Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Seg Nov 30, 2015 2:26 pm
Olá Lima.
A FAB a meu ver não escolheu o que queria, mas o que podia. Somos um gigante com pés de barro. Eu de minha parte bem que gostaria de ver aqui como caça nacional um PAK-FA da vida, mas enfim, restou-nos o Gripen NG, que apesar de pequeno, tem todas as potencialidades e qualidades para fazer bem o serviço de defesa aérea.
O fato de ele ser pequeno me parece não ser uma questão relevante, se pensarmos, como expus, que ele é apenas parte de um sistema, e não o sistema. Em que sentido? Bem, nossa defesa aérea na prática ainda está organizada como a 60 anos atrás. Da forma como ela está, em 2026 continuará sendo suficiente? Com ou sem meros 36 Gripen's? Não, com certeza não, como já não era nos anos 1950's. O problema é outro.
Sempre tivemos um cobertor curto, e sempre iremos ter. A FAB é obrigada a fazer em seu planejamento estratégico escolhas forçosas para poder continuar existindo como força aérea. Está aí o KC-390 que não nos deixa mentir. Um projeto que desde o início teve apoio do GF, ao contrário do FX que sofreu no ostracismo durante duas décadas, e só foi resolvido a base de condições não tinham nada a ver com o projeto.
Ele trará para nós o que é possível em termos do que podermos aproveitar. Poderíamos fazer mais? Acredito que sim. As nossas capacidades industriais assim o dizem, mas perdemos o time da oportunidade. Agora, resta-nos fazer o que é possível. O motor não em alternativa, é o que é. A eletrônica podemos tentar fazer algo por aqui, com o que se tem, e ver o que é que dá. Os custos de longo prazo não serão exatamente os menores, mas esse é o preço que a FAB aceitou pagar por conseguir alguma autonomia para ela e para a industria do país.
É como tenho dito. Tomamos uma decisão muito, mas muto atrasada mesmo. E agora sofremos as consequências, ou seja, o que há é o Gripen NG. Ele pode não ser o ideal, mas é o melhor que a FAB conseguiu tirar da nossa irresponsabilidade política e incapacidade econômica de aceitar defesa como uma agenda do governo, gostando ou não disso.
Temos que tentar então irar o melhor dele. E esperar que daqui a 10 anos tenhamos outra oportunidade de dar um passo a mais, dentro das nossas condições e da realidade da defesa no Brasil.
ps: em termos de defesa aérea Carlos, um Gripen NG será tão bom caçador quanto um SH ou Rafale, por exemplo, se operar dentro das responsabilidades da cobertura da região sul, quando atuando no 1o/14o Gav. Idem para as outros grupos de caça da FAB. Agora, se insistirmos na idéia de pensá-lo como um caça que tem de sair de AN ou de MN e interceptar um alvo no sul do Pará, ou no leste do MT, ou ainda no norte do Ceará, então meu caro amigo, seria muito melhor que a FAB nem tivesse lançado FX nenhum. Comprava logo uns Su-27, ou Typhoon ou F-15 ou qualquer coisa na faixa das 30 toneladas de MTOW que estivesse disponível no mercado e estávamos bem na fita. Mas alguém achou que a ideia não era bem essa. Ainda bem, penso eu.
abs.
A FAB a meu ver não escolheu o que queria, mas o que podia. Somos um gigante com pés de barro. Eu de minha parte bem que gostaria de ver aqui como caça nacional um PAK-FA da vida, mas enfim, restou-nos o Gripen NG, que apesar de pequeno, tem todas as potencialidades e qualidades para fazer bem o serviço de defesa aérea.
O fato de ele ser pequeno me parece não ser uma questão relevante, se pensarmos, como expus, que ele é apenas parte de um sistema, e não o sistema. Em que sentido? Bem, nossa defesa aérea na prática ainda está organizada como a 60 anos atrás. Da forma como ela está, em 2026 continuará sendo suficiente? Com ou sem meros 36 Gripen's? Não, com certeza não, como já não era nos anos 1950's. O problema é outro.
Sempre tivemos um cobertor curto, e sempre iremos ter. A FAB é obrigada a fazer em seu planejamento estratégico escolhas forçosas para poder continuar existindo como força aérea. Está aí o KC-390 que não nos deixa mentir. Um projeto que desde o início teve apoio do GF, ao contrário do FX que sofreu no ostracismo durante duas décadas, e só foi resolvido a base de condições não tinham nada a ver com o projeto.
Ele trará para nós o que é possível em termos do que podermos aproveitar. Poderíamos fazer mais? Acredito que sim. As nossas capacidades industriais assim o dizem, mas perdemos o time da oportunidade. Agora, resta-nos fazer o que é possível. O motor não em alternativa, é o que é. A eletrônica podemos tentar fazer algo por aqui, com o que se tem, e ver o que é que dá. Os custos de longo prazo não serão exatamente os menores, mas esse é o preço que a FAB aceitou pagar por conseguir alguma autonomia para ela e para a industria do país.
É como tenho dito. Tomamos uma decisão muito, mas muto atrasada mesmo. E agora sofremos as consequências, ou seja, o que há é o Gripen NG. Ele pode não ser o ideal, mas é o melhor que a FAB conseguiu tirar da nossa irresponsabilidade política e incapacidade econômica de aceitar defesa como uma agenda do governo, gostando ou não disso.
Temos que tentar então irar o melhor dele. E esperar que daqui a 10 anos tenhamos outra oportunidade de dar um passo a mais, dentro das nossas condições e da realidade da defesa no Brasil.
ps: em termos de defesa aérea Carlos, um Gripen NG será tão bom caçador quanto um SH ou Rafale, por exemplo, se operar dentro das responsabilidades da cobertura da região sul, quando atuando no 1o/14o Gav. Idem para as outros grupos de caça da FAB. Agora, se insistirmos na idéia de pensá-lo como um caça que tem de sair de AN ou de MN e interceptar um alvo no sul do Pará, ou no leste do MT, ou ainda no norte do Ceará, então meu caro amigo, seria muito melhor que a FAB nem tivesse lançado FX nenhum. Comprava logo uns Su-27, ou Typhoon ou F-15 ou qualquer coisa na faixa das 30 toneladas de MTOW que estivesse disponível no mercado e estávamos bem na fita. Mas alguém achou que a ideia não era bem essa. Ainda bem, penso eu.
abs.