ABULDOG74 escreveu:Olá camaradas, vendo esse vídeo da apresentação aérea do GRIPEN C na feira na Alemanha, fico com a seguinte curiosidade; será que no futuro poderemos ter o GRIPEN na ESQUADRILHA DA FUMAÇA?
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Amigo ABULDOG74, uma pequena correção, se me permite, a apresentação foi na FIA - Farnborough International Airshow -England
Cordiais Saudações
Olá camarada e amigo, corrig indo Inglaterra então.....obrigado.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Qui Jul 14, 2016 4:22 pm
por kirk
ABULDOG74 escreveu:
kirk escreveu:
Amigo ABULDOG74, uma pequena correção, se me permite, a apresentação foi na FIA - Farnborough International Airshow -England
Cordiais Saudações
Olá camarada e amigo, corrig indo Inglaterra então.....obrigado.
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Caro amigo, não se "avexe", outro dia mesmo confundi um combate simulado que ocorreu na Inglaterra e afirmei veementemente que havia sido na Índia... ..foi muito pior... ... Alemanha pelo menos tá na Europa ...
LeandroGCard escreveu:Sendo que estes satélites pesam 20 ton, e é extremamente complicado colocar esta massa em órbita estacionária com os foguetes atuais (que eu saiba nenhum foguete atualmente em operação e já lançado pode, embora existam configurações possíveis que permitiriam isso - mas que não foram testadas ainda).
Saturno V não faz isso?
LeandroGCard escreveu:Ainda assim, o calor das tubeiras preencheria no máximo dois pixels com muita sorte, tremeluzindo bastante devido à refração e no meio de um mundo de reflexos e outras fontes de sinais.
Uma pequena observação, quando se quer detectar alguma coisa não se maximiza a resolução, mas a sensibilidade, geralmente quando se busca o máximo de sensibilidade dos sensores a resolução máxima cai muito, sendo assim, uma turbina apareceria como uma informação: "existe um ponto quente nesse raio de 50 metros", mas sem condições de determinar que droga é aquela.
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Qui Jul 14, 2016 6:12 pm
por LeandroGCard
Marechal-do-ar escreveu:Saturno V não faz isso?
Não faz, fazia.
Mas o último foi lançado em 1973. A NASA até pensou em pelo menos aproveitar alguns componentes dele (como os motores) em projetos novos, mas os registros antigos eram em papel e outros meios perecíveis, e se perderam. Não se pode mais construir este foguete.
LeandroGCard escreveu:Uma pequena observação, quando se quer detectar alguma coisa não se maximiza a resolução, mas a sensibilidade, geralmente quando se busca o máximo de sensibilidade dos sensores a resolução máxima cai muito, sendo assim, uma turbina apareceria como uma informação: "existe um ponto quente nesse raio de 50 metros", mas sem condições de determinar que droga é aquela.
Sim, exatamente. E na distância de 36 mil quilômetros do solo a coisa complica ainda muitíssimo mais, pois qualquer efeito atmosférico de refração/difração/reflexão é multiplicado pela divergência dos raios luminosos ao longo de todo este caminho. O que em distâncias menores geraria um pequena perda de definição da imagem nesta distância gera imagens duplas, fantasmas, sombras devido à interferência destrutiva e por ai vai... .
Leandro G. Card
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 12:34 am
por knigh7
Segue as páginas mais importes da materia que contem a entrevista. A matéria era para falar com o Crepaldi sobre o processo decisório, sobre as capacidades da aeronave, clarificar melhor os requisitos,etc
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 10:43 am
por Tikuna
Vocês estão tentando "EnDeusar" um caça.
Eu não vejo mais que a explicação governamental para esse caça, na matéria dessa revista.
Alguém liberou as páginas do FX2? Sobre transferência de tecnologia e sobre desempenho?
Pois parece que os "Defensores do Gripado de Brasil" estão aptos à desenvolver qualquer assunto e de pegar revistas e powerpoints sobre suas capacidades e sua sobrevivência contra Sukhois chineses.
Melhorem
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 11:21 am
por LeandroGCard
gabriel219 escreveu:Aliás, há excelentes projetos parados nos porões do IME, CTA, ITA e algumas universidades por falta de verba. Se essa verba fosse disponibilizada (creio que 1 Bi anual já seria mais que o suficiente, se um projeto se mostrar muito promissor e precisar de mais investimento, ser separado dos demais), sou a favor de criar uma DAARPA Brasileira juntando pesquisadores e desenvolvedores Militares (Centros e Institutos de Tecnologia) e Civis (Universidades). Tem muita coisa boa ali, como fibra de carbono feita do bagaço da cana-de-açúcar (só um passo para os nanotubos de carbono), energia direta, camuflagem térmica e eletromagnética (MARE). Temos recursos em abundância aqui, matéria prima á vontade e excelentes cabeças. Estão a um passo de criar coisas até inéditas no meio militar, como o Nanocompósito de Blindagem que eu havia falado em outro tópico - que NÃO é ideia minha, mas de alguns do IME e do ITA, só fiz estudar os materiais - que é utilizar NCMP enriquecido com Nb2O5 ou NbC (que já são usadas em ligas de metais mais duros) e Micro\Nanofibra de Poliamida-6, blindagem de placas convexas... .
Este ponto é verdade.
Se o Brasil fosse um país sério nem custaria muito dar um belo boost no setor de tecnologia nacional para emprego bélico e geral.
Mas se fosse um país sério tantas e tantas outras coisas já estariam resolvidas há tempos também... .
Leandro G. Card
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 11:44 am
por Tikuna
Penguin escreveu:Quem disse que a escolha do Gripen mataria as possibilidades de desenvolvimentos futuros?
Pelo que eu sei, ninguém.
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 2:26 pm
por gabriel219
LeandroGCard escreveu:???
Do que você está falando, que sistema de resfriamento de que mísseis? Desde a década de 1960 os russos utilizam mísseis com combustíveis hipergólicos operados basicamente à temperatura ambiente (ainda mais no ambiente frio da Sibéria). Nenhum sistema de resfriamento era necessário. E desde pelo menos a década de 1980 os russos já usam combustível sólido, que precisam menos ainda de resfriamento.
Você tem alguma fonte sobre estas informações que está colocando?
Desculpe leandro, sobre sistema de resfriamento, quis dizer alta na temperatura interna dos silos. Acabei me enganando.
Mas a verdade é que é detectado mudança na alta da temperatura antes dos mísseis serem lançados, isso já foi feito algumas vezes. Tecnologia de sensores embarcados em satélites cada vez estão evoluindo e evoluindo....
LeandroGCard escreveu:Se fosse tão fácil assim ninguém se preocuparia em colocar em órbita satélites de reconhecimento navais de órbita baixa como a série NOSS americana e a CERES francesa, ou com radares como a série RORSAT russa.
Veja na figura abaixo como o Terra é vista desde a altitude de um satélite geossíncrono sem ampliação (a imagem da esquerda):
Nem mesmo uma cidade é visível. Se considerarmos a mesma capacidade de ampliação dos satélites de mais alta resolução em órbita baixa (500km), que dá entre 5 e 10 cm por pixel, da órbita geoestacionária só se veria entre 400 e 800 mm por pixel, isso sem considerar efeitos atmosféricos (que refratam a luz e afetam cada vez mais os telescópios quanto mais distantes eles estiverem) e a eventual cobertura de nuvens, que quando presente impede totalmente a detecção. Sendo que estes satélites pesam 20 ton, e é extremamente complicado colocar esta massa em órbita estacionária com os foguetes atuais (que eu saiba nenhum foguete atualmente em operação e já lançado pode, embora existam configurações possíveis que permitiriam isso - mas que não foram testadas ainda). Ainda assim, o calor das tubeiras preencheria no máximo dois pixels com muita sorte, tremeluzindo bastante devido à refração e no meio de um mundo de reflexos e outras fontes de sinais.
Agora imagine ficar procurando por aviões onde nem se tem certeza que eles estão.
Leandro G. Card
Claro que sabem onde os caças estão. Como eu disse, o monitoramento é feito ANTES dos caças decolarem e a partir dai, feito o reconhecimento e acompanhamento. Eu disse isso, não falei em caçar o F-35 sem saber se decolaram ou não.
Além de sensores ir, há sensores EM, Rádio e entre outros. As possibilidades são muitas, mas nunca disse que um satélite ficaria procurando um alvo no meio do nada, mas sim observar de onde tais caças seriam lançados.
Um NAe ou NDD é facilmente visto do espaço, Principalmente gigantes como as classes Gerald Ford e America. Se detectar o momento do lançamento, é só acompanhar os alvos utilizando padrão de emissão IR, que destoaria do ambiente por volta. Não ficar olhando o Atlântico Sul inteiro para esbarrar num F-35.
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 2:30 pm
por gabriel219
Os argumentos contrários podiam melhorar também.
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 3:32 pm
por LeandroGCard
gabriel219 escreveu:Desculpe leandro, sobre sistema de resfriamento, quis dizer alta na temperatura interna dos silos. Acabei me enganando.
Mas a verdade é que é detectado mudança na alta da temperatura antes dos mísseis serem lançados, isso já foi feito algumas vezes. Tecnologia de sensores embarcados em satélites cada vez estão evoluindo e evoluindo....
Gabriel, os mísseis só são detectados APÓS do lançamento pelos satélites geo-estácionários. Antes pode-se até detectar pequenas alterações de temperatura que ocorram ao redor dos silos SE os russos não se importarem com isso (se se importarem não é difícil esconder), mas não com os satélites estacionários e sim com os de órbita baixa, que passam a cada hora e meia... .
LeandroGCard escreveu:Claro que sabem onde os caças estão. Como eu disse, o monitoramento é feito ANTES dos caças decolarem e a partir dai, feito o reconhecimento e acompanhamento. Eu disse isso, não falei em caçar o F-35 sem saber se decolaram ou não.
Além de sensores ir, há sensores EM, Rádio e entre outros. As possibilidades são muitas, mas nunca disse que um satélite ficaria procurando um alvo no meio do nada, mas sim observar de onde tais caças seriam lançados.
Um NAe ou NDD é facilmente visto do espaço, Principalmente gigantes como as classes Gerald Ford e America. Se detectar o momento do lançamento, é só acompanhar os alvos utilizando padrão de emissão IR, que destoaria do ambiente por volta. Não ficar olhando o Atlântico Sul inteiro para esbarrar num F-35.
Navios de qualquer tamanho são sim facilmente vistos pelos satélites de órbita elevada, se estes souberem onde procurar e o tempo estiver favorável. Quando se utiliza alta resolução o campo de visão é altamente restringido, caindo para poucos km2. Em um oceano com milhões de km2 não dá para o satélite ficar passando pente fino por um tempo enorme só para depois perder o navio de novo quando ele passar debaixo de uma nuvem. Por isso se utilizam os satélites de órbitas mais baixas equipados com sistemas de escuta eletrônica ou radar. Se não estes nem seriam necessários.
E para aviões é pior ainda, devido ao menor tamanho e à menor velocidade.
Leandro G. Card
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 5:20 pm
por mmatuso
Leandro uma pergunta, para detectar submarinos só com helicópteros ou barcos/subs próximos ao local de onde ele está?
Com um trambolho como o Typhoon só dessa forma?
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 6:03 pm
por LeandroGCard
mmatuso escreveu:Leandro uma pergunta, para detectar submarinos só com helicópteros ou barcos/subs próximos ao local de onde ele está?
Com um trambolho como o Typhoon só dessa forma?
Se você considera próximo alguns km de distância, sim.
Com sistemas MAGE (detecção magnética) é preciso praticamente passar sobre o sub para poder detectá-lo, isso se ele usar casco de material magnético. Já com sistema de detecção de som o sub tem que estar próximo dos microfones submersos, das sonobóias ou do sistema de sonar passivo. Com o uso de sonar ativo é possível detectar submarinos a distâncias de até algumas dezenas de km, dependendo das condições (profundidade de mergulho, temperatura da água, presença de termoclinas, etc...). Em princípio é possível usar as propriedades das camadas de água do mar para ampliar ainda mais a distância de detecção, mas os tripulantes de submarinos são treinados para fazer justamente o oposto e dificultar ainda mais a vida dos seus perseguidores. Como o sub é capaz de detectar o sinal de sonar a distâncias maiores do que seus perseguidores conseguem detectar seu eco, isso os coloca em vantagem tática.
Existem notícias por aí (com fontes pra lá de duvidosas) falando sobre a detecção de submarinos nucleares pela trilha de temperatura aumentada que deixariam no mar, ou pela perturbação que causariam no padrão de ondas na superfície e que seria detectável até por certos tipos de radar. Mas duvido muitíssimo que este tipo de método tenha utilidade real a menos que o submarino esteja navegando a no máximo umas poucas dezenas de metros da superfície. Abaixo disso os deslocamentos de água do sub não afetariam a superfície em absoluto, qualquer calor se dilui no mar e é arrastado pelas correntes, e se a água aquecida vier a dar na superfície isso pode acontecer horas depois e a dezenas de km da posição real do sub.
Por isso os submarinos são considerados tão perigosos, porque não há formas de detectá-los à grandes distâncias. Em exercícios eles sistematicamente conseguem chegar suficientemente perto de seus alvos a ponto de colocá-los ao alcance dos torpedos antes de serem detectados.
Leandro G. Card
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Sex Jul 15, 2016 6:25 pm
por Brasileiro
Li uma notícia, posso postar aqui depois, sobre um tipo de radar que estão desenvolvendo na Rússia em que os emissores são as antenas de TV e celular e uma complexa rede de receptores consegue computar a propagação e reflexão destes sinais e detectar a presença de invasores no espaço aéreo, inclusive furtivos.