Fórum Defesa Brasil

Vinicius Pimenta escreveu:Olha, antes da palestra houve um Welcome Coffee. Estavam lá todos os caras da Boeing, o adido americano e tal. Eu perguntei pra um dos caras da Boeing exatamente essa questão de mudança de presidente.

O que ele me disse foi o seguinte: vai mudar o presidente. A política não.

Mas aí já não coloco a mão no fogo. De qualquer forma, o RFP vai ser entregue em janeiro, até lá a gente já vai saber.

Acredite nele americanos sao extremamente pargmaticos, essa venda ao Brasil, e manuntencao de empregos nos EUA e hj em dia e tudo que conta por la.

Abracos Elcio Caixeiro

PS: E mais facil nao haver FX-2 por causa da crise do que eles nao cumprirem o dito.

Olha CM, não sei não, SE o Obama vencer(o Barack e não o Bin Laden) acho que a coisa vai feder para o lado latino-americano. Esse Obama é uma grande interrogação. E deve se transformar em pé-no-saco-mor da América Latina.

O vendedor da Boeing garante que não, fica tudo exatamente na mesma, independente do presidente eleito. Qual o histórico dessas coisas? Mudaram alguma vez com troca de presidente/partido?
Como era com Clinton e como ficou com Bush?

Historicamente até onde sei os acordos ja firmados ou ja bem encaminhados geralmente são cumpridos. Eu pelo menos nunca escutei eles dando a facada nas costas na ultima hora dando giro de 180º so porque mudou de presidente.

Mas obviamente nao coloco mão no fogo.

Bender escreveu:

Ao ser questionado sobre as negativas no fornecimento de material militar para o Brasil no passado, Gower disse que a política norte-americana para a região mudou e cita como garantias o histórico da Boeing na relação com seus clientes. “Promessas feitas, promessas cumpridas.”, afirmou.

Quando eu leio esse tipo de coisa,é risada combinada com calafrios Será inacreditável se cairmos nessa cantilena novamente.O pior parceiro para um país emergente,que quer se tornar grande e independente são os EUA,disparado Oxalá Suécia ou França,pelo amor de Deus!

"Promessas feitas,se nos for conveniente vão a PQP seus Indios" é por ai que os caras pensam.

Vá de retro...

Sem dúvida, a realidade mostra coisa bem diversa que o vendedor de armas. Não acredito neles, ainda mais quando prometem coisas que não são de sua competência.

[ ]´s

henriquejr escreveu:

Vinicius Pimenta escreveu:Boeing apresenta Super Hornet para a imprensa brasileira

Por Vinicius Pimenta
29 de Outubro de 2008

Maior empresa aeroespacial do mundo confia na vitória na concorrência da FAB.

O Vice-Presidente da Boeing para os Programas F/A -18 e EA-18, Bob Gower, apresentou para a imprensa brasileira, nesta terça (28/10), em São Paulo-SP, a aeronave F/A-18 E/F Super Hornet Block II, uma das três finalistas do Projeto F-X da Força Aérea Brasileira. Ele ressaltou as a capacidades da aeronave e a disposição da empresa e do governo dos Estados Unidos em construir uma parceira estratégica de longo prazo com o Brasil. Além de Gower, estavam presentes na coletiva de imprensa as principais lideranças da Boeing Integrated Defense Systems e o adido de imprensa do Consulado norte-americano.

Leiam mais em:

http://defesabrasil.com/site/index.php/ ... leira.html

Acabei de ler o conteúdo completo apresentado no link acima!
Para quem achava que os americanos(representado pela Boeing) era um mero coadjuvante na concorrência quebrou a cara, a matéria mostra que os americanos estão dispostos a ganhar essa!

"Bob Gower procurou derrubar o mito de que os Estados Unidos não transferem tecnologia. Ele explicou que a Boeing só respondeu ao RFI da FAB tendo o suporte do governo norte-americano. Isso permite que a venda para o Brasil seja através do FMS (Foreign Miliary Sales), e a presença de um representante do consulado na coletiva era uma prova da disposição do Governo dos EUA em estreitar as relações com o país."

"Ao ser questionado sobre as negativas no fornecimento de material militar para o Brasil no passado, Gower disse que a política norte-americana para a região mudou e cita como garantias o histórico da Boeing na relação com seus clientes. “Promessas feitas, promessas cumpridas.”, afirmou."

"O Vice Presidente disse que o RFP deve ser entregue pela FAB na próxima quinta-feira (30/10) e a resposta da Boeing será enviada no início de janeiro. Ele aproveitou para elogiar a forma como a FAB vem conduzindo o processo. “O RFI do Brasil foi o melhor de se responder porque era claro. A FAB sabe exatamente o que quer.”

"Questionado se tinha algum receio de perder a concorrência para algum concorrente, Gower disse que eles eles já concorreram contra o Rafale em outras ocasiões e sempre ganharam, enquanto o Gripen não traria o relacionamento entre países. “A França acha o Rafale capaz, mas o Super Hornet é melhor.”, alfinetou.
“Não está claro como será o critério de escolha. Historicamente ganhamos aqui, mas vai ser também uma decisão política” afirmou Gower. “O desafio é vencer no campo técnico, governamental e comercial.”, concluiu."

Qualquer um dos 3 concorrentes que vencer a concorrência me deixará muito feliz, seja Rafale, Gripen NG ou SH mas confesso que tenho uma queda por este último!

Olha depois dessa declaração, fica dificil acreditar nessas promessas, gostaria de saber em qual ou quais concorrência os F-18E enfrentaram o Rafale? Não me lembro de nenhuma, a única venda externa do F-18E foi para a Austrália. Tem a Índia onde estão todos, mas nada foi decidido.

Por sinal, a matéria da AFM, diz coisas interessantes sobre o embate Rafale e Super Bug. Esse vendedor está sendo desmentido de forma categórica.

[ ]´s

Minha maior dúvida se prende justamente ao quesito ARMAMENTOS: o Meteor parece ser para breve, sua entrada em serviço tornará praticamente obsoletos todos os AMRAAM 'C' em função do alcance, as críticas feitas ao MICA em relação ao míssil ianque serão as críticas ao ianque em relação ao Meteor. O que a FAB botou no RFI/RFP sobre isso? Aparentemente nada...

Pois o Meteor é certo que vai operar no Gripen e Rafale, enquanto que para o Super Hornet iria ser o AMRAAM D. Seria este disponibilizado para nós desde seu lançamento? Difícil de acreditar, convenhamos...

Por outro lado há a Crise que estamos testemunhando. Programas militares de desenvolvimento requerem financiamentos bancários/governamentais e por aí está feio: os governos estão usando tudo o que têm para tentar salvar os bancos - até agora sem muito sucesso, pelo que se vê - e estes não querem emprestar nada a ninguém. Os desdobramentos previstos levam a crer que 1929 será refresco perto do que vem por aí (2009 e a QUASE inacreditável porém possível hipótese de uma moratória americana), principalmente para ianques e europeus. Não ficaria surpreso se o desenvolvimento dos mísseis acima citados fosse descontinuado...

Neste cenário o AMRAAM C7 seria de longe a melhor hipótese, batendo o MICA e o Derby em termos de alcance, podendo aproveitar melhor a vantagem do potente radar do F-18E/F. Uma solução sensata (meio-termo?) para mim seria o Gripen que, em caso de os programas acima citados serem completados, usaria o Meteor; caso não, usaria o AMRAAM. Apenas ele pode usar AMBOS. SH dependeria de AMRAAM (concluindo-se o Meteor estaria em desvantagem) e Rafale de MICA/Meteor (se este não for concluído também estaria em desvantagem).

Assim, em um cenário com AMRAAM D e Meteor, qualquer um dos três estaria bem; Sem eles, SH e Gripen; o Meteor está quase pronto, com ele e sem AMRAAM D, Rafale e Gripen. O pequeno Sueco é único que aparece nas três hipóteses e o único que pode usar todos os mísseis citados; levando-se em conta a ausência de menção a armas no RFI...

Prick,

Creio que o cara da Boeing quiz dizer que a empresa sempre ganhou do Rafale, não necessariamente com o SH. Não podemos esquecer das vendas que eles tiraram do chapéu para o F-15.

Túlio,

Gostei de suas colocações sobre o problema dos mísseis. Novamente me fazem pender ainda mais para o Gripen. Mas importante mesmo é a constatação sobre os problemas de crédito. Até acredito que o processo de seleção siga seu curso natural, mas duvido que alguma coisa seja assinada ano que vem. O governo vai acompanhar muito de perto a execução orçamentária de 2009 para, talvez, lá pelo fim do ano, efetivamente decidir se gasta ou não dinheiro com armamentos. Como você disse, as compras são feitas com financiamento, que terão impacto sobre muitos orçamentos futuros.

Aí vem outra constatação. Se o contrato não vai ser assinado ano que vem, o próximo é de eleições. E acho difícil o governo sair gastando bilhões em caças em 2010, pois apesar de bem avaliado pela população, ainda não conseguiu firmar um nome para substituir o insubstituível Lula. Vamos ver no que dá...

Alguem sabe dizer se a FAB tem planos de reequipar a ""frota"" de Tankers .
A USAF tem um quintilhão de KCs disponiveis entre o 135 e 10 , gostaria de ver o 767 aqui como fez o Chile .

Ou será que vão aguardar o C390 ?

Vinicius Pimenta escreveu:Olha, antes da palestra houve um Welcome Coffee. Estavam lá todos os caras da Boeing, o adido americano e tal. Eu perguntei pra um dos caras da Boeing exatamente essa questão de mudança de presidente.

O que ele me disse foi o seguinte: vai mudar o presidente. A política não.

Mas aí já não coloco a mão no fogo. De qualquer forma, o RFP vai ser entregue em janeiro, até lá a gente já vai saber.

Tem que lembrar que o Obama tem um forte apoio dos sindicatos e das empresas produtivas dos EUA, inclusive a Boeing. Um dos seus compromissos é buscar manter a saúde financeira das empresas e os empregos dos trabalhadores. Portanto, patrocinar a venda de Super Hornets e outros equipamentos para o Brasil acaba sendo interessante e satisfazendo os lobistas da Boeing e dos trabalhadores. Sem contar o fator geopolítico e de marcar posição na América do Sul.

Estou contra-argumentando sobre alguns aspectos que li no tópico

O pagamento da compra de caças deve ser feito a partir das primeiras entregas ou no começo do treinamento. Portanto, o inicio do pagamento deve se dar alguns anos depois de 2010. Além do que o financiamento é camarada e pode ter parcelas bem em conta, considerando o orçamento da União.

Se a FAB quer liberdade para integrar armamentos nacionais e de outras origens. Então, por exemplo, se a FAB optar pelo Super Hornet, não necessessariamente precisa utilizar os misseis AMRAAM ou outros armamentos norte-americanos. Assim, pode substituir os AMRAAM por misseis de outras origens como o METEOR ou Derby ou outro modelo possível modelo nacional.

PRick escreveu:Olha depois dessa declaração, fica dificil acreditar nessas promessas, gostaria de saber em qual ou quais concorrência os F-18E enfrentaram o Rafale? Não me lembro de nenhuma, a única venda externa do F-18E foi para a Austrália. Tem a Índia onde estão todos, mas nada foi decidido.

Na verdade, é como o A-29 disse logo abaixo dessa sua mensagem, ele estava se referindo às vitórias da Boeing e não necessariamente do SH.

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Túlio escreveu:Minha maior dúvida se prende justamente ao quesito ARMAMENTOS: o Meteor parece ser para breve, sua entrada em serviço tornará praticamente obsoletos todos os AMRAAM 'C' em função do alcance, as críticas feitas ao MICA em relação ao míssil ianque serão as críticas ao ianque em relação ao Meteor. O que a FAB botou no RFI/RFP sobre isso? Aparentemente nada...

Vamos separar as coisas primeiro. A FAB emitiu o RFI, ao qual todas as cinco empresas responderam. No RFI não constavam questões sobre armamentos. Agora a FAB vai emitir o RFP, provavelmente hoje, e nele devem constar os armamentos. A FAB sabe o que quer. Acredito que a não presença de armamentos no RFI seja irrelevante, pois no primeiro momento a FAB quis apenas saber da disposição dos concorrentes em oferecer as aeronaves. Eram também cinco concorrentes, imaginem especificar a parte de armamentos no RFI, que é algo mais geral e não tão específico quanto o RFP, para cinco aeronaves diferentes. A FAB sabe quais armamentos cada aeronave pode levar. E como a exigência de possibilidade autônoma de integração de armamentos é fundamental, essa questão ficou para o RFP com muita lógica.

A questão do armamento não é tão fundamental, por mais paradoxal que possa parecer. Fundamental é a possibilidade de integrar o que a FAB quiser. Se vier o Super Hornet, virá o melhor AMRAAM disponível. Se vai ser o C7 ou o D, dependerá de N fatores que não passam necessariamente pela questão de "autorização" e sim pelo custo/benefício. Não se esqueçam também que a FAB tem um firme programa de desenvolvimento de mísseis em parceria com a África do Sul e todos os frutos dessa aliança serão integrados às aeronaves, sejam quais forem.

Bourne escreveu:Tem que lembrar que o Obama tem um forte apoio dos sindicatos e das empresas produtivas dos EUA, inclusive a Boeing. Um dos seus compromissos é buscar manter a saúde financeira das empresas e os empregos dos trabalhadores. Portanto, patrocinar a venda de Super Hornets e outros equipamentos para o Brasil acaba sendo interessante e satisfazendo os lobistas da Boeing e dos trabalhadores. Sem contar o fator geopolítico e de marcar posição na América do Sul.

Faz muito sentido. Bom, o cara falou com muita convicção, não titubeou, respondeu direto que vai mudar o presidente não a política. Eu fiquei pensando, caramba, igualzinho aqui no Brasil.

Bourne escreveu:Estou contra-argumentando sobre alguns aspectos que li no tópico

O pagamento da compra de caças deve ser feito a partir das primeiras entregas ou no começo do treinamento. Portanto, o inicio do pagamento deve se dar alguns anos depois de 2010. Além do que o financiamento é camarada e pode ter parcelas bem em conta, considerando o orçamento da União.

Se a FAB quer liberdade para integrar armamentos nacionais e de outras origens. Então, por exemplo, se a FAB optar pelo Super Hornet, não necessessariamente precisa utilizar os misseis AMRAAM ou outros armamentos norte-americanos. Assim, pode substituir os AMRAAM por misseis de outras origens como o METEOR ou Derby ou outro modelo possível modelo nacional.

Sim, a crise deve durar uns 2 ou 3 anos conforme estão dizendo. Então é tranquilamente possível continuar o F-X. Não tenho dúvidas que caso o SH seja o escolhido a FAB vá de AMRAAM. Penso que não faz sentido gastar (muito) dinheiro para integrar o Meteor, pela questão custo/benefício, muito menos o Derby por ser um míssil de capacidades inferiores. A FAB vai querer sim integrar o A-Darter, T-Darter, XYZ-Darter, sejam lá quais mísseis vamos desenvolver com a África do Sul.

Gostei dessas declarações dos representantes da Boeing. Mostra que estão entrando mesmo de sola.

E como ele disse, o RFI da FAB foi fácil de responder, ela sabe bem o que quer.
Sei lá, mas acho que dá pra tirar alguma coisa desse trecho.

Pra mim a FAB está sendo muito profissional e nada está certo ainda. Preferências existem, mas acho que muito mais no campo político do que no técnico e comercial. Esses dois últimos terão seus preferidos após recebermos os RFP's.

Um abraço!

Marino escreveu:Os americanos possuem o péssimo hábito de cumprirem rigorosamente o que assinaram em contratos.

Disse tudo grande Marino! C-O-N-T-R-A-T-O!

Prometer como fizeram alguns "concorrentes" que ficaram de fora da disputa é uma coisa, colocar no RFI e no RFP como os americanos (acá grande satan ) estão fazendo é outra coisa!

Fico triste em lêr certos comentários porque parecem nitidamente torcida para que dê errado. Isso pra mim é radicalismo e uma falta de patriotismo sem tamanho!

Se os EUA liberarem os C7 para cá, não vejo motivo nenhum para não liberar o D, ainda que depois de 2010, por exemplo.