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Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 1:24 pm
por GustavoB
nemesis escreveu:5 anos parado... vejam bem, e vocês ainda acham que a marinha vai ter 3 PAs? esse negócio de fica falando que o SP foi uma boa compra não da pra engoli não, foi um péssima compra mesmo, isso ta parecendo papo de oficial pra levanta a moral da tropa... CAI NA REAL...
Ontem à noite o Canal Livre entrevistou o presidente da Transpetro, que confirmou a encomenda de quase 50 navios para a Petrobras. Dava gosto de ver ele falando da emoção da retomada da indústria naval nacional e do lançamento do João Cândido. Reafirmou que a indústria naval brasileira já emprega no mesmo nível quando o país era o 2º do mundo (hoje já somos o 4º). Falou de crescimento sustentado, o que significa capacitação tecnológica e de mão-de-obra. Por que falo isso? Porque isso também nos capacita a construir aqui navios para a nossa Marinha - e até para outras. Da mesma forma, a nova política para a indústria de defesa também incentiva o desenvolvimento de sistemas de armas, mas não é coisa que vai aparecer de uma hora para outra. O importante é que estamos no caminho certo e há vontade no governo.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 3:28 pm
por nemesis
vamos falar dessa forma,
na época em que o compramos o SP, ele era a unica opção, ou era ele ou era nada, foi o melhor que podia ser feito, vejam bem, o melhor que podia ser feito. Foi uma boa compra? NÂO! foi o melhor que podia ser feito. Pronto.
o cara do poder naval ta errado? talvez tenha exagerado, pois houve micos militares muito maiores, mais o nosso não deixa de ser um miquinho...
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 3:31 pm
por Matheus
sem falar que este valor é troco de bala em defesa.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 3:54 pm
por Skyway
nemesis escreveu:vamos falar dessa forma,
na época em que o compramos o SP, ele era a unica opção, ou era ele ou era nada, foi o melhor que podia ser feito, vejam bem, o melhor que podia ser feito. Foi uma boa compra? NÂO! foi o melhor que podia ser feito. Pronto.
o cara do poder naval ta errado? talvez tenha exagerado, pois houve micos militares muito maiores, mais o nosso não deixa de ser um miquinho...
Uma coisa de cada vez...calma...
Quando compramos o SP, ele não era a única opção como se estivessemos procurando um PA e ele era o mais em conta...ele foi oferecido para nós a preço de banana, MUITO barato. Foi compra de oportunidade. Compramos por que vimos o potencial do equipamento no Brasil.
Realmente não foi uma boa compra...foi uma ÓTIMA compra! Você não imagina quantos países queriam ter chegado antes nessa compra.
Agora..quem do poder naval você está falando? Nós estamos aqui falando de uma nota que o Boechat publicou na IstoÉ com o título "Ao menos...bóia".
Um abraço
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 3:58 pm
por Marino
Começando a corrigir a nota, do início: o preço foi US$ 12 milhões, e não US$ 25 milhões.
Nem isso o idiota do Boechat pesquisou.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:05 pm
por wagnerm25
Marino escreveu:Começando a corrigir a nota, do início: o preço foi US$ 12 milhões, e não US$ 25 milhões.
Nem isso o idiota do Boechat pesquisou.
Fazendo o papel de ADEVOGADO do diabo:
Nada contra a compra do PA, muito antes pelo contrário, mas creio que a esse valor de 12 milhões deve ser considerado o valor que está sendo gasto para reformá-lo. E já aproveito para perguntar:
- quanto está custando essa reforma?
- somando-se os 12 milhões mais o custo da reforma não seria possível adquirir (ou construir) algo melhor? Também sei que não existem PA's nas gôndolas do supermercado.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:07 pm
por Skyway
Eu sou da opinião de que não existe valor para o que se aprendeu e ainda pode-se aprender com o SP.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:11 pm
por nemesis
e quais eram as outras opções?
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:15 pm
por Skyway
nemesis escreveu:e quais eram as outras opções?
Não foi uma concorrência Nemesis, foi compra de oportunidade. Normalmente não existem opções em compra de oportunidade.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:16 pm
por Marino
Wagner, tudo isto está disponíbilizado pela própria MB.
Bastaria o "jornalista" ter um pouco de iniciativa e procurar na internet.
Vamos ver?
Sobre as obras principais:
De um modo simplificado podemos resumir as obras, que estão acontecendo a bordo do
NAe “São Paulo”, em quatro grupos, assim discriminadas:
I - Praça de Máquinas a ré - Fechamento das turbinas da propulsão do eixo de bombordo e
recomposição das redes de vapor que as alimentam. Essas obras estão programadas para terminar
em torno do dia 15 de maio. Ainda, nessa praça de máquinas, os reparos no turbo-gerador, uma das
fontes principais de geração de energia elétrica, entraram na fase final de montagem e ajustagens.
II - Praça de Máquinas a vante - Pronta para acender e comissionar vários de seus
equipamentos. É intenção proceder seu acendimento no próximo dia 2 de abril, inclusive girando o
eixo propulsor de boreste, recentemente trocado durante a última docagem que o Navio realizou
(meses de dezembro e janeiro de 2009).
III - Praças de Caldeiras - Duas caldeiras estão sendo retubuladas completamente. Para se
ter uma idéia, são cerca de 1.500 tubos por caldeira. Uma delas ficará pronta no fim deste mês e a
outra no fim de maio.
IV - Catapulta Lateral - A catapulta lateral está sofrendo uma revisão geral com a troca de
inúmeras peças do seu aparelho de força, aquele que impulsiona a aeronave; reforço em sua
estrutura; e verificação de todo circuito vapor. A revisão está prevista para terminar e a catapulta
iniciar seus testes dinâmicos em julho.
Sobre o acidente:
1) "O Porta-Aviões (A-12) São Paulo, Capitânia da frota da Marinha, está em
reforma por ter sofrido um incêndio em maio de 2005?"
O acidente ocorrido a bordo do Navio-Aeródromo (NAe) "São Paulo", em maio
de 2005, não foi um incêndio, mas sim um rompimento em rede de vapor que determinou
a imediata realização de reparos.
Em função da extensão dos serviços a serem realizados, do tempo necessário à
sua consecução e da necessidade de imobilização, diversos serviços previstos na
programação de futuros períodos de manutenção foram oportunamente antecipados.
Dessa forma, compatibilizou-se a manutenção corretiva com a preventiva, decorrente do
número de horas de funcionamento de determinados equipamentos e sistemas.
Em outubro de 2007, após a conclusão de diversos serviços, o Navio-Aeródromo
"São Paulo" iniciou provas de mar, quando uma seção de um dos eixos propulsores
apresentou avaria. O período necessário para a obtenção e instalação do eixo permitiu a
execução de outros serviços de manutenção e modernização de alguns sistemas
componentes da planta propulsora, que se encontram em fase de conclusão.
Quanto a gastos, lhe adianto que foi em torno de R$ 80 milhões, o que não compra um NPa:
3) "Quanto deverá ser gasto até o fim da longa revisão?"
Os gastos com a manutenção e reparos de um meio naval do porte de NAe
variam muito, são proporcionais ao seu tamanho e complexidade, dependendo, ainda, da
fase operativa em que o meio se encontra.
O numerário dispendido foi suprido com recursos orçamentários específicos,
alocados com prioridade pela Alta Administração Naval para esse tipo de manutenção,
fundamental para que possa ser explorada a máxima eficiência do Navio.
Ainda sobre o SP:
O Navio-Aeródromo (NAe) “São Paulo”, com quatro anos de operação e 164,5 dias de
mar, já realizou 568 catapultagens/enganches, o que demonstra o elevado grau de operatividade e
segurança na condução de operações aéreas. Salienta-se que a capacidade da Marinha do Brasil
nesse tipo de operação é reconhecida internacionalmente, sendo razão para que, rotineiramente, a
Força participe em programas de intercâmbio e cooperação com Marinhas de outros países que,
também, operam Navios-Aeródromos.
Portanto, o NAe “São Paulo” operou, ininterruptamente, de 2001 até 2005, quando ocorreu
o rompimento em uma rede de vapor principal, o que determinou a sua parada para a realização de
reparos. Em função da extensão dos serviços a serem realizados e o tempo necessário à sua
consecução, bem como da programação de futuros períodos de manutenção do Navio, diversos
outros serviços foram oportunamente antecipados, em face da necessidade de sua imobilização.
Dessa forma, compatibilizou-se a manutenção corretiva com a preventiva, decorrente do
número de horas de funcionamento de determinados equipamentos e sistemas.
Para os que ainda não compreenderam:
A importância de o nosso País possuir um NAe está relacionada à existência de enormes
recursos naturais ao longo do nosso vasto litoral e nas águas jurisdicionais, além da dependência do
transporte marítimo para o comércio exterior, o que exige alguma capacidade de defesa de nossos
interesses, na enorme área marítima brasileira. Tal fato impõe à Marinha dispor de instrumentos de
vigilância, controle e proteção.
Isso pode ser concretizado pela existência de uma Força Naval capaz de operar tanto em
áreas oceânicas quanto próximo ao litoral de regiões conturbadas. Em qualquer situação, ela deverá
ser capaz de prover eficazmente a própria defesa, inclusive contra ameaças aéreas, para o que se faz
indispensável dispor de aviação embarcada em um NAe.
Assim, uma Força Naval nucleada em Porta-Aviões possuirá as características de
mobilidade, flexibilidade, versatilidade e capacidade de permanência, que a habilitarão a cumprir
um amplo espectro de missões, desde as humanitárias e de paz até as típicas de manobra de crise ou
de conflito armado. Um Poder Naval bem aparelhado provê, ao nível político decisório, a
capacidade de graduar a aplicação da força, no tempo e no local apropriados, e com a intensidade
proporcional aos propósitos pretendidos. Além disso, representa eficaz elemento de dissuasão, pois
poucos países são capazes de efetivamente operar distantes do seu litoral.
Deve-se ressaltar, ainda, que a capacidade de controlar áreas marítimas não pode ser
alcançada somente com o emprego de navios escoltas e que a aviação baseada em terra possui
limitações de raio de ação, além de demandar tempo excessivo para reagir às ameaças aéreas
provenientes do mar, principalmente para a defesa de objetivos situados a muitas milhas da costa, a
exemplo das plataformas de petróleo.
Fonte deste material: o site da MB.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:25 pm
por wagnerm25
Obrigado, Marino.
Só para esclarecer. Eu não tenho dúvida da importância estratégica de um equipamento desse tipo, mas acho que esse assunto poderia ser mais bem explicado pela MB. Aliás, nem é uma crítica a MB especificamente, é uma crítica às nossas forças armadas em geral.
Há muito pouca presença das FA's em nossos meios de imprensa. Sinto falta de ver reportagens mostrando o cotidiano do exército, da presença de oficiais em programas de debates estilo aqueles da Globo News e tal. Enfim, falta PRESENÇA, falta comunicação social.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:26 pm
por Marino
Nemesis, vc já prestou atenção no que a MB projeta para seus próximos NAe?
Já viu qual o deslocamento dos mesmos, a capacidade de transportar aeronaves, tamanho, etc?
Compare com o SP.
Peço para postar suas conclusões.
A alternativa era um PA americano, classe Kitty Hawk, que não conseguiria ser docado no Brasil, não teríamos tripulação para os mesmos, nem ala aérea.
Será que esta alternativa era válida?
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:27 pm
por Marino
wagnerm25 escreveu:Obrigado, Marino.
Só para esclarecer. Eu não tenho dúvida da importância estratégica de um equipamento desse tipo, mas acho que esse assunto poderia ser mais bem explicado pela MB. Aliás, nem é uma crítica a MB especificamente, é uma crítica às nossas forças armadas em geral.
Há muito pouca presença das FA's em nossos meios de imprensa. Sinto falta de ver reportagens mostrando o cotidiano do exército, da presença de oficiais em programas de debates estilo aqueles da Globo News e tal. Enfim, falta PRESENÇA, falta comunicação social.
X2!
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 4:33 pm
por Marino
Bom, vou me "arriscar" um pouquinho.
Durante os reparos, uma firma nacional apresentou-se como gabaritada a construir no Brasil um nº grande de determinado sobressalente.
Era uma firma registrada, autorizada, cadastrada, provada, etc.
A MB tentando nacionalizar o máximo de ítens, encomendou um nº incrível do mesmo.
Após a entrega, todos foram condenados, obrigando a MB a fazer uma nova encomenda no exterior, o que poderia ter antecipado em 1 ano o fim do reparo do navio.
Não vou me alongar mais do que isso, mas creio que é suficiente para entenderem a demora, que está sendo aproveitada para a realização de modernizações previstas e que seriam feitas adiante.
Mais um pouco e o navio volta em grande forma.
Re: A-12
Enviado: Seg Mai 17, 2010 6:26 pm
por soultrain
Para terem uma ideia, um PA novo andará acima de 1 bilhão, um do estilo do Cavour acima de 700 Milhões de Euros, portanto 12M USD, mesmo que se gaste mais 12 M (o que não aconteceu até agora), é de borla.
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