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Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 12:15 am
por lobo_guara
jauro escreveu:
FCarvalho escreveu:Desculpe-me a ignorância Jauro, mas isso significa que... :|

abs.
Que a primeira portaria não cogitava a aquisição de um míssil de MeAltu, sendo que esta agora já menciona o sistema de MeAltu, faltando apenas chamá-lo pelo nome do fabricante.

Prezados:

Agora não entendi! A aquisição do Pantsir S1 para o EB é visto como um fato negativo? Tempos atrás quase me crucificaram quando defendi a aquisição do SPADA 2000 pelo EB desde que houvesse como contrapartida um amplo programa de transferência tecnológica que nos permitisse a produção dos misseis Aspide 2000 no Brasil, isso em detrimento dos sistemas russos. Na época fui duramente criticado pelos especialistas do fórum que afirmavam que o Pantsir seria a melhor opção. Agora que temos a possibilidade de adquirir estes sistemas com significativo ganho tecnológico a partir da parceria da ODT com os russos este sistema perdeu todas as suas qualidades tão ardorosamente defendidas aqui no Defesa Brasil.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 8:03 am
por Luís Henrique
Eu creio que não é isto.

Quem falou mal foi uma matéria da revista veja.
Que todos nós sabemos que é pró-ocidente e nunca vai achar legal uma aproximação com os russos...

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 9:31 am
por saullo
O que tem chamado um pouco a atenção no caso do Pantsir é que os requerimentos tem sido mexidos de forma a que esse sistema caiba no requerimento, e não o contrário.
Por exemplo, era pedido que fosse aerotransportável em C-130 ou KC-390, e parece que essa exigência foi retirada.
Tem também o caso do subtenente músico marido daquela ministra que foi ajudar a escolher o sistema na Rússia, numa operação que parece nada a ver.
Coisas de país bem administrado.

Abraços

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 10:06 am
por LeandroGCard
saullo escreveu:O que tem chamado um pouco a atenção no caso do Pantsir é que os requerimentos tem sido mexidos de forma a que esse sistema caiba no requerimento, e não o contrário.
Por exemplo, era pedido que fosse aerotransportável em C-130 ou KC-390, e parece que essa exigência foi retirada.
Tem também o caso do subtenente músico marido daquela ministra que foi ajudar a escolher o sistema na Rússia, numa operação que parece nada a ver.
Coisas de país bem administrado.
Exato, se você observar bem, esta é a regra nas últimas aquisições realizadas. Os requerimentos são apenas uma burocracia exigida legalmente, se a autoridade de plantão quiser escolher uma coisa ou outra mudam-se os requerimentos sem problemas. Ou os pesos dos ítens de pontuação (lembra do caso do FX-2?). Bureaucrats rule!


Leandro G. Card

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 10:37 am
por Franz Luiz
saullo escreveu:O que tem chamado um pouco a atenção no caso do Pantsir é que os requerimentos tem sido mexidos de forma a que esse sistema caiba no requerimento, e não o contrário.
Por exemplo, era pedido que fosse aerotransportável em C-130 ou KC-390, e parece que essa exigência foi retirada.
Tem também o caso do subtenente músico marido daquela ministra que foi ajudar a escolher o sistema na Rússia, numa operação que parece nada a ver.
Coisas de país bem administrado.

Abraços
Não sei qual lado está certo, mas para ser justo e já que foi criticado, aqui tem a explicação:

Subtenente que foi à Rússia e foi destratado pela VEJA é fluente em russo
O Informante (Blog)
Negócio local · 738 curtidas

Recebi uma informação de um leitor do blog e fui pesquisar. Descobri que subtenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo, marido da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, aquele que foi destratado pela revista VEJA por não ser um oficial do EB e ter integrado um grupo de trabalho que foi à Rússia conferir de perto as capacidades do sistema antiaéreo russo Pantsir-S1, não foi à Rússia simplesmente por ser marido da ministra. Ele foi à Rússia justamente por ajudar nos trabalhos, uma vez que ele morou na Rússia e é autodidata em língua russa.

Quero pedir desculpas ao subtenente por ter escrito que ele não tinha capacidade de integrar o grupo de trabalho que foi à Rússia e também queria me retratar publicamente com o ministro Celso Amorim, a quem eu sugerir ser penalizado a pagar as passagens e a estadia de Figueiredo nos 13 dias que ele ficara na Rússia.

Michel Medeiros
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... e-foi.html

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 12:15 pm
por BrasilPotência
O pessoal se antecipa muito, esquecem que peixe morre pela boca. [002]

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 3:53 pm
por Penguin
LeandroGCard escreveu:
saullo escreveu:O que tem chamado um pouco a atenção no caso do Pantsir é que os requerimentos tem sido mexidos de forma a que esse sistema caiba no requerimento, e não o contrário.
Por exemplo, era pedido que fosse aerotransportável em C-130 ou KC-390, e parece que essa exigência foi retirada.
Tem também o caso do subtenente músico marido daquela ministra que foi ajudar a escolher o sistema na Rússia, numa operação que parece nada a ver.
Coisas de país bem administrado.
Exato, se você observar bem, esta é a regra nas últimas aquisições realizadas. Os requerimentos são apenas uma burocracia exigida legalmente, se a autoridade de plantão quiser escolher uma coisa ou outra mudam-se os requerimentos sem problemas. Ou os pesos dos ítens de pontuação (lembra do caso do FX-2?). Bureaucrats rule!


Leandro G. Card
Aquele papo todo de mobilidade foi para o espaço.
O Pantsir embora móvel, não será aerotransportável com os meios que estarão disponíveis aqui.
Se houver uma crise em alguma fronteira por exemplo, não se poderá contar com esse sistema em um prazo curto. Ele terá que ser transportando por via rodoviária, fluvial ou cabotagem.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 4:16 pm
por LeandroGCard
Penguin escreveu:Aquele papo todo de mobilidade foi para o espaço.
O Pantsir embora móvel, não será aerotransportável com os meios que estarão disponíveis aqui.
Se houver uma crise em alguma fronteira por exemplo, não se poderá contar com esse sistema em um prazo curto. Ele terá que ser transportando por via rodoviária, fluvial ou cabotagem.
Em termos exclusivamente técnicos é para ser assim mesmo.

O Pantsir é um sistema tático desenvolvido para acompanhar colunas de unidades móveis de alto valor, que incluam infantaria, tanques e obuseiros autopropulsados. A mobilidade dele portanto deve ser a mesma, ele deve seguir junto com eles seja por terra, água ou ar. Se o Brasil não tem como transportar tanques e outros veículos militares pesados por meio aéreo, não haveria porque transportar o Pantsir.

Mas claro, isso é pela lógica. No Brasil o Pantsir será o sistema AAe com capacidade de atingir aeronaves a maior altura (média altura pela esdrúxula classificação brasileira, acima disso é com as aeronaves da FAB :? ), e portanto não duvido que acabe virando nossa defesa AAe "estratégica", visando defender pontos fixos sujeitos à ameaça aérea como usinas de força, pontes, centros de comando, aeroportos, etc... . Esta é inclusive a justificativa para adquiri-los, para defender os estádios durante a Copa e as Olimpíadas. Neste caso a incapacidade de ser transportados por aviões da FAB talvez passe a ser mesmo um problema. Mas o sistema não foi pensado para isso :roll: .


Leandro G. Card

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 4:36 pm
por Penguin
LeandroGCard escreveu:
Penguin escreveu:Aquele papo todo de mobilidade foi para o espaço.
O Pantsir embora móvel, não será aerotransportável com os meios que estarão disponíveis aqui.
Se houver uma crise em alguma fronteira por exemplo, não se poderá contar com esse sistema em um prazo curto. Ele terá que ser transportando por via rodoviária, fluvial ou cabotagem.
Em termos exclusivamente técnicos é para ser assim mesmo.

O Pantsir é um sistema tático desenvolvido para acompanhar colunas de unidades móveis de alto valor, que incluam infantaria, tanques e obuseiros autopropulsados. A mobilidade dele portanto deve ser a mesma, ele deve seguir junto com eles seja por terra, água ou ar. Se o Brasil não tem como transportar tanques e outros veículos militares pesados por meio aéreo, não haveria porque transportar o Pantsir.

Mas claro, isso é pela lógica. No Brasil o Pantsir será o sistema AAe com capacidade de atingir aeronaves a maior altura (média altura pela esdrúxula classificação brasileira, acima disso é com as aeronaves da FAB :? ), e portanto não duvido que acabe virando nossa defesa AAe "estratégica", visando defender pontos fixos sujeitos à ameaça aérea como usinas de força, pontes, centros de comando, aeroportos, etc... . Esta é inclusive a justificativa para adquiri-los, para defender os estádios durante a Copa e as Olimpíadas. Neste caso a incapacidade de ser transportados por aviões da FAB talvez passe a ser mesmo um problema. Mas o sistema não foi pensado para isso :roll: .


Leandro G. Card
Na Rússia ele foi projetado para ser transportado pela enorme frota de IL-76:

Imagem

Imagem

Ou seja, lá ele é aerotransportável. Até porque, tem que ser assim em um país enorme.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 4:53 pm
por Marino
Os requisitos anteriores apontavam para uma solução da lojinha que foi um fracasso total na Geórgia.
Lições foram aprendidas, AINDA BEM.
Burrice seria manter requisitos obsoletos que levavam a uma solução que foi um fiasco na hora da verdade.
O Chefe do Estado-Maior Conjunto das FAs, um general 4 estrelas oriundo da AAAe, tomou para si a responsabilidade dessa decisão.
Os requisitos foram mudados por um grupo de trabalho das 3 Forças, conduzido pelo MD.
Por qual motivo desconfiamos sempre, mesmo que a nova solução nos apresente algo muito melhor?

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 5:15 pm
por Penguin
Marino escreveu:Os requisitos anteriores apontavam para uma solução da lojinha que foi um fracasso total na Geórgia.
Lições foram aprendidas, AINDA BEM.
Burrice seria manter requisitos obsoletos que levavam a uma solução que foi um fiasco na hora da verdade.
O Chefe do Estado-Maior Conjunto das FAs, um general 4 estrelas oriundo da AAAe, tomou para si a responsabilidade dessa decisão.
Os requisitos foram mudados por um grupo de trabalho das 3 Forças, conduzido pelo MD.
Por qual motivo desconfiamos sempre, mesmo que a nova solução nos apresente algo muito melhor?
O único ponto esdruxulo foi abrir mão da aerotransportabilidade e prejudicar a mobilidade estratégica.
Isso vai contra o que preconiza a estratégia de defesa nacional em seu cerne:
Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa

4 - Desenvolver, lastreado na capacidade de monitorar/controlar, a capacidade de
responder prontamente a qualquer ameaça ou agressão: a mobilidade estratégica.

A mobilidade estratégica – entendida como a aptidão para se chegar rapidamente ao
teatro de operações
– reforçada pela mobilidade tática – entendida como a aptidão
para se mover dentro daquele teatro – é o complemento prioritário do monitoramento/
controle e uma das bases do poder de combate, exigindo das Forças Armadas ação
que, mais do que conjunta, seja unificada
.

O imperativo de mobilidade ganha importância decisiva, dadas a vastidão do espaço a
defender e a escassez dos meios para defendê-lo. O esforço de presença, sobretudo
ao longo das fronteiras terrestres e nas partes mais estratégicas do litoral, tem limitações
intrínsecas. É a mobilidade que permitirá superar o efeito prejudicial de tais limitações.
http://www.defesa.gov.br/projetosweb/es ... tugues.pdf

Se ainda fosse um sistema fixo, de defesa aérea de área, como o S300, o Arrow ou o Patriot, seria compreensível.

O Patsir será um sistema de curto alcance com os algumas sérias limitações de mobilidade inerentes a sistemas de longo alcance. Isso só acontecerá aqui, porque os outros usuários, tanto a Rússia como os EAU, podem transportar por via aérea seus Pantsir quando necessário (IL-76 e C17).

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 5:40 pm
por Carlos Lima
O problema nao 'e que ele 'e limitado e nao pode ser aerotransportado.

O problema 'e que nao temos o tipo de aeronave que normalmente transporta esse tipo de Sistema.

E a'i? Nivelar por baixo o tipo de missil porque nao temos o tipo de aviao que faz esse trabalho, ou quem sabe pensar e juntar isso a outras justificativas e realmente ver se nao precisamos de alguns avioes da categoria do IL/C-17 para resolver esse problema?

;)

[]s
CB_Lima

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 5:48 pm
por Penguin
Carlos Lima escreveu:O problema nao 'e que ele 'e limitado e nao pode ser aerotransportado.

O problema 'e que nao temos o tipo de aeronave que normalmente transporta esse tipo de Sistema.

E a'i? Nivelar por baixo o tipo de missil porque nao temos o tipo de aviao que faz esse trabalho, ou quem sabe pensar e juntar isso a outras justificativas e realmente ver se nao precisamos de alguns avioes da categoria do IL/C-17 para resolver esse problema?

;)

[]s
CB_Lima
Ainda bem que temos os Igla e os RBS70 para necessidades longe das bases, como é usual :twisted:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 5:57 pm
por Marino
Carlos Lima escreveu:O problema nao 'e que ele 'e limitado e nao pode ser aerotransportado.

O problema 'e que nao temos o tipo de aeronave que normalmente transporta esse tipo de Sistema.

E a'i? Nivelar por baixo o tipo de missil porque nao temos o tipo de aviao que faz esse trabalho, ou quem sabe pensar e juntar isso a outras justificativas e realmente ver se nao precisamos de alguns avioes da categoria do IL/C-17 para resolver esse problema?

;)

[]s
CB_Lima
Exato.
Ou pensa grande, com algo que vai fazer a diferença, ou fica no mimimi.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Sex Mar 28, 2014 6:05 pm
por Marino
A mobilidade estratégica – entendida como a aptidão para se chegar rapidamente ao
teatro de operações
Sim, e daí?
ESTE sistema pode nao chegar rapidamente a um teatro específico, mas isso nao quer dizer que outras forças nao possam e, ainda mais, que ele nao vá chegar a tempo para o conflito.
Então é preferível ter algo ruim que chega rápido e nao vai adiantar nada, a algo que necessite um esforço logístico para o transporte mas que vai resolver o problema?
Cada vez mais vejo que a solução foi a adequada.