MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Túlio
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7696 Mensagem por Túlio » Qui Ago 30, 2018 11:59 am

Eu compreendo isso de a tigrada apontar a artilharia para o funcionalismo, em especial o mais dispendioso (mas que ganha proporcionalmente bem menos), que é o do Executivo, e tacar fumo. O que devemos notar é que tem coisas que parecem regalias mas não estão ali para enfeite; já outras foram simplesmente extintas, quem não quiser que saia (e aí está o quadro, grande parte dos efetivos passam mais tempo "papirando" para fazer concurso para algo que pague mais (Legislativo, Judiciário e os "filés" do Executivo, como Receita, PF & quetales) do que desempenhando suas funções. Alguns exemplos:

:arrow: ESTABILIDADE - Primeiro, é meio que mito: mesmo eu tentaram demitir duas vezes, só não me ferrei porque não tinha mesmo culpa no cartório; em ambas ocasiões, não obstante, dançou quem tinha. Segundo, ela existe para os governos não terem que pagar FGTS e outros direitos trabalhistas que existem na IP. Se eu tivesse sido demitido - e aconteceu com os que o foram - sairia com uma mão na frente e outra atrás, zero indenização. Além disso, é complicado e caro demitir sem justa causa tanto no SP quanto na IP; com justa causa é igualmente simples (claro, para AMBOS há recursos judiciais, o que pode encarecer de monte a coisa toda).

:arrow: APOSENTADORIA - Aí sim, temos um grande gargalo, extremamente injusto para com a IP: a PARIDADE! Basta eu me aposentar dentro da lei e ganho igual a um da ativa (e é meu caso mesmo!), tipo se ele recebe aumento, eu recebo o mesmo aumento. A treta é que tem que fazer uma nova constituição e que não vai ser nada fácil de ser engolida, pois obrigaria a coisas como permitir que a lei retroaja em prejuízo da parte mais fraca (e quem é DOIDO de se meter com aposentado e mostrar a cara? O trabalhador da ativa hoje sabe que um dia será um aposentado, ou seja, se deixar mexerem no meu hoje, daqui a alguns anos será o dele que irá encolher e disso ninguém gosta, vale a máxima: pimenta no cu dos outros é talquinho, no meu arde pra burro :twisted: ) e, por extensão, inclusive de réus. Tipo quando fiz não era crime, agora é, daí estou enrolado com a justiça; a citada nova constituição também teria que abolir Direitos Fundamentais, como o de que "todos são iguais perante a lei", baita lorota mas tá lá e funciona para quem sabe usar. Ademais, meu caso está longe de ser exceção: meu primeiro emprego com carteira assinada - logo, contribuinte da Previdência e Saúde - foi aos 13 anos, e de lá para diante nunca fiquei muito tempo desempregado; complicado de me comparar com quem preferiu seguir só estudando porque tinha quem o bancasse e começou a trabalhar muito depois. Notem, isso não é nenhum revanchismo, eu mesmo proibi meus filhocos de arranjar emprego antes de completarem o EM, porque podia bancá-los; meu Pai não, daí toca trabalhar meio-expediente para também poder estudar.

:arrow: TERCEIRIZAÇÃO - Até gosto mas acho falácia isso de "sai mais barato": claro, o trabalhador vai ganhar menos mas o empresário que o aluga ao Estado vai enfiar a mão sem dó e aí entram os véios compadrios e cupinchagens, ou seja, bobear e a folha da reserva fica na mesma e a da ativa aumenta (ou seja, décadas de prejuízo até a veiarada bater as botas*). A única vantagem que vejo (e ainda assim meio relativa*) é na economia a longo prazo, coisa que politiqueiro DETESTA, longo prazo para ele é a próxima eleição, não os 20/30 anos que vai levar para isso render algo ao Estado e, por extensão, ao PAGADOR DE IMPOSTOS (este aqui já vai ter despencado na caçapa).

:arrow: PENDURICALHOS - Ao menos na SegPub do RS já caiu tudo com a instauração do Subsídio em lugar do Vencimento, desde as "cascatas" até firulas como Licença-Prêmio e Tempo Ficto, atualmente importa é o cargo e posição hierárquica diretamente ligada a ele, daí o subsídio é o mesmo. Notar que promoção é ao sabor das conveniências e veleidades (p ex, em décadas eu só consegui chegar à penúltima classe - líq 4 díg alto - e recebo com base nisso; o cupincha que menciono no parágrafo assinalado com asterisco exerceu mais cargos de comando e tinha mais "afetos" e quase 5 anos de serviço na SegPub a mais do que eu, daí se aposentou na última, líq 5 díg baixo) da politicagem, pois recordo de ocasião em que passou quase uma década entre uma e outra lista de promoções.

Por fim, mexer nisso tudo é um vespeiro dos infernos, não é algo que foi feito de uma hora para outra, vem desde a criação dos "barnabés" no Brasil. É óbvio que o modelo estourou faz tempo, a josta é virar o jogo sem simplesmente parar todo o serviço público (e não estou falando em greves; no momento em que o cara começa a sentir que as condições na IP são melhores/menos piores, toca pra lá: quem fica para atender ao PAGADOR DE IMPOSTOS?), na vã esperança de que vai dar para trocar tudo por terceirizado ou mesmo CLT: no primeiro exame sério das contas públicas em que forem procurar por coisas como FGTS, PIS (bobear e até Previdência) & quetales, cai a casa...


NOTA

* - Além daqueles a quem o cônjuge de tantos anos sobrevive e segue recebendo pensão, o que não falta - e um deles é o meu melhor amigo, tem 61 - é véio casando com guria com metade da idade dele ou menos (ela tem hoje 28). Na opinião de VOSMEÇÊS, quão difícil seria para um Taura com casa própria, carro e um bom salário líquido (pouco abaixo ou pouco acima de 5 dígitos) casar com uma gatinha no começo ou meados da casa dos 20 (suficientemente esperta para saber que ali pelos 30, 40 ou menos estará sozinha e com a vida feita) sem razoáveis perspectivas de futuro, porque não quis ou não pôde estudar e sobrevive com um salariozinho de josta (pior, volta e meia com filho e o pai biológico não ganha nem para pagar pensão)? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7697 Mensagem por Bourne » Qui Ago 30, 2018 2:57 pm

prp escreveu: Qui Ago 30, 2018 10:53 am Terceirização no setor público se chama apadrinhamento.
Todas as terceirizadas no setor público só emprega o indicado político. Ou do gerente do setor, que eu nunca vi utilizar o critério de competência na indicação.
Isso acontece onde trabalho, na JF, no MEC e na CODEVASF. são os 3 que conheço de perto.

Enviado de meu ASUS_Z01RD usando o Tapatalk
É a parte escusa dos interesses em terceirizar. E vai ser uma fonte bem comum de maracutaias e futuras lava-jatos.

O conceito de terceirização pode ser amplo. Das tias da limpeza, o pessoal do refeitório, portaria e seguranças, caminhões e máquinas da prefeitura serem de terceiro, contratar empreiteiras para manutenção de vias e infraestrutura, voucher de educação (creches, ensino fundamental, técnico ou até superior), os tais "corujões da saúde" entre outros. Já estava acontecendo e vai acontecer mais.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7698 Mensagem por Bolovo » Qui Ago 30, 2018 3:57 pm

Bourne, qual a sua opinião sobre a economista do momento, a Laura Carvalho?




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7699 Mensagem por Bourne » Qui Ago 30, 2018 7:10 pm

Bolovo escreveu: Qui Ago 30, 2018 3:57 pm Bourne, qual a sua opinião sobre a economista do momento, a Laura Carvalho?
Brega. Se veste muito mal para uma garotinha da elite carioca e moradora da zona sul do Rio. Além de extremamente agressiva e elitista. Pensa como aqueles esquerdistas progressistas das zonas nobres que gosta de tutorar os pobres e chamar quem discorda de elitista.

Na parte técnica, formação deficiente feita na na New School que tem a grande vantagens de estar no meio de New York. Porém está muito aquém de vários centros brasileiros como USP, FGV, UnB e até UFRJ e UFF. Todo mundo do meio sabe.

O problema central é ser politiqueira e intelectualmente desonesta. Em vários artigos ela mente para público descaradamente. Por exemplo, a PEC do fim do mundo, ler um artigo importantíssimo do Alesina sobre ajuste fiscal que falou o inverso do autor e gritava que era isso. Em 2014 jurava que não tinha crise e vários dados mostravam isso. Nessa época virou heroína de um dos lados, mas jogou a credibilidade no lixo.

Abaixo a interpretação máxima do artigo. Não gosto do Carlos Goes, aquele do governo temer que tem soluções técnicas fantásticas, mas ele interpretou de forma correta o tal artigo do Alesina.
O desajuste proposto por quem pensa como Laura Carvalho
Nos últimos meses, a economista Laura Carvalho, professora da USP e colunista da Folha, tem sustentado que as propostas de estabilização da dívida pública no Brasil estão no caminho errado. Carvalho argumenta que as medidas seriam “contracionistas” e levariam à piora da crise fiscal. Ou seja, elas acabariam por reduzir o tamanho da economia brasileira e, com ela, o desequilíbrio das contas públicas se tornaria ainda pior.
Spoiler!
Mas há um problema em sua argumentação: a evidência estatística disponível de experiências de ajuste fiscal apontam no sentido contrário ao proposto por Laura Carvalho e seus seguidores. Quando feito por meio de corte de gastos, é possível fazer um ajuste fiscal – estabilizando a dívida pública e reduzindo os juros – sem efeitos negativos sobre a economia. Os efeitos de contração permanente só aparecem quando o ajuste é feito pelo aumento de impostos – que, ironicamente, parece ser a opção preferida de quem critica o Teto dos Gastos.

Além disso, o modelo de controle de gastos públicos implementado no Brasil tem uma vantagem adicional: ele é um ajuste de longo prazo. Assim, é possível sinalizar firmemente no sentido de reequilíbrio de gastos deixando os custos transitórios do ajuste para 2018 e 2019, quando a economia brasileira já estará em recuperação.

Apesar de impopular, muitas vezes fazer um ajuste fiscal é necessário para evitar algo mais grave no futuro. Caso investidores desconfiem da capacidade de um governo em pagar sua dívida, eles passarão a exigir juros cada vez mais altos para aceitar renová-la, o que pode levar um governo à incapacidade de pagar os juros de sua dívida e, em última instância, a um calote.

No caso de um calote, sem poder emitir dívida nova (já que ninguém empresta dinheiro para caloteiros), o governo seria forçado a fazer um ajuste brusco. De uma hora para a outra, o governo seria forçado a cortar a zero todo o seu deficit primário, em vez de fazê-lo ao longo dos anos. Por exemplo, como hoje o governo brasileiro ainda gasta mais do que arrecada mesmo antes de pagar os juros da dívida, se optássemos pelo calote da dívida seriamos forçados a cortar R$ 150 bilhões de reais (nosso “déficit primário”) de um ano para o outro, sem ter a possibilidade de fazer um ajuste de mais longo prazo.

Por isso, dada a necessidade de um ajuste, é necessária a clarividência de qual é a melhor opção disponível. É isso que este texto busca fazer.

Ajustes não são iguais
O modo mais simples de pensar sobre a dívida pública do governo é como se ela fosse uma máquina do tempo. Quando nós, via governo, gastamos mais do que arrecadamos com impostos, nós acumulamos um estoque de dívida que terá de ser saldado pelas gerações futuras. Igualmente, quando nós poupamos parte de nossa renda corrente para saldar dívidas, nós deixamos para nossos filhos e netos uma parte maior de sua renda. É por isso que, no curtíssimo prazo, um ajuste fiscal – ou seja, um aumento da poupança do governo – normalmente leva a uma redução temporária na soma de todos os serviços e produtos consumidos por brasileiros durante um ano – o que em economês se chama de “PIB real”.

Só que nem todos os ajustes são iguais. Segundo um importante estudo recente que foi citado pela própria Laura Carvalho em sua coluna na Folha há algumas semanas, ajustes fiscais feitos por redução de gastos tem um efeito acumulado nulo sobre o tamanho da economia. Já aqueles feitos via aumento de impostos levam a uma redução permanente de cerca de 1,5% do PIB real.

Carvalho é tão firme na sua oposição ao ajuste fiscal que ela não percebeu que o texto que ela citou reforça os argumentos de quem pensa de forma contrária a ela. Embora ela tivesse mencionado esse estudo para se posicionar contra o ajuste fiscal, o que ele mostra é que é possível fazer uma correção nos desequilíbrios fiscais sem prejudicar a economia – desde que isso seja feito via a limitação dos gastos públicos, como hoje ocorre no Brasil.

A razão para essa diferença entre ajustes feitos via gastos e via impostos, em grande medida, está relacionada à taxa de juros. O aumento de impostos cria pressões sobre a inflação, já que produtores tendem a repassar esses aumentos aos consumidores. Com isso, os bancos centrais têm menor capacidade de reduzir os juros para contrabalançar os efeitos negativos da contração fiscal.

Ao mesmo tempo, quando um governo decide cortar gastos, ele está sinalizando para investidores uma disposição de fazer um ajuste firme e uma vontade política de manter a dívida sob controle. Com isso, eles tendem a reduzir o juro mínimo necessário para emprestar dinheiro para o governo — chamado em economês de “prêmio de risco”.

Esse efeito é tão grande que, quando comparamos o quão diferente é o efeito do corte de gastos em países com alto endividamento e naqueles com baixo endividamento, algo bem interessante se revela. Para os países que têm seu nível de endividamento sob controle, o efeito de um corte de gastos sobre a economia é aquele demonstrado acima: ele tende a zero. Mas para aqueles países que são altamente endividados, cortar gastos tem grande impacto sobre a percepção da capacidade de um governo poder arcar com suas obrigações futuras – com isso, o risco e juros caem significativamente, levando a um forte crescimento econômico permanente decorrente do corte de gastos.

Contexto brasileiro
O estudo citado por Laura Carvalho mostra que é possível fazer um ajuste fiscal sem prejudicar a economia. Mas esse estudo foi feito analisando dados de países desenvolvidos. Será que essa relação é igual no Brasil? Felizmente, em 2015, dois economistas do Fundo Monetário Internacional estudaram precisamente isso. E os resultados não são muito diferentes do esperado.

Mas no Brasil os efeitos dos aumentos de impostos são ainda mais deletérios para a economia do que o corte de gastos. Se após três anos o impacto do corte de gastos de 1% do PIB na economia é próximo de zero, o aumento dos impostos em 1% do PIB leva a quase 2% de contração econômica. No Brasil, como no mundo, na hora de um ajuste fiscal, cortar gastos não tem efeitos negativos sobre a economia, mas incrementar impostos sim.

Há, ainda, um outro agravante. Desde 2015, dívida do governo brasileiro começou a se desestabilizar, subindo cerca de 20% do PIB em apenas dois anos e meio. Como já vimos que em países com risco de insolvência (isto é, risco de calote) o corte de gastos tende a aumentar o tamanho da economia, a opção por corte de gastos se torna ainda mais preferível no caso brasileiro. Se o Brasil for um país insolvente, é provável que um corte de gastos leve a um aumento da atividade econômica.

Ajuste brasileiro é de longo prazo
Uma característica muito interessante do modelo de ajuste fiscal implementado no Brasil é que ele é traz alguns retornos imediatos – como a queda no risco-país – mesmo sem fazer um ajuste imediato muito brusco. A mudança da trajetória dos gastos do governo – ou seja, o “ajuste” – só começou no fim de 2016 – e os gastos ainda estão em patamares muito mais altos do que estavam antes do começo da crise. Assim, qualquer efeito negativo de curto prazo é limitado, tendo efeito não durante o período mais duro da recessão, mas após o início de recuperação econômica brasileira.

Ao mesmo tempo, ao propor e aprovar a Emenda Constitucional 95, que criou um teto para os gastos públicos, o Governo e os Congressistas sinalizaram fortemente seu compromisso com a establização da dívida pública. Com isso, caiu a percepção de risco quanto à dívida pública brasileira e foram reduzidos os juros necessários para que o governo consiga captar dinheiro em todos os horizontes. No curto prazo, por causa da queda da inflação e da ação do Banco Central. E no longo prazo, por causa da menor probabilidade de um calote da dívida pública no futuro.

Em janeiro de 2016, para conseguir emitir um título da dívida de 5 anos, o governo brasileiro precisava pagar 17% ao ano – uma taxa maior do que títulos de curta duração, refletindo um maior risco de calote do governo. Já em maio de 2017, toda a “curva de juros” brasileira foi reduzida – e o governo pode captar recursos a um custo muito mais baixo.

Por isso, o modelo de ajuste fiscal de longo prazo implementado no Brasil tem, ao mesmo tempo: (a) limitado quaisquer efeitos negativos de curto prazo; e (b) conseguido reduzir os juros, o que contrabalanceia os efeitos negativos imediatos.
Conclusões
Ao contrário do que Laura Carvalho e seus aliados argumentam, um ajuste fiscal nem sempre é contracionista. A evidência disponível indica que, em geral, um ajuste fiscal feito por corte de impostos tem efeito neutro sobre a economia. Para países altamente endividados, contudo, cortar gastos tende a levar à expansão econômica. Isso acontece por causa da queda do risco país, uma menor pressão sobre a inflação e a redução dos juros – como aconteceu no Brasil entre o ano passado e esse ano.

No sentido contrário, embora Laura Carvalho reclame do fato de o governo não aumentar impostos, ajustes feitos via impostos mais altos levam a uma redução permanente da economia. Para compatibilizar estabilização da dívida pública e crescimento econômico, um ajuste de longo prazo e pelo lado dos gastos é a melhor opção disponível.

http://mercadopopular.org/2017/07/o-des ... -carvalho/
O que ela faz é modelo heterodoxo de crescimento de longo prazo. Só. Não entende nada de política fiscal, políticas públicas, política social, reformas diversas não sabe nada. Faz de tudo para defender a visão política dela. Eu percebi, os coleguinhas e alunos da usp idem e vários outros. É piada vários anos. E ela xinga todo mundo de machista, homofóbico e elitista na internet. No cara a cara vira um doce. A pessoa mais amável do mundo.

O que ela faz na USP? É um mistério. isso tipo de comportamento é aceitável lá na Unicamp ou UFRJ, mas não na USP. Na época em 2013 rinha uma vaga para heterodoxo que trabalhasse com modelos de crescimento. Só tinha ela. É uma das piores que entrou na última década. Tem muitas novinhas e novinhas que anos-luz, mas não gostam de aparecer na mídia, brigar em público e fazem trabalho de operário. Eles e elas vão entrar e sair de diversas orientações de governo, fazer o serviço e o público nunca saberá o nome deles.

--------------

Tem vários picaretas do outro lado da Laurinha. Um dos que considero é tal Samuel Pessoa. Porque ele distorce as coisas. Diz que leu um tipo de literatura sobre contrato social e tal, dá indicações sobre a política econômica brasileira. Porém a literatura indica outra coisa e é cheia de ponderações que ele não usa. A lista de picaretas dos dois lados é grande. Só por tomar um lado é melhor ficar com os dois pés atrás.

Geralmente, quem é realmente técnico e entende das coisas, está disposta a ajudar qualquer governo desde que deem condições de trabalho e não gosta de aparecer. Por exemplo, o Marcos Lisboa que conversa abertamente com todo mundo. Aliás, quem levou o Haddad para Insper foi Marcos Lisboa. Atualmente, o Bernardo Guimarães, Claudio Ferraz, Levy entre outros muitos nomes. Eles não tem tempo de brigas juvenis.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7700 Mensagem por Bourne » Qui Ago 30, 2018 7:36 pm

O problema do Brasil não falta de gente técnica. Existem dezenas ou centenas de técnicos nas universidades e governo muito bons. Pessoal do nível tão alto quando os que trabalho no governo norte-americano, francês, alemão, chinês e de outros países de ponta. Existem estudos diversos para simulação, possíveis efeitos de políticas e reformas, diversas opções de planos.

O que entrava tudo é a economia política. Ou melhor, os conflitos entre grupos de interesses, políticos e elites. O resultado não consegue fazer nada. Por exemplo, a reforma tributária que mexe com um monte de interesses de gente grande até hoje não saiu até hoje. Olha que tinham políticos que diziam no fim da década de 1970 que era vital a reforma tributária e maior progressividade. Já que o sistema tributário do governo castelo branco (1964-67) estava cheia de falhas.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7701 Mensagem por Bourne » Sex Ago 31, 2018 7:13 pm

A mensagem é do tipo "Vocês estão todos errados. Não viram os dados e criaram a fantasia sobre o que foi e é a economia brasileira. Parem de repetir as divagações de autores mortos".

Não tem nada de absurdo. O livro e autor sabem vendem para o leitor comum o que se faz em história econômica no Brasil nas últimas dois ou três décadas. Isto é, deixar de punhetar autores homens, velhos e mortos e começar a olhar dados, documentos, aplicar e desenvolver modelos. O Brasil não está tão atrasado. O resto do mundo, incluindo os EUA, começou a fazer isso da década de 1960/1970. Várias ideias consideradas sagradas foram derrubadas nos últimos trinta-quarenta anos.



Sobre educação ou a falta dela.





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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7702 Mensagem por EDSON » Seg Set 03, 2018 2:05 pm

Frase do Macri e neste caso aprenda com o ero dos outros.

"Eu vou explicar para você porque quando parecíamos estar indo bem, sentimos que estávamos indo para trás."

"Não podemos gastar mais do que temos".




"A estrada não é linear, é difícil, há avanços e retrocessos."

"Pedimos ao mundo que nos apoiasse com uma mudança gradual, primeiro para cuidar dos mais vulneráveis, e é muito positivo que o mundo nos apoiasse. Por dois anos o mercado também fez isso ".

"Por dois anos a economia cresceu e a pobreza diminuiu".

"Então houve problemas e isso fez com que aqueles que nos emprestassem dinheiro começassem a duvidar."

"Tomamos medidas que geraram algumas dúvidas. Estou aqui para esclarecer algumas dúvidas. "

"Conseguimos um apoio sem precedentes na história do Fundo, mas ocorreram coisas que geraram dúvidas novamente".

"Até que a Argentina não tenha orçamento próprio, nós, argentinos, estaremos expostos a qualquer crise externa."

"Vamos tentar chegar a um acordo com o Fundo o mais rápido possível para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o nosso financiamento em 2019."

"Vamos pedir àqueles que têm maior capacidade de contribuir para que sua contribuição seja maior. É um imposto terrível, mas precisamos da sua contribuição. "

"Eu decidi compactar meu equipamento. Nós vamos cortar os ministérios ao meio. "

"Com esta desvalorização, a pobreza aumentará".

"Estamos mudando as coisas na raiz, sem atalhos, para retomar um caminho de crescimento mais rápido. Não a curto prazo, mas permanente ".

"Fomos escolhidos para fazer uma mudança real, porque eles sabem que somos diferentes do passado que eles rejeitam."

"Acreditamos com otimismo excessivo que era possível ir ordenando as coisas lentamente, mas a realidade nos mostrou que tínhamos que ir mais rápido".

"Você acha que eu não gostaria de pagar aos professores universitários tudo o que eles pedem?"

"Hoje temos que passar por um momento difícil. Vamos ver o filme e não a foto. Estamos entendendo a situação com humildade para aceitar os problemas ".

"Eu sei que esses dois anos e meio foram difíceis. Mas tudo o que custa na vida vale a pena e é algo que ninguém consegue depois. "

"Governando os custos de um país. Estes foram os piores cinco meses da minha vida "




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7703 Mensagem por Clermont » Qua Set 05, 2018 1:53 pm

Enquanto Roma arde.

Alexandre Schwartsman - Folha de São Paulo, 5.09.18.

Tudo bem, a hipocrisia pode ser mesmo a homenagem que o vício presta à virtude, mas há limites ao que o estômago humano pode suportar nesta área.

O festival de oportunismo que surgiu das cinzas do Museu Nacional é de causar engulhos a qualquer um que tenha um mínimo de honestidade intelectual, qualidade cada vez mais rara no país.

Sobraram políticos (e, lamento dizer, economistas - se bem que caberia aí mais de uma qualificação) que não hesitaram em inverter as leis da física, para não falar da história, com o objetivo de ganhar um trocado fácil no jogo eleitoral.

De maneira geral se buscou associar o desastre à austeridade fiscal, principalmente no que se refere ao teto de gastos públicos.

Ignora-se, intencionalmente, que o teto de gastos começou a vigorar em 2017, enquanto os relatos acerca do péssimo estado do museu datam de vários anos antes.

Em 2004, por exemplo, o então secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Viter, afirmava: "O museu vai pegar fogo. São fiações expostas, mal conservadas, alas com infiltrações, uma situação de total irresponsabilidade com o patrimônio histórico".

Já em 2015 o museu foi fechado por falta de verbas. Um esforço mínimo de pesquisa revela problemas ao longo dos últimos 20 anos, pelo menos.

A rigor a possibilidade de eventos presentes afetarem de alguma forma o passado, contrariando as leis da física, não é um argumento novo: não faltam economistas que atribuam a recessão iniciada no segundo trimestre de 2014 à política econômica de Joaquim Levy, que assumiu o cargo de ministro da Fazenda no começo de 2015.

De que vale, porém, a lógica face à "narrativa"?

Também não é verdade que tenha havido uma redução generalizada de gastos públicos, muito pelo contrário.

Medida a preços de 2017 a despesa dos três níveis de governo subiu de R$ 2,7 trilhões em 2010 para R$ 3,1 trilhões em 2014 e R$ 3,2 trilhões no ano passado, aumento de R$ 520 bilhões. Já o investimento público caiu de R$ 180 bilhões em 2010 para R$ 175 bilhões em 2014 e meros R$ 80 bilhões em 2017.

O problema nunca foi falta de dinheiro, mas a definição de prioridades para seu uso.

Preferimos gastar R$ 112 bilhões a mais com a remuneração de empregados e R$ 294 bilhões a mais com benefícios sociais (dos quais 38% representam aposentadorias e pensões de servidores públicos, 54% são gastos previdenciários do INSS e apenas 8% representam benefícios de assistência social).

Apesar disso, os que hoje rasgam as vestes em público pela tragédia do museu são os primeiros na fila para manter o estado das coisas, seja se opondo à reforma da Previdência, seja no apoio a medidas como elevação de salários no setor público, seja, por fim, deixando claro em seu programa de governo - em direta contradição com a realidade - que o remédio para o país consiste em... gastar mais!

A verdade é que estão matando a galinha dos ovos de ouro. Na busca insaciável para extrair renda do resto da sociedade os grupos de interesse, sobretudo do funcionalismo, estão nos levando a uma situação falimentar.

A defesa de novos impostos para acalmar sua fome já se mostrou equivocada: a história dos últimos 20 anos de gastos federais mostra que quanto mais se arrecada mais se gasta e mais se gasta mal.

Se não mudarmos esta história o desastre do domingo passado será apenas o alerta dos outros tantos que ainda haveremos de enfrentar.

______________________________________________________________________________
Alexandre Schwartsman, consultor, ex-diretor do Banco Central (2003-2006). É doutor pela Universidade da Califórnia em Berkeley.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7704 Mensagem por Bourne » Sex Set 07, 2018 6:08 am

Ensaio para a virada pós-eleição. Existem indicações que no dia seguinte o Haddad chama o Marcos Lisboa para montar a equipe econômica e encomenda o pacote das reformas. Não liguem para os guris que se dizem economistas dele, mas no que o Haddad fala.

A diferença é que para outros tem olhar para os economista. No caso do Haddad tem que olhar para ele já que tem uma equipe fake.
PT propõe unificação dos regimes de Previdência de servidores
“Tem muita gordura para queimar no andar de cima antes de chegar no andar de baixo”, afirmou Fernando Haddad.

Contrário à reforma da Previdência para maioria dos trabalhadores, o PT propõe uma unificação nos regimes dos servidores públicos. "O governo buscará a convergência entre os regimes próprios da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios com o regime geral", diz o plano de governo do partido.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele deve ser substituído pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, atualmente registrado como vice.

No plano de governo, o partido sustenta que é possível atingir o equilíbrio das contas da Previdência com a retomada de empregos, formalização de todas as atividades econômicas, ampliação da capacidade de arrecadação e combate à sonegação.

O partido também defende medidas para combater, na ponta dos gastos, "privilégios previdenciários incompatíveis com a realidade da classe trabalhadora brasileira", sem detalhar quais seriam.

De acordo com o documento, o envelhecimento populacional deve ser enfrentado com medidas para garantir as demandas de saúde, Previdência, cuidados e atenção à pessoa idosa. "Rejeitamos os postulados das reformas neoliberais da Previdência Social, em que a garantia dos direitos das futuras gerações é apresentada como um interesse oposto aos direitos da classe trabalhadora e do povo mais pobre no momento presente", diz o texto.

A propaganda da reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer tinha como mote a ideia de que é preciso mudar o sistema atual para garantir que ele exista no futuro.

Em evento organizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), em 14 de agosto, Haddad criticou a reforma proposta pelo emedebista devido à sua abrangência. "Temos diferenças gritantes no País. Não pode ter uma reforma homogênea no País como o Temer propôs. Abramos uma mesa de negociação", afirmou.

Em entrevista ao site Infomoney, o vice defendeu que o debate seja feito, mas não detalhou medidas para combater desigualdades. "A Previdência não pode ser considerada um tabu, para o bem dos próprios trabalhadores. Tem que discutir, mas tem método para isso e tem escolhas a serem feitas. Tem muita gordura para queimar no andar de cima antes de chegar no andar de baixo — e o ideal é que não chegue", afirmou.

Hoje, o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) inclui os todos os indivíduos que contribuem para o INSS, sejam trabalhadores da iniciativa privada, funcionários públicos (concursados e não concursados), militares e integrantes dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Já os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) são organizados pelos estados e municípios para servidores públicos ocupantes de cargos efetivos.

Assessor econômico da campanha petista, Guilherme Mello defendeu que "haja uma regra que seja mais ou menos igual para todos os trabalhadores", em entrevista à Globo News.

Já o economista Marcio Pochmann, outro nome à frente do programa do PT, disse que não há uma necessidade emergencial em mudar as regras da aposentadoria. "As pessoas estão passando fome no Brasil. Estão morrendo, aumentou a pobreza e a mortalidade infantil. São problemas cruciais que precisam ser atacados agora", afirmou à Folha de S. Paulo.

https://www.huffpostbrasil.com/2018/09/ ... mg00000004




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7705 Mensagem por Bolovo » Sex Set 07, 2018 6:59 am

Tô vendo que o Bourne vai botar 13 na urna.
Eu também.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7706 Mensagem por Rurst » Sex Set 07, 2018 9:43 am

Incrível

Enquanto os adversários possuem economistas da década passada que são atrasados e burros, os candidatos da esquerda vão chamar outros economistas no primeiro dia e não vão fazer nada do que prometeram durante a campanha.

Tá certo.

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7707 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Set 07, 2018 11:16 am

Bolovo escreveu: Sex Set 07, 2018 6:59 am Tô vendo que o Bourne vai botar 13 na urna.
Eu também.
Rurst escreveu: Sex Set 07, 2018 9:43 am Incrível

Enquanto os adversários possuem economistas da década passada que são atrasados e burros, os candidatos da esquerda vão chamar outros economistas no primeiro dia e não vão fazer nada do que prometeram durante a campanha.

Tá certo.

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
Vocês devem estar lendo as mensagens em um forum diferente que eu...




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7708 Mensagem por Bourne » Sex Set 07, 2018 9:39 pm

Não voto no 13 seus desavergonhados. E não voto desde 2010. Votarei na Marina Silva.

No fundo só quero o caos. Nisso seria muito legal o Haddad dar um olé nos economistas campineiros e chamar o marcos Lisboa seria. poderia fazer piada por anos com várias camaradinhas ultra-progressistas.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7709 Mensagem por Bourne » Seg Set 10, 2018 9:58 am



Vinicius Müller - História econômica e gastos públicos: As origens da educação básica no Brasil

As origens da educação básica explicam a desigualdade regional brasileira. Isso é o que mostra a pesquisa do professor Vinicius Müller no livro Educação Básica, Financiamento e Autonomia Regional, da Editora Alameda. A obra apresenta a relação de três estados brasileiros com os gastos públicos de 1850 a 1930: São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Neste recorte de 80 anos, é possível notar a relação direta entre as escolhas tomadas no período e a condição política econômica dos estados atualmente, sobretudo no que se refere à educação.

Para debater o tema e suas implicações atuais, contaremos com a presença do também professor do Insper e cientista político, Carlos Melo, Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas (CPP) do Insper e Priscilla Cruz, fundadora e presidente da Fundação Todos pela Educação. O evento marca o lançamento oficial do livro pela editora.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7710 Mensagem por Bourne » Ter Set 11, 2018 11:11 pm

Tô falando. Vai ter traição no eventual dia seguinte da eleição do Haddad. :mrgreen:
Marcos Lisboa tem o perfil de ministro da Fazenda de Haddad
Economista integrou equipe econômica de Lula

KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA

Num eventual governo Fernando Haddad, o ministro da Fazenda seria alguém com o perfil do economista Marcos Lisboa ou até mesmo o próprio. Haddad virou hoje o candidato oficial do PT, diante do impedimento de Lula por decisão judicial.

Há uma discreta discussão no PT para deixar claro que Haddad teria forte compromisso com o rigor fiscal, a exemplo da nomeação de Antonio Palocci Filho para a Fazenda no primeiro mandato de Lula. Seria um sinal para acalmar o mercado financeiro e setores do empresariado reticentes à volta do PT ao poder federal.

Lisboa, que integrou a equipe de Palocci, é amigo de Haddad, apesar de os dois terem divergências em alguns pontos econômicos. No PT, não se sabe se Lisboa aceitaria um convite, se Haddad o convidaria ou se todo o partido o aceitaria.

Mas Lisboa teria o perfil para comandar a economia num eventual governo de Haddad, que sinalizaria pretender fazer uma administração mais parecida com a de Lula 1 do que com a de Dilma 1. Outros economistas de orientação parecida poderiam entrar nesse páreo, em caso de vitória de Haddad na eleição presidencial.

Esse comentário, feito no “Jornal da CBN – 2ª Edição”, pode ser ouvido a partir dos 7 minutos no áudio abaixo:

https://www.blogdokennedy.com.br/marcos ... de-haddad/




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