete anunciar nas próximas semanas a conclusão de uma série de medidas — detalhadas nesta reportagem — que, somadas, vão destravar cerca de 4 trilhões de reais em uma década e podem dobrar o PIB per capita brasileiro nos próximos dez anos. Na falta de um nome oficial, o arsenal do ministro vem sendo chamado de “Plano Guedes”.
https://veja.abril.com.br/economia/plan ... escimento/
Para além da Nova Previdência e do FGTS, governo vai lançar mudanças estruturais para tirar o Brasil do atraso
Após sete meses de um esforço quase exclusivo em defesa da reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno pelos deputados federais, Guedes promete anunciar nas próximas semanas a conclusão de uma série de medidas — detalhadas nesta reportagem — que, somadas, vão destravar cerca de 4 trilhões de reais em uma década e podem dobrar o PIB per capita brasileiro nos próximos dez anos. Na falta de um nome oficial, o arsenal do ministro vem sendo chamado de “Plano Guedes”.
https://veja.abril.com.br/economia/plan ... escimento/
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
ok desse resumo. Por ordem minha opinião.
1-> Como prometer isso e dar independência ao BC? Não computa.
2-> Funciona esse ano, mas como mais de 80% do fgts tem apenas 1 salário minimo realmente a partir de 2020 o FGTS vai secar e deixar de ser opção pra dinheiro fácil na economia. Quanto ao valor vou acreditar que se consiga os 40 bi pq os dados costumam ser sólidos.
3-> Perigoso. O Mundo não ta absurdamente longe de outra crise, economias como a da Alemanha já estão sentindo o impacto das tarifas globais, EUA tem dado sinais que a economia não está saudável apesar de aquecida, China tb ta esfriando. Se liberar esse compulsório e bater uma crise os bancos podem se ver com um problema.
4-> Sou Cético que da pra salvar 400 BI automatizando o governo federal. Mesmo com um prazo de 10 anos. Isso porque muitas áreas já estão modernizadas e o máximo que pode ocorrer é uma melhoria de método, em como o trabalho é feito. Mas não discordo que a muita $$$$ pra salvar aqui.
5-> Volta da CPMF, mesmo sob outro nome vai ser +difícil que a previdência.
6-> Muito abstrato pra comentar.
7-> 990BI em privatização? Só se começar a vender o palácio do planalto, prefeituras, etc XD. Talvez por propaganda nos prédios públicos?
8-> Já ta confirmado que ficará abaixo de 1 TRI a previdência.
9 pra cima-> Eu botaria tudo do acima de 10 anos como indefinido. Algumas dependem das medidas abaixo, outras dependem do nível que vai ser mechido, etc etc etc.
1-> Como prometer isso e dar independência ao BC? Não computa.
2-> Funciona esse ano, mas como mais de 80% do fgts tem apenas 1 salário minimo realmente a partir de 2020 o FGTS vai secar e deixar de ser opção pra dinheiro fácil na economia. Quanto ao valor vou acreditar que se consiga os 40 bi pq os dados costumam ser sólidos.
3-> Perigoso. O Mundo não ta absurdamente longe de outra crise, economias como a da Alemanha já estão sentindo o impacto das tarifas globais, EUA tem dado sinais que a economia não está saudável apesar de aquecida, China tb ta esfriando. Se liberar esse compulsório e bater uma crise os bancos podem se ver com um problema.
4-> Sou Cético que da pra salvar 400 BI automatizando o governo federal. Mesmo com um prazo de 10 anos. Isso porque muitas áreas já estão modernizadas e o máximo que pode ocorrer é uma melhoria de método, em como o trabalho é feito. Mas não discordo que a muita $$$$ pra salvar aqui.
5-> Volta da CPMF, mesmo sob outro nome vai ser +difícil que a previdência.
6-> Muito abstrato pra comentar.
7-> 990BI em privatização? Só se começar a vender o palácio do planalto, prefeituras, etc XD. Talvez por propaganda nos prédios públicos?
8-> Já ta confirmado que ficará abaixo de 1 TRI a previdência.
9 pra cima-> Eu botaria tudo do acima de 10 anos como indefinido. Algumas dependem das medidas abaixo, outras dependem do nível que vai ser mechido, etc etc etc.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Marcelo Ponciano escreveu: ↑Qui Ago 01, 2019 4:56 pmAqui em Brasília também tem o BRB.delmar escreveu: ↑Qua Jul 31, 2019 9:16 pm O Alckmin, como candidato a presidente da república, foi o único a insistir em algo evidente no Brasil. A concentração do sistema bancário em pouco bancos, um processo que aconteceu ao longo dos últimos 20 anos. São cinco bancos apenas que concentram quase tudo. Bradesco, Itaú e Santander entre os particulares e Banco do Brasil e Caixa Federal entre os públicos. Aqui no Rio Grande do Sul ainda há um banco regional, que é o Banrisul. Há uma pressão para privatiza-lo e, se tal ocorrer, com certeza será comprado por um dos grandes e logo fechado . A concorrência ficará menor ainda.
Privatizar esses bancos locais é um grande erro. A legislação do sistema financeiro nacional não permite mais a criação de banco múltiplos na esfera estadual. Depois de privatizado se o estado quiser recriar o banco não será possível. Ao contrário da União, ela pode vender a Caixa e o BB e no dia seguinte abrir dois bancos estatais novos com os mesmos nomes.
Esses bancos estaduais só dão prejuízo se fizerem alguma merda muita grande (1). O BRB aqui no DF possui a folha de salário de todos os servidores Distritais, bem como das forças de segurança pública (PM e Bombeiros, que aqui são todos custeadas pelo tesouro federal).
96% do Capital do BRB é do Governo Distrital e 4% é privado negociado na Bolsa. Certo dia eu vi uma notícia com a lista das Sociedades Anônimas que pagam os melhores dividendos aos acionistas, o BRB estava no top 10.
No meu entender bancos públicos, se bem geridos e com responsabilidade (2), são uma excelente forma de forçar os bancos privados a negociarem taxas melhores (3). Sem eles eu tenho certeza que os juros no Brasil seriam pelo menos 3 vezes mais caros, sendo generoso(4).
1 - Maior merda do que já fizeram com a CEF, para ficar em um só exemplo? E não estou falando em politiqueiros e propinodutos, falo de multidões que compraram casas (e bem antes do "Minha Casa Minha Vida", vi isso acontecendo na primeira metade dos 90), apartamentos e outros imóveis, deram calote e ficou por isso mesmo. Tem pobre e tem rico no meio.
2 - Fácil de fazer isso quando as indicações são POLÍTICAS, onde competência NÃO É um requisito particularmente necessário, né?
3 - Aqui a inversão da lógica capitalista chega ao seu extremo: os juros são altos nos bancos privados porque os que pagam em dia têm que pagar pelos que não pagam, simples assim. Deus me livre de defender banco mas não tem como fazer os privados seguirem o sistema dos públicos: estes, quando têm prejuízos, tiram do bolso de todos os PAGADORES DE IMPOSTOS; já aqueles podem tirar apenas dos seus correntistas, seja em juros maiores de quem toma $$$ emprestado ou consome seus "serviços lucrativos para um futuro melhor", seja de gente que nem eu, que não pega empréstimo nem cai no conto do "futuro melhor" mas paga taxas bem salgadinhas só para ter conta corrente e cartão de crédito.
4 - Os juros no varejo (Brasil) só vão baixar no dia em que dar calote criar problemas realmente sérios a quem o faz; com a leniência de hoje e de sempre não tem jeito, o banco privado vai ter que tirar de quem paga para cobrir o débito deixado pelo caloteiro FDP.
É isso ou fechar as portas.
PS.: movi o debate para cá porque não é correto discutir privatização (ou não) de banco no tópico de investimentos no Mercado (Bolsas, Exchanges, etc).
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sorry Túlio mas isso é uma falácia que querem te fazer acreditar.os juros são altos nos bancos privados porque os que pagam em dia têm que pagar pelos que não pagam
Procure a % de caloteiros e compare com o de países africanos e verá que a muito tempo os juros se soltaram dessa logica. Brasil tem uma % de endividados menor que muito país mas 3-4x os juros deles. E não estou falando de 1º mundo.
De fato os juros altos do Brasil são "curiosamente" parte do problema de termos tantas pessoas endividadas. Quando tu cobra 300% de juros no cartão a.a praticamente não existe planejamento econômico que de conta da bola de neve.
De fato muitas taxas bancárias são tão difíceis de identificar que 90% dos usuários nem sabe que pagam por elas. E esse desconhecimento é incentivado porque permite a perpetuação do "esquema".
Sistema bancário brasileiro depois que entrou naquele período de hiperinflação viciou no lucro que a mesma gerava e não largou depois que a economia voltou ao normal.
Já passou quase 30 anos e continuamos dando droga pro viciado na esperança que ele um dia se toque que é hora de parar
Como desculpa usam os endividados, impostos, a chuva, infraestrutura, etc. Uma crise eterna que da recordes históricos de lucro em um país em crise econômica a pelo menos 4 anos. .
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sterrius escreveu: ↑Qui Ago 01, 2019 7:48 pm
Sorry Túlio mas isso é uma falácia que querem te fazer acreditar.
Procure a % de caloteiros e compare com o de países africanos e verá que a muito tempo os juros se soltaram dessa logica. Brasil tem uma % de endividados menor que muito país mas 3-4x os juros deles. E não estou falando de 1º mundo.
De fato os juros altos do Brasil são "curiosamente" parte do problema de termos tantas pessoas endividadas. Quando tu cobra 300% de juros no cartão a.a praticamente não existe planejamento econômico que de conta da bola de neve.
De fato muitas taxas bancárias são tão difíceis de identificar que 90% dos usuários nem sabe que pagam por elas. E esse desconhecimento é incentivado porque permite a perpetuação do "esquema".
Sistema bancário brasileiro depois que entrou naquele período de hiperinflação viciou no lucro que a mesma gerava e não largou depois que a economia voltou ao normal.
Já passou quase 30 anos e continuamos dando droga pro viciado na esperança que ele um dia se toque que é hora de parar
Como desculpa usam os endividados, impostos, a chuva, infraestrutura, etc. Uma crise eterna que da recordes históricos de lucro em um país em crise econômica a pelo menos 4 anos. .
Se for uma falácia, então simplesmente TODO o meu planejamento financeiro é baseado nisso e me adescurpes mas estou LONGE de quebrar.
Coisas como comprar com o cartão mas no fim do mês (ou dia 1º, hoje, no meu caso) pagar a fatura integralmente, sem juros pois calculou/ei o quanto ia ganhar e o custeio regular (alimentação, energia, internet, etc) antes de gastar, ao invés de ir fatiando, pegando empréstimo para pagar a conta que num dá pra pagar, "renegociando" depois o empréstimo e a nova fatura do cartão porque não aprendeu e saiu de novo gastando mais do que ganha e levando mais e mais no lombo, eis o caminho sem volta rumo ao SPC/SERASA.
No que me diz respeito os juros do Master, Visa, AMEX e de qualquer empréstimo bancário são totalmente irrelevantes, porque não compro nem consumo nada que venha com a palavrinha tenebrosa "juro" escrita em algum lugar. Foi um aprendizado longo e difícil mas posso dizer que FUNCIONA!
Mas me digas tu, um Taura que me parece "de esquerda", ou seja, que detesta capitalismo, banco (estes eu também detesto, apenas TOLERO por falta de alternativa) e consumismo (aí num sei, que o que eu vejo de xuxalixtx de iPhone num é mole ) desenfreado, o que achas que aconteceria aos juros bancários se todo mundo que pegou $$$ emprestado tirasse o ano que vem só para pagar o que deve e os que não pegaram nada não pegassem?
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
40% da população economicamente ativa tá no Serasa...e o povo não é caloteiro?
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Ok não vamos misturar as coisas.Túlio escreveu: ↑Qui Ago 01, 2019 8:11 pmSterrius escreveu: ↑Qui Ago 01, 2019 7:48 pm
Sorry Túlio mas isso é uma falácia que querem te fazer acreditar.
Procure a % de caloteiros e compare com o de países africanos e verá que a muito tempo os juros se soltaram dessa logica. Brasil tem uma % de endividados menor que muito país mas 3-4x os juros deles. E não estou falando de 1º mundo.
De fato os juros altos do Brasil são "curiosamente" parte do problema de termos tantas pessoas endividadas. Quando tu cobra 300% de juros no cartão a.a praticamente não existe planejamento econômico que de conta da bola de neve.
De fato muitas taxas bancárias são tão difíceis de identificar que 90% dos usuários nem sabe que pagam por elas. E esse desconhecimento é incentivado porque permite a perpetuação do "esquema".
Sistema bancário brasileiro depois que entrou naquele período de hiperinflação viciou no lucro que a mesma gerava e não largou depois que a economia voltou ao normal.
Já passou quase 30 anos e continuamos dando droga pro viciado na esperança que ele um dia se toque que é hora de parar
Como desculpa usam os endividados, impostos, a chuva, infraestrutura, etc. Uma crise eterna que da recordes históricos de lucro em um país em crise econômica a pelo menos 4 anos. .
Se for uma falácia, então simplesmente TODO o meu planejamento financeiro é baseado nisso e me adescurpes mas estou LONGE de quebrar.
Coisas como comprar com o cartão mas no fim do mês (ou dia 1º, hoje, no meu caso) pagar a fatura integralmente, sem juros pois calculou/ei o quanto ia ganhar e o custeio regular (alimentação, energia, internet, etc) antes de gastar, ao invés de ir fatiando, pegando empréstimo para pagar a conta que num dá pra pagar, "renegociando" depois o empréstimo e a nova fatura do cartão porque não aprendeu e saiu de novo gastando mais do que ganha e levando mais e mais no lombo, eis o caminho sem volta rumo ao SPC/SERASA.
No que me diz respeito os juros do Master, Visa, AMEX e de qualquer empréstimo bancário são totalmente irrelevantes, porque não compro nem consumo nada que venha com a palavrinha tenebrosa "juro" escrita em algum lugar. Foi um aprendizado longo e difícil mas posso dizer que FUNCIONA!
Mas me digas tu, um Taura que me parece "de esquerda", ou seja, que detesta capitalismo, banco (estes eu também detesto, apenas TOLERO por falta de alternativa) e consumismo (aí num sei, que o que eu vejo de xuxalixtx de iPhone num é mole ) desenfreado, o que achas que aconteceria aos juros bancários se todo mundo que pegou $$$ emprestado tirasse o ano que vem só para pagar o que deve e os que não pegaram nada não pegassem?
1-> Eu nunca chamei você de caloteiro .
2-> Planejamento financeiro é uma péssima maneira de ensinar ou explicar usando auto-exemplo porque pessoas tem vidas diferentes, empregos diferentes e segurança financeira diferentes.
Nem todos tem emprego estável ou se endividam porque querem. Sh*t happens, uma pessoa pode se endividar por exemplo salvando um parente no hospital. Podemos ficar a vida toda faando de segurança e planejamento financeiro e como ele é importante (E como brasileiro realmente não o tem em quantidade). Mas não é essa a questão .
A Questão que eu peguei foi 1 só. Que os juros são altos porque o brasileiro é caloteiro.
E eu lhe falei que é falso porque países com níveis parecidos de calote e economias bem mais instaveis tem juros bem menores. Ou seja, a formula se deslocou da realidade em algum período com o fim da hiperinflação.
3-> Você não usar cartão não torna o item irrelevante pro tema da economia brasileira. (Creio que é o que discutimos certo? . ) .
4-> Não vamos discutir cenários irrealistas como "e se o brasileiro não tive-se dividas?" ou "E se dessemos calote?". Voltemos a realidade!
Ninguém está falando de perdoar, deixar de pagar dividas ou parar o que não pode ser parado. (O consumismo).
Agora renegociar os juros dentro de uma economia que tem uma taxa Selic de 6% e uma inflação de 3,52% com um spread bancário realista (Ao invés dos quase 25-30% de hoje) é ser Esquerdista, até o guedes estará precisando receber a novidade
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Grande cupincha @Sterrius, desculpes ter te xingado de "esquerdista", que bom que não és "isso". Ainda assim, podemos discutir para sempre e vamos ficar no mesmo ponto, eu insistindo que mais de metade do Brasil tá devendo e não paga e isso não é a ÚNICA causa mas é uma das duas grandes (a "droga" inflacionária é outra, admito e por mim que os bancos se FUOOOOODAMMMM) pragas que nos assolam e tu achando que existe fórmula mágica. Na falta de palavras, vejamos se uma imagem vale mesmo por mil delas:
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Calma lá, vamos por partes, que nem Jack, o estripador!!!
Primeira coisa, o endividamento da população está diretamente relacionado com as taxas de desemprego altíssimas que temos. Existem caloteiros??? Existem sim, mas não são nem de longe 10% dos endividados. 90% dos endividados são pessoas que tiveram o consumo estimulado pelo estado em dívidas a longo prazo e perderam o emprego no ano seguinte. Ok, foi um erro, mas foram estimuladas como política estatal para aquecer a economia. Isso sempre deve ser considerado. Não são 64 milhões de caloteiros folgados que resolveram da noite para o prejudicar deliberadamente o sistema financeiro nacional e os bons pagadores. Tanto é verdade que quando o desemprego estava na casa dos 2 milhões (perto do que era considerado pleno emprego) a taxa de endividamento da população também era baixíssima.
O que me leva ao segundo ponto.
Mesmo quando o desemprego estava em baixa, mesmo quando o endividamento estava em níveis mínimos históricos, os juros cobrados no Brasil estavam entre os maiores do mundo. O que desmonta a tese do "bom pagador jesus cristo", que paga pelo pecado (leia-se dívida) do mundo.
O que ocorre no Brasil é sim a baixa concorrência. O Brasil tem basicamente 5 bancos grandes e uns outros 5 pequenos. Ja vi palestras afirmarem que nos EUA tem 3 mil bancos. Não sei se é verdade, não tenho acesso à fonte original. Mas assumindo essa premissa dá para se ter uma ideia da discrepância em termos de concorrência.
Dai entramos nos bancos públicos. A intervenção do estado no mercado como agente competidor é uma coisa excepcional até mesmo na nossa Constituição, por muitos considerada bastante permissiva. A regra geral é que as estatais servem para prestar serviços quando não há interesse do setor privado (por exemplo, energia nuclear). A ação do Estado como agente concorrente de uma empresa privada é absolutamente excepcional e conta, salvo melhor juízo, com apenas duas possibilidades previstas na Constituição: exploração de petróleo e sistema bancário.
Não vou nem falar do petróleo para evitar polêmica. Quanto ao segundo, a necessidade do estado ter bancos existe por dois motivos básicos: instrumento de política monetária e segurança do sistema financeiro. Como política monetária os bancos públicos soltam ou recolhem dinheiro a medida que o estado precisa controlar a inflação para mais ou para menos. Para segurança do sistema financeiro é para os bancos privados tenham acesso ao crédito estatal com disponibilidade diária. A maioria da população não sabe, mas os bancos privados pegam empréstimos diários com bancos públicos, para quitação no dia imediatamente posteiror, com intuito de adquirir liquidez para fazer frente a compromissos. E isso não ocorre raramente, ocorre necessariamente todo santo dia. Com base nos juros desses mini empréstimos é calculada a SELIC diária, que por sua vez é usada para calcular a Taxa Básica de Juros do País (a SELIC que conhecemos). Resumindo, sem bancos públicos o sistema financeiro colapsa no dia seguinte.
O que vem ao nosso penúltimo ponto, gestão e corrupção. Toda essa responsabilidade acima não seria cumprida com segurança se todo emprego público nos bancos estatais fosse um cabide para político. Existe sim aparelhamento, em todos os governos, mas no primeiro escalão. Só que imediatamente abaixo deles existe todo um corpo extremamente técnico que sustenta funcionamento do sistema financeiro nacional. Gente tão qualificada que o setor privado se estapeia para contratar eles quando saem do setor público e cumprem uma certa quarentena.
Por fim, no último ponto, como consequência indireta da existência dos bancos públicos aí sim temos a concorrência entre eles e o setor privado. E não vou nem citar pessoa física. Boa parte dos empréstimos para construção civil vem dessa concorrência. Tanto que quando o Bolsonaro falou que ia secar o FGTS a construção civil caiu matando no loby. A Caixa usa o dinheiro do FGTS para emprestar ao setor privado de construção civil. Essas empresas sabiam que os juros subiriam na estratosfera e demoveram o governo dessa ideia louca.
Então vejam, privatizar ou não um banco é uma escolha que vai muito mais além do simplesmente "acabar com cargos para corruptos".
Antes de sair metendo a foice (ou a guilhotina) nos bancos públicos é necessário que primeiramente todo o sistema financeiro nacional seja repensado. Fazer uma coisa sem pensar na outra vai provocar o maior colapso econômico da história da humanidade, sem exagero algum!!!!
Tanto que até mesmo para o Bolsonaro e o Guedes a extinção completa do BB e da CEF está, por hora, descartada. O que estão fazendo é privatizar subsidiárias (BB seguros, Caixa seguros, etc, etc)
Primeira coisa, o endividamento da população está diretamente relacionado com as taxas de desemprego altíssimas que temos. Existem caloteiros??? Existem sim, mas não são nem de longe 10% dos endividados. 90% dos endividados são pessoas que tiveram o consumo estimulado pelo estado em dívidas a longo prazo e perderam o emprego no ano seguinte. Ok, foi um erro, mas foram estimuladas como política estatal para aquecer a economia. Isso sempre deve ser considerado. Não são 64 milhões de caloteiros folgados que resolveram da noite para o prejudicar deliberadamente o sistema financeiro nacional e os bons pagadores. Tanto é verdade que quando o desemprego estava na casa dos 2 milhões (perto do que era considerado pleno emprego) a taxa de endividamento da população também era baixíssima.
O que me leva ao segundo ponto.
Mesmo quando o desemprego estava em baixa, mesmo quando o endividamento estava em níveis mínimos históricos, os juros cobrados no Brasil estavam entre os maiores do mundo. O que desmonta a tese do "bom pagador jesus cristo", que paga pelo pecado (leia-se dívida) do mundo.
O que ocorre no Brasil é sim a baixa concorrência. O Brasil tem basicamente 5 bancos grandes e uns outros 5 pequenos. Ja vi palestras afirmarem que nos EUA tem 3 mil bancos. Não sei se é verdade, não tenho acesso à fonte original. Mas assumindo essa premissa dá para se ter uma ideia da discrepância em termos de concorrência.
Dai entramos nos bancos públicos. A intervenção do estado no mercado como agente competidor é uma coisa excepcional até mesmo na nossa Constituição, por muitos considerada bastante permissiva. A regra geral é que as estatais servem para prestar serviços quando não há interesse do setor privado (por exemplo, energia nuclear). A ação do Estado como agente concorrente de uma empresa privada é absolutamente excepcional e conta, salvo melhor juízo, com apenas duas possibilidades previstas na Constituição: exploração de petróleo e sistema bancário.
Não vou nem falar do petróleo para evitar polêmica. Quanto ao segundo, a necessidade do estado ter bancos existe por dois motivos básicos: instrumento de política monetária e segurança do sistema financeiro. Como política monetária os bancos públicos soltam ou recolhem dinheiro a medida que o estado precisa controlar a inflação para mais ou para menos. Para segurança do sistema financeiro é para os bancos privados tenham acesso ao crédito estatal com disponibilidade diária. A maioria da população não sabe, mas os bancos privados pegam empréstimos diários com bancos públicos, para quitação no dia imediatamente posteiror, com intuito de adquirir liquidez para fazer frente a compromissos. E isso não ocorre raramente, ocorre necessariamente todo santo dia. Com base nos juros desses mini empréstimos é calculada a SELIC diária, que por sua vez é usada para calcular a Taxa Básica de Juros do País (a SELIC que conhecemos). Resumindo, sem bancos públicos o sistema financeiro colapsa no dia seguinte.
O que vem ao nosso penúltimo ponto, gestão e corrupção. Toda essa responsabilidade acima não seria cumprida com segurança se todo emprego público nos bancos estatais fosse um cabide para político. Existe sim aparelhamento, em todos os governos, mas no primeiro escalão. Só que imediatamente abaixo deles existe todo um corpo extremamente técnico que sustenta funcionamento do sistema financeiro nacional. Gente tão qualificada que o setor privado se estapeia para contratar eles quando saem do setor público e cumprem uma certa quarentena.
Por fim, no último ponto, como consequência indireta da existência dos bancos públicos aí sim temos a concorrência entre eles e o setor privado. E não vou nem citar pessoa física. Boa parte dos empréstimos para construção civil vem dessa concorrência. Tanto que quando o Bolsonaro falou que ia secar o FGTS a construção civil caiu matando no loby. A Caixa usa o dinheiro do FGTS para emprestar ao setor privado de construção civil. Essas empresas sabiam que os juros subiriam na estratosfera e demoveram o governo dessa ideia louca.
Então vejam, privatizar ou não um banco é uma escolha que vai muito mais além do simplesmente "acabar com cargos para corruptos".
Antes de sair metendo a foice (ou a guilhotina) nos bancos públicos é necessário que primeiramente todo o sistema financeiro nacional seja repensado. Fazer uma coisa sem pensar na outra vai provocar o maior colapso econômico da história da humanidade, sem exagero algum!!!!
Tanto que até mesmo para o Bolsonaro e o Guedes a extinção completa do BB e da CEF está, por hora, descartada. O que estão fazendo é privatizar subsidiárias (BB seguros, Caixa seguros, etc, etc)
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Ps: digitei tudo pelo celular, portanto sem muitos recursos de quote, citação, cores e setinhas. No máximo deu para colocar um negrito. Mas enfim, deu pra entender.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A batalha do Brasil na China
Em meio à guerra comercial do país asiático com os EUA, empresários brasileiros garantem investimentos de US$ 24,8 bilhões em rodadas de negociações com bancos e companhias chinesas
Artigo completo: https://www.istoedinheiro.com.br/a-bata ... -na-china/
Na semana em que a guerra comercial entre Estados Unidos e China chegou a seu ápice, uma delegação de representantes de 35 empresas paulistas desembarcou em Pequim, junto com o governador de São Paulo João Doria e seu time de secretários, para dar início à maior missão empresarial brasileira no país que tem a segunda maior economia mundial. Na contramão do alinhamento do governo de Jair Bolsonaro com Estados Unidos, Israel e União Europeia, as negociações tinham como desafio aproximar ainda mais o setor produtivo brasileiro das empresas chinesas. O maior parceiro comercial do Brasil gerou mais de US$ 56 bilhões em negócios no primeiro semestre deste ano. E apenas nos cinco dias da visita, o grupo liderado por Doria garantiu compromissos públicos e privados de investimentos de US$ 24,8 bilhões nos próximos quatro anos.
Em meio à guerra comercial do país asiático com os EUA, empresários brasileiros garantem investimentos de US$ 24,8 bilhões em rodadas de negociações com bancos e companhias chinesas
Artigo completo: https://www.istoedinheiro.com.br/a-bata ... -na-china/
Na semana em que a guerra comercial entre Estados Unidos e China chegou a seu ápice, uma delegação de representantes de 35 empresas paulistas desembarcou em Pequim, junto com o governador de São Paulo João Doria e seu time de secretários, para dar início à maior missão empresarial brasileira no país que tem a segunda maior economia mundial. Na contramão do alinhamento do governo de Jair Bolsonaro com Estados Unidos, Israel e União Europeia, as negociações tinham como desafio aproximar ainda mais o setor produtivo brasileiro das empresas chinesas. O maior parceiro comercial do Brasil gerou mais de US$ 56 bilhões em negócios no primeiro semestre deste ano. E apenas nos cinco dias da visita, o grupo liderado por Doria garantiu compromissos públicos e privados de investimentos de US$ 24,8 bilhões nos próximos quatro anos.
- Túlio
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Na verdade a Trade War não está no ápice, está até desescalando um pouco (por exemplo, o anúncio de que várias companhias Chinesas teriam suas sanções adiadas até dezembro, sob o pretexto de não atrapalhar as compras de Natal). Pessoalmente, me parece que é a famigerada calma antes da tempestade e só vou acreditar que isso é sério no que entrar setembro próximo e o mês for passando sem alterações, o que me parece improvável:
O USD continua alto demais, a ponto de ter passado e ficado acima da barreira psicológica de BRL 4 (ontem estava 4,05, hoje 4,03), além de o EUR estar apenas a USD 1,10, um dos valores mais baixos da história. Isso atrapalha as exportações dos EUA para o Brasil e dá competitividade extra aos Europeus, do mesmo modo que facilita nossas vendas e as deles às custas dos EUA.
Além de ter um verdadeiro oceano de petróleo do Irã "depositado" em tanques no seu território (mas não comprado), há uma multidão de Tankers do mesmo País parados nos portos ou navegando lentamente ao longo da costa da China, à espera do go ahead. Isso a mídia lamestream não noticia, e menos ainda que A PETROBRÁS se ligou na novidade e neste momento há Tankers brazucas fazendo a mesma coisa, just in case.
A "distensão" está levando os preços do petróleo de volta ao final do semestre passado (alta). Se tem notícia que não faz bem algum à reeleição do Trump, no momento quase uma certeza, é ser amplamente noticiado pela mídia - que lhe é extremamente hostil, e efusivamente retribuída - que o preço dos combustíveis na bomba SUBIU! Já basta a treta com os produtores de milho, dada a concessão cada vez mais ampla de dispensas a refinarias de ter que adicionar álcool (lá usam milho ao invés de cana) aos combustíveis, o que os encarece.
Como parece cada vez mais difícil se entender com o Irã (este trancou o pé e não quer nem saber, FUCK USA!), um recrudescimento das sanções contra a China parece-me apenas questão de (pouco) tempo. Sozinho o NO WAR não vai reeleger ninguém, é fundamental o CHEAP FUEL.
Mas e o Brasil? Bueno, até agora o DISCURSO pró-EUA parece estar mantendo os caras calmos o suficiente para que a PRÁTICA de negociar com todo mundo se mantenha sem problemas. É minha leitura da notícia acima. As reservas internacionais permanecem acima dos USD 380B.
O USD continua alto demais, a ponto de ter passado e ficado acima da barreira psicológica de BRL 4 (ontem estava 4,05, hoje 4,03), além de o EUR estar apenas a USD 1,10, um dos valores mais baixos da história. Isso atrapalha as exportações dos EUA para o Brasil e dá competitividade extra aos Europeus, do mesmo modo que facilita nossas vendas e as deles às custas dos EUA.
Além de ter um verdadeiro oceano de petróleo do Irã "depositado" em tanques no seu território (mas não comprado), há uma multidão de Tankers do mesmo País parados nos portos ou navegando lentamente ao longo da costa da China, à espera do go ahead. Isso a mídia lamestream não noticia, e menos ainda que A PETROBRÁS se ligou na novidade e neste momento há Tankers brazucas fazendo a mesma coisa, just in case.
A "distensão" está levando os preços do petróleo de volta ao final do semestre passado (alta). Se tem notícia que não faz bem algum à reeleição do Trump, no momento quase uma certeza, é ser amplamente noticiado pela mídia - que lhe é extremamente hostil, e efusivamente retribuída - que o preço dos combustíveis na bomba SUBIU! Já basta a treta com os produtores de milho, dada a concessão cada vez mais ampla de dispensas a refinarias de ter que adicionar álcool (lá usam milho ao invés de cana) aos combustíveis, o que os encarece.
Como parece cada vez mais difícil se entender com o Irã (este trancou o pé e não quer nem saber, FUCK USA!), um recrudescimento das sanções contra a China parece-me apenas questão de (pouco) tempo. Sozinho o NO WAR não vai reeleger ninguém, é fundamental o CHEAP FUEL.
Mas e o Brasil? Bueno, até agora o DISCURSO pró-EUA parece estar mantendo os caras calmos o suficiente para que a PRÁTICA de negociar com todo mundo se mantenha sem problemas. É minha leitura da notícia acima. As reservas internacionais permanecem acima dos USD 380B.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- delmar
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A economia brasileira vai mal. Teremos mais um ano de recessão e nada indica que o próximo, seguindo neste ritmo, vá ser melhor. Todas as medidas tomadas pelo super ministro da economia não tem alcançado o resultado esperado. Tenho acompanhado as chamadas reformas e vejo elas como necessárias, mas não são o suficiente para reanimar os negócios. Aqui perto de minha casa, em Porto Alegre na Av. Icaraí, tem um pequeno shopping - "Shopping Cristal" - com seis lojas de frente para a rua. Até algum tempo todas estavam funcionando, agora as seis estão fechadas com placas de aluga-se. Como estas há centenas, talvez milhares, de imóveis fechados onde antes existiam negócios. Alem de movimentarem a economia as lojas fechadas davam empregos que perderam-se.
As privatizações, no momento, não vão resolver nada do crescimento do PIB e do desemprego. Tomemos o exemplo de uma refinaria privatizada. Os compradores investem, digamos, 2 bilhões. O dinheiro vai para a Petrobras diminuir a sua dívida. O PIB não aumenta nada, pois a refinaria já existe e não criam-se novos empregos pois eles já existem. Para o crescimento do país é uma medida inócua. Construir uma refinaria nova é que deveria ser incentivado.
Alguma coisa vai mal e deve mudar.
As privatizações, no momento, não vão resolver nada do crescimento do PIB e do desemprego. Tomemos o exemplo de uma refinaria privatizada. Os compradores investem, digamos, 2 bilhões. O dinheiro vai para a Petrobras diminuir a sua dívida. O PIB não aumenta nada, pois a refinaria já existe e não criam-se novos empregos pois eles já existem. Para o crescimento do país é uma medida inócua. Construir uma refinaria nova é que deveria ser incentivado.
Alguma coisa vai mal e deve mudar.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
As privatizações vai ter sorte se sair metade delas. Cada uma delas precisará ser aprovada pelo congresso. Algumas eu consigo ver passar, outras só se o governo vender a alma.
Mtas das medidas anunciadas idem. È bom pra propaganda mas não adianta nada se não tiver trabalho legislativo. Que o governo ainda não se tocou que precisa trabalhar nessa área e que o Maia só vai comprar uma causa do governo se lhe for de interesse e do partido dele. (O que é uma obviedade que não sei como passa despercebido do planalto....).
E nada, reformas, privatizações, pagar contas etc resolve se você não tiver estabilidade jurídica e politica. E isso Bolsonaro não tem fornecido, voltando aos tempos de Dilma ao invés de pegar de onde o Temer deixou.
Cada crise politica, grande ou pequena, trabalha contra a economia.
A economia só vai melhorar
-> Após reformas.
-> Caos em brasília estancar.
-> Tempo. Conforme as pessoas perdem medo de gastar dinheiro de novo.
Outro exemplo do caos em brasilia. Maia foi acusado formalmente pela PF de vários crimes. E a PGR vai decidir em 15 dias se denuncia ou arquiva.
Que economista sensato vai por dinheiro no Brasil se nem sabe se a formula atual de governança dura 30 dias?
Mtas das medidas anunciadas idem. È bom pra propaganda mas não adianta nada se não tiver trabalho legislativo. Que o governo ainda não se tocou que precisa trabalhar nessa área e que o Maia só vai comprar uma causa do governo se lhe for de interesse e do partido dele. (O que é uma obviedade que não sei como passa despercebido do planalto....).
E nada, reformas, privatizações, pagar contas etc resolve se você não tiver estabilidade jurídica e politica. E isso Bolsonaro não tem fornecido, voltando aos tempos de Dilma ao invés de pegar de onde o Temer deixou.
Cada crise politica, grande ou pequena, trabalha contra a economia.
A economia só vai melhorar
-> Após reformas.
-> Caos em brasília estancar.
-> Tempo. Conforme as pessoas perdem medo de gastar dinheiro de novo.
Outro exemplo do caos em brasilia. Maia foi acusado formalmente pela PF de vários crimes. E a PGR vai decidir em 15 dias se denuncia ou arquiva.
Que economista sensato vai por dinheiro no Brasil se nem sabe se a formula atual de governança dura 30 dias?
- Rurst
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sony realiza corte de preços no Playstation 4 e em seus acessórios, mas deixará de produzir o console no Brasil
Medidas surgem semanas após atual governo determinar redução na taxa de IPI incidente sobre consoles e acessórios
Após o anúncio oficial da assinatura do decreto que reduziu a taxa de IPI sobre consoles e acessórios realizado no dia 14 de agosto, muitos esperavam alguma ação de uma das três principais atuais empresas do ramo sobre a implicância dessa redução em seus produtos.
Pois a Sony realizou um comunicado à imprensa brasileira hoje (26/08), onde anunciou uma redução de preço em seus dois atuais consoles (Playstation 4 e Playstation 4 Pro), no Playstation VR e nos controles Dualshock 4.
https://adrenaline.uol.com.br/noticias/ ... -no-brasil
A redução é de R$ 200 nos videogames e de R$ 10 nos controles, que reflete a redução de cerca de 10% sobre o IPI em tais itens, como fala a Sony em seu comunicado.
Como resultado da redução do IPI para videogames, nós iremos refletir essa mudança de preço em nossos produtos de hardware
Sendo assim, os novos preços sugeridos para o varejo dos consoles e acessórios da linha Playstation, que já estão valendo a partir da data do comunicado, são os seguintes:
PlayStation 4: de R$ 2.599 por R$ 2.399
PlayStation 4 Pro: de R$ 2.999 por R$ 2.799
PlayStation VR headset: de R$ 2.799 por R$ 2.599
Controle DualShock 4 (Preto): de R$ 259 por R$ 249
Controle DualShock 4 (cores adicionais): de R$ 279 por R$ 269
Obviamente que os preços citados pela Sony são referentes ao preço de varejo, não refletindo outras formas de compra. É possível, por exemplo, comprar um Playstation 4 de 500 GB por R$ 1.600, em média, no Mercado Livre.
Junto com a notícia na redução nos preços, a Sony também confirmou que estará deixando de produzir seus consoles no Brasil.
A empresa japonesa não justificou o motivo pela ação, mas se suspeita que com a redução na taxa de IPI em consoles e acessórios, agora seja mais vantajo para a Sony importar seus videogames e não montá-los na Zona Franca de Manaus, como fazia desde outubro de 2015.
Medidas surgem semanas após atual governo determinar redução na taxa de IPI incidente sobre consoles e acessórios
Após o anúncio oficial da assinatura do decreto que reduziu a taxa de IPI sobre consoles e acessórios realizado no dia 14 de agosto, muitos esperavam alguma ação de uma das três principais atuais empresas do ramo sobre a implicância dessa redução em seus produtos.
Pois a Sony realizou um comunicado à imprensa brasileira hoje (26/08), onde anunciou uma redução de preço em seus dois atuais consoles (Playstation 4 e Playstation 4 Pro), no Playstation VR e nos controles Dualshock 4.
https://adrenaline.uol.com.br/noticias/ ... -no-brasil
A redução é de R$ 200 nos videogames e de R$ 10 nos controles, que reflete a redução de cerca de 10% sobre o IPI em tais itens, como fala a Sony em seu comunicado.
Como resultado da redução do IPI para videogames, nós iremos refletir essa mudança de preço em nossos produtos de hardware
Sendo assim, os novos preços sugeridos para o varejo dos consoles e acessórios da linha Playstation, que já estão valendo a partir da data do comunicado, são os seguintes:
PlayStation 4: de R$ 2.599 por R$ 2.399
PlayStation 4 Pro: de R$ 2.999 por R$ 2.799
PlayStation VR headset: de R$ 2.799 por R$ 2.599
Controle DualShock 4 (Preto): de R$ 259 por R$ 249
Controle DualShock 4 (cores adicionais): de R$ 279 por R$ 269
Obviamente que os preços citados pela Sony são referentes ao preço de varejo, não refletindo outras formas de compra. É possível, por exemplo, comprar um Playstation 4 de 500 GB por R$ 1.600, em média, no Mercado Livre.
Junto com a notícia na redução nos preços, a Sony também confirmou que estará deixando de produzir seus consoles no Brasil.
A empresa japonesa não justificou o motivo pela ação, mas se suspeita que com a redução na taxa de IPI em consoles e acessórios, agora seja mais vantajo para a Sony importar seus videogames e não montá-los na Zona Franca de Manaus, como fazia desde outubro de 2015.