Página 54 de 578

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Abr 07, 2010 12:31 pm
por marcelo l.
MERCADOS - Rússia e Índia avançam pouco na AL / Marta Watanabe
O levantamento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) compara também a participação de mercado das exportações brasileiras em relação à Índia e à Rússia em 11 regiões diferentes do mundo.

Diferentemente do que aconteceu na comparação com a China, o Brasil ainda continua com vantagens de mercado na América Latina em relação à Índia e Rússia. Em relação à Europa Ocidental e Ásia - , o Brasil teve perda na comparação com os dois países.

Em relação à Índia, o Brasil teve ganhos de US$ 3,42 bilhões nas exportações à América Latina. A vantagem da Índia foi de US$ 2,1 bilhões. O desempenho dos indianos foi bem melhor que o do Brasil nos Estados Unidos, com ganho de US$ 7,7 bilhões. A vantagem brasileira foi de US$ 6,43 bilhões. O resultado líquido de todas regiões incluídas na pesquisa, porém, é mais favorável ao Brasil, que ficou com avanço de US$ 27,29 bilhões enquanto o ganho indiano foi de US$ 21,82 bilhões.

Na comparação com a Rússia, o resultado líquido foi pior para as exportações brasileiras. Enquanto o Brasil teve vantagem líquida total de US$ 45,37 bilhões, a Rússia teve ganho de US$ 56,3 bilhões. O avanço de mercado dos produtos brasileiros concentrou-se na América Latina, com adição de US$ 13,65 bilhões. Os russos ficaram com US$ 2,57 bilhões. A Rússia perdeu também para o Brasil nas exportações para os EUA, mas avançou bem mais nas vendas para a Europa Ocidental, onde teve ganho de US$ 29,32 bilhões, ante US$ 13,14 de vantagem brasileira. Na Ásia o avanço dos russos foi de US$ 17,11 bilhões e o do Brasil, US$ 10,25 bilhões. (MW)

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Abr 09, 2010 8:35 am
por marcelo l.
http://blogs.estadao.com.br/jpkupfer/

O artigo da colunista Mary O’Grady, do Wall Street Journal, publicado na segunda-feira, em que ela recomenda conter o entusiasmo com a economia brasileira, é um caso curioso de título correto num texto estrábico.

Há, de fato, muitas razões para moderar o entusiasmo com a economia brasileira, mas não as que O’Grady relaciona. Seu foco exclusivo são as reformas neoliberais, que permanecem incompletas, e sua preocupação é com o ambiente para a realização de negócios no Brasil, que, também de acordo com o manual neoliberal, é inóspito.

Daí se segue que o confessado ceticismo da colunista é coerente. E que, dentro da lógica dura de seu ponto de vista, o governo do presidente Lula, aí incluída a gestão de Henrique Meirelles no Banco Central, nada fez. Trata-se, porém, de um ponto de vista estrábico.

Quando se olha a realidade sem os antolhos que restringem a visão de O’Grady, é possível enxergar além do pouco que o governo avançou nas reformas do sistema tributário e das relações trabalhistas. Sem entrar no mérito do tipo de reformas que deveria ser implementada – e aqui não se está imaginando que devessem ser necessariamente as da preferência neoliberal –, são áreas em que o governo Lula andou realmente pouco.

Mas, se a colunista olhasse para um lado mais social das ações econômicas, talvez moderasse seu ceticismo. Houve, nos últimos oito anos, uma incontestável aceleração positiva nos indicadores sociais. O Brasil, por exemplo, já alcançou – e em alguns casos superou – as Metas do Milênio, estabelecidas pela ONU para 2015.

Mantida a velocidade atual, a pobreza extrema no Brasil, que, pelas Metas do Milênio, para todo o planeta, deveria ser reduzida à metade, daqui a cinco anos, terá sido simplesmente erradicada. Os impactos positivos de fatos como esse para o ambiente de negócios é óbvio. E este é só um exemplo.

(O gráfico aí, retirado do quarto Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Milênio, (mal) divulgado agora no mês passado, mostra, com nitidez, uma evolução contínua da pobreza extrema, com aceleração no governo Lula.)

http://blogs.estadao.com.br/jpkupfer/fi ... 24x695.jpg

colunista do WSJ se vale do relatório “Doing Business”, do Banco Mundial, para sustentar seu ceticismo a respeito do futuro da economia brasileira. Eis aí um outro erro de visão. O “Doing Business” se vale de critérios duvidosos, na maior parte do repertório neoliberal, para classificar os países pela maior ou menor facilidade para a realização de negócios. Faz uma salada indigesta de economias de todos os tamanhos, disponibilidade de recursos e graus de desenvolvimento, na qual o Brasil sempre se sai mal, ocupando, no ranking, posições pouco confortáveis entre os piores.

Não é difícil perceber o mal entendido desse ranking. Ele confunde facilidade para fazer negócios, do ponto de vista da burocracia, da carga tributária e das regulamentações, com a efetiva capacidade para abrigar e desenvolver negócios. Um país no limite do paraíso fiscal, cujo único atrativo econômico é, justamente, a facilidade de fazer negócios, ficará à frente de países mais estruturados, com mercados fortes, num ranking dessa natureza. É o que ocorre, sem tirar nem por, com o “Doing Business”.

Por essa razão, países como Tonga, Palau, Kinbati, Vanuatu e Santa Lúcia, minúsculos remanescentes da exploração colonial, aparecem mais bem colocados do que o Brasil, onde, a cada ano, os investimentos diretos estrangeiros somam US$ 30 bilhões. Ninguém está dizendo que é fávil fazer negócios no Brasil, que não há enormes barreiras burocráticas, que a carga tributária é excessiva, as relações trabalhistas antiquadas. Mas a mensagem de um tal volume de investimentos estrangeiros é clara: fazer negócios no Brasil não é fácil, mas é bom.

Resumindo o trololó: não é preciso gastar muita energia para verificar que o artigo de Mary O’Grady, com todo o respeito, é uma bobagem.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Abr 14, 2010 6:50 am
por Rui Elias Maltez
Economia
Brasil já festeja oitavo lugar no mundo

por SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro Hoje / http://dn.sapo.pt/inicio/economia/

A Economist Intelligence Unit (EIU) anunciou, numa das suas últimas edições, que o Brasil é já a oitava economia do mundo - o que muitos especialistas diziam que só ocorreria dentro de algumas décadas. Não é de estranhar, assim, que o país tenha um saldo da balança comercial positivo em 18,3 mil milhões de euros, reservas de 180 mil milhões de euros e uma perspectiva de crescimento de 5% nos próximos anos.

Os dados são todos positivos: em 2009, o Brasil exportou 113 mil milhões de euros e importou 94 mil milhões de euros, o que lhe gerou um saldo positivo de 18,3 mil milhões de euros; o país, que na década de 1980 foi considerado incumpridor com os credores externos e teve de pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dispõe agora nos seus cofres de reservas de 180 mil milhões de euros - um pouco mais do que a sua dívida externa. Portanto, não depende de terceiros para ir em frente, motivo pelo qual foi recentemente considerado a oitava maior economia do mundo pela Economist Intelligence Unit (EIU).

A KPMG fez uma pesquisa mundial e concluiu que os empresários brasileiros são, no momento, os mais optimistas do mundo. Os mais entusiastas dizem que não só as reservas de petróleo estão a crescer mas que, se no futuro a grande commodity for a água potável ou a geração de oxigénio, o Brasil também estará em boas condições, graças à floresta amazónica.

A história recente do país foi atribulada. De 1964 a 1985, o Brasil viveu sob regime militar. Depois veio a hiperinflação, com taxas de até 900% ao ano e, em 1992, ocorreu a saída do presidente Collor de Mello, obviamente com reflexos negativos na economia. Em 2002, quando o Presidente Lula ganhou, gerou-se algum pânico, pois temia-se que o ex--metalúrgico aplicasse normas radicais do (seu) Partido dos Trabalhadores (PT), o que não aconteceu. Lula, que nos comícios falava em punir bancos e renegar a dívida externa, enviou uma mensagem de paz, ao colocar como presidente do Banco Central o economista Henrique Meirelles, ex-presidente mundial do Bankboston - o que serviu como garantia de que não iria afrontar a comunidade financeira local e externa.

A britânica EIU afirma que as políticas bem-sucedidas adoptadas pelo Governo contribuíram para a sua recente ascensão. "Mas, por detrás da performance brasileira há também deficiências, como uma economia ainda fechada, o que, por acaso, surgiu como vantagem durante a crise mundial, mas que no longo prazo tende a pesar negativamente", detalha a EIU. Mas a euforia é tão grande que Lula chegou a afirmar que o país vive a melhor fase desde a proclamação da República, em 1889.

O Presidente do Brasil quer um lugar no Conselho de Segurança da ONU para o país e até já viajou ao Médio Oriente para tentar fazer do emergente país sul-americano um mediador relevante da crise entre árabes e judeus, além de líder na América do Sul. Enquanto não faz parte do G-8, o Brasil procura levantar a voz em fóruns como o G-20. Uma prova da nova força brasileira está nas suas empresas gigantecas, como a Petrobras e a empresa mineira Vale.

Em razão do bom momento, Lula foi reeleito em 2006 e hoje está com 80% de popularidade, o que é raro, após mais de sete anos de Governo. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a conjuntura internacional ajudou até 2008, mas, com a crise, o Presidente Lula acertou, ao reduzir impostos - sobre carros e máquinas de lavar - e ampliar o investimento público. Com isso, em 2009, ano de crise mundial, o Brasil decresceu apenas 0,2% e, para 2010, a sua economia deve crescer 5,2%. A previsão oficial é de que vai crescer acima de 5% nos próximos anos.

Num ponto, economistas de todos os matizes concordam: o Brasil deveria aproveitar a actual fase de vacas gordas para fazer uma sólida reforma tributária e racionalizar a cobrança de impostos, para estimular um crescimento sustentado. Outra reforma urgente é a trabalhista: hoje, um patrão que contrata um empregado por 300 euros paga outros 300 euros ao Governo, para uma série de impostos e fundos. Isso desincentiva as contratações e estimula a informalidade no trabalho.

Com o seu estilo informal, Lula afirmou: "As razões do sucesso da economia brasileira e da sua menor exposição aos efeitos da crise financeira global foram a expansão da oferta de crédito e a ampliação do mercado interno, por meio de políticas de distribuição de rendimentos. Éramos uma economia capitalista sem capitalismo", diz.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Abr 15, 2010 4:49 pm
por jbatista
O crescimento do PIB durante o século XX foi, em média, de 5% ao ano, sendo que nas 4
primeiras décadas e nas duas últimas o desempenho econômico ficou abaixo desta média. Apenas nas 4
décadas entre 1940 e 1980 o crescimento do PIB ficou acima da média do século, sendo que as décadas
de 1950 – particularmente o período do governo JK – e de 1970 – particularmente os períodos do
“milagre econômico” e do IIº PND (governo Geisel) – apresentaram os melhores desempenhos.
Comparado a outros países do mundo, o desempenho econômico do Brasil no século passado ficou
acima da média. Todavia, a situação se deteriorou no final do século, sendo que os dois piores
resultados do PIB aconteceram nas duas últimas décadas. Os dados mostram ainda que a oscilação
econômica ocorreu independentemente das oscilações demográficas.
Fonte: IBGE e IPEADATA. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :( :( :( :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?:

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 12:06 am
por PRick
Consumo cresce em ritmo chinês e pressiona juros
A demanda dos brasileiros - que inclui consumo das famílias, gastos do governo e investimentos das empresas - está crescendo em ritmo chinês. O desempenho surpreendeu a maioria dos analistas e deixou o mercado de juros nervoso.

AE | 18/04/2010 08:02

A demanda dos brasileiros - que inclui consumo das famílias, gastos do governo e investimentos das empresas - está crescendo em ritmo chinês. O desempenho surpreendeu a maioria dos analistas e deixou o mercado de juros nervoso. Bancos e consultorias já projetam uma alta maior da taxa básica de juros (Selic) na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom).

No segundo semestre de 2009, a demanda doméstica já crescia a uma taxa anual de 10,5%, de acordo com levantamento do ex-diretor do Banco Central (BC) e economista-chefe do Santander Brasil, Alexandre Schwartsman. A série elaborada por ele revela que é o ritmo mais forte em 15 anos.

Segundo especialistas, tudo indica que, no primeiro trimestre de 2010, o crescimento manteve a mesma toada, na pior das hipóteses. Mas há quem diga que estaria hoje ao redor de 13% ao ano, similar ao chinês - de janeiro a março, a demanda doméstica da China cresceu 13,1%.

Por isso, nas últimas semanas, muitas instituições revisaram para até 7% a projeção de crescimento do PIB em 2010. Antes, trabalhavam com uma expansão de 5% a 5,5% da economia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 2:03 am
por Bourne
Conheço algumas pessoas que tiveram a oportunidade de serem insultados pelo Alexandre Schwartsman. Isso mesmo. insultados e não criticados pelo esse cara. Só lê o blog dele o "Mão Invisível". Creio que o paulo Henrique Amorim lhe deu o sugestivo apelido de "professor de Deus". Depois de ler o blog e ver a história dele muitos ficariam receosos em acreditar em suas análises. Ele dá explicações que podem chocar muita gente. Quem ler saberá como um membro do BC pensa. São coisas fortes, estou avisando. Por exemplo, a política cambial chinesa não influi no crescimento da economia.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 3:03 pm
por PRick
Bourne escreveu:Conheço algumas pessoas que tiveram a oportunidade de serem insultados pelo Alexandre Schwartsman. Isso mesmo. insultados e não criticados pelo esse cara. Só lê o blog dele o "Mão Invisível". Creio que o paulo Henrique Amorim lhe deu o sugestivo apelido de "professor de Deus". Depois de ler o blog e ver a história dele muitos ficariam receosos em acreditar em suas análises. Ele dá explicações que podem chocar muita gente. Quem ler saberá como um membro do BC pensa. São coisas fortes, estou avisando. Por exemplo, a política cambial chinesa não influi no crescimento da economia.
Não entendi? Se pelo que postei acima, não se trata de uma previsão, mas de dados divulgados por vários jornais.
Consumo cresce em ritmo chinês, surpreende e pressiona juros
Demanda cresce mais de 10% ao ano e leva analistas a elevarem suas projeções para a alta da taxa básica de juros para conter a inflação
17 de abril de 2010 | 0h 00


Leandro Modé e Raquel Landim - O Estado de S.Paulo

A demanda dos brasileiros - que inclui consumo das famílias, gastos do governo e investimentos das empresas - está crescendo em ritmo chinês. O desempenho surpreendeu a maioria dos analistas e deixou o mercado de juros nervoso. Bancos e consultorias já projetam uma alta maior da taxa básica de juros (Selic) na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom).

No segundo semestre de 2009, a demanda doméstica já crescia a uma taxa anual de 10,5%, de acordo com levantamento do ex-diretor do Banco Central (BC) e economista-chefe do Santander Brasil, Alexandre Schwartsman. A série elaborada por ele revela que é o ritmo mais forte em 15 anos.

Segundo especialistas, tudo indica que, no primeiro trimestre de 2010, o crescimento manteve a mesma toada, na pior das hipóteses. Mas há quem diga que estaria hoje ao redor de 13% ao ano, similar ao chinês - de janeiro a março, a demanda doméstica da China cresceu 13,1%.

Por isso, nas últimas semanas, muitas instituições revisaram para até 7% a projeção de crescimento do PIB em 2010. Antes, trabalhavam com uma expansão de 5% a 5,5% da economia.

Consumo. Segundo cálculos da consultoria MB Associados, serão despejados na economia este ano R$ 244 bilhões a mais em consumo e investimento. As famílias vão consumir R$ 141 bilhões a mais, a administração pública vai elevar os gastos em R$ 34 bilhões, e as empresas vão investir R$ 68 bilhões mais. Em todo o governo Lula, o consumo das famílias cresceu cerca de R$ 500 bilhões - o que ajuda a explicação a sensação de bem-estar e a popularidade do presidente.

As projeções do mercado são que a demanda doméstica deve crescer 10% este ano. Se isso ocorrer, existe uma chance do consumo dos brasileiros terminar o ano em ritmo mais acelerado até que na própria a China.

Para a consultoria Dragonomics, com sede em Pequim, a demanda doméstica chinesa vai subir 9% em 2010. Janet Zhang, economista da instituição, diz que o investimento vai desacelerar, porque o governo está retirando os estímulos fiscais, para minimizar os riscos de formação de bolhas e pressões inflacionárias.

No Brasil, essa desaceleração ainda não está clara. "Depende de alguns fatores", diz Schwartsman. O primeiro deles é o efeito ainda incerto do aperto dos depósitos compulsórios promovido pelo BC no fim de fevereiro.

O economista lembra que as vendas de alguns produtos, como automóveis, permaneceu elevada mesmo após a retirada dos incentivos fiscais.

Outra questão que deixa o cenário confuso é o comportamento dos bancos públicos - Banco do Brasil, Caixa e BNDES - na concessão de crédito. No auge da crise, o governo abriu a torneira dessas instituições.

O sócio da MCM Consultores e também ex-diretor do BC, José Júlio Senna, afirma que qualquer recuperação acelerada, em formato de "V", de uma economia é sucedida por um período de desaceleração. "Seria normal que houvesse um desaquecimento no Brasil depois da retomada, mas isso não está acontecendo."

A combinação de confiança revigorada dos empresários (que estimula o investimento), contratações de funcionários, renda em alta e crédito abundante tem impulsionado a demanda. "O ano começou muito forte", diz Júlio Callegari, economista do JP Morgan, que, nesta semana, elevou a projeção de expansão do PIB para 7%.

No primeiro bimestre, a produção industrial cresceu 12,3% em relação a igual período do ano anterior. No varejo, a alta foi de 17,2%. Alguns indicadores, como o de vendas de carros, consumo de energia elétrica e fluxo de veículos, apontam desempenho excepcional para a indústria e o varejo em março.

No mês passado, o País gerou o recorde de 266,4 mil postos de trabalhos. Uma pesquisa da Serasa Experian mostrou que a demanda por crédito no País em março bateu recorde.

Gargalos. Os investimentos devem crescer entre 18% e 19% neste ano. Mas os analistas alertam que serão insuficientes para reduzir a pressão inflacionária de curto prazo, porque demoram para maturar. "Neste momento, investimento é mais demanda", diz o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

Segundo os especialistas, uma expansão acima da capacidade provoca dois problemas: inflação e/ou um estouro do déficit das contas externas. "Este ano, o País está consumindo os fundamentos da economia. O problema é 2011", diz o economista-chefe da Corretora Convenção, Fernando Montero.

A similaridade do padrão de demanda do Brasil com a China acendeu uma luz amarela. "A China pode consumir 10% a mais sem dificuldade. O Brasil, não", acredita Vale.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 4:38 pm
por pafuncio
Bourne, acho que foi o Nassif que epitetou ( :mrgreen: ) de "Professor de Deus" o Alexandre Schwartzman. Este cara foi diretor do BC, na época do FHC, suas previsões sempre clamam por mais juros, seja na depressão econômica, seja no crescimento econômica.

O Professor de Deus tem um histórico de espinafrar seus críticos, também.

Salu2.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 4:51 pm
por Bourne
pafuncio escreveu:Bourne, acho que foi o Nassif que epitetou ( :mrgreen: ) de "Professor de Deus" o Alexandre Schwartzman. Este cara foi diretor do BC, na época do FHC, suas previsões sempre clamam por mais juros, seja na depressão econômica, seja no crescimento econômica.

O Professor de Deus tem um histórico de espinafrar seus críticos, também.

Salu2.
Algum desses aí. :mrgreen:

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 5:37 pm
por cvn73
Superado pela Índia, Brasil é 10º maior produtor industrial do mundo
Segundo levantamento da ONU, China superou o Japão em 2009 e já é o 2º maior produtor mundial, atrás apenas dos EUA
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo


GENEBRA - O Brasil perde o posto de nono maior parque industrial do mundo. Dados divulgados pela ONU apontam que a Índia superou o Brasil em 2009 e o País caiu para a décima posição. No topo do ranking, a China supera pela primeira vez o Japão para se tornar o agora o segundo maior produtor de bens manufaturados do mundo.

A liderança é ainda dos Estados Unidos. Mas a economia americana está cada vez mais ameaçada nessa posição. No ano 2000, os americanos representam 26,6% da produção industrial do mundo, o ponto mais alto em 40 anos. Em outras palavras, a cada quatro produtos fabricados no planeta, um vinha dos Estados Unidos. Em 2000, o Japão era o segundo maior produtor. A China vinha apenas na quarta, com apenas 6,6¨da produção mundial.



A ONU não divulgou ainda os números absolutos da produção industrial no mundo em 2009 e o percentual é uma estimativa da participação de cada país. Mas, em 2007, o valor total da produção havia atingido US$ 6,7 trilhões. No ano seguinte, o valor chegou a US$ 6,81 trilhões. Em 2009, a produção industrial no mundo teria perdido 10% de suas atividades, segundo os dados da ONU.
Imagem
"Mas a realidade é que o mapa mundial da produção industrial está em plena transformação", afirmou Shyam Upadhyaya, diretor de estatísticas da Organização de Desenvolvimento Industrial da ONU. A participação americana começou a cair a partir de 2000 e essa tendência se acelerou diante da crise em 2009. Hoje, 18,9% da produção industrial mundial ocorre nos Estados Unidos.

Em dez anos, a China dobrou sua produção e já tem 15,6% da fabricação de manufaturas no planeta, contra 15,4% do Japão.

Alemanha, Reino Unido, França e Itália também estão em franca queda. Em 2000, os alemãos eram os terceiros maiores produtores, com 6,8% do mercado. Hoje, contam com 6,3%. Os ingleses cairam na quinta posição para a oitava posição.

Brasil

No caso da produção industrial brasileira, a ONU indica que no início da década o País representava 1,66% da manufatura mundial. Espanha, México e Canadá superavam o Brasil naquele momento e o País ocupava a 12ª posição. A partir de 2006, o País ganhou posições, chegando a ser o nono maior produtor de manufaturados e chegando a 1,89% da produção mundial.

Mas, em 2009, a crise atingiu de forma mais importante o Brasil que outros países emergentes. O resultado foi que a Índia conseguiu avançar de forma mais rápida e superou o Brasil no ranking. A Índia dobrou sua participação no mercado mundial em dez anos, subindo de 1,1% em 2000 para quase 2% no ano passado.

Em termos de regiões, a Ásia já se transformou na planta industrial do mundo, produzindo 44% de toda a fabricação do planeta. A Europa conta com 27%, contra 20,5% na América do Norte. A América Latina corresponde a apenas 6,1% da produção mundial, contra um insignificante 1,6% da África.

Os países emergentes hoje produzem 44% das manufaturas do planeta, contra 66% nos países ricos. Mas o Brasil vem perdendo espaço. O País representava 10% de toda a produção industrial das economias em desenvolvimento em 1995. Dez anos depois, caiu para 7,2%.[/b]

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 7:45 pm
por Guerra
Imagem

97 e 98 deu uma parada boa

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 8:00 pm
por Bolovo
Sendo estudante de geografia, tenho que ler muitos gráficos e nesse eu concluo que em 1991, 1994 e 2000 não houve pobreza no Brasil. 8-]

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Abr 19, 2010 10:47 pm
por pafuncio
Bolovo escreveu:Sendo estudante de geografia, tenho que ler muitos gráficos e nesse eu concluo que em 1991, 1994 e 2000 não houve pobreza no Brasil. 8-]

Posso especular que te livraste do vício no ácido acético ? :mrgreen:

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Abr 20, 2010 12:16 pm
por Bourne
Esperado e a justificativa manjada.
Meirelles: às vezes juro deve subir para conter inflação

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/not_14530.htm

FERNANDO NAKAGAWA E RENATA VERÍSSIMO Agencia Estado

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defendeu hoje que a política monetária deve às vezes elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) para garantir a inflação na meta. "Muitas vezes é importante que se suba a taxa de juro para se manter a inflação na meta e, em consequência, garantir a trajetória de longo prazo de queda dos juros", afirmou, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

A afirmação de Meirelles foi feita logo após a apresentação de um gráfico aos senadores que mostra a queda da taxa Selic em uma perspectiva de médio e longo prazo. "Muitas vezes, as pessoas se confundem porque determinado movimento de alta da Selic é entendido como uma reversão dos ganhos da redução do juros já absorvidos pela economia. Mas isso é parte de um processo normal que tem ciclos de aperto monetário e flexibilização. Isso é que garante a queda continuada dos juros no longo prazo."

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Abr 21, 2010 4:16 pm
por cvn73
Brasil é um dos países latino-americanos que mais deve crescer, diz FMI


da Reportagem Local
O Brasil deve ter um dos crescimentos mais vigorosos entre os países na região da América Latina e Caribe, de acordo com projeções divulgadas nesta quarta-feira pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), em seu relatório "World Economic Outlook" (Panorama Econômico Mundial).

Os especialistas do Fundo estimam um crescimento do PIB (soma das riquezas do país) de 5,5% neste ano. Entre os chamados Brics (grupo de potências emergentes), o país perde para a China (projeção de 10%) e Índia (8,8% de crescimento previsto), mas supera a Rússia (4%).


O desempenho do Brasil se mostra muito melhor em comparação com os países mais próximos geograficamente. A projeção de 5,5% está acima do crescimento médio esperado para a América do Sul neste ano (4,1%, segundo os cálculos do FMI), incluindo até mesmo o México na conta.

Na comparação país a país, o crescimento brasileiro supera o desempenho das principais economias do subcontinente, como México (projeção de 4,2%), Argentina (3,5%), Colômbia (2,2%), Chile (4,7%) e o colega de Mercosul Paraguai (5,3%).

O potencial desempenho brasileiro é batido na comparação com o crescimento do Peru (previsão de 6,3%) e Uruguai (5,7%).

Arte/Folha
Imagem
Entre todos os países da América Latina e Caribe para o qual o FMI divulgou projeções, o organismo somente projeta recessão para um: a Venezuela, onde se espera uma contração do PIB de 2,6%.

"Superaquecimento"

O Brasil, na visão dos especialistas do Fundo, faz parte do grupo de nações que já precisa se preocupar com o risco de um potencial "superaquecimento" da demanda doméstica e está mais próximo, portanto, de um "ponto de virada" em suas políticas de estímulo.

"Na medida em que as disparidades de produção estão se estreitando, e as pressões inflacionárias estão evoluindo em diferentes velocidades, algumas economias com regimes de meta de inflação (Brasil) parecem mais perto de um ponto de virada do que outras (Colômbia, México)", consideram os economistas do FMI, numa referência às políticas de combate aos efeitos da crise.

Os especialistas do Fundo não esclarecem, explicitamente, o que seria esse "ponto de virada". Apenas sublinham a necessidade de alguns países revisarem suas medidas de estímulo à economia concedidas no auge da crise mundial de 2008 (e 2009).

O Brasil, como muitos outros países, concedeu subsídios às empresas e reduziu as taxas básicas de juros. Em outros lugares, como os EUA e os países da Europa, grandes quantias de dinheiro foram aplicadas no sistema financeiro para impedir a quebra de bancos e a paralisia do sistema de crédito.

Na visão do FMI, esses estímulos concedidos pelos governos foram necessários para combater os efeitos da crise mundial, mas agora devem ser revistos, sob pena de gerarem outros problemas (aumento dos deficit públicos), que podem comprometer a retomada do crescimento econômico.