Brigadeiro Juniti Saito nos EUA

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Sniper
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#796 Mensagem por Sniper » Dom Jul 01, 2007 10:28 am

Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.


Essa reportagem só me deixa mais tranquilo em saber que o Brigadeiro Saito é uma pessoa inteligente e muito consciente e não vai embarcar em canoas furadas... :wink:




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orestespf
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#797 Mensagem por orestespf » Dom Jul 01, 2007 10:40 am

Sniper escreveu:
Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.


Essa reportagem só me deixa mais tranquilo em saber que o Brigadeiro Saito é uma pessoa inteligente e muito consciente e não vai embarcar em canoas furadas... :wink:


Como assim Sniper? Eu em particular, entendi este texto de outra forma, não sinaliza compras, apenas reivindica disponibilidade orçamentária e tenta passar certa "tranqïlidade" em relação ao Chávez.


Sds,

Orestes




PRick

#798 Mensagem por PRick » Dom Jul 01, 2007 10:55 am

orestespf escreveu:
Sniper escreveu:
Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.


Essa reportagem só me deixa mais tranquilo em saber que o Brigadeiro Saito é uma pessoa inteligente e muito consciente e não vai embarcar em canoas furadas... :wink:


Como assim Sniper? Eu em particular, entendi este texto de outra forma, não sinaliza compras, apenas reivindica disponibilidade orçamentária e tenta passar certa "tranqïlidade" em relação ao Chávez.


Sds,

Orestes


Parece que o Sr. Chavez não vai ditar nossa "pauta", devemos e podemos continuar nos armando, mas nem será por causa da Venezuela. Comprar de forma apressada é, na maioria das vezes, a pior maneira de comprar.

E o mesmo vale para a MB, a FAB não tem que ser pautada pelas necessidades das outras FA´s, cada uma tem necessidades diferentes.

[ ]´s




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Marino
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#799 Mensagem por Marino » Dom Jul 01, 2007 10:56 am

silverstone2 escreveu:
Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.



Caro Marino,

Eu sei que dá muito trabalho, mas será q vc pode postar a reportagem toda?

Desculpem o off topic, mas a revista Força Aérea deste trimestre tem boas reportagens sobre o C-390, 25 anos das malvinas, Rafale M no PA francês e Misseis ar-ar russos na AL

abraços

Trabalho algum caro amigo. Eu tinha transcrito somente a parte que normalmente nos interessa, mas segue na íntegra:

ENTREVISTA/BRIGADEIRO JUNITI SAITO

Não haverá apagão nas férias, diz comandante da Aeronáutica

Brigadeiro Juniti Saito afirma que foram providenciados reforços para o controle do tráfego aéreo e rebate as críticas sobre o treinamento de emergência

ELIANE CANTANHÊDE

COLUNISTA DA FOLHA

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, paulista de Pompéia, deixa bem claro que o debate sobre a desmilitarização do controle de tráfego aéreo saiu da pauta do governo: "O momento não é oportuno para tratar desse assunto", disse ele à Folha.

A entrevista foi em Guaratinguetá (SP), depois da formatura de novos sargentos, incluindo 67 controladores, e ele descartou aumentos e gratificações separadas para a categoria: "Se tiver aumento, tem de ser para todos [os militares]".

Saito, 65, conclamou a população a "viajar tranqüilamente nas férias, sem susto". Disse também que os aeroportos de Guarulhos, Galeão, Porto Alegre e Curitiba não vão mais fechar por causa de nevoeiros a partir do ano que vem.

Por fim, admitiu a preocupação dos militares brasileiros com a corrida armamentista da Venezuela.

FOLHA - Os apagões vão voltar com a concentração de vôos por causa das férias de julho?

JUNITI SAITO - Tenho convicção de que não haverá apagão nas férias, porque estamos com todos os nossos controladores de vôo trabalhando com dedicação e com profissionalismo.

Além disso, providenciamos reforços, até para aliviar a carga deles, e tomamos medidas em termos de tráfego aéreo que estão dando bons resultados. O povo brasileiro pode tirar suas férias e viajar de avião tranqüilamente, sem susto. A situação é de absoluta normalidade.

FOLHA - Quase cem controladores participaram da manifestação em Brasília, na terça, apesar das punições. Isso não indica que eles mantêm o movimento e podem parar os aeroportos no Pan, por exemplo?

SAITO - Não acredito, porque, antes de serem controladores, são militares. Têm compromisso com a instituição. Aliás, não só com a Aeronáutica, mas com todas as Forças Armadas. Eles não vão se mobilizar para uma paralisação, porque isso terá uma conseqüência muito grave para eles. Espero que tenham a cabeça no lugar e não façam nenhum movimento que possa prejudicá-los, porque, depois, eu não posso fazer mais nada. Aí, entra a Justiça Militar.

FOLHA - Quantos estão fora de operação, contando os que se solidarizaram com os punidos em Brasília e em Manaus?

SAITO - Hoje, nós temos exatamente 14 fora de operação. Até onde eu sei, não teve nenhum tipo de manifestação em Manaus, como se disse. O que ocorreu é que alguém divulgou que 22 deles estavam sendo indiciados, e então houve um estresse nesse momento, que logo passou. Tem alguém divulgando essas notícias para inquietá-los. É um tipo de terrorismo contra eles.

FOLHA - E como estão os IPMs?

SAITO - Manaus já terminou, Curitiba e Rio também. Os resultados foram encaminhados para a Justiça Militar. Mas nós não indiciamos. Nós fazemos a investigação e o procurador é que vai indiciá-los, ou não.

FOLHA - Quantos são os líderes?

SAITO - Poucos. Aqueles que estão comandando, creio que não chegam a 20. É esse pessoal da associação, com ramificações em alguns Estados. Do ponto de vista militar, não tem problema nenhum haver essas associações, mas a atuação desses membros está completamente fora do estatuto militar.

Nós, militares, não podemos ter associação, ação e muito menos sindicato com caráter reivindicatório. Nem se fala em sindicalismo, em ação sindical.

FOLHA - E o IPM do Cindacta-1, de Brasília?

SAITO - Ele terminou, eu li e achei que faltavam algumas investigações complementares e dei mais um prazo para o encarregado, até a segunda-feira [amanhã]. Faltava investigar algumas pessoas que a gente sabe com segurança que tiveram participação ativa.

FOLHA - Na operação de emergência, o treinamento dos controladores da Defesa para atuarem em tráfego civil caiu de 90 para 45 horas. Não é arriscado?

SAITO - Isso é intriga da oposição [risos]. Há várias gradações. Um sargento novinho cumpre uma determinada carga horária, mas esses que estão sendo deslocados são todos sargentos antigões, com 20 anos de prática. Então, o departamento responsável chegou à conclusão de que não havia necessidade daquela carga horária toda. Os controladores já são muito experientes.

FOLHA - Os controladores do tráfego civil dizem que os colegas da Defesa são preparados para aproximar pequenos jatos, não para separar Boeings com 300 pessoas a bordo.

SAITO - Você não acha muito mais difícil esse tipo de manobra, de aproximar aviões tão velozes sem bater? Nós nunca tivemos acidentes em operações de interceptação. É muito mais difícil trazer um avião para bem perto do outro do que manter a separação entre aeronaves comerciais que voam entre dois pontos certos.

FOLHA - Houve presença de controladores da Defesa na manifestação de Brasília? É possível uma "contaminação" de alguns deles pelo movimento?

SAITO - Simpatizantes? Acho que não. Eles são muito militarizados, enquanto o pessoal do ACC quer justamente o contrário, quer desmilitarizar. Então, há até uma certa animosidade às vezes.

FOLHA - Isso não dá uma idéia do clima psicológico tenso?

SAITO - Eles têm tido acompanhamento psicológico 24 horas por dia, "full time". Nós temos um instituto de psicologia de aeronáutica no Rio, e eles foram deslocados para Brasília. E estamos pensando, também, em contratar mais gente exclusivamente para o Cindacta-1.

FOLHA - O sindicato dos aeronautas reclamou da implantação dos "tubulões", considerando que não houve aviso e preparação prévia.

SAITO - Nós até atrasamos a implantação em 48 horas, para dar tempo de distribuir as Notam [Notificação para Aeronavegantes], que todo piloto, antes de ir para o vôo, tem que saber. Ali tem tudo o que há de novidades tanto na rota quanto no destino. Assim, nós informamos o que estávamos fazendo, quais as mudanças, quais os procedimentos necessários.

Exemplo: num trecho curto [São Paulo-Belo Horizonte], foi proibido o vôo acima do nível 260 [26 mil pés], para que o "tubulão" passasse sem nenhuma interferência, nem cruzamento. É uma emergência, acho que as pessoas entenderam.

FOLHA - Algum incidente?

SAITO - Houve um estressezinho no início, porque os planos de vôo repetitivos [de vôos de carreira diários] não haviam sido modificados, mas isso não comprometeu em absoluto a malha. Um ou outro avião ficou retido no Rio por uma hora, uma hora e meia. Agora, esse pessoal do sindicato foi precipitado, porque tenho recebido telefonemas de cumprimentos de comandantes de companhias aéreas. O "tubulão" é acima do nível 300 [30 mil pés], com mão única, sem cruzamento. Muito seguro.

FOLHA - Pode ficar assim?

SAITO - Essa é uma boa pergunta. Podemos pensar até em manter para todos os vôos para o Nordeste no futuro.

FOLHA - Outra coisa que ajudou a tumultuar os aeroportos foi a meteorologia. O que fazer?

SAITO - Sim. Já no próximo ano, vamos ter as três categorias do sistema ILS [Instrument Landing System, em inglês, ou sistema de pouso por instrumento, em português], que facilita o pouso sob nevoeiro. A número 2, que será em Brasília, permite descer até 60 metros da pista. A número 3, mais sofisticada ainda, permite completar o pouso e será no Galeão, em Guarulhos, Curitiba e Porto Alegre, que são mais fechados por nevoeiro. Nós vamos colocar. As companhias vão ter de investir, adequando suas aeronaves e treinando seus pilotos.

FOLHA - O Decea confirmou em documento parte das críticas dos controladores sobre a precariedade do sistema.

SAITO - Olha, aquele documento, que é sigiloso, não é um relatório de alerta nem de falha, é um plano de desenvolvimento do espaço aéreo brasileiro. Lamento muito que tenha sido divulgado, porque constam ali questões de segurança nacional na área defesa, mostrando algumas fragilidades, como detecção a baixa altura. Nós temos que conviver, porque é impossível ter uma defesa integral num país com as dimensões continentais do Brasil. Não há dinheiro que chegue.

FOLHA - Mas o relatório também se refere a tráfego civil.

SAITO - É, porque aquilo é um plano estratégico para 15, 20 anos. É um prognóstico para basear o planejamento futuro e mostra que a Aeronáutica tem planejamento de médio e longo alcance. Num trecho, diz que o sistema está atingindo a saturação, que precisa se atualizar, como tudo, porém que isso não influencia a segurança da operação aérea. Só quem quer atrapalhar e difamar o sistema vê de forma diferente.

FOLHA - A desmilitarização continua em pauta?

SAITO - O que o presidente Lula me disse é que ele não quer tocar na desmilitarização neste momento, e eu estou de pleno acordo. Nós temos de resolver o problema dos controladores, da falta de controladores, e essa crise que se instalou após a queda do Gol 1907. Se, mais tarde, o governo quiser, a gente conversa. A gente não tem nenhum ponto de vista de que tem de ser militarizado. Isso depende do governo, dos parlamentares e principalmente da mudança da Constituição. Não adianta os controladores dizerem que tem de desmilitarizar e pronto. Não é assim que funciona. O sistema é complexo, com mais de 13 mil pessoas, e é integrado. Os radares têm de ficar com a Aeronáutica. O momento não é oportuno para tratar disso.

FOLHA - A sociedade brasileira não ficou assustada ao saber que os controladores, que têm tanta responsabilidade, ganham tão pouco?

SAITO - A sociedade brasileira ficou, sim, indignada com um punhado de controladores capaz de criar esse tumulto todo que criou. Há uma grande maioria do bem, mas uma remuneração justa tem de ser para todos os militares, não posso favorecer uma categoria porque ela se acha privilegiada. Não existe isso nas Forças Armadas. Não é por aí. Se tiver aumento, tem de ser para todos.

FOLHA - E o inquérito da queda do Gol 1904, vai ter surpresa?

SAITO - Deve sair até setembro e acho que não vai ter muita surpresa. Muita coisa já vazou.

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.
A jornalista Eliane Cantanhêde viajou a Guaratinguetá a convite da FAB




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#800 Mensagem por Morcego » Dom Jul 01, 2007 1:26 pm

orestespf escreveu:
Marino escreveu:Nunca foi aventada a ida do SP para a França na MB.



Esquenta não irmão Marino, isso é bússula quebrada... rsrsrs


Abraços,

Orestes


EU AVISEI:

http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=10488&postdays=0&postorder=asc&start=750

morcego escreveu:ESPERO QUE VCS SAIBAM USAR UMA BUSSOLA.




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#801 Mensagem por Morcego » Dom Jul 01, 2007 1:28 pm

Marino escreveu:
orestespf escreveu:
Marino escreveu:Nunca foi aventada a ida do SP para a França na MB.



Esquenta não irmão Marino, isso é bússula quebrada... rsrsrs


Abraços,

Orestes

Caro irmão
Eu fui um que escrevi que estava havendo um enorme possibilidade do SP fazer uma comissão ao exterior, que iria impressionar seus críticos.
Não confirmo, hoje, que haverá tal comissão.
Uma série de fatores ocorrem, inclusive a necessidade de refazer um reparo, como já escrevi em outra parte.
Também escrevi que a MB não faz propaganda de suas viagens, ou do que alcança, o que considero uma grave falha.
Também escrevi perguntando, quando criticaram a MB comparando-a com o Chile, pelas comissões da ACh, se alguem poderia dizer quais comissões de caráter internacional a MB estava fazendo ou estaria envolvida, não valendo o Haiti e a Unitas. Não recebi resposta.
Volto a dizer que nunca foi aventada a possibilidade da ida do SP para a França.
Para os que pensam que a MB está enferrujando no cais, transcrevo uma nota publicada em BONO, então ostensiva:

COMANDO DE OPERAÇÕES NAVAIS
Marinha intensifica viagens ao exterior - O NE Brasil inicia hoje a XXI
Viagem de Instrução de Guardas-Marinha, que se estenderá até o início de dezembro. O programa de instrução e adestramento inclui a visita a dezessete portos estrangeiros, localizados nos seguintes países: Venezuela, Colômbia, México, Estados Unidos da América (2), Inglaterra, Noruega, Suécia, Rússia, Alemanha, Portugal, França, Itália, Egito, Grécia, Tunísia e Espanha, proporcionando, aos Guardas-Marinha e à tripulação, inestimável oportunidade de aprimoramento pessoal e de extensão de seus próprios horizontes, mediante o contato com outros povos e culturas.
Além da tradicional Viagem de Instrução, a Marinha tem procurado
proporcionar oportunidades semelhantes ao pessoal embarcado, incluindo viagens ao exterior na programação anual de adestramento.
Neste ano, até agora, em cumprimento ao previsto no PGACON/2007, os navios da Esquadra, da DHN e dos Distritos Navais, isoladamente ou integrando grupamentos operativos, já realizaram, - ou estão realizando -, oito viagens ao exterior, com doze portos visitados.
No momento, encontram-se atracados em Porto Rico, nos Estados Unidos, o NDCC Mattoso Maia e o S Tikuna. O primeiro, regressando do Haiti, onde desembarcou material para o batalhão brasileiro, enquanto o segundo realiza operação conjunta, do tipo “deployment”, com a marinha americana, estando seu regresso ao Brasil previsto para o final de outubro. O NVe Cisne Branco encontra-se atracado em Newport, EUA, onde participa de eventos que envolvem grandes veleiros (TALL SHIPS) de diversos países, com regresso ao Brasil previsto para o final de agosto.
Até o fim do ano, deverão ser realizadas outras dez comissões ao exterior, envolvendo cerca de vinte navios e aeronaves, com visitas a dezessete portos estrangeiros.
A Marinha pretende intensificar ainda mais as comissões ao exterior, por entender que, além de cumprirem a finalidade estratégica de “mostrar a bandeira” do Brasil, propiciam, às tripulações, oportunidade ímpar de enriquecimento cultural e, mercê da motivação que infundem, incentivam a dedicação ao serviço, contribuindo para a otimização do adestramento naval.

Um forte abraço também caro irmão.
Marino


O POBLEMA TA SENDO O DIABO DAS "EMPREITEIRAS", já pensou se o treem sai e do nada aparece uma naba.

do contrario vai dar uma boa pescaria.




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#802 Mensagem por Morcego » Dom Jul 01, 2007 1:31 pm

gingerfish escreveu:Qual é o problema de especular??

O cara tá achando que nós vamos ficar esperando trocentos anos por um pronunciamento oficial da FAB, para o assunto rolar.
No fórum tem mais que especular mesmo, é bom que aprendemos alguma coisa sobre o assunto.

(Homem especula, mulher fofoca)

Aos especuladores e seus admiradores, um abraço, aos demais, um nabo...


NÃO EXISTE PROBLEMA EM ESPECULAR.

toda via, DIZER ABERTAMETNE SE É PARA ESPECULAR ENTÃO EU FIQUEI SABENDO QUE A ENTREPRISE VEM PRA NOS, ai é querer tirar onda com os outros, e isso eu não gostei, EU NÃO VEJO PROBLEMA NENHUM NEM NO CARA SER LOBISTA POR EXEMPLO. pra mim isso já deu muito pano.




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#803 Mensagem por Morcego » Dom Jul 01, 2007 1:36 pm

Marino escreveu:
silverstone2 escreveu:
Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.



Caro Marino,

Eu sei que dá muito trabalho, mas será q vc pode postar a reportagem toda?

Desculpem o off topic, mas a revista Força Aérea deste trimestre tem boas reportagens sobre o C-390, 25 anos das malvinas, Rafale M no PA francês e Misseis ar-ar russos na AL

abraços

Trabalho algum caro amigo. Eu tinha transcrito somente a parte que normalmente nos interessa, mas segue na íntegra:

ENTREVISTA/BRIGADEIRO JUNITI SAITO

Não haverá apagão nas férias, diz comandante da Aeronáutica

Brigadeiro Juniti Saito afirma que foram providenciados reforços para o controle do tráfego aéreo e rebate as críticas sobre o treinamento de emergência

ELIANE CANTANHÊDE

COLUNISTA DA FOLHA

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, paulista de Pompéia, deixa bem claro que o debate sobre a desmilitarização do controle de tráfego aéreo saiu da pauta do governo: "O momento não é oportuno para tratar desse assunto", disse ele à Folha.

A entrevista foi em Guaratinguetá (SP), depois da formatura de novos sargentos, incluindo 67 controladores, e ele descartou aumentos e gratificações separadas para a categoria: "Se tiver aumento, tem de ser para todos [os militares]".

Saito, 65, conclamou a população a "viajar tranqüilamente nas férias, sem susto". Disse também que os aeroportos de Guarulhos, Galeão, Porto Alegre e Curitiba não vão mais fechar por causa de nevoeiros a partir do ano que vem.

Por fim, admitiu a preocupação dos militares brasileiros com a corrida armamentista da Venezuela.

FOLHA - Os apagões vão voltar com a concentração de vôos por causa das férias de julho?

JUNITI SAITO - Tenho convicção de que não haverá apagão nas férias, porque estamos com todos os nossos controladores de vôo trabalhando com dedicação e com profissionalismo.

Além disso, providenciamos reforços, até para aliviar a carga deles, e tomamos medidas em termos de tráfego aéreo que estão dando bons resultados. O povo brasileiro pode tirar suas férias e viajar de avião tranqüilamente, sem susto. A situação é de absoluta normalidade.

FOLHA - Quase cem controladores participaram da manifestação em Brasília, na terça, apesar das punições. Isso não indica que eles mantêm o movimento e podem parar os aeroportos no Pan, por exemplo?

SAITO - Não acredito, porque, antes de serem controladores, são militares. Têm compromisso com a instituição. Aliás, não só com a Aeronáutica, mas com todas as Forças Armadas. Eles não vão se mobilizar para uma paralisação, porque isso terá uma conseqüência muito grave para eles. Espero que tenham a cabeça no lugar e não façam nenhum movimento que possa prejudicá-los, porque, depois, eu não posso fazer mais nada. Aí, entra a Justiça Militar.

FOLHA - Quantos estão fora de operação, contando os que se solidarizaram com os punidos em Brasília e em Manaus?

SAITO - Hoje, nós temos exatamente 14 fora de operação. Até onde eu sei, não teve nenhum tipo de manifestação em Manaus, como se disse. O que ocorreu é que alguém divulgou que 22 deles estavam sendo indiciados, e então houve um estresse nesse momento, que logo passou. Tem alguém divulgando essas notícias para inquietá-los. É um tipo de terrorismo contra eles.

FOLHA - E como estão os IPMs?

SAITO - Manaus já terminou, Curitiba e Rio também. Os resultados foram encaminhados para a Justiça Militar. Mas nós não indiciamos. Nós fazemos a investigação e o procurador é que vai indiciá-los, ou não.

FOLHA - Quantos são os líderes?

SAITO - Poucos. Aqueles que estão comandando, creio que não chegam a 20. É esse pessoal da associação, com ramificações em alguns Estados. Do ponto de vista militar, não tem problema nenhum haver essas associações, mas a atuação desses membros está completamente fora do estatuto militar.

Nós, militares, não podemos ter associação, ação e muito menos sindicato com caráter reivindicatório. Nem se fala em sindicalismo, em ação sindical.

FOLHA - E o IPM do Cindacta-1, de Brasília?

SAITO - Ele terminou, eu li e achei que faltavam algumas investigações complementares e dei mais um prazo para o encarregado, até a segunda-feira [amanhã]. Faltava investigar algumas pessoas que a gente sabe com segurança que tiveram participação ativa.

FOLHA - Na operação de emergência, o treinamento dos controladores da Defesa para atuarem em tráfego civil caiu de 90 para 45 horas. Não é arriscado?

SAITO - Isso é intriga da oposição [risos]. Há várias gradações. Um sargento novinho cumpre uma determinada carga horária, mas esses que estão sendo deslocados são todos sargentos antigões, com 20 anos de prática. Então, o departamento responsável chegou à conclusão de que não havia necessidade daquela carga horária toda. Os controladores já são muito experientes.

FOLHA - Os controladores do tráfego civil dizem que os colegas da Defesa são preparados para aproximar pequenos jatos, não para separar Boeings com 300 pessoas a bordo.

SAITO - Você não acha muito mais difícil esse tipo de manobra, de aproximar aviões tão velozes sem bater? Nós nunca tivemos acidentes em operações de interceptação. É muito mais difícil trazer um avião para bem perto do outro do que manter a separação entre aeronaves comerciais que voam entre dois pontos certos.

FOLHA - Houve presença de controladores da Defesa na manifestação de Brasília? É possível uma "contaminação" de alguns deles pelo movimento?

SAITO - Simpatizantes? Acho que não. Eles são muito militarizados, enquanto o pessoal do ACC quer justamente o contrário, quer desmilitarizar. Então, há até uma certa animosidade às vezes.

FOLHA - Isso não dá uma idéia do clima psicológico tenso?

SAITO - Eles têm tido acompanhamento psicológico 24 horas por dia, "full time". Nós temos um instituto de psicologia de aeronáutica no Rio, e eles foram deslocados para Brasília. E estamos pensando, também, em contratar mais gente exclusivamente para o Cindacta-1.

FOLHA - O sindicato dos aeronautas reclamou da implantação dos "tubulões", considerando que não houve aviso e preparação prévia.

SAITO - Nós até atrasamos a implantação em 48 horas, para dar tempo de distribuir as Notam [Notificação para Aeronavegantes], que todo piloto, antes de ir para o vôo, tem que saber. Ali tem tudo o que há de novidades tanto na rota quanto no destino. Assim, nós informamos o que estávamos fazendo, quais as mudanças, quais os procedimentos necessários.

Exemplo: num trecho curto [São Paulo-Belo Horizonte], foi proibido o vôo acima do nível 260 [26 mil pés], para que o "tubulão" passasse sem nenhuma interferência, nem cruzamento. É uma emergência, acho que as pessoas entenderam.

FOLHA - Algum incidente?

SAITO - Houve um estressezinho no início, porque os planos de vôo repetitivos [de vôos de carreira diários] não haviam sido modificados, mas isso não comprometeu em absoluto a malha. Um ou outro avião ficou retido no Rio por uma hora, uma hora e meia. Agora, esse pessoal do sindicato foi precipitado, porque tenho recebido telefonemas de cumprimentos de comandantes de companhias aéreas. O "tubulão" é acima do nível 300 [30 mil pés], com mão única, sem cruzamento. Muito seguro.

FOLHA - Pode ficar assim?

SAITO - Essa é uma boa pergunta. Podemos pensar até em manter para todos os vôos para o Nordeste no futuro.

FOLHA - Outra coisa que ajudou a tumultuar os aeroportos foi a meteorologia. O que fazer?

SAITO - Sim. Já no próximo ano, vamos ter as três categorias do sistema ILS [Instrument Landing System, em inglês, ou sistema de pouso por instrumento, em português], que facilita o pouso sob nevoeiro. A número 2, que será em Brasília, permite descer até 60 metros da pista. A número 3, mais sofisticada ainda, permite completar o pouso e será no Galeão, em Guarulhos, Curitiba e Porto Alegre, que são mais fechados por nevoeiro. Nós vamos colocar. As companhias vão ter de investir, adequando suas aeronaves e treinando seus pilotos.

FOLHA - O Decea confirmou em documento parte das críticas dos controladores sobre a precariedade do sistema.

SAITO - Olha, aquele documento, que é sigiloso, não é um relatório de alerta nem de falha, é um plano de desenvolvimento do espaço aéreo brasileiro. Lamento muito que tenha sido divulgado, porque constam ali questões de segurança nacional na área defesa, mostrando algumas fragilidades, como detecção a baixa altura. Nós temos que conviver, porque é impossível ter uma defesa integral num país com as dimensões continentais do Brasil. Não há dinheiro que chegue.

FOLHA - Mas o relatório também se refere a tráfego civil.

SAITO - É, porque aquilo é um plano estratégico para 15, 20 anos. É um prognóstico para basear o planejamento futuro e mostra que a Aeronáutica tem planejamento de médio e longo alcance. Num trecho, diz que o sistema está atingindo a saturação, que precisa se atualizar, como tudo, porém que isso não influencia a segurança da operação aérea. Só quem quer atrapalhar e difamar o sistema vê de forma diferente.

FOLHA - A desmilitarização continua em pauta?

SAITO - O que o presidente Lula me disse é que ele não quer tocar na desmilitarização neste momento, e eu estou de pleno acordo. Nós temos de resolver o problema dos controladores, da falta de controladores, e essa crise que se instalou após a queda do Gol 1907. Se, mais tarde, o governo quiser, a gente conversa. A gente não tem nenhum ponto de vista de que tem de ser militarizado. Isso depende do governo, dos parlamentares e principalmente da mudança da Constituição. Não adianta os controladores dizerem que tem de desmilitarizar e pronto. Não é assim que funciona. O sistema é complexo, com mais de 13 mil pessoas, e é integrado. Os radares têm de ficar com a Aeronáutica. O momento não é oportuno para tratar disso.

FOLHA - A sociedade brasileira não ficou assustada ao saber que os controladores, que têm tanta responsabilidade, ganham tão pouco?

SAITO - A sociedade brasileira ficou, sim, indignada com um punhado de controladores capaz de criar esse tumulto todo que criou. Há uma grande maioria do bem, mas uma remuneração justa tem de ser para todos os militares, não posso favorecer uma categoria porque ela se acha privilegiada. Não existe isso nas Forças Armadas. Não é por aí. Se tiver aumento, tem de ser para todos.

FOLHA - E o inquérito da queda do Gol 1904, vai ter surpresa?

SAITO - Deve sair até setembro e acho que não vai ter muita surpresa. Muita coisa já vazou.

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.
A jornalista Eliane Cantanhêde viajou a Guaratinguetá a convite da FAB


Me pareceu estremamente CENTRADO, eu penso que a compra de aviões e material militar acompanhado de investimentos nos sistemas dos SINDACTA E TALZ não teriam problemas coma OPINIÃO PÚBLICA, na verdade PENSO que uma coisa ajuda a outra neste sentido, demonstrando que o governo liberou as verbas da FAB E TALZ.

toda via,

essa entrevista deixa mais clara a opção já colocada aqui pelo JUAREZ de que antes vem SINDACTAS, ETC; e só para o ano que vem teremos coisas mais FORTES, mas mesmo assim se considerarmos 6 BHwk+12 motores por 300 MILHAS como uma ""possivel"" compra anúnciada ainda este ano, podemos ter mais coisas ainda este ano tb.

VIVA A CEVADA.




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#804 Mensagem por Kratos » Dom Jul 01, 2007 2:54 pm

Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.


Gostei, pelo menos o Japa tem a cabeça em ordem.




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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#805 Mensagem por Sniper » Dom Jul 01, 2007 4:38 pm

PRick escreveu:
orestespf escreveu:
Sniper escreveu:
Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.


Essa reportagem só me deixa mais tranquilo em saber que o Brigadeiro Saito é uma pessoa inteligente e muito consciente e não vai embarcar em canoas furadas... :wink:


Como assim Sniper? Eu em particular, entendi este texto de outra forma, não sinaliza compras, apenas reivindica disponibilidade orçamentária e tenta passar certa "tranqïlidade" em relação ao Chávez.


Sds,

Orestes


Parece que o Sr. Chavez não vai ditar nossa "pauta", devemos e podemos continuar nos armando, mas nem será por causa da Venezuela. Comprar de forma apressada é, na maioria das vezes, a pior maneira de comprar.

E o mesmo vale para a MB, a FAB não tem que ser pautada pelas necessidades das outras FA´s, cada uma tem necessidades diferentes.

[ ]´s


Meus parabéns PRick! Disse tudo... :wink:




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#806 Mensagem por Alitson » Dom Jul 01, 2007 4:46 pm

Sniper escreveu:
PRick escreveu:
orestespf escreveu:
Sniper escreveu:
Marino escreveu:Extrato de uma reportagem da Folha:

FOLHA - Os investimentos em defesa aumentaram mais de 30% no mundo em dez anos. O Brasil não está muito defasado?

SAITO - Com certeza. Isso é uma coisa que todos sentimos. O próprio vice-presidente [José Alencar], quando ministro da Defesa, falou que os investimentos deveriam ser de 2.5% do PIB. Estamos longe disso.

FOLHA - A Venezuela está muito avançada em armamento, com aviões, submarinos e fuzis russos. Isso preocupa?

SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não.


Essa reportagem só me deixa mais tranquilo em saber que o Brigadeiro Saito é uma pessoa inteligente e muito consciente e não vai embarcar em canoas furadas... :wink:


Como assim Sniper? Eu em particular, entendi este texto de outra forma, não sinaliza compras, apenas reivindica disponibilidade orçamentária e tenta passar certa "tranqïlidade" em relação ao Chávez.


Sds,

Orestes


Parece que o Sr. Chavez não vai ditar nossa "pauta", devemos e podemos continuar nos armando, mas nem será por causa da Venezuela. Comprar de forma apressada é, na maioria das vezes, a pior maneira de comprar.

E o mesmo vale para a MB, a FAB não tem que ser pautada pelas necessidades das outras FA´s, cada uma tem necessidades diferentes.

[ ]´s


Meus parabéns PRick! Disse tudo... :wink:


Essa é para dar uma alfinetada...

Então o Cháves está comprando muito mal, do dia para a noite, após o bloqueio, comprou tudo que está recebendo. Escolhe, compra e recebe em 12 meses. Diria que isso sim é pressa...
:wink:




A&K M249 MK.I
G&P M4 CARBINE V5
G&P M4A1
G&P M16A3+M203
ARES SCAR-L
KING ARMS M4CQB
STARK ARMS G-18C GBB
CYMA G-18C AEP
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#807 Mensagem por Carlos Lima » Dom Jul 01, 2007 5:23 pm

Ol'a Srs

Estava pensando um pouco sobre o assunto e na verdade acho que tirando os ca'cas, no resto at'e que estamos indo bem demais... vejam s'o:

Chaff/Flare em aviao de transporte... MFD nos bichos, BH com Minigum, Misseis e bombas inteligentes, casulos de interefencia, reconhecimento Stand-off, AEW, Elint, Sigint, S. Tucanos da vida, BVR, Missil anti-radiacao, Datalink, etc! (e uso o Etc porque realmente tem mais :shock: )

Isso s'o das coisas que sabemos que existem (sem rumores)!

Se somarmos a isso, o que os colegas tem ouvido por ai... putz :shock: !

Desculpem, eu sei que tirei o topico dos trilhos :oops: , mas 'e que as vezes se olharmos por uma perspectiva maior, at'e que estamos correndo atras do prejuizo no que da para correr atras...

Eu penso que se (e quando) aeronaves como o F-16 ou coisa parecida chegarem por essas bandas, vai ser mais para o piloto se adaptar aeronave (simplifiquei :wink: ), pois em termos de doutrina de combate BVR, Datalink, e outras coisinhas... n'os j'a estaremos sabendo...

Doutrina implementada (no nosso caso 'sendo'), e s'o a plataforma que precisa ser atualizada (vide Chile).

Vejo que estamos indo bem mesmo se comparados com anos atras...

Honestamente desde que nasci e me entendo por gostar de aviacao nunca vi tanta noticia boa para a FAB ...

...me lembro das noticias na S&D dizendo que haviamos comprado um "lote" de AIM-9b (P4)... quase chorei porque achava que esse troco nem fabricava mais... :cry: ja que em 82 os ingleses j'a utilizavam o "9L" e a noticia do 9B(P4) era de 1989 :shock: :roll: ...

... e isso na 'epoca era considerada uma "boa" noticia!

Entao sei la... sei que vejo aqui os colegas falando de urgencia, mas tirando isso se levarmos em consideracao somente o que vem ocorrendo antes de qualquer "urgencia"... o negocio est'a bom...

Imagina com urgencia :wink:

S'o uma opni~ao

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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#808 Mensagem por Morcego » Dom Jul 01, 2007 6:21 pm

CONCORDO COM O CB/-LIMA, precisamos entender que nossa perspectiva é outra; e que não chegaremos de uma hora para outra no PATAMAR 1000 SEM ANTES PASSAR PELO PATAMAR 600.

já CHAVEZ ainda esta mesmo com essa correria numa patamar 400, o problema é a geo-politica no momento já que não temos condições de reserva que tinhamos antes, pow ANTES NOS ENCARAVAMOS TODOS JUNTOS ALI EM CIMA COM UMA RELATIVA TRANQUILIDADE, hoje estamos tendo que botar os mapas na mesa e PENSAR onde otimizar nossos recursos e aumentar nosso planejamento.

AINDA TEMOS GAP pra decidir, mas ele esta se esgotando.




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#809 Mensagem por Booz » Dom Jul 01, 2007 7:01 pm

"SAITO - O Brasil perdeu a liderança há muito tempo. Pelo menos em termos de Força Aérea, perdeu, acho, para o Chile, Peru, agora a Venezuela. A nós, militares, preocupa muito esse arsenal que a Venezuela está comprando, obviamente. Mas não vemos isso como uma ameaça, porque o Brasil pode não ter já, mas tem muito potencial. Qualquer país, antes de tomar qualquer atitude, vai pensar nisso. Nós temos, por exemplo, um pessoal muito preparado, e isso é importantíssimo. Material, você compra de um dia para outro, mas pessoal você não prepara, não."

Esses pronunciamentos, mormente pré-pensados quando dados em entrevistas, específica e principalmente quando o assunto é geopolítica e envolvendo o Chavito, tem uma carga enigmática densa e nebulosa.
Pode-se dizer que o brigadeiro lastreou muita coisa nas entrelinhas, ou então que não disse absolutamente nada do que está realmente ocorrendo.

Em minha particular opinião, balizando-me nas conseqüências do efeito "Chapolin Colorado", tanto às FFAA (no caso a FAB), levados pela turma dos emplumados da diplomacia lulesca, querem é incomodar o mínimo o coronel maluquinho. A diferença está nos motivos que geram esta pudicidade no trato.
A diplomacia, com seus sonhos dionísicos e trescalatos, quer um Mercosul com todos os países de mãozinhas dadas e aplaudindo desvairadamente o Brasil para um assento permanente no CS da ONU.
As FFAA porque sabem no que estão frágeis e até onde podem responder a movimentos mais agressívos dos "lelés da cuca" que nos roeiam.

Contudo, nem um candango de Brasília duvidaria, cedo ou mais tarde, o bolivariano, o "paragüense, as FARC ou o índio flatulento (um só ou em conjunto) irão nos causar problemas. E se nóa não tivermos força de dissuação que os faça pensar antes de perpetrar tal cag#da, teremos coisa pior, que é os americanos correndo Amazônia adentro fingindo que estão ajudando a impor à paz.

E que não venham dizer que o bolivariano encrenqueiro não nos traria problemas, porque seu inimigo número 1 são os americanos do norte. Ele quer, ele precisa de uma encrenca, E essa virá. Porque ele bate de frente com tantos parâmetros e interesses, que mais dia menos dia esbarra em confronto direto conosco ou outro qualquer.
Sem encrenca como ele justificaria os petrodólares que anda torrando?

As vezes leio que não há interesse estratégico, dele, em cutucar o Brasil. Mas, se pensarmos que interesses não há apenas os diretos a gama de possibilidades aumenta geometricamente.

Infelizmente, o Itamaraty anda fazendo a exarcebação da sua costumeira política de "pó-dearroz". Tudo bem, um país emergente, e no quintal de um todo poderoso, não pode aspirar a brigão. O que não significa que tenha que ser um "capão". Por outro lado, está se deixando um espaço demasiado para às estrepolias do bolivariano doidão. Agora mesmo, nosso chanceler, deu uma entrevista que se colocou ridícula depois das palavras do Chavez.
Disse o chanceler Amorim (publicado em "O Globo", data-hoje):
"...esperamos uma palavra simpática ao senado brasileiro".

Aí, disse o Chavito em resposta (em entrevista no Irã - publicado no mesmo jornal, mesma dt):
"Se eles não querem que nós entremos no Mercosul nós não temos nenhum problema. Inclusive, sou capaz de retirar a solicitação."
Ou seja, só faltou nos mandar à ....!
E afina, o que o chanceler queria que o Chaves dissesse? Que mandasse um beijo, um bilhete enamorado?

Por isto, posso entender as dificuldades enfrentadas pelos comandantes militares para reequipar suas forças. Se, por um lado, há a rabugência das pastas de econômia, por outro esbarram nos "via...", digo, nos delicados diplomatas brasileiros, que seguem com seus sonhos idílicos com um Mercosul virtual (que já morreu há muito mas esqueceram de enterrar).

Em suma: Em minha opinião o brigadeiro falou o que podia. Não disse o que se encaminha, até porque já é um esforço hercúleo guardar segredo no Brasil, como se vê no caso dos documentso sobre a guarda do espaço aéreo (citado à entrevsita). Ele não pode sair dizendo nem o que pretende, muito menos se há algo sendo encaminhado (no quesito compras de armamentos), sob pena de ver melar tudo por obra dos "contrários" e prós-chavistas no governo.

Com certeza, o efeito Chaves é irreversível. E para às FFAA será benéfico, quanto à sua reequipagem.
Excetuando-se que os caras lá da belacap sejam mais loucos, muito mais loucos mesmo, do que o Chapolin Colorado. :lol:




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#810 Mensagem por Dieneces » Dom Jul 01, 2007 9:18 pm

morcego escreveu:CONCORDO COM O CB/-LIMA, precisamos entender que nossa perspectiva é outra; e que não chegaremos de uma hora para outra no PATAMAR 1000 SEM ANTES PASSAR PELO PATAMAR 600.

já CHAVEZ ainda esta mesmo com essa correria numa patamar 400, o problema é a geo-politica no momento já que não temos condições de reserva que tinhamos antes, pow ANTES NOS ENCARAVAMOS TODOS JUNTOS ALI EM CIMA COM UMA RELATIVA TRANQUILIDADE, hoje estamos tendo que botar os mapas na mesa e PENSAR onde otimizar nossos recursos e aumentar nosso planejamento.

AINDA TEMOS GAP pra decidir, mas ele esta se esgotando.
Análise real , sem sofismas , mitos e elocubrações estratosféricas . Parabéns Cb_Lima e Sd_Morcego. :wink:




Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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