Geopolítica Brasileira

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Geopolítica Brasileira

#781 Mensagem por Bourne » Sáb Jan 17, 2015 3:17 pm

Detalhe da imagem: (...) financiamento fornecido pela USAID (...)"

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Nos anos 1940 e durante o governo militar castello Branco, o Brasil era um dos mais que recebia bondades da USAID e o governo norte-americana era o fiados no banco mundial e interamericano. A construção da rede de estradas na época era para ser financiado pelo norte-americanos, mas Eisenhower mandou cortar e direcionar para outros interesses. O auge foi em 1964-67 em que o Brasil recebia menos recursos que o Vietnam e mais um. Basicamente salvaram o Brasil da dívida externa por interesses estratégicos que fazer o governo militar funcionar e não ter as restrições do Quadros e Goulart.




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Re: Geopolítica Brasileira

#782 Mensagem por Wingate » Dom Jan 18, 2015 7:54 pm

Bourne escreveu:Detalhe da imagem: (...) financiamento fornecido pela USAID (...)"

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Nos anos 1940 e durante o governo militar castello Branco, o Brasil era um dos mais que recebia bondades da USAID e o governo norte-americana era o fiados no banco mundial e interamericano. A construção da rede de estradas na época era para ser financiado pelo norte-americanos, mas Eisenhower mandou cortar e direcionar para outros interesses. O auge foi em 1964-67 em que o Brasil recebia menos recursos que o Vietnam e mais um. Basicamente salvaram o Brasil da dívida externa por interesses estratégicos que fazer o governo militar funcionar e não ter as restrições do Quadros e Goulart.

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Re: Geopolítica Brasileira

#783 Mensagem por Boss » Sex Jan 23, 2015 12:10 am

O desastre da "política externa" do atual governo. :?



Brasil perde direito de votar em Tribunal da ONU por falta de pagamento


Jamil Chade, de Genebra / Correspondente - O Estado de S. Paulo

GENEBRA - O Brasil perdeu seus direitos no Tribunal Penal Internacional (TPI), após acumular mais de US$ 6 milhões em dívidas com a entidade sediada em Haia. A diplomacia brasileira vive uma saia-justa, com a segunda maior dívida de um país nas Nações Unidas. Mas, no caso da Corte, a suspensão é a primeira sofrida pelo Itamaraty desde que os cortes orçamentários começaram no órgão que comanda a política externa do País.

"O Artigo 112(8) do Estatuto de Roma dispõe que o Estado em atraso no pagamento de sua contribuição financeira não poderá votar, se o total de suas contribuições em atraso igualar ou exceder a soma das contribuições correspondentes aos dois anos anteriores completos por ele devidos", explicou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.

"Em razão do dispositivo acima, desde 1.º/1/2015, o Brasil perdeu temporariamente o direito de voto na Assembleia dos Estados Partes do Tribunal Penal Internacional (TPI)", confirmou.

Hoje, apesar da mudança na chefia do ministério e a nomeação de um novo chanceler para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, nada mudou no que se refere aos atrasos do Brasil com a ONU. Conforme revelado com exclusividade pelo Estado, a dívida do Planalto com o orçamento regular da ONU superava em 2014 pela primeira vez a marca de US$ 100 milhões e apenas os EUA mantinham um buraco superior.

Constrangimento após constrangimento, o governo decidiu enviar um cheque para demonstrar uma boa vontade e o Palácio do Planalto liberou US$ 36 milhões, uma semana antes do discurso de Dilma na Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque.

A ONU agradeceu, mas avisou: mesmo com o pagamento, o Brasil ainda deve quase meio bilhão de reais à ONU.

Documentos da ONU que indicam que, até 3 de dezembro, o Brasil devia US$ 170 milhões à entidade. Isso sem contar com outra dívida de US$ 14 milhões (R$ 36,7 milhões) para a Unesco, que deu o título ao Brasil de segundo maior devedor da entidade cultural da ONU, além de outros US$ 87,3 milhões para as operações de paz dos capacetes azuis.

No caso do TPI, o Brasil é um dos membros fundadores da entidade que representou o maior avanço no direito internacional desde o fim da Guerra Fria.

Na prática, a suspensão impede o Brasil a votar, por exemplo, na escolha de novos juízes. Uma reunião da entidade está sendo planejada para o fimdo semestre e outra em novembro.

Mas é o constrangimento político que mais afeta o País que, em diversas ocasiões, usa o discurso do multilateralismo para insistir que apenas dentro do quadro da lei e da ONU é que conflitos podem ser superados.

http://m.estadao.com.br/noticias/int...,1623453,0.htm




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Re: Geopolítica Brasileira

#784 Mensagem por J.Ricardo » Sex Jan 23, 2015 1:10 am

Depois ficam falando aos quatro ventos exigindo uma cadeira no CS... esse GF é um fracasso...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Geopolítica Brasileira

#785 Mensagem por suntsé » Sex Jan 23, 2015 6:34 am

J.Ricardo escreveu:Depois ficam falando aos quatro ventos exigindo uma cadeira no CS... esse GF é um fracasso...
Eu não sei como o LULA pode ser tão incompetente ao escolher uma topeira como sucessora.




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Re: Geopolítica Brasileira

#786 Mensagem por Bourne » Sex Jan 23, 2015 7:21 am

Não é incompetência. Para a Gilma isso não importa. Simples assim. Pelo pessoal que está no Itamaraty está mais para uma sorte do azar.

Nem os maluquinhos vermelhos que veem estão felizes. :mrgreen:

Observem que até a Cepal virou imperialista, olha qualquer acordo com UE ou EUA como ato imperialista, integração produtiva é o demônio. Lembra até os maluquinhos do itamaraty como Samuel Guimarães.
Na verdade não liga nem para o básico do comércio internacional e acelerar a integração com os vizinhos.

A crise do neodesenvolvimentismo
No segundo mandato, Dilma precisa demonstrar ousadia e inovação para alavancar novamente a integração regional na América Latina
por Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais — publicado 20/01/2015 09:40

Por Tatiana Berringer* – texto do Especial Integração Regional do GRRI

Desde 2003 diversas iniciativas contribuíram para o “relançamento do Mercosul” e o início de uma fase de cooperação política regional para o desenvolvimento, dando fim a um período de incertezas que o bloco viveu entre 1999 e 2002 em função das crises econômicas no Brasil e na Argentina e à baixa institucionalidade que a iniciativa de integração regional do Cone Sul ainda apresentava.

O Mercosul inscrito no início dos anos 1990 no conceito de regionalismo aberto da Comissão Econômica para América Latina (Cepal), pensado, portanto, para servir de instrumento para a abertura comercial neoliberal, acabou, na verdade, se transformando em um importante ator geopolítico que deu impulso à criação dos novos mecanismos de integração regional sem a presença dos Estados Unidos. As incorporações de questões políticas e sociais deram um novo caráter para a aproximação entre os Estados sul-americanos. O processo de construção da Unasul, que primeiro contou com a formação da Comunidade dos Estados Sul-americanos (Casa), reforçou a luta contra o projeto imperialista da criação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca).

Até 2008 houve uma importante onda eleitoral na região que convergiu na esfera da integração regional e cujos governos, de maneiras distintas, adotaram políticas de indução do crescimento econômico e de distribuição de renda que denominamos neodesenvolvimentistas. O aumento da demanda asiática por insumos e matérias-primas e as políticas estatais de fortalecimento das suas burguesias internas trouxeram de volta o superávit primário ao Brasil e à Argentina. Aqui, o boom das commodities veio acompanhado do aumento das exportações de produtos manufaturados e da internacionalização das empresas brasileiras na região em detrimento da abertura comercial unilateral. O conjunto das políticas estatais contribuiu para que houvesse uma ampla geração de empregos no País e ajudou a diminuir o impacto imediato da crise financeira.

No entanto, assim como se verifica o baixo crescimento econômico nos últimos anos, o Mercosul está numa fase de indefinição. Há três importantes fatores para isso: 1) a avalanche das importações chinesas que ameaça as indústrias brasileiras dentro e fora do País; 2) a crise econômica argentina em função da cobrança dos fundos abutres; 3) o aumento das restrições às importações dos produtos brasileiros naquele país.

Dar uma resposta a esse quadro é o desafio da atual política externa brasileira. A conjuntura política pede, logo no início do segundo mandato da presidenta Dilma, ousadia e inovação. Os projetos de integração não poderão contar apenas com uma boa retórica pró-integração, como foi o encontro entre Dilma e o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, em novembro do ano passado. O acordo entre o Mercosul e a Aliança para o Pacífico é um passo importante no sentido de garantir a expansão do Mercosul e a disputa com os projetos de liberalização comercial entre os Estados sul-americanos e os Estados Unidos e a China. Mas é preciso ir além. Apenas o livre-comércio e obras de infraestrutura não resolverão os problemas históricos do subcontinente. Tirar o Banco do Sul do papel poderia mudar a qualidade no compromisso entre os Estados sul-americanos. Outra possibilidade seria estender a política brasileira de exigência de conteúdo local para as empresas que foram beneficiadas por redução de impostos para o Mercosul, sobretudo para a Argentina. Nem a primeira possibilidade, que já é amplamente conhecida, apareceu nos discursos da presidente e do novo ministro das Relações Exteriores. Eles tampouco apresentaram alguma proposta concreta para dar um novo fôlego ao Mercosul.

A Cepal, seguindo novamente os interesses dos Estados imperialistas, tem sugerido a integração do Mercosul às cadeias produtivas globais, qual seja: a instalação de plantas das grandes corporações multinacionais que virão em busca de matérias-primas e mão de obra mais barata. Delegarão para a região a tarefa de simples montagem de peças e produtos, sem transferência de tecnologia. Nada de novo!

Parte da oposição – em especial as frações da burguesia brasileira mais aliadas ao imperialismo, como o capital financeiro e o agronegócio e a alta classe média – passou a criticar a ênfase conferida à integração regional. Em contrapartida, defendem a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e o retorno da proposta da Alca. Insistem em atacar o caráter ideológico da política externa e a possível perda de oportunidades. Reascendem as denúncias Lacerdistas em torno do Pacto do ABC e da denúncia de aproximação entre Perón e Vargas, através da aversão ao bolivarianismo-chavista. Nesse quadro, reafirma-se mais uma vez o caráter “entreguista” e pró-imperialista da classe média alta brasileira e das frações burguesas subordinadas ao imperialismo.

O contexto político é bastante complexo. À presidenta cabe a firmeza e a coerência política com aqueles que foram às ruas e às urnas na esperança de mais mudanças. Os reforços das políticas de integração regional e industrial poderão ajudar o governo a definir um caminho melhor para esse segundo mandato do que a busca por manter bons relacionamentos com o capital financeiro e com os Estados Unidos.

*Tatiana Berringer é Doutora em Ciência Política pela Unicamp e integrante do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais

http://www.cartacapital.com.br/blogs/bl ... -9056.html




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Re: Geopolítica Brasileira

#787 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 23, 2015 11:58 am

Olha, depois não dá para dizer que a indicação de uma burrocrata de Estado convicta como a atual presidente não foi um golpe de mestre para manter o país apenas andando até o "volta Lula" do marketing político petista começar a dar as caras.

Afinal, nada é tão ruim que não possa ficar pior ainda pra gente poder melhorar. :?

Essa sempre foi a lógica da esquerda tupiniquim, que sempre apostou no quanto pior melhor para arrumar as desculpas perfeitas para alçar e se manter ad eternum no poder.

Vamos ver até onde isso vai funcionar. Antes do final do segundo mandato, ou do país.

Aliás, eu nem sei este país aguenta mais 12 anos deste famigerado lulo-petismo no poder... :roll:

abs.




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Re: Geopolítica Brasileira

#788 Mensagem por mmatuso » Sex Jan 23, 2015 12:05 pm

Até já pensei que essa comuna seria um engodo para o grande timoneiro vermelho voltar depois de 8 anos e transformar essa nação na nova URSS , mas se ela for engodo deu tudo errado.

Errou na economia, erra na composição da base aliada, não é popular, é antipática, erra na politica externa fora o racha no partido que está aumentando.

Deram o poder achando que ela seguiria o que fosse mandado, mas ela está tão viciada no poder como morfina, precisa no dia a dia do afago de bajuladores e poder pisotear no país se não entrara em abstinência, se bobear pode até tentar um golpe ao termino dos últimos chocantes 4 anos.

Eu temo essa dentuça vermelha.




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Re: Geopolítica Brasileira

#789 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jan 23, 2015 12:36 pm

mmatuso escreveu:..., se bobear pode até tentar um golpe ao termino dos últimos chocantes 4 anos.

Eu temo essa dentuça vermelha.
Um golpe exige apoio. Ela teria o apoio de quem?


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Re: Geopolítica Brasileira

#790 Mensagem por Boss » Sex Fev 13, 2015 3:57 pm

'Destruição' de legado na política externa incomoda ex-presidente
ELIANE CANTANHÊDE - O ESTADO DE S.PAULO
13 Fevereiro 2015 | 02h 03

Lula se queixa do fato de Brasil ter perdido espaço no cenário internacional após redução de prestígio do Itamaraty com Dilma

Além de criticar duramente o desempenho da economia e a condução da política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem focado sua irritação contra a sucessora e pupila Dilma Rousseff na política externa.

Na avaliação que Lula faz e os lulistas disseminam, essa perda de importância ocorre principalmente pelos resultados da economia no primeiro mandato de Dilma e porque a presidente descuidou da interlocução com os países ricos, não deu continuidade à aproximação com os emergentes, não tem paciência para reuniões multilaterais e desdenha da política de "soft power" iniciada na gestão do chanceler Celso Amorim na era Lula.

Lula se queixa particularmente do descaso de Dilma com uma das prioridades de sua política externa: a África. Em seu governo, ele promoveu a aproximação econômica, política e humanitária com o continente africano, levando grandes empresas nacionais a operarem em especial nos países de língua portuguesa e também por meio de programas de cooperação em saúde, educação, agricultura, combate à pobreza e desenvolvimento sustentável.

"Agora, quando chego num país africano e pergunto como vai o programa esse ou aquele, a resposta é sempre assim: ou acabou, ou o dinheiro não chegou", reclamou Lula a interlocutores, lembrando que, mesmo após deixar o Planalto, continua viajando com certa frequência à África e apadrinha obras e investimentos brasileiros no continente, principalmente na área de construção pesada e equipamentos.

'Dilminha'. Perplexo diante da perda de prestígio e de influência do Itamaraty - que está no terceiro chanceler desde 2011 -, Lula convidou para uma conversa o então ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e assessores petistas em São Paulo.
"O que está acontecendo? Por que o Brasil saiu do radar?", perguntou Lula ao ministro, sem meias-palavras. Com uma cautela que lhe é característica e que foi lapidada pela carreira diplomática, Figueiredo ainda tentou tergiversar. Lula insistia, Figueiredo desconversava. Até que o ex-presidente foi ao ponto: "É a Dilma, não é?".

O chanceler concordou, mas medindo cada palavra: "A presidenta não dá muita prioridade à política externa, à diplomacia..." Lula tentou ensinar, então, que, "com a Dilminha é assim: você fala a primeira vez, fala a segunda vez, fala a terceira vez, até ela te ouvir e decidir fazer".

Figueiredo não teve tempo para testar a fórmula Lula de tratar com a sucessora e ex-chefe da Casa Civil. Pego de surpresa, o chanceler foi demitido por Dilma menos de 30 horas antes da posse do segundo mandato, quando tinha tudo pronto para recepcionar autoridades estrangeiras, incluindo o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, e para tirar a foto com o novo ministério.

Calote.Com uma intensa pauta internacional, inclusive a urgente recomposição das relações com os Estados Unidos, o novo chanceler, Mauro Vieira, está sendo obrigado a consumir um tempo precioso para resolver um grave problema numa seara bem menos nobre: a falta de dinheiro nas representações brasileiras mundo afora.

Até jovens diplomatas consideram que esse é mais um resultado direto do descaso de Dilma com o Itamaraty, que se reflete em questões comezinhas como o pagamento das contas de embaixadas e consulados. Funcionários vêm sendo compelidos a tirar dinheiro do próprio bolso para pagar despesas como telefone, luz e água.

http://politica.estadao.com.br/noticias ... p-,1633778




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Re: Geopolítica Brasileira

#791 Mensagem por Wingate » Sex Fev 13, 2015 5:09 pm

É preciso ter em mente, ao se atirar as pedras de costume, que esta ilustre senhora não nos foi imposta goela abaixo por uma ditadura impiedosa.

O cidadão brasileiro precisa deixar a infância e aprender a arcar com as consequências de suas escolhas, boas ou ruins.

Ou ficaremos ainda deitados neste berço esplêndido de faquir por séculos a fio.

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Re: Geopolítica Brasileira

#792 Mensagem por Bourne » Sáb Fev 14, 2015 2:57 am

LeandroGCard escreveu:Um golpe exige apoio. Ela teria o apoio de quem?


Leandro G. Card
O governo Dilma implodiu por culpa da própria que brigou com todo mundo e até com Lula, o grande líder, e o dividiu o PT.

Não é golpe propriamente dito, mas a presidente não governa mais. Salvo a meia dúzia que está com ela por interesse e acha que consegue se manter no poder dentro do partido e governo. Os políticos que comprou apoio momentaneamente que vão aumentar o preço na medida em que veem o governo em dificuldades. Além dos blogs chapa-branca financiados que se auto intitulam imprensa séria e rechaçam a velha mídia. A lua de mel com os mais maluquinhos acabou em dezembro e agora até eles criticam.

Nenhum reforma ou projetos mais profundo será discutido e aprovado. Pode ver que uma enormidade de temas sobre reforma tributária, sistema federativo, concessões de infraestrutura, acordos comerciais e cooperação, reforma administrativa, segurança pública e outras sumiram. Sobrou da reforma política tocada a toque de caixa pelo congresso do Eduardo Cunha que sinto que será aprovado alguma aberração. Outra bandeira da Dilma e dos meios chapa branca que parece mais uma forma de defender o governo Dilma e não garantir a democracia e livre direito de expressão. Temo do que pode sair das cabecinhas que cuidam do tema e com certeza será muito diferente dos países europeus. Pelo menos é só retórica fácil. O governo não tem força para chegar perto de aprovar alguma coisa.

Esse é o mal do sistema político brasileira que vai condenar o país à quatro anos de ostracismo. O legislativo é essa nos próximos quatro anos.
Não tem como convocar eleições e recompor a base de apoio. Além de não ter uma agenda comum de todos os partidos do que fazer que poderia amenizar a situação.




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Re: Geopolítica Brasileira

#793 Mensagem por Bourne » Sáb Fev 14, 2015 12:46 pm

Se a América Latina não importa, nem a África. Por que alguma atenção seria dispensada para o Iraque?
Iraque reclama de omissão do Brasil na luta contra facção terrorista
PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL A IRBIL (IRAQUE)

14/02/2015 02h20
Diplomatas e autoridades iraquianos reclamam que o Brasil tem sido omisso na luta contra o Estado Islâmico (EI). O país não colabora com ajuda humanitária, treinamento ou armas.

"O Brasil forneceu armas pesadas para [o ex-ditador iraquiano] Saddam Hussein, e sofremos com isso; está na hora de nos ajudar na luta contra o EI", disse à Folha Amin Najar, líder do KDP (partido à frente do Governo Regional do Curdistão, no norte do Iraque). O Exército curdo (peshmerga) está na linha de frente na guerra contra o EI no norte do Iraque.

Najar se referia aos blindados Cascavel e armamentos que o país vendeu ao Iraque durante a guerra contra o Irã –no fim do conflito (1980-1988), Saddam atacou os curdos até com armas químicas.

Ao ouvirem falar de Brasil, todos os militares curdos entrevistados pela Folha mencionaram as armas que o país forneceu a Saddam.

"Não sabemos qual é a posição do Brasil em relação ao EI; é um absurdo um país com ambições globais não se posicionar sobre um tema como este", disse um diplomata iraquiano que pediu anonimato.

"A Alemanha nos ajuda com armas, treinamento e auxílio humanitário; os EUA também. E o Brasil? Não faz nada diante de meninas de 12 anos sendo estupradas e jornalistas decapitados?"

Mais de 60 países auxiliam os iraquianos na luta contra o EI. A Áustria doou US$ 1,3 milhão em ajuda humanitária. Além de participar dos ataques da coalizão contra o EI, o Canadá enviou mais de US$ 50 milhões em ajuda humanitária e militar.

A França mandou 65 toneladas de ajuda humanitária, participa dos bombardeios e fornece armas.

ITAMARATY

Em e-mail enviado à Folha, o Itamaraty informou que as autoridades iraquianas não pediram ao Brasil cooperação no combate ao terrorismo nem manifestaram insatisfação com as relações bilaterais.

"Pelo contrário, as autoridades iraquianas agradeceram ao Brasil pela manutenção das atividades da embaixada brasileira em Bagdá e pela condição do Iraque como fornecedor privilegiado de petróleo ao Brasil."

O ministério afirma que o governo brasileiro está "considerando" solicitações de ajuda humanitária feitas por organismos internacionais, como o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (Unocha) e a Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque (Unami).

"A cooperação brasileira no combate ao terrorismo tem privilegiado antes aspectos como o acolhimento de refugiados, como no caso da Síria e do Iraque, que a concessão de armas e recursos financeiros e a vertente militar de treinamento", diz o Itamaraty.

Fonte http://tools.folha.com.br/print?site=em ... ista.shtml




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Re: Geopolítica Brasileira

#794 Mensagem por Boss » Ter Fev 17, 2015 1:21 pm

Editorial: Frágil Mercosul
17/02/2015 02h00

O acordo comercial entre Argentina e China, assinado na semana passada em Pequim, é a mais recente demonstração de que o Mercosul agoniza, não só na esfera econômica mas também na política.

Os dois países fecharam convênios que envolvem mais de US$ 20 bilhões. São previstos US$ 5 bilhões em financiamentos para duas usinas hidrelétricas, a serem construídas por empreiteiras chinesas, e US$ 2,5 bilhões em ferrovias, entre outros projetos de infraestrutura, indústria e pesquisa.

Em troca do dinheiro, a China poderá fornecer materiais e até mão de obra, condição que só fora aceita por nações africanas. Aponta-se ainda para a possibilidade de isenção tarifária para equipamentos, o que pode tornar produtos chineses mais competitivos do que os oriundos de países do Mercosul.

Com uma decisão unilateral, a Argentina expõe o bloco ao avanço da concorrência asiática, sem contrapartidas. Trata-se de ameaça que não pode ser desprezada, sobretudo pelo Brasil, que tem no Mercosul o principal mercado para manufaturados; cerca de 90% das exportações para a Argentina em 2014 foram de bens industriais.

Sinais de perda de espaço dos produtos brasileiros se acumulam. No ano passado, as vendas para o vizinho caíram 27%, ao passo que as chinesas recuaram apenas 5%.

Para preservar divisas, o governo argentino exige licenças prévias de importação, mecanismo cada vez mais restritivo –ao menos para empresas brasileiras, pois existe a suspeita de que as chinesas venham obtendo facilidades.

Enquanto o Brasil continua a respeitar as regras do bloco, mesmo quando estas impedem avanços importantes, como o tão arrastado acordo comercial com a União Europeia, a Argentina não demonstra o mesmo apreço.

A presidente Cristina Kirchner, pressionada por fatores como recessão interna, fuga de capitais, alta inflação e isolamento dos mercados externos, não hesitou em apostar no dinheiro chinês para reforçar suas reservas internacionais e conseguir chegar às eleições de outubro deste ano sem maiores sobressaltos na economia.

Está mais do que na hora de o Brasil buscar seus próprios interesses. A indústria nacional tem muito mais diversificação e musculatura que a argentina para se integrar nas cadeias globais de valor e enfrentar mercados mais abertos.

Não se defende que o país deixe de considerar a integração latinoamericana como pilar da política externa. Ao contrário, no campo econômico, é preciso usar a vantagem natural do Brasil na região –incluindo o bloco andino– como plataforma para aprofundar suas relações com o restante do mundo.

http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/20 ... osul.shtml




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Re: Geopolítica Brasileira

#795 Mensagem por Wingate » Ter Fev 17, 2015 6:21 pm

Boss escreveu:Editorial: Frágil Mercosul
17/02/2015 02h00

O acordo comercial entre Argentina e China, assinado na semana passada em Pequim, é a mais recente demonstração de que o Mercosul agoniza, não só na esfera econômica mas também na política.

Os dois países fecharam convênios que envolvem mais de US$ 20 bilhões. São previstos US$ 5 bilhões em financiamentos para duas usinas hidrelétricas, a serem construídas por empreiteiras chinesas, e US$ 2,5 bilhões em ferrovias, entre outros projetos de infraestrutura, indústria e pesquisa.

Em troca do dinheiro, a China poderá fornecer materiais e até mão de obra, condição que só fora aceita por nações africanas. Aponta-se ainda para a possibilidade de isenção tarifária para equipamentos, o que pode tornar produtos chineses mais competitivos do que os oriundos de países do Mercosul.

Com uma decisão unilateral, a Argentina expõe o bloco ao avanço da concorrência asiática, sem contrapartidas. Trata-se de ameaça que não pode ser desprezada, sobretudo pelo Brasil, que tem no Mercosul o principal mercado para manufaturados; cerca de 90% das exportações para a Argentina em 2014 foram de bens industriais.

Sinais de perda de espaço dos produtos brasileiros se acumulam. No ano passado, as vendas para o vizinho caíram 27%, ao passo que as chinesas recuaram apenas 5%.

Para preservar divisas, o governo argentino exige licenças prévias de importação, mecanismo cada vez mais restritivo –ao menos para empresas brasileiras, pois existe a suspeita de que as chinesas venham obtendo facilidades.

Enquanto o Brasil continua a respeitar as regras do bloco, mesmo quando estas impedem avanços importantes, como o tão arrastado acordo comercial com a União Europeia, a Argentina não demonstra o mesmo apreço.

A presidente Cristina Kirchner, pressionada por fatores como recessão interna, fuga de capitais, alta inflação e isolamento dos mercados externos, não hesitou em apostar no dinheiro chinês para reforçar suas reservas internacionais e conseguir chegar às eleições de outubro deste ano sem maiores sobressaltos na economia.

Está mais do que na hora de o Brasil buscar seus próprios interesses. A indústria nacional tem muito mais diversificação e musculatura que a argentina para se integrar nas cadeias globais de valor e enfrentar mercados mais abertos.

Não se defende que o país deixe de considerar a integração latinoamericana como pilar da política externa. Ao contrário, no campo econômico, é preciso usar a vantagem natural do Brasil na região –incluindo o bloco andino– como plataforma para aprofundar suas relações com o restante do mundo.

http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/20 ... osul.shtml
Em termos de relações internacionais, nossa Presidenta parece sofrer de catatonia galopante. :roll:

Wingate




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