EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
OK... indícios = especulação.
Tudo pode acontecer. Vamos ter que aguardar para ver.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Cavalheiros, o que mais tenho visto neste tópico é uma curiosa forma de xenofobia, e que chamo de Nacionalismo Seletivo: a EMBRAER vai acabar se fizer algum negócio com a BOEING, dizem e mostram seus "indícios", para a seguir municiar a chamada Justa Indignação.
Só que conheço um caso parecido e não vejo ninguém bufando nem procurando "indício". Permitam-me contar uma historinha 100% real:
Em 1977 uma empresa da França, a Aérospatiale, decide, após estudos e conversações que duraram anos, se instalar no Brasil começando, como normal, inicialmente em SJC. Em abril de 78, foi formalmente - e após muita discussão, porque o Françuá queria porque queria que se chamasse Aérospatiale do Brasil SA - criada formalmente a Helicópteros do Brasil SA - HELIBRAS, agora em Itajubá, MG. E começaram muito bem, nada de mandar tranqueira véia para fazer aqui, eram o Écureuil, que tinha feito seu primeiro voo uns 3 anos antes, e o Dauphin (que veio depois), idem. Notar, o desenho dessas aeronaves era tão "futurístico" e sua tecnologia tão avançada para a época que mesmo hoje ninguém lhes torce o nariz, as linhas dos anos 70 continuam bem modernas, mais de 40 anos depois. Agora
ATENÇÃO - A composição acionária original era de 54% para o governo de MG, 1% para uma empresa Brasileira de Aerofotogrametria (Cruzeiro do Sul) e os restantes 45 % para a Aérospatiale. Notemos, havia a preocupação com o fato que a nova empresa, por seu caráter estratégico, deveria ser controlada por Brasileiros, mesmo que montando aeronaves estrangeiras sob licença (certamente pretendiam que servisse de base para uma futura "EMBRAER dos helicópteros"). Mais adiante (1990), a composição acionária mudou, com a participação do governo de MG caindo para 25%, a da então Eurocopter (Aérospatiale + Daimler-Chrysler) se mantendo em 45% e o Grupo Bueninvest (SP) ficando com os restantes 30%. Mais adiante, a EADS chegou a 70% do controle da HELIBRAS. Não consegui achar dados sobre como está agora, com a AIRBUS.
Fuente: http://www.convergenciacom.net/pdf/livr ... s20-11.pdf
Notar, passamos de uns 60% de controle Brasileiro para no mínimo 70% de controle estrangeiro, e isso em uma empresa quase monopolista aqui dentro e que jamais desenvolveu uma só aeronave própria, apenas monta modelos de origem Francesa (e que são excelentes, admito sem problemas). E agora pergunto:
Com o controle estrangeiro, a seguir a "lógica" que impera neste tópico, por que será que o Françuá simplesmente não fechou a HELIBRAS, botou todo mundo pra rua e passou a nos vender heli feito na Europa?
Por que vai ser o fim do mundo se a BOEING tiver maioria acionária de uma parte da EMBRAER - a qual desenvolve seus próprios produtos, não-concorrentes e sim complementares com os da BOEING - mas com a HELIBRÁS tudo tri?
Repito, xenofobia seletiva...
Só que conheço um caso parecido e não vejo ninguém bufando nem procurando "indício". Permitam-me contar uma historinha 100% real:
Em 1977 uma empresa da França, a Aérospatiale, decide, após estudos e conversações que duraram anos, se instalar no Brasil começando, como normal, inicialmente em SJC. Em abril de 78, foi formalmente - e após muita discussão, porque o Françuá queria porque queria que se chamasse Aérospatiale do Brasil SA - criada formalmente a Helicópteros do Brasil SA - HELIBRAS, agora em Itajubá, MG. E começaram muito bem, nada de mandar tranqueira véia para fazer aqui, eram o Écureuil, que tinha feito seu primeiro voo uns 3 anos antes, e o Dauphin (que veio depois), idem. Notar, o desenho dessas aeronaves era tão "futurístico" e sua tecnologia tão avançada para a época que mesmo hoje ninguém lhes torce o nariz, as linhas dos anos 70 continuam bem modernas, mais de 40 anos depois. Agora
ATENÇÃO - A composição acionária original era de 54% para o governo de MG, 1% para uma empresa Brasileira de Aerofotogrametria (Cruzeiro do Sul) e os restantes 45 % para a Aérospatiale. Notemos, havia a preocupação com o fato que a nova empresa, por seu caráter estratégico, deveria ser controlada por Brasileiros, mesmo que montando aeronaves estrangeiras sob licença (certamente pretendiam que servisse de base para uma futura "EMBRAER dos helicópteros"). Mais adiante (1990), a composição acionária mudou, com a participação do governo de MG caindo para 25%, a da então Eurocopter (Aérospatiale + Daimler-Chrysler) se mantendo em 45% e o Grupo Bueninvest (SP) ficando com os restantes 30%. Mais adiante, a EADS chegou a 70% do controle da HELIBRAS. Não consegui achar dados sobre como está agora, com a AIRBUS.
Fuente: http://www.convergenciacom.net/pdf/livr ... s20-11.pdf
Notar, passamos de uns 60% de controle Brasileiro para no mínimo 70% de controle estrangeiro, e isso em uma empresa quase monopolista aqui dentro e que jamais desenvolveu uma só aeronave própria, apenas monta modelos de origem Francesa (e que são excelentes, admito sem problemas). E agora pergunto:
Com o controle estrangeiro, a seguir a "lógica" que impera neste tópico, por que será que o Françuá simplesmente não fechou a HELIBRAS, botou todo mundo pra rua e passou a nos vender heli feito na Europa?
Por que vai ser o fim do mundo se a BOEING tiver maioria acionária de uma parte da EMBRAER - a qual desenvolve seus próprios produtos, não-concorrentes e sim complementares com os da BOEING - mas com a HELIBRÁS tudo tri?
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Túlio, a Helibras ainda está aqui porque o investimento já foi feito, e o seu maior cliente, até hoje, é o Estado. Um cliente mais que seguro do ponto de vista financeiro.
Ademais, ela praticamente, como bem disse, monopoliza o mercado nacional, e detém parcela mais que significativa do mercado sul-americano, com extensão à África e América Central. Seria impensável abandonar tudo isso em favor de uma "firts France".
Franceses são arrogantes mas não são burros.
Tal é a coerência dessa lógica que os italianos tentaram primeiro com a Embraer e depois conformaram planos para uma fábrica sozinhos, via Leonardo.
No caso da Embraer o que parece até o momento é simplesmente, com a justificativa de ser um bom negócio para a empresa, acabar com ela como a conhecemos e entregar tudo à Boeing.
A questão que fica é: a Embraer realmente precisa deste negócio para se manter no mercado, tendo a posição que ela ocupa hoje?
Até o presente momento os diretores da empresa não apresentaram justificativas que realmente explicassem esse passo.
A Embraer não precisa da Boeing. Já o contrário não necessariamente é verdade.
Mas então porque entregar tudo nas mãos da Boeing?
Os resultados de Le Bourget e Farborought estão aí demonstrando que nós estamos muito bem obrigado, pelo menos nos próximos dez anos do ponto de vista comercial.
Olhando o caso da Helibras, dá para perceber que são situações e condições bem diferentes.
Se a gente perder a Helibras, nada acontece. Vamos continuar a sermos importadores de helicópteros como sempre formos.
Já perder a Embraer como hoje ela é, as consequências são totalmente imprevisíveis para a BID e para todo o setor aeroespacial que nasceu e se criou a duras penas ao seu redor.
Até que uma explicação tão plausível quanto aceitável seja dada, o famoso dito "dividir para conquistar" vai seguir sendo o mote para as pretensões desta suposta joint venture.
Abs
Ademais, ela praticamente, como bem disse, monopoliza o mercado nacional, e detém parcela mais que significativa do mercado sul-americano, com extensão à África e América Central. Seria impensável abandonar tudo isso em favor de uma "firts France".
Franceses são arrogantes mas não são burros.
Tal é a coerência dessa lógica que os italianos tentaram primeiro com a Embraer e depois conformaram planos para uma fábrica sozinhos, via Leonardo.
No caso da Embraer o que parece até o momento é simplesmente, com a justificativa de ser um bom negócio para a empresa, acabar com ela como a conhecemos e entregar tudo à Boeing.
A questão que fica é: a Embraer realmente precisa deste negócio para se manter no mercado, tendo a posição que ela ocupa hoje?
Até o presente momento os diretores da empresa não apresentaram justificativas que realmente explicassem esse passo.
A Embraer não precisa da Boeing. Já o contrário não necessariamente é verdade.
Mas então porque entregar tudo nas mãos da Boeing?
Os resultados de Le Bourget e Farborought estão aí demonstrando que nós estamos muito bem obrigado, pelo menos nos próximos dez anos do ponto de vista comercial.
Olhando o caso da Helibras, dá para perceber que são situações e condições bem diferentes.
Se a gente perder a Helibras, nada acontece. Vamos continuar a sermos importadores de helicópteros como sempre formos.
Já perder a Embraer como hoje ela é, as consequências são totalmente imprevisíveis para a BID e para todo o setor aeroespacial que nasceu e se criou a duras penas ao seu redor.
Até que uma explicação tão plausível quanto aceitável seja dada, o famoso dito "dividir para conquistar" vai seguir sendo o mote para as pretensões desta suposta joint venture.
Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Desisto.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Túlio, sem entrar no mérito do nacionalista bom contra o nacionalista mal, mas existem algumas diferenças entre Helibras e Embraer:Túlio escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 10:30 amCavalheiros, o que mais tenho visto neste tópico é uma curiosa forma de xenofobia, e que chamo de Nacionalismo Seletivo: a EMBRAER vai acabar se fizer algum negócio com a BOEING, dizem e mostram seus "indícios", para a seguir municiar a chamada Justa Indignação.
Só que conheço um caso parecido e não vejo ninguém bufando nem procurando "indício". Permitam-me contar uma historinha 100% real:
Em 1977 uma empresa da França, a Aérospatiale, decide, após estudos e conversações que duraram anos, se instalar no Brasil começando, como normal, inicialmente em SJC. Em abril de 78, foi formalmente - e após muita discussão, porque o Françuá queria porque queria que se chamasse Aérospatiale do Brasil SA - criada formalmente a Helicópteros do Brasil SA - HELIBRAS, agora em Itajubá, MG. E começaram muito bem, nada de mandar tranqueira véia para fazer aqui, eram o Écureuil, que tinha feito seu primeiro voo uns 3 anos antes, e o Dauphin (que veio depois), idem. Notar, o desenho dessas aeronaves era tão "futurístico" e sua tecnologia tão avançada para a época que mesmo hoje ninguém lhes torce o nariz, as linhas dos anos 70 continuam bem modernas, mais de 40 anos depois. Agora
ATENÇÃO - A composição acionária original era de 54% para o governo de MG, 1% para uma empresa Brasileira de Aerofotogrametria (Cruzeiro do Sul) e os restantes 45 % para a Aérospatiale. Notemos, havia a preocupação com o fato que a nova empresa, por seu caráter estratégico, deveria ser controlada por Brasileiros, mesmo que montando aeronaves estrangeiras sob licença (certamente pretendiam que servisse de base para uma futura "EMBRAER dos helicópteros"). Mais adiante (1990), a composição acionária mudou, com a participação do governo de MG caindo para 25%, a da então Eurocopter (Aérospatiale + Daimler-Chrysler) se mantendo em 45% e o Grupo Bueninvest (SP) ficando com os restantes 30%. Mais adiante, a EADS chegou a 70% do controle da HELIBRAS. Não consegui achar dados sobre como está agora, com a AIRBUS.
Fuente: http://www.convergenciacom.net/pdf/livr ... s20-11.pdf
Notar, passamos de uns 60% de controle Brasileiro para no mínimo 70% de controle estrangeiro, e isso em uma empresa quase monopolista aqui dentro e que jamais desenvolveu uma só aeronave própria, apenas monta modelos de origem Francesa (e que são excelentes, admito sem problemas). E agora pergunto:
Com o controle estrangeiro, a seguir a "lógica" que impera neste tópico, por que será que o Françuá simplesmente não fechou a HELIBRAS, botou todo mundo pra rua e passou a nos vender heli feito na Europa?
Por que vai ser o fim do mundo se a BOEING tiver maioria acionária de uma parte da EMBRAER - a qual desenvolve seus próprios produtos, não-concorrentes e sim complementares com os da BOEING - mas com a HELIBRÁS tudo tri?
Repito, xenofobia seletiva...
1) A Embraer é a queridinha dos brasileiros, a Helibras é a vadia dos brasileiros, para a primeira é só elogios, para a segunda só cacete, em parte isso se justifica pelos outros motivos:
2) A Embraer desenvolve e exporta, a Helibras só produz sob licença e só vende para o mercado interno;
3) A FAB tem um ITA, a MB não tem nada;
4) A Embraer é estratégica tanto do ponto de vista de produção quanto de desenvolvimento tecnológico, a Helibras só do ponto de vista de produção;
5) Para a Helibras barreiras comerciais são suficientes para justificar sua existência, para a Embraer barreiras comerciais podem ameaça-la;
6) A Embraer possui produto/projeto/tecnologia que interessa a estrangeiros, a Helibras não, ao contrário, é uma mera consumidora de produto/projeto/tecnologia estrangeira.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Como falei, @Marechal-do-ar, desisto. Cada um que pense e diga o que quiser, vamos ver no que dá no fim, tri?
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Já não existe debate neste tópico a um bom tempo... A posição de todos é uma só, sem argumentos, e sem nem cogitar que existam outras possibilidades.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Eu falo por mim mesmo. Já tinha até desistido deste tópico, mas não é por aí.
E argumentos penso que até há.
Difícil é saber de que forma cada um é mais ou menos capaz de convencer sobre sua validade ou não.
Há pouca informação e muita propaganda.
Mesmo assim é possível um diálogo que não nos leve a um monólogo caricato do tipo é isso e pronto.
Temos de nos haver com o que há de público sobre o assunto.
Calar e esperar pra ver talvez não seja a melhor opção.
Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Marechal-do-ar escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:55 amTúlio, sem entrar no mérito do nacionalista bom contra o nacionalista mal, mas existem algumas diferenças entre Helibras e Embraer:Túlio escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 10:30 amCavalheiros, o que mais tenho visto neste tópico é uma curiosa forma de xenofobia, e que chamo de Nacionalismo Seletivo: a EMBRAER vai acabar se fizer algum negócio com a BOEING, dizem e mostram seus "indícios", para a seguir municiar a chamada Justa Indignação.
Só que conheço um caso parecido e não vejo ninguém bufando nem procurando "indício". Permitam-me contar uma historinha 100% real:
Em 1977 uma empresa da França, a Aérospatiale, decide, após estudos e conversações que duraram anos, se instalar no Brasil começando, como normal, inicialmente em SJC. Em abril de 78, foi formalmente - e após muita discussão, porque o Françuá queria porque queria que se chamasse Aérospatiale do Brasil SA - criada formalmente a Helicópteros do Brasil SA - HELIBRAS, agora em Itajubá, MG. E começaram muito bem, nada de mandar tranqueira véia para fazer aqui, eram o Écureuil, que tinha feito seu primeiro voo uns 3 anos antes, e o Dauphin (que veio depois), idem. Notar, o desenho dessas aeronaves era tão "futurístico" e sua tecnologia tão avançada para a época que mesmo hoje ninguém lhes torce o nariz, as linhas dos anos 70 continuam bem modernas, mais de 40 anos depois. Agora
ATENÇÃO - A composição acionária original era de 54% para o governo de MG, 1% para uma empresa Brasileira de Aerofotogrametria (Cruzeiro do Sul) e os restantes 45 % para a Aérospatiale. Notemos, havia a preocupação com o fato que a nova empresa, por seu caráter estratégico, deveria ser controlada por Brasileiros, mesmo que montando aeronaves estrangeiras sob licença (certamente pretendiam que servisse de base para uma futura "EMBRAER dos helicópteros"). Mais adiante (1990), a composição acionária mudou, com a participação do governo de MG caindo para 25%, a da então Eurocopter (Aérospatiale + Daimler-Chrysler) se mantendo em 45% e o Grupo Bueninvest (SP) ficando com os restantes 30%. Mais adiante, a EADS chegou a 70% do controle da HELIBRAS. Não consegui achar dados sobre como está agora, com a AIRBUS.
Fuente: http://www.convergenciacom.net/pdf/livr ... s20-11.pdf
Notar, passamos de uns 60% de controle Brasileiro para no mínimo 70% de controle estrangeiro, e isso em uma empresa quase monopolista aqui dentro e que jamais desenvolveu uma só aeronave própria, apenas monta modelos de origem Francesa (e que são excelentes, admito sem problemas). E agora pergunto:
Com o controle estrangeiro, a seguir a "lógica" que impera neste tópico, por que será que o Françuá simplesmente não fechou a HELIBRAS, botou todo mundo pra rua e passou a nos vender heli feito na Europa?
Por que vai ser o fim do mundo se a BOEING tiver maioria acionária de uma parte da EMBRAER - a qual desenvolve seus próprios produtos, não-concorrentes e sim complementares com os da BOEING - mas com a HELIBRÁS tudo tri?
Repito, xenofobia seletiva...
1) A Embraer é a queridinha dos brasileiros, a Helibras é a vadia dos brasileiros, para a primeira é só elogios, para a segunda só cacete, em parte isso se justifica pelos outros motivos:
2) A Embraer desenvolve e exporta, a Helibras só produz sob licença e só vende para o mercado interno;
3) A FAB tem um ITA, a MB não tem nada;
4) A Embraer é estratégica tanto do ponto de vista de produção quanto de desenvolvimento tecnológico, a Helibras só do ponto de vista de produção;
5) Para a Helibras barreiras comerciais são suficientes para justificar sua existência, para a Embraer barreiras comerciais podem ameaça-la;
6) A Embraer possui produto/projeto/tecnologia que interessa a estrangeiros, a Helibras não, ao contrário, é uma mera consumidora de produto/projeto/tecnologia estrangeira.
Prezado Colega,
Acredito que esqueceu, por exemplo, do CTMSP. A MB desenvolveu a duras penas a tecnologia de maior impacto no desenvolvimento da humanidade que e a nuclear.Falar que a MB não tem nada e um pouco de exagero.
Sds
Lord Nauta
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Eu não esqueci, listei as diferenças, não as semelhanças, para desenvolvimento a FAB tem o CTA e MB o CTMSP, mas para a formação de engenheiros e pesquisadores a MB não tem nada, nesse ponto a presença de um centro de formação faz uma enorme diferença.Lord Nauta escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 5:08 pm Acredito que esqueceu, por exemplo, do CTMSP. A MB desenvolveu a duras penas a tecnologia de maior impacto no desenvolvimento da humanidade que e a nuclear.Falar que a MB não tem nada e um pouco de exagero.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
24 de Setembro, 2018 - 20:00 ( Brasília )
EMBRAER e BOEING tentam fechar negócio antes de 2019
Negociação entre Embraer e Boeing: a nova companhia, por enquanto chamada de NewCo, terá sede no Brasil
João José Oliveira - Valor
De São Paulo
Os executivos da Boeing e da Embraer aceleraram os trabalhos para concluir os contratos que vão criar a empresa que será dona dos negócios de aviação comercial da empresa brasileira. As duas companhias querem sacramentar o negócio este ano por pelo menos três motivos, apurou o Valor.
Do lado da Boeing, a Embraer é o investimento mais rápido para acessar o segmento de jatos de passageiros para até 150 lugares, uma vez que sua concorrente, a Airbus, já entrou nesse nicho, ao assumir a linha de aviões da canadense Bombardier.
O Valor apurou que a Boeing estuda alternativas para um eventual fracasso na sociedade com a Embraer pois vai entrar no negócio, com ou sem a brasileira.
Mas executivos dos dois lados mantém a meta de fechar os contratos até no máximo 5 de dezembro. O principal motivo da aposta é que os principais pontos do memorando de entendimento, assinado em 5 de julho, foram mantidos ao longo desses quase três meses. Além disso, a Embraer teme perder negócios se a incerteza permanecer. Os envolvidos entendem que todo o processo será retardado ainda mais se a finalização ficar para o ano em que o Brasil terá um novo governo.
Segundo o 'Memorando de Entendimentos para Parceria Estratégica entre The Boeing Company e Embraer', as empresas definiram como meta a conclusão dos processos de diligência legal e financeira, aprovações dos conselhos de administração das duas companhias e anunciar a criação da joint venture.
Boeing e Embraer acreditam que entre 5 de dezembro e o feriado de Natal conseguem receber a aprovação do governo e o sinal verde da assembleia de acionistas.
As duas empresas consideram factível o risco atrasos no ano que vem uma vez que dois dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto para Presidente - Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) - afirmaram que vão rever o negócio.
O Valor apurou que o memorando continua valendo em sua integralidade. A agenda de executivos, advogados e consultores tem sido usada para transformar princípios em contratos jurídicos perfeitos.
Conforme o acerto, a Boeing vai pagar US$ 3,8 bilhões por 80% do segmento de aviões comerciais da Embraer. A nova companhia, por enquanto chamada de NewCo, terá sede no Brasil. A Boeing terá "o integral controle estratégico e operacional e a administração dos negócios relacionados à aviação comercial da Embraer e sua total integração na Boeing", enquanto a Embraer vai receber dividendos.
Um item mais delicado da joint venture é a redação dos contratos que vão reger as relações entre a Embraer e a NewCo. A empresa brasileira terá condição "preferencial", por exemplo, quando a nova companhia for contratar serviços e fornecedores na cadeia de suprimentos.
Assim, a Embraer terá dois canais abertos para manter o fluxo de caixa da companhia depois que perder o controle da unidade de jatos comerciais - que responde por cerca de 60% do seu faturamento.
A Embraer vai receber dividendos dentro de uma política que obriga a NewCo a distribuir pelo menos 50% dos resultados e passará a ser remunerada por vendas de serviços e suprimentos para a joint venture em condições preferenciais.
Esses dois canais devem ser capazes de garantir que a geração de caixa da NewCo seja um fluxo de recursos perene que mantenha a Embraer sustentável no longo prazo.
A Embraer continuará dona das unidades de defesa & segurança e de jatos executivos, que respondem por cerca de 35% das vendas atuais da companhia. E essas operações demandam investimentos para se manterem sustentáveis e competitivas após a holding perder sua unidade de maior geração de caixa.
Embraer e Boeing chegaram a uma fórmula para evitar o risco de diluição da empresa brasileira na nova companhia. Segundo o memorando, a nova empresa pode fazer operações de aumento de capital ou de endividamento com finalidade de pesquisa e desenvolvimento, investimento, capital de giro ou financiamento de operações, prejuízos, pensão, endividamento, tributos.
Como a Embraer teria o direito de realizar seu aporte 'pro rata', o valor seria menor que o da sócia americana, na relação de quatro para um. "Financiamentos de dívida com parte relacionada somente seriam permitidos com base em termos que sejam melhores para a NewCo do que aqueles disponíveis com terceiros credores" determina o memorando.
A Boeing aposta em uma forma que encontrou de "adoçar" o contrato para amenizar a oposição de minoritários preocupados com o futuro da companhia. Por meio de opção de venda a Embraer terá o direito de receber pagamento em dinheiro por qualquer parcela de suas ações na NewCo, com o preço equivalente a pelo menos o pago pela Boeing no momento da aquisição da participação acionária na joint venture.
http://www.defesanet.com.br/demb/notici ... s-de-2019/
abs.
arcanjo
EMBRAER e BOEING tentam fechar negócio antes de 2019
Negociação entre Embraer e Boeing: a nova companhia, por enquanto chamada de NewCo, terá sede no Brasil
João José Oliveira - Valor
De São Paulo
Os executivos da Boeing e da Embraer aceleraram os trabalhos para concluir os contratos que vão criar a empresa que será dona dos negócios de aviação comercial da empresa brasileira. As duas companhias querem sacramentar o negócio este ano por pelo menos três motivos, apurou o Valor.
Do lado da Boeing, a Embraer é o investimento mais rápido para acessar o segmento de jatos de passageiros para até 150 lugares, uma vez que sua concorrente, a Airbus, já entrou nesse nicho, ao assumir a linha de aviões da canadense Bombardier.
O Valor apurou que a Boeing estuda alternativas para um eventual fracasso na sociedade com a Embraer pois vai entrar no negócio, com ou sem a brasileira.
Mas executivos dos dois lados mantém a meta de fechar os contratos até no máximo 5 de dezembro. O principal motivo da aposta é que os principais pontos do memorando de entendimento, assinado em 5 de julho, foram mantidos ao longo desses quase três meses. Além disso, a Embraer teme perder negócios se a incerteza permanecer. Os envolvidos entendem que todo o processo será retardado ainda mais se a finalização ficar para o ano em que o Brasil terá um novo governo.
Segundo o 'Memorando de Entendimentos para Parceria Estratégica entre The Boeing Company e Embraer', as empresas definiram como meta a conclusão dos processos de diligência legal e financeira, aprovações dos conselhos de administração das duas companhias e anunciar a criação da joint venture.
Boeing e Embraer acreditam que entre 5 de dezembro e o feriado de Natal conseguem receber a aprovação do governo e o sinal verde da assembleia de acionistas.
As duas empresas consideram factível o risco atrasos no ano que vem uma vez que dois dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto para Presidente - Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) - afirmaram que vão rever o negócio.
O Valor apurou que o memorando continua valendo em sua integralidade. A agenda de executivos, advogados e consultores tem sido usada para transformar princípios em contratos jurídicos perfeitos.
Conforme o acerto, a Boeing vai pagar US$ 3,8 bilhões por 80% do segmento de aviões comerciais da Embraer. A nova companhia, por enquanto chamada de NewCo, terá sede no Brasil. A Boeing terá "o integral controle estratégico e operacional e a administração dos negócios relacionados à aviação comercial da Embraer e sua total integração na Boeing", enquanto a Embraer vai receber dividendos.
Um item mais delicado da joint venture é a redação dos contratos que vão reger as relações entre a Embraer e a NewCo. A empresa brasileira terá condição "preferencial", por exemplo, quando a nova companhia for contratar serviços e fornecedores na cadeia de suprimentos.
Assim, a Embraer terá dois canais abertos para manter o fluxo de caixa da companhia depois que perder o controle da unidade de jatos comerciais - que responde por cerca de 60% do seu faturamento.
A Embraer vai receber dividendos dentro de uma política que obriga a NewCo a distribuir pelo menos 50% dos resultados e passará a ser remunerada por vendas de serviços e suprimentos para a joint venture em condições preferenciais.
Esses dois canais devem ser capazes de garantir que a geração de caixa da NewCo seja um fluxo de recursos perene que mantenha a Embraer sustentável no longo prazo.
A Embraer continuará dona das unidades de defesa & segurança e de jatos executivos, que respondem por cerca de 35% das vendas atuais da companhia. E essas operações demandam investimentos para se manterem sustentáveis e competitivas após a holding perder sua unidade de maior geração de caixa.
Embraer e Boeing chegaram a uma fórmula para evitar o risco de diluição da empresa brasileira na nova companhia. Segundo o memorando, a nova empresa pode fazer operações de aumento de capital ou de endividamento com finalidade de pesquisa e desenvolvimento, investimento, capital de giro ou financiamento de operações, prejuízos, pensão, endividamento, tributos.
Como a Embraer teria o direito de realizar seu aporte 'pro rata', o valor seria menor que o da sócia americana, na relação de quatro para um. "Financiamentos de dívida com parte relacionada somente seriam permitidos com base em termos que sejam melhores para a NewCo do que aqueles disponíveis com terceiros credores" determina o memorando.
A Boeing aposta em uma forma que encontrou de "adoçar" o contrato para amenizar a oposição de minoritários preocupados com o futuro da companhia. Por meio de opção de venda a Embraer terá o direito de receber pagamento em dinheiro por qualquer parcela de suas ações na NewCo, com o preço equivalente a pelo menos o pago pela Boeing no momento da aquisição da participação acionária na joint venture.
http://www.defesanet.com.br/demb/notici ... s-de-2019/
abs.
arcanjo
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Embraer SA will have the right to block ten crucial matters in the commercial-aircraft joint venture it’s forming with Boeing Co, according to a Memorandum of Understanding between the two companies.
While Boeing will have “full strategic and operational control and management” of the new company, and Embraer will have a non-voting board member on the board, the Brazilian company can block decisions related to any of the following issues, "considering the best interest of the NewCo," as the joint venture is known:
1- Change of NewCo’s use of the Embraer name or logo;
2- NewCo’s dissolution or liquidation, or filing for bankruptcy;
3- Transfer of NewCo’s existing operations, or change in domicile outside Brazil;
4- Change of NewCo’s independent auditor unless to one of the so-called “Big 4” firms;
5- Change of NewCo’s dividend policy;
6- Certain capital contributions (as defined in dilution policy described below) with the clear intent to artificially dilute the minority shares; Embraer would not have the power to veto the amount or timing of funding made for legitimate business purposes, as determined by Boeing in the exercise of its good faith discretion;
7- Certain amendments of NewCo’s bylaws;
8- Change of NewCo corporate form;
9- Change of NewCo’s object or purpose; and
10- Capital reduction
Embraer’s American Depositary Receipts reversed earlier gains after the MoU was reported and were trading down 0.3 percent to $19.72 at 2:08 p.m. in New York.
Boeing and Embraer announced the signature of a preliminary deal in July under which Boeing will pay $3.8 billion to own 80 percent of a partnership controlling Embraer’s commercial airplane and services businesses. The Brazilian manufacturer will hold 20 percent. The final agreement is close to being finalized, Bloomberg reported on Sept. 26.
The preliminary deal, which establishes a lock-up period of ten years for the companies’ stakes in the new venture, also gives Embraer a put option to a cash payment for any portion of its stake in the new venture at the price paid by Boeing at the time of the deal’s signature.
Boeing and Embraer didn’t immediately comment.
The commercial-aircraft venture would be Boeing’s largest operation outside the U.S. by far, and the goal is to expand operations and use some of Embraer’s in-house solutions, such as landing gear and avionics technologies, rather than outsourcing them, according to people close to the negotiations. Embraer’s commercial division would form a new Boeing center of excellence for aircraft with less than 150 seats challenging an Airbus-Bombardier Inc. partnership.
The memorandum provides a glimpse of how operations are intended to come together. An engineering services agreement would include “near term collaboration,” possibly giving Embraer’s designers a role in shaping the so-called 797 aircraft program Boeing is mulling launching next year.
The companies also have a pact to cross-license intellectual property, while a new marketing joint venture for the KC-390 cargo aircraft hints at “industrial collaboration.”
— With assistance by Julie Johnsson, and Vinicius AndradeEmbraer SA will have the right to block ten crucial matters in the commercial-aircraft joint venture it’s forming with Boeing Co, according to a Memorandum of Understanding between the two companies.
While Boeing will have “full strategic and operational control and management” of the new company, and Embraer will have a non-voting board member on the board, the Brazilian company can block decisions related to any of the following issues, "considering the best interest of the NewCo," as the joint venture is known:
1- Change of NewCo’s use of the Embraer name or logo;
2- NewCo’s dissolution or liquidation, or filing for bankruptcy;
3- Transfer of NewCo’s existing operations, or change in domicile outside Brazil;
4- Change of NewCo’s independent auditor unless to one of the so-called “Big 4” firms;
5- Change of NewCo’s dividend policy;
6- Certain capital contributions (as defined in dilution policy described below) with the clear intent to artificially dilute the minority shares; Embraer would not have the power to veto the amount or timing of funding made for legitimate business purposes, as determined by Boeing in the exercise of its good faith discretion;
7- Certain amendments of NewCo’s bylaws;
8- Change of NewCo corporate form;
9- Change of NewCo’s object or purpose; and
10- Capital reduction
Embraer’s American Depositary Receipts reversed earlier gains after the MoU was reported and were trading down 0.3 percent to $19.72 at 2:08 p.m. in New York.
Boeing and Embraer announced the signature of a preliminary deal in July under which Boeing will pay $3.8 billion to own 80 percent of a partnership controlling Embraer’s commercial airplane and services businesses. The Brazilian manufacturer will hold 20 percent. The final agreement is close to being finalized, Bloomberg reported on Sept. 26.
The preliminary deal, which establishes a lock-up period of ten years for the companies’ stakes in the new venture, also gives Embraer a put option to a cash payment for any portion of its stake in the new venture at the price paid by Boeing at the time of the deal’s signature.
Boeing and Embraer didn’t immediately comment.
The commercial-aircraft venture would be Boeing’s largest operation outside the U.S. by far, and the goal is to expand operations and use some of Embraer’s in-house solutions, such as landing gear and avionics technologies, rather than outsourcing them, according to people close to the negotiations. Embraer’s commercial division would form a new Boeing center of excellence for aircraft with less than 150 seats challenging an Airbus-Bombardier Inc. partnership.
The memorandum provides a glimpse of how operations are intended to come together. An engineering services agreement would include “near term collaboration,” possibly giving Embraer’s designers a role in shaping the so-called 797 aircraft program Boeing is mulling launching next year.
The companies also have a pact to cross-license intellectual property, while a new marketing joint venture for the KC-390 cargo aircraft hints at “industrial collaboration.”
— With assistance by Julie Johnsson, and Vinicius AndradeEmbraer SA will have the right to block ten crucial matters in the commercial-aircraft joint venture it’s forming with Boeing Co, according to a Memorandum of Understanding between the two companies.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Alguém sabe qual a posição do Bolsonaro sobre essa questão da Embraer é Boeing?
Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
É estratégico. E estratégico não privatiza ou vende para cobiça internacional.
Sério. O Bozo, Andrade e Ciro não autorizariam qualquer venda ou acordo. Quem poderia considerar fazer era o Alckmin, Meirelles e Marina. Porém, as coisas mudam na medida em que conversar e lobbies avançam
Sério. O Bozo, Andrade e Ciro não autorizariam qualquer venda ou acordo. Quem poderia considerar fazer era o Alckmin, Meirelles e Marina. Porém, as coisas mudam na medida em que conversar e lobbies avançam