Logo, há um overlap de capacidades mas o spike não se adequa tão bem às instâncias inferiores das organizações militares.
@Poti , esta 'limitação' não poderia ser mais facilmente contornada com a simples adoção do Spike SR ao invés de introduzir mais um tipo de sistema AC, o que em partes complica um pouco mais a vida do pessoal da logística?
Re: ARMAS ANTICARRO
Enviado: Ter Ago 16, 2022 9:45 pm
por Alfa BR
Re: ARMAS ANTICARRO
Enviado: Ter Ago 16, 2022 11:21 pm
por prp
Todo batalhão de infantaria tem um pelotão deste na CIA de cmdo e apoio?
Re: ARMAS ANTICARRO
Enviado: Qua Ago 17, 2022 12:51 am
por Alfa BR
prp escreveu: ↑Ter Ago 16, 2022 11:21 pm
Todo batalhão de infantaria tem um pelotão deste na CIA de cmdo e apoio?
Deveria ter, mas...
Antigamente o Pelotão Anticarro era dotado com os canhões sem-recuo 106 mm montados em jipe. A previsão era substitui-los por mísseis anticarro. Depois da baixa dessas peças o EB ficou com um vácuo nas capacidades anticarro pois a almejada aquisição em larga escala dos mísseis AC não se concretizou.
Nos anos 90 compraram pequenos lotes dos mísseis anticarro Milan e Eryx, indo pra brigadas aeromóvel e paraquedista respectivamente. Os Btl Inf dessas GU tinham um Pelotão Anticarro mas hoje as armas não estão mais operantes.
Atualmente algumas OM juntam os canhões sem-recuo 84 mm Carl Gustav das Companhias de Fuzileiros no Pelotão Anticarro.
Re: ARMAS ANTICARRO
Enviado: Qua Ago 17, 2022 1:32 am
por knigh7
prp escreveu: ↑Ter Ago 16, 2022 11:21 pm
Todo batalhão de infantaria tem um pelotão deste na CIA de cmdo e apoio?
A organização é esta (com cada seção AC dotada de 2 armas anticarro):
Entretanto, se observar os manuais recentes (2021) da Infantaria Mecanizada, verá que foram retirados os pelotões AC dos batalhões e os glutinaram numa Cia de brigada:
Ou seja, nos Btl de Inf Mecanizada: Cada seção AC de mísseis tem 2 lançadores. Cada pelotão tem 2 seções. E cada Cia AC tem 2 pelotões de mísseis anticarro. Cada Bda dessa terá então 8 lançadores de mísseis AC.
prp escreveu: ↑Ter Ago 16, 2022 11:21 pm
Todo batalhão de infantaria tem um pelotão deste na CIA de cmdo e apoio?
Deveria ter, mas...
Antigamente o Pelotão Anticarro era dotado com os canhões sem-recuo 106 mm montados em jipe. A previsão era substitui-los por mísseis anticarro. Depois da baixa dessas peças o EB ficou com um vácuo nas capacidades anticarro pois a almejada aquisição em larga escala dos mísseis AC não se concretizou.
Nos anos 90 compraram pequenos lotes dos mísseis anticarro Milan e Eryx, indo pra brigadas aeromóvel e paraquedista respectivamente. Os Btl Inf dessas GU tinham um Pelotão Anticarro mas hoje as armas não estão mais operantes.
Atualmente algumas OM juntam os canhões sem-recuo 84 mm Carl Gustav das Companhias de Fuzileiros no Pelotão Anticarro.
Uma questão relativamente simples que poderia ter sido solucionada a contento via compras de oportunidade mas que deixou de ser feita em favor da esperança em um produto nacional que jamais conseguiu sair da fase de protótipo até hoje.
Já se disse por aqui no DB que o exército tem cerca de 85 batalhões de infantaria. Descontando os 15 BIS, resta coisa de 70 batalhões para serem equipados com este armamento.
Tomando por base a organização proposta no modelo apresentado por ti, seriam 4 lançadores por Pel AC equipados com 8 mísseis. Isto nos dá uma perspectiva geral de apenas 280 lançadores e 560 mísseis.
Tenho certeza que estes números nem de longe são algo temerário para o orçamento do EB. Na verdade nunca foi.
Mas preferiram o caminho mais complicado sem deixar espaço para soluções de continuidade a fim de manter a tropa equipada e adestrada.
Vai entender.
prp escreveu: ↑Ter Ago 16, 2022 11:21 pm
Todo batalhão de infantaria tem um pelotão deste na CIA de cmdo e apoio?
Entretanto, se observar os manuais recentes (2021) da Infantaria Mecanizada, verá que foram retirados os pelotões AC dos batalhões e os glutinaram numa Cia de brigada: Ou seja, nos Btl de Inf Mecanizada: Cada seção AC de mísseis tem 2 lançadores. Cada pelotão tem 2 seções. E cada Cia AC tem 2 pelotões de mísseis anticarro. Cada Bda dessa terá então 8 lançadores de mísseis AC.
Longe de ser lógico e prudente, este tipo de concentração deixa as subunidades da brigada mais dependentes do apoio a nível GU e assim limitando sua operacionalidade e flexibilidade para lidar com situações diversas. Não entendo essa mania de querer concentrar tudo em um lugar só. Parece coisa de cachorro que enterra um osso encontrado na lata do lixo para vir "almoçar" outro dia.
Ademais, o que seria esse "pelotão anti carro" dentro da companhia, e o que ele difere do pelotão mísseis anti carro
Na minha humilde opinião, deveríamos ter repetidas em todos os escalões esse mesmo tipo de organização em termos de sistemas AC. Brigada, batalhão, companhia e pelotão.
A família Spike oferece esse tipo de flexibilidade para não só ampliar como modernizar as OM e suas diversas subunidades.
Já faz tempo que mísseis AC deixaram de ter CC como alvos únicos e exclusivos.
Seria bom também junto com esta flexibilização com o uso destes sistemas modernizar a organização atual de pelotão a divisão do exército.
Paramos nos anos 1950 depois do rápido contato com o US Army durante a GM II. E ficamos lá.
Re: ARMAS ANTICARRO
Enviado: Qua Ago 17, 2022 10:49 pm
por knigh7
FCarvalho escreveu: ↑Qua Ago 17, 2022 1:58 pm
Ademais, o que seria esse "pelotão anti carro" dentro da companhia, e o que ele difere do pelotão mísseis anti carro
O Carl Gustaf, por exemplo, é um canhão sem recuo que lança granadas. A capacidade de penetração da variante da HEAT que o EB tem é de 400mm de RHA. É uma boa arma anticarro mas não é míssil.
Logo, há um overlap de capacidades mas o spike não se adequa tão bem às instâncias inferiores das organizações militares.
@Poti , esta 'limitação' não poderia ser mais facilmente contornada com a simples adoção do Spike SR ao invés de introduzir mais um tipo de sistema AC, o que em partes complica um pouco mais a vida do pessoal da logística?
Poderia sim.
No mundo ideal teríamos lança-rojões remuniciáveis capazes de perfurar blindados contemporâneos. Teríamos atgms capazes de engajar a curtas distâncias, outros mais pesados a mais longa distância e com modos de guiagem variados e de origens variadas.
Realidade no entanto é outra né. Simples fato de adquirirmos algumas centenas de mísseis já é um baita avanço.
E Carvalho, você excluiu os ATGMs dos batalhões de selva e discordo. Tanto a 23a quanto a 1a brigada possuem esquadrões de cavalaria e deveriam ter atgms. E acho que os mísseis podem ser extremamente úteis na guerra ribeirinha. Dá para imaginar uma emboscada onde embarcações inimigas são abatidas por mísseis atirados das margens. No fundo missil anti-carro nem deveria mais ter esse nome.
FCarvalho escreveu: ↑Qua Ago 17, 2022 1:58 pm
Ademais, o que seria esse "pelotão anti carro" dentro da companhia, e o que ele difere do pelotão mísseis anti carro
O Carl Gustaf, por exemplo, é um canhão sem recuo que lança granadas. A capacidade de penetração da variante da HEAT que o EB tem é de 400mm de RHA. É uma boa arma anticarro mas não é míssil.
Em se tratando de uma unidade mecanizada, eu pensei que fosse algo no sentido de operar as VBC CAV.
FCarvalho escreveu: ↑Seg Ago 15, 2022 1:11 am
@Poti , esta 'limitação' não poderia ser mais facilmente contornada com a simples adoção do Spike SR ao invés de introduzir mais um tipo de sistema AC, o que em partes complica um pouco mais a vida do pessoal da logística?
Poderia sim.
No mundo ideal teríamos lança-rojões remuniciáveis capazes de perfurar blindados contemporâneos. Teríamos atgms capazes de engajar a curtas distâncias, outros mais pesados a mais longa distância e com modos de guiagem variados e de origens variadas.
Realidade no entanto é outra né. Simples fato de adquirirmos algumas centenas de mísseis já é um baita avanço.
E Carvalho, você excluiu os ATGMs dos batalhões de selva e discordo. Tanto a 23a quanto a 1a brigada possuem esquadrões de cavalaria e deveriam ter atgms. E acho que os mísseis podem ser extremamente úteis na guerra ribeirinha. Dá para imaginar uma emboscada onde embarcações inimigas são abatidas por mísseis atirados das margens. No fundo missil anti-carro nem deveria mais ter esse nome.
Eu não me lembro ao certo de os BIS tem sua composição uma seção AC dentro do batalhão, mas no caso das OM que possuem cav mec, há de se ver que podem sim ser úteis a sua adição.
O que me chama a atenção neste quesito AC da infantaria de selva é que o ambiente, tanto aqui quanto no centro oeste são bastante complicados para sistemas com muitos eletrônicos dentro deles.
Por outro lado, o uso de mísseis AC nos BIS não deixa de ser uma perspectiva muito interessante, mas tendo em vista o tipo de ambiente em que opera a infantaria de selva, não vejo muitas opções no mercado, talvez pouca exceções feitas ao Spike SR, o russo Metis ou talvez o NLAW sueco.
De qualquer forma, para a minha região nada maior que um Carl Gustav Mk IV seria bom em matéria de função AC e anti material. E como disse, as opções não são muitas. Além do que, o Carl Gustav já fazem o mesmo serviço a contento. O que falta é adotar mais e melhores munições para ele.
Re: ARMAS ANTICARRO
Enviado: Sex Ago 19, 2022 3:10 pm
por FCarvalho
Falando em mísseis AC leves. Uma alternativa turca
Agora é só pensar nisto aqui também com a infantaria de selva. E não estou dizendo que ele pode ser o único em um BIS. Nada impede que a versão SR seja emprega a nível pelotão e nas companhias e\ou batalhão se empregue conjuntamente outros tipos complementares, sejam da família Spike ou outro tipo.