Penguin escreveu:
Leia a documentação com atenção e o que foi feito: estudos de viabilidade e iniciais. Atenderam a um RFI da Marinha indiana em 2011 e o interesse da MB no FX2.
Foi postado apenas alguns slides resumindo os estudos feito pelo centro que a Saab criou em Londres (Sea Gripen Design Centre:
https://www.flightglobal.com/news/artic ... uk-357137/).
Sim, o alvo de MTOW é 16,5t.
Agora, se vamos ter capacidade para investir em tal empreitada, creio que não. O cobertor da MB anda curto para tantas necessidades.
bcorreia escreveu:Pelo que entendi são modificações estruturais principalmente nas áreas da fuselagem onde estão os trens, vide o trem frontal deslocado 20cms para frente, de qualquer forma acho eu que é muita energia e muito dinheiro aplicados em um avião com conceito de quarta geração.
Respondendo ambos os colegas:
Tais estudos do Sea Gripen foram trabalhados no Reino Unido para enviarem uma proposta a Royal Navy que, até aquele momento, pretendia adotar, em seus Queen Elizabeth, sistemas CATOBAR. Enviaram um Gripen para o país e começou os testes. Esse material de estudo por si só é inválido, pois o muita coisa mudou no próprio projeto do Gripen NG.
Como disse, foi um estudo de 2011.
Não é apenas deslocar o trem de pouso e reforça-los, isso apenas muda o lado ou local em que o estresse sobre a fuselagem será maior, o fato é que terão que reforçar a fuselagem frontal e um pouco a traseira. Tal reforço, dependendo do material empregado, poderá determinar o custo ou peso adquirido pela aeronave, tais como Aluminium-Titanium Alloy (TiAl) e Aluminium-Litium Alloy (AlLi) que são ligas leves e bem caras ou conjuntos compostos de Kevlar, Fibra ou Nanofibra de Carbono, Termoplástico ou outro material.
De todo o jeito, o aumento de peso do Gripen deve variar entre 500 kg (na mais otimista das hipóteses) até 1,500 kg (dependendo dos materiais empregados). Isso acarretará em encarecimento do projeto ainda mais e duvido que fique nos USD 400 milhões. Se a aeronave já estivesse sendo desenvolvida para ter um gancho para uma aeronave naval, tudo bem, mas o Gripen NG não está sendo desenvolvido assim, tanto que o Sea Gripen é um estudo por fora.
Com o aumento do peso, que haverá, terá uma diminuição no desempenho, sendo obrigado a utilizar uma turbina mais potente ou até transportar mais combustível. Se o Gripen F for uma aeronave alongada e não apenas um Gripen E com assento a mais, sem dúvidas será base para o projeto do Sea Gripen, uma aeronave maior. Por tanto, mais combustível, motor mais potente... maior diferenciação de peças e menor comunalidade (95%? Isso é fantasia).
Agora digamos que USD 400 milhões seja o valor do desenvolvimento, certo? Digamos que cada aeronave ficasse por volta de USD 150 milhões, aquisição de 24 aeronaves, mais USD 200 milhões para aquisição de armamentos, treinamento, simuladores e entre outros: USD 4,2 Bilhões, este é o custo verdadeiro do programa e não pagar USD 400 milhões e do nada ter 24 aeronaves. Se caso for com 48 aeronaves, dá USD 7,8 Bilhões.
Não tenho dúvidas que seria um baita caça, junto com o Gripen NG um dos melhores de sua posição, se não o melhor, porém vale a pena gastar USD 4,2 Bilhões para 24 aeronaves que só irão operar por 5 anos no A-12? Com este custo, daria para modernizar o A-12, adquirir os F-18 e seus armamentos e até investir o que sobrou num programa de caça de 5ª geração.
Não vale a pena gastar isso tudo no Sea Gripen. Se já reclamam que estaremos adotando aeronaves de 4,5ª geração em 2020 (para mim nada a ver, já que caças da mesma geração estarão sendo adotados na mesma época), imagina em 2030 desenvolver o Sea Gripen.