Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu:Na verdade Bolovo nós temos sobre isso duas questões: uma, prática, que se refere ao fato de o comando da FAB estar plenamente ciente de que este é um projeto de longuíssimo prazo, e que, frente ao nosso histórico em termos de investimento em defesa, não deve-se estranhar que estes caças fiquem por ai mesmo até 2071. Em todo caso, o primeiro lote do Gripen E/F irá entrar em operação entre 2019-2024. Se houver um segundo e terceiro lote, adotando-se o mesmo ritmo de produção anterior, supondo que a FAB queria chegar as 108 undes comentadas no seu planejamento, então podemos vislumbrar um linha ativa até mais ou menos 2035. Assim, não surpreende que a FAB pense que este caça possa voar até 2071, se pensarmos que as últimas unidades estarão sendo entregues por aquele tempo. Isto se nos ativermos ao fato de que não haveria um FX-3 na FAB. Eis a segunda questão. Em havendo um FX-3 na FAB, que pode dizer respeito ao 2o ou ao 3o lotes do projeto FX-2, temos então a perspectiva de que um derivado de 5a G do Gripen E/F - como o FS2020, por exemplo - só começará a entrar supostamente em produção por volta da segunda metade da década de 2020/2030, então torna factível o argumento do comandante da FAB, no sentido de que um avião derivado do projeto FX - que é muito mais um investimento em capacidade de P&d de longo prazo, do que a simples compra de um caça - possa estar voando na FAB ao longo dos próximos 50 anos.

Se estiver correto, a FAB está pensando bem mais longe, e amplamente, do que a nossa vã filosofia tupiniquim civil está acostumada a perceber. Não seria nenhuma novidade.

Tomara que eu esteja certo.

abs.

Justin Case escreveu:Amigos,

Cinquenta anos entre a entrega do primeiro avião e a desativação do último eu acho razoável.
Certamente outra solução terá sido pensada, contratada e estará em serviço antes dessa desativação completa.
A substituição não será instantânea.
Abraços,

Justin

bcorreia escreveu:

kirk escreveu: Correia, sério mesmo que vc acredita que o Crepaldi falou em 50 anos com a "mesma" aeronave ?

Não estava ele falando da "Parceria" ?
A decisão é de 50 anos ... talvez muito mais ... assim "são 30 anos sem pensarmos em comprar avião ... não vamos mais "COMPRAR" aviões ... vamos fazer aqui ... vamos desenvolver aqui ... em seguida ele diz :
O problema de se ler matérias de defesa escritas por jornalistas não especializados é isso ... um texto mau escrito dizendo por exemplo que a Embraer será responsável pela "manutenção" ... e dando a entender que ficaremos com o mesmo avião por 50 anos ... é impossível imaginar que tal ideia tenha sido expressa pelo Crepaldi ... mas a Senhora "Ana Siqueira*, Jornal do Brasil" simplesmente não soube escrever sobre o assunto ...

Então reclame com o jornalista e não comigo, pois é o que está na reportagem com a entrevista do Brigadeiro " É a aeronave mais moderna da atualidade e tem um custo de ciclo de vida muito baixo. Teoricamente são 30 anos sem pensarmos em comprar avião, mas eu apostaria em 50. Essa é uma decisão de 50 anos, que teve muito critério para ser feita”, comemora."

Ao menos é o que está no texto da entrevista, 50 anos sem pensar em trocar de avião, pessoalmente não vejo o porque falar em prazo de validade da parceria, ainda mais porque o que se falava quando foi feita a escolha do Gripen para o FX-2 era que junto com a tecnologia, muito provavelmente vinha a parceria para o co-desenvolvimento para futuros projetos, isso faz que ao menos ao meu ver, é algo que não tem prazo de validade, até porque, mesmo esses aviões sendo desenvolvidos por aqui, terão que ser comprados, ou então os KC390, tucanos e outros projetos da Embraer não foram comprados?

Carlos Lima escreveu:

E o Marketing chegando...

[]s
CB_Lima

Justin Case escreveu:Amigos,

Cinquenta anos entre a entrega do primeiro avião e a desativação do último eu acho razoável.
Certamente outra solução terá sido pensada, contratada e estará em serviço antes dessa desativação completa.
A substituição não será instantânea.
Abraços,

Justin

kirk escreveu:

bcorreia escreveu: Então reclame com o jornalista e não comigo, pois é o que está na reportagem com a entrevista do Brigadeiro " É a aeronave mais moderna da atualidade e tem um custo de ciclo de vida muito baixo. Teoricamente são 30 anos sem pensarmos em comprar avião, mas eu apostaria em 50. Essa é uma decisão de 50 anos, que teve muito critério para ser feita”, comemora."

Ao menos é o que está no texto da entrevista, 50 anos sem pensar em trocar de avião, pessoalmente não vejo o porque falar em prazo de validade da parceria, ainda mais porque o que se falava quando foi feita a escolha do Gripen para o FX-2 era que junto com a tecnologia, muito provavelmente vinha a parceria para o co-desenvolvimento para futuros projetos, isso faz que ao menos ao meu ver, é algo que não tem prazo de validade, até porque, mesmo esses aviões sendo desenvolvidos por aqui, terão que ser comprados, ou então os KC390, tucanos e outros projetos da Embraer não foram comprados?

Não estou reclamando do amigo, mas quando ele diz : "Essa é uma decisão de 50 anos", pelo contexto, ele está se referindo a ampla parceria com a indústria e o País suéco ... ou seja, a "decisão" que dura 50 anos se refere à "escolha" e não a duração de cada avião de nosso inventário ... mas concordo que dá margem a um entendimento errado ... foi mau escrito ...

Em seguida cita a Finlândia que pode escolher o Gripen NG, ou seja, estaremos fabricando partes dos Gripens finlandeses, uma operação conjunta entre os dois países ... assim foi uma "escolha" de longo prazo ...

Penguin escreveu:

Justin Case escreveu:Amigos,

Cinquenta anos entre a entrega do primeiro avião e a desativação do último eu acho razoável.
Certamente outra solução terá sido pensada, contratada e estará em serviço antes dessa desativação completa.
A substituição não será instantânea.
Abraços,

Justin

Ele disse 30 anos sem comprar outro tipo de avião. Ok. Faz algum sentido, embora seja impossível prever o que acontecerá politicamente, economicamente e tecnologicamente nos próximos 5 anos. Pior ainda nos próximos 10 anos. 30 anos é uma vida nesses campos.
Quanto aos 50 anos é uma "aposta" dele. Eu acho que ele declarou isso no calor do entusiasmo de estar numa missão do governo brasileiro na Suécia com a PresidentA.

[]s

bcorreia escreveu:Kirk, ele diz 50 anos sem comprar outro avião, isso não faz sentido, até porque a tendência é que dentro desta parceria apareça o sucessor do NG, e isso bem antes desses 50 anos, talvez até mesmo dentro dos 30 anos também citados por ele.

kirk escreveu:

Ilya Ehrenburg escreveu: Digamos que ela não concorda com nada, por isso o protótipo ainda não voou.


Para os amigos loucos por monomotores suecos:
Ei, você aí!
Lembra quando eu falava das diferenças entre projetos e produtos prontos?
Pois é...
Eu estou rindo muito!


A dor de cabeça, quando alheia, sempre é uma alegria.

Olá senhor Ilya Ehrenburg,

Nas buenas, eu de fato não entendi sua colocação, vamos recapitular :

- O Lima "ouviu falar" que a raiz da asa (não sei o que seja isso) não concorda com o RBS 15 no pilone mais próximo da extremidade da asa, apesar que a intenção do mockup invariavelmente seja uma representação visual da realidade ...

- Outra questão é que a Saab colocou o RBS naquele pilone sem ninguém pedir ou discutir sobre o assunto, fez de iniciativa própria, não me parece que a configuração seja "pra inglés ver" ... mas uma representação de uma configuração real ...

- Depois o Senhor nos "brindou" com a "informação inédita" que o protótipo ainda não voou (um verdadeiro furo de reportagem), em seguida sentenciou que já havia nos avisado com a antecedência de um "sábio" que "falava das diferenças entre projetos e produtos prontos" ...

- Bom em PRIMEIRO lugar gostaria de saber como o Senhor sabe das tais "diferenças" se o protótipo ainda não voou ?

- Em SEGUNDO lugar eu gostaria de saber do que AFINAL o Senhor tem rido tanto ?

Grato antecipadamente por responder.

Ilya Ehrenburg escreveu:Recebi informações, as quais eu gostaria de confirmar com uma fonte primária, que os engenheiros da SAAB estão tendo que lhe dar com problemas advindos do comportamento aerodinâmico não esperado, anômalo, com a raiz da asa que ganhou maior espessura para abrigar o trem de pouso. Não foi a única dor de cabeça, problemas estruturais observados e carga alar acima do idealizado fariam parte. Falam em redesenho da asa. Pois...

Ilya Ehrenburg escreveu:

kirk escreveu: Olá senhor Ilya Ehrenburg,

Nas buenas, eu de fato não entendi sua colocação, vamos recapitular :

- O Lima "ouviu falar" que a raiz da asa (não sei o que seja isso) não concorda com o RBS 15 no pilone mais próximo da extremidade da asa, apesar que a intenção do mockup invariavelmente seja uma representação visual da realidade ...

- Outra questão é que a Saab colocou o RBS naquele pilone sem ninguém pedir ou discutir sobre o assunto, fez de iniciativa própria, não me parece que a configuração seja "pra inglés ver" ... mas uma representação de uma configuração real ...

- Depois o Senhor nos "brindou" com a "informação inédita" que o protótipo ainda não voou (um verdadeiro furo de reportagem), em seguida sentenciou que já havia nos avisado com a antecedência de um "sábio" que "falava das diferenças entre projetos e produtos prontos" ...

- Bom em PRIMEIRO lugar gostaria de saber como o Senhor sabe das tais "diferenças" se o protótipo ainda não voou ?

- Em SEGUNDO lugar eu gostaria de saber do que AFINAL o Senhor tem rido tanto ?

Grato antecipadamente por responder.

Antes de tudo, quero dizer-lhe: pessoas que surtam fazem-me rir.


Recebi informações, as quais eu gostaria de confirmar com uma fonte primária, que os engenheiros da SAAB estão tendo que lhe dar com problemas advindos do comportamento aerodinâmico não esperado, anômalo, com a raiz da asa que ganhou maior espessura para abrigar o trem de pouso. Não foi a única dor de cabeça, problemas estruturais observados e carga alar acima do idealizado fariam parte. Falam em redesenho da asa. Pois...
Vamos lembrar que isto já aconteceu com outros projetos que ganharam massa e tamanho, caso do F-18. que na sua versão "E", alcunhada de Super Hornet, viu-se com alterações no desenho da asa e do LERX.
Projeto, é projeto. Sempre sabemos como iniciá-lo...

Marechal-do-ar escreveu:

Ilya Ehrenburg escreveu:Recebi informações, as quais eu gostaria de confirmar com uma fonte primária, que os engenheiros da SAAB estão tendo que lhe dar com problemas advindos do comportamento aerodinâmico não esperado, anômalo, com a raiz da asa que ganhou maior espessura para abrigar o trem de pouso. Não foi a única dor de cabeça, problemas estruturais observados e carga alar acima do idealizado fariam parte. Falam em redesenho da asa. Pois...

Do ponto de vista do risco, isso tudo é péssimo, antes fosse só um Gripen C com outro motor e trem de pouso deslocado...

Mas, olhando para o lado das ToTs, um redesenho das asas seria a melhor coisa que podia acontecer nesse projeto, dando a chance dos engenheiros brasileiros na Suécia acompanharem em primeira mão o projeto de uma asa supersônica.

Para o bem da aviação de caça no Brasil, só espero que esse redesenho não limite ainda mais o desempenho da aeronave...

kirk escreveu: As asas foram desenhadas pela AKAER !

Cuidado com fontes "não primárias" não me parecem muito consistentes !

Energys escreveu:

Penguin escreveu:Ele disse 30 anos sem comprar outro tipo de avião. Ok. Faz algum sentido, embora seja impossível prever o que acontecerá politicamente, economicamente e tecnologicamente nos próximos 5 anos. Pior ainda nos próximos 10 anos. 30 anos é uma vida nesses campos.
Quanto aos 50 anos é uma "aposta" dele. Eu acho que ele declarou isso no calor do entusiasmo de estar numa missão do governo brasileiro na Suécia com a PresidentA.

[]s

Em 30 anos talvez nem o Brigadeiro nem nós estejamos mais vivos para ver.

Att.