Penguin escreveu:O fato é que a necessidade de maior ou total independência de ítens americanos é ignorado irritantemente pelos brigadeiros. Isso contra a end, contra as outras forças, contra qqr outra opinião de qualquer brasileiro contribuinte. Isso é piraça, e não há desculpas pra isso. A culpa dessa demora é irresponsavelmente da FAB, infelizmente. Irritante.
Talvez seja ignorado por que não há nada que aponte para esta direção na END ou em outro documento ou diretriz.[/quote]
Oi Penguin...
Então essa necessidade é viagem minha e de tantos outros muito, mas muito mais gabaritados que eu, aqui do fórum? Será que vivemos em outro mundo? Esse "ao pé da letra" é construtivo num debate como o nosso?
Eu não sabia que não havia algo apontando a isso, mas imagino agora: Diplomaticamente, não poeria haver. Como Tb não há nada contra caças russos, e sabemos que eles estão fora da FAB.
Vou colocar melhor então, para que seu americanismo não doa: Nossa necessidade de maior independência a ítens importantes passíveis de embargo. Vaselinei?
Sejamos construtivos. Procuro aprender com vcs, e muito o faço. E agradeço.
Parafraseio o amigo Matheus em sua assinatura:
"Mais vale chegar atrasado neste mundo que adiantado no outro"
Abraço.[/quote]
Gribel,
É interessante as coisas aqui. Não defendo equipamentos americanos para as Forças Armadas Brasileiras. Assim como não defendo equipamentos de origem nenhuma.
O que deve causar confusão na cabeça de muita gente (e causa), é que minha postura não é anti-americana. Isso não quer dizer seja americanista. Mas é vista por muitos como tal. Fazer o que? Os posts são todos públicos e é só conferir (como este por exemplo).
Vou apenas citar algumas situação (no governo Lula) que não confirmam essa percepção da realidade:
1) KC390: Não há nenhuma "diretriz" do governo para se evitar equipamentos e sistemas americanos.
2) Short List do F-X2: Eliminaram (GF e FAB) a única opção livre de equipamentos americanos.
3) As Forças Armadas brasileiras (FAB e MB pelo menos) continuam se equipado com equipamentos de navegação, radares e sistemas inerciais de fabricação americana. Como vc explicaria essa insistência? Muitos países ocidentais fabricam equipamentos similares.
4) A MB continua adquirido equipamentos sensíveis dos EUA: MLU dos 5 submarinos com sistemas e armas americanos, helicópteros ASW americanos. Os torpedos MK-48 ADCAP 6T não são vendidos a qualquer um. Por que não se optou por um sistemas de outra procedência? Há várias opções na Europa.
Mas o que ocorre? Essas aquisições não chamam a atenção do público (o interno principalmente) e nem fere sucetibilidades ideológicas/políticas. Já um caça é um símbolo, é fotogênico, um "garoto propaganda" e como tal fere as tais sucetibilidades ideológicas/políticas. É visível demais. Logo haverá gritas contra caças americanos aqui, mas não se verá manisfestações contra a aquisição de uma longa série de equipamentos sensíveis de origem americana (no governo Lula).
A postura política do governo Lula era realmente de mostrar ostensivamente sinais de independência em relação aos EUA. Nada demais nisso. É até salutar. Embora na minha opinião, de uma forma as vezes atabalhoada e passional. Mas isso é estilo de governo.
OBS.: Os embargos sofridos na área aerospacial, relacionados ao VLS e ao desenvolvimento de mísseis é uma constante. Os americanos embargam. E os franceses, ingleses, alemães, chineses, russos? Também embargam. Qual a solução? Ficar se lamentando da vida? Não fazer o dever de casa, chorar e no final colocar a culpa em terceiros não me parece o melhor caminho para se atingir um objetivo produtivo.
[]s[/quote]
É um post muito lucido, não dá para pedir para que todos tenham a política que queremos só por que agimos de certa maneira, não é por que podemos comprar caças F-18 que os americanos irão mudar sua política de embargos do consideram tecnologia sensível para países como o nosso.
Os franceses e os suecos idem. As mudanças de relacionamento entre qualquer país com o Brasil só se dará com o tempo e não por causa de uma compra ou "alinhamento por determinado assunto", no fundo é trabalhar aqui para combater os males conhecidos sociais e também reconstruir as forças armadas dentro de um padrão de efetividade do que queremos, tudo isso demanda muito tempo e dinheiro, não será da noite para o dia, mas postergando a decisão como no F-X-2 não ajuda em nada.