LeandroGCard escreveu:FCarvalho escreveu:Com uma frota de 84 Gripens E/F provendo o sustentáculo financeiro-comercial, industrial e tecnológico necessários, a encomenda de pouco mais de meia centena de caças de 5a G poderiam estar asseguradas para a terceira década deste século, provendo o equilíbrio necessário a nossa defesa aérea.
Por fim, continuaria sendo uma frota pequena, de apenas 138 caças, mas mais de acordo com a realidade de um futuro que se nos aproxima lolo ali.
Entrementes, se a MB conseguir convencer alguém a projetar e construir um Nae por aqui, o que só deve acontecer mesmo depois de 2030, outras 48 undes poderiam ser apostas ao caça tupiniquim de 5a G. Com 102 undes a serem fabricadas, e mais possíveis encomendas suecas e/ou de eventuais parceiros de risco, seriam um bom início para um projeto nosso nesta área.
Acho que teremos tempo, e experiência, de sobra até lá para ver até onde o que estou falando é possível, ou não passa de mais um besteirol de fóruns de internet.
abs.
Deixa eu entender bem isso: Você está falando no desenvolvimento de um caça 5G nacional para uma produção total de cerca de 100 exemplares? Com um custo de desenvolvimento mínimo imaginável de 10 bilhões (o que é até pouco para um caça de quinta geração) estaríamos falando em 100 milhões por unidade só em custos de desenvolvimento (a se somar aos custos de produção propriamente dito dos caças em si). Como viabilizar isso?
Leandro G. Card
Olá Leandro.
Eu tenho consciência de que este projeto será caríssimo - e suponho que a FAB mais ainda - e exatamente por isso imagino que ele deva ter os seus custos diluídos ao longo da próxima década, quando o 2o lote deva estar sendo produzido, com introdução somente por volta de 2035.
Também não penso que façamos isto sozinhos, na verdade acredito que os suecos possam ter grande interesse também, visto os estudos preliminares com o FS2020, que já vem de alguns anos. Creio que não começaríamos, talvez, totalmente neófitos neste projeto.
Quanto as quantidades, acredito que as 54 undes para a FAB e eventuais 48 para a MB são uma referencia, porque é o que temos de real hoje em termos de planejamento. Os suecos encomendaram cerca de 70 Gripen E/F para a sua força aérea, mas sabe-se que tais números são, ainda, preliminares e que não atendem totalmente as necessidades da defesa aérea sueca, que sempre contou com uma força de caças na faixa das centenas para manter um efetivo controle e defesa de seu espaço aéreo.
Pode ser que um caça de 5a G encontre espaço ali também. De quantos estamos falando, honestamente não sei dizer. Se observarmos que eles sempre operaram uma média de 150/200 caças, podemos imaginar uma encomenda de um lote até menor que o nosso, mas mesmo assim, algo que com certeza ajudaria a diluir os custos. Chutando aí por baixo... talvez entre 30 a 50 aeronaves adicionais.
A participação eventual de outros interessados no projeto, penso, deveria ser também algo a ser perseguido neste projeto, tendo em vista principalmente os custos envolvidos. Um possível mercado de exportação também é algo que se pode planificar e demandar nos custos.
Quanto aos custos de uma linha de produção e demais desenvolvimentos necessários, creio que teremos uma base com o Gripen E/F já instalada e funcionado, tanto no que compete ao recheio do caça quanto ao apoio logístico que poderia ajudar também na diluição dos custos. Pelo menos é esta me parece ser a lógica que a FAB está seguindo.
Por fim, temos de ver esta questão em perspectiva. Este é um projeto de longuíssimo prazo da FAB. E que só ganhará os céus, imagino, daqui a vinte anos. Acredito que até lá, como disse, teremos tempo e experiência, para comprovar se o que estou dizendo é surreal ou não.
Eu sinceramente espero que não.
abs.