FCarvalho escreveu:gabriel219 escreveu:Quando digo que seja a única oportunidade nossa, digo em questão de desenvolvimento de tecnologias e mercado. Seria muito mais interessante ir no FS 2020 (que deve ser um Gripen furtivo ou algo do mesmo, mas eu ainda queria algo bi-motor e um pouco maior do que o conceito do FS-2020 original) do que uma parceria questionável com o J-31. Não por ser a China, mas acho bem difícil a China fazer uma parceria desta com um país Ocidental e que tenha relações que temos com o EUA, por exemplo.
E esse deve ser o pensamento da FAB, desenvolver uma aeronave de 5ª geração a partir do que aprendeu com o Gripen e talvez não só isso, fazer a mesma parceria com quem desenvolveu o Gripen, ou seja, SAAB e vejo ser o caminho mais lógico para nós, atualmente claro.
Abs
Olá Gabriel,
Quando citei o o J-31 foi por questão de exemplo (mais concreto, hoje) e por 3 razões objetivas: 1. é um projeto "privado"; 2. tem como objetivo primário o mercado de exportação e, 3. não foi encomendado pelo governo chinês.
Sob estes aspectos, ele tem um potencial razoável de parceria de desenvolvimento. Agora, claro, se um eventual parceiro/interessado se dispor também a investir no projeto. O que nós hoje poderíamos contribuir efetivamente em relação ao desenvolvimento deste caça? Acredito que justamente naquelas categorias de atributos que o Gripen E/F nos trará, tendo em vista que a parte stealth os chineses estão dando conta.
Exemplifico: há necessidade de uma nova turbina (com TVC e super cruzeiro), a capacidade de fusão de dados e um radar moderno e sistemas de EW. Russos e Ucranianos competem na questão da turbina. Os chineses também tem proposta nisso, mas incipiente. Poderíamos, por exemplo, apor algo neste sentido com este pessoal todo, ou, menos provável, tentar encetar uma versão da F-414 para os modelos nacionais deste caça, se os americanos autorizassem, óbvio.
Enfim, investir, e pesado, sempre será necessário. O que tem de saber é o quão dispostos estaremos para fazer isto em relação a um caça de 5a G. E no fundo, não vai fazer muita diferença se será um derivado do FS2020 ou do J-31 ou qualquer projeto hoje em gestão na Coréia, Japão, Turquia ou Indonésia. O mercado vai continuar sendo muito restrito para este tipo de caça.
Por isso que reforço a necessidade de pensarmos um caça de 5a G também na perspectiva de um mercado de exportação. E para isso, acertar uma boa e sólida parceria - seja lá com quem for - seria o primeiro e mais importante passo para a sustentabilidade comercial/financeira, e no longo prazo, operacional, deste projeto.
A bem da verdade, não duvido que quando os 36 Gripens E/F terminarem de ser entregues, ou talvez até antes, os americanos não apareçam por aqui dando tapinhas nas costas, oferecendo benesses, mundos e fundos para comprarmos um lote do F-35. Afinal, eles vão precisar, tanto quanto nós, de exportações se quiserem manter os empregos por lá.
Honestamente, eu duvido que americanos ou suecos, neste aspecto comercial, sejam melhores que os chineses no longo prazo para um projeto nosso.
Aliás, quem foi que disse que temos de ter um modelo apenas de caça de 5a G ?
abs.