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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Ter Nov 09, 2010 7:46 pm
por marcelo bahia
Guerra escreveu:Ué, não tinha gente aqui no DB comemorando uma vitória total esmagadora e humilhante em cima da oposição!!
Agora não entendo mais nada!!!
Eu também não entendo!! Você mesmo concordou quando eu disse isso:
"O candidato José Serra, como governador de SP, se colocou contra todas as 3 tentativas de reforma tributária impulsionadas pelo governo Lula.
Não só ele, mas até gente da própria base do governo, como vários deputados e senadores do PMDB, por exemplo. Isso aconteceu devido aos motivos que nós já conhecemos." (Marcelo Bahia, 30/10/2010, às 01:18).
Lembra disso??
Guerra escreveu:Volta do mensalão?
O governo teria que oferecer mais "vantagens" que aquelas oferecidas pelos adversários da reforma tributária, se não, esqueça-a. Foi você mesmo quem disse que a FIESP não permitiria que a reforma passasse no Congresso. Esqueceu??
Como a FIESP faz para contar com a "boa vontade" dos deputados?? Me responda por favor!!
Real politic, meu caro! Real politic! Acho que temos que fazer o cálculo do quanto a classe média e a classe pobre vão economizar com essa reforma e o quanto o Estado poderá arrecadar no futuro. Temos que colocar tudo isso na balança!! Temos um Congresso que não vale nada, é um fato! Brevemente vou colocar um texto meu sobre o papel da corrupção na outra ponta da sociedade, aquela ponta que pouco é atacada pela imprensa...
Agora esperarei as pedras que serão jogadas sobre mim!!
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Ter Nov 09, 2010 9:01 pm
por Viktor Reznov
Pffff.....a velha desculpa de ressucitar a CPMF pra cuidar da saúde, como se ela já não fôsse uma catástrofe na época que a CPMF vigorava.....
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Qui Nov 11, 2010 11:13 am
por Clermont
POLÍTICA SEM MITOS
Merval Pereira - O GLOBO, 11.11.10.
A despolitização da recente campanha eleitoral brasileira para a presidência da República, com os dois candidatos seguindo quase que cegamente os conselhos de seus marqueteiros, não é um fenômeno novo na política brasileira, e muito menos na norte-americana, mas ganhou mais destaque depois da eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos em 2008.
Guardadas as devidas proporções, durante as prévias no Partido Democrata, a oponente Hilary Clinton fez o mesmo que Serra tentou a certa altura da campanha brasileira: desconstruir o adversário, tentando marcar Obama como uma criação do marketing político, sem capacidade nem experiência para governar os Estados Unidos.
Quando a “Obamamania” começou a se espalhar pelos Estados Unidos, havia uma palavra que definia o candidato democrata, à falta de qualidades mais evidentes: refreshment.
Dizia-se que Obama trazia refreshment à política americana, no sentido de revigorá-la.
Curiosamente, a palavrinha mágica é muito usada na propaganda americana para vender desde refrigerantes até pasta de dente, quando não se tem muita coisa para dizer deles.
Na campanha presidencial brasileira, Serra tentou marcar na adversária petista o fato de que ela era uma desconhecida, “um envelope fechado”, sem história pregressa que pudesse atestar-lhe a capacidade de dirigir o país.
Uma invenção de Lula apurada pelos marqueteiros.
No Brasil, desde que o candidato Fernando Collor introduziu na campanha presidencial de 1989 as modernas técnicas de marketing político, incrementando sua propaganda eleitoral na televisão com efeitos tecnológicos usados pela primeira vez, nunca mais as campanhas políticas brasileiras foram as mesmas.
Outra inovação daquele ano foi a utilização das pesquisas eleitorais como guia para a ação política. Collor valeu-se do parentesco com o sociólogo Marcos Coimbra, dono do Instituto Vox Populi para, através das pesquisas, dizer o que o povo queria ouvir, e identificar os pontos fracos e fortes de sua candidatura e da dos adversários.
O marketing político e as pesquisas de opinião ganharam nas campanhas eleitorais brasileiras o papel proeminente que tem há muito tempo nos Estados Unidos, berço dos estudos mais importantes sobre essas técnicas.
O exemplo mais marcante de transformação de um candidato pelo marketing é o do "Lulinha, paz e amor" inventado pelo marqueteiro Duda Mendonça, que transmutou o líder operário radical de cabelos e barba grandes e olhar messiânico de 1989 no candidato cordato e moderado vencedor em 2002, com ternos bem talhados.
O mesmo processo de transformação foi feito com sucesso com a candidata oficial Dilma Rousseff, eleita presidente, que foi reconstruída à vista de todos, tanto física quanto ideologicamente.
Essa ditadura do marketing político, no entanto, esterilizou o debate político. De um lado, a oposição temia confrontar-se com a popularidade de Lula, e de outro a candidata oficial, bem treinada, evitou desastres nas entrevistas e debates, claramente engessada dentro de um modelo previamente estipulado.
Sua dificuldade de expressão foi turbinada pelo receio de errar, e na primeira entrevista como presidente eleita ela já se saiu bem melhor, mais espontânea, embora tenha voltado a chamar jornalistas por “minha filha” ou “meu filho” quando a pergunta a irrita, um dos temores de seus treinadores, e continuasse com dificuldades de falar fluentemente.
O debate sobre o aborto é um exemplo dramático sobre como o marketing tomou o lugar dos conceitos de políticas públicas, que é como vêem a questão os dois candidatos.
Pois ambos tornaram-se carolas, exacerbando um lado religioso que nunca fez parte de suas personas políticas, mas que, em determinado momento, parecia ser o que o eleitorado queria.
Há um livro sobre a predominância do marketing sobre a política que é básico para a discussão do problema: chama-se “Politics Lost”, do jornalista Joe Klein, e cita como o último lance realmente verdadeiro de um político nos Estados Unidos a reação de Bob Kennedy, então candidato a presidente dos Estados Unidos, quando soube do assassinato de Martin Luther King.
Bob Kennedy estava justamente se preparando para fazer um discurso em um bairro negro, e foi aconselhado por seus assessores a não comparecer, pois a frustração com a morte de King certamente provocaria uma reação enfurecida das multidões.
Pois Bob Kennedy recusou os conselhos e ele mesmo anunciou o assassinato de Luther King, num discurso emocionante e emocionado, que ajudou aquela comunidade negra a lidar com o choque da morte de seu líder sem provocar reações agressivas.
Essa praga marqueteira foi muito bem analisada pelo ex-presidente de governo da Espanha Felipe Gonzalez em entrevista ao jornal El País.
Segundo ele, o que se está fazendo é seguir a opinião pública, banalizando o debate político a tal ponto que não se pode desenvolver projetos políticos que em certo momento podem ir na contramão da opinião pública que, como se sabe, ressalta Gonzalez, é muito volúvel.
Ele conta que se encontrou com Henry Kissinger em Washington e ouviu dele a seguinte análise: “A política está nas mãos de pessoas que fazem discursos pseudo-religiosos e simplistas e que são na verdade ofertas de venda de eletrodomésticos".
Nos Estados Unidos, a crise econômica fez com que o encanto de Obama se quebrasse, e ele agora está tendo que enfrentar a realidade da política que o Partido Republicano tenta lhe impor.
Aqui, por não ser Lula nem ter sua capacidade de negociação, a presidente eleita Dilma Rousseff dependerá da política partidária para levar adiante seu governo. Conta com uma base de suporte no Congresso tão grande quanto heterogênea, e tem no PMDB e no PT a solução e o problema de seu governo.
Em ambos os casos, sem os mitos, a política volta a ser o único caminho.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Qui Nov 11, 2010 11:47 am
por J.Ricardo
Agora é oficial: o PMDB quer o ministro Nelson Jobim fora da pasta da Defesa. O líder da bancada na Câmara, Henrique Alves (RN), garantiu ontem que “o partido só vai indicar para o ministério ministros que votaram na presidente eleita” (Dilma Rousseff).
Ao seu lado, o presidente do PMDB e vice-presidente eleito, o deputado Michel Temer (SP), permaneceu em silêncio.
“O ministro Jobim e o ex-ministro Reinhold Stephanes são eleitores do (José) Serra”, completou Henrique, pouco antes de embarcar para Buenos Aires. Stephanes foi ministro da Agricultura, cargo ocupado hoje por Wagner Rossi, aliado de Temer.
FONTE: O Globo, via CCOMSEx
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Qui Nov 11, 2010 12:03 pm
por J.Ricardo
Só concordo com a CPMF com a vigência do imposto único, sem isso ele é o mais perverso dos impóstos, ele é em cascata, cumulativo, ao contrário do que muito acreditam ele fere os mais pobres, pois aumenta os custos das empresas o que faz com que os produtos aumentem de preço e mão-de-obra fique mais cara, diminui a competitividade das empresas brasileiras e o que ocasiona em diminuição dos empregos, tributa os salário diretamente, enfim, é um monstrengo que só existe no Brasil mesmo!!!
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Qui Nov 11, 2010 12:03 pm
por Sterrius
visão tacanha isso. Infelizmente partidos no Brasil tem visão pequena a ponto de resumir a importancia de um ministerio em quem o ministro votou ou deixou de votar.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Qui Nov 11, 2010 12:07 pm
por Viktor Reznov
O Clermont, não pode falar bem da política econômica do FHC no primeiro mandato senão os patrulheiros ideológicos do PT que se infiltraram aqui no fórum vão vir aqui dizer que isso é revisionismo histórico.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Sex Nov 12, 2010 5:08 am
por Rodrigoiano
José Alencar sofre infarto agudo em SP; estado é estável
http://noticias.terra.com.br/brasil/not ... farto.html
Fonte: Terra
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Sex Nov 12, 2010 6:49 am
por Clermont
Duas coisas boas no novo governo.
Vamos ter um vice-presidente, totalmente vivo, e não meio-morto, como o atual. (pra ser sincero, preferia que nem existisse esse negócio de "vice-presidente". Morreu o presidente, faça-se logo uma eleição emergencial, e pronto.)
E não vamos ter essa palhaçada de "primeira-dama". (outra besteira. Pra mim, presidente, quando fosse viajar, à serviço da nação, devia deixar a patroa, dentro de casa, cuidando dos filhos. Mulher de presidente não devia aparecer, nunca, em público. Eu votei - ou não votei - no presidente, não na "muié" dele).
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Sex Nov 12, 2010 3:34 pm
por Sterrius
quanto a isso clermont passou pela CCJ uma lei que na pratica acaba com a funcionalidade do vice presidente que passaria apenas a ser interino quando ele viaja. Mas nao assumiria mais se o presidente morre-se.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Seg Nov 15, 2010 11:16 pm
por Viktor Reznov
Mas a linha de sucessão não é cláusula pétrea da CF?
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Seg Nov 15, 2010 11:26 pm
por marcelo l.
Cross escreveu:Mas a linha de sucessão não é cláusula pétrea da CF?
Não, as clausulas pétreas estão no artigo 39 §4, transcrevo ele:
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Ter Nov 16, 2010 12:35 am
por Naval
marcelo l. escreveu:Cross escreveu:Mas a linha de sucessão não é cláusula pétrea da CF?
Não, as clausulas pétreas estão no artigo 39 §4, transcrevo ele:
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais
Olá amigo.
Só um adendo. Blz.
Acimas estão elencadas as cláusulas pétreas explícitas.
Existem na CF outros artigos cuja natureza tb são de cláusulas pétreas, as chamadas cláusulas pétreas implícitas.
Abraços.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Ter Nov 16, 2010 6:44 am
por Rodrigoiano
O artigo é o 60, § 4° da CF.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enviado: Sex Nov 19, 2010 1:13 pm
por GustavoB
As últimas da patroa do Túlio:
19/11/2010 10h51 - Atualizado em 19/11/2010 11h01
Decisão do STJ coloca Yeda como ré em ação por desvios no Detran
Defesa espera análise de agravo no STJ e sinaliza recurso no STF.
Ação que tramita na Justiça Federal investiga desvio de recursos.
Do G1, em São Paulo
Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius,
em evento no auditório do Centro Administrativo
Fernando Ferrari (Caff)
O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu decisão favorável a recurso do Ministério Público Federal e decidiu na noite de quinta-feira (18) que a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), não está imune à Lei de Improbidade Administrativa.
A ação de improbidade trata da investigação de desvio de recursos no Detran gaúcho, entre 2003 e 2007. De acordo com a denúncia, as fraudes alcançariam R$ 44 milhões. Além da governadora, foram acusadas mais oito pessoas, entre elas o marido dela e três deputados.
A reportagem tentou contato com a defesa de Yeda, mas foi informada que o advogado Fábio Medina Osório está em viagem. Em nota no site do escritório, a defesa critica a decisão do STJ e afirma que a questão "deve ser resolvida no STF", após exame de agravo junto à Segunda Turma do STJ.
O recurso julgado por Martins buscava definir se a Lei n. 8.429/92 é aplicável também aos agentes políticos, o que incluiria a governadora. Yeda é acusada de envolvimento em um caso de improbidade que tramita na Justiça Federal.
A governadora recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, alegando que a Lei de Improbidade não seria aplicável aos agentes políticos, que estariam sujeitos a responder por crime de responsabilidade. O Tribunal Regional acatou a tese dos advogados da governadora, que assim deixou a condição de ré na ação de improbidade. O Ministério Público entrou, então, com recurso no STJ.
O ministro do STJ afirmou que a decisão do Tribunal Regional “foi proferida em claro confronto com a jurisprudência do STJ, na medida em que o entendimento aqui encampado é o de que os termos da Lei n. 8.429/92 aplicam-se, sim, aos agentes políticos”.
Defesa critica
Em nota, o advogado Fábio Medina Osório criticou a decisão monocrática. "A matéria foi objeto de decisão plenária do STF na reclamação 2138, julgada em 13/06/2007, e deve ser resolvida no STF novamente, por envolver discussão constitucional típica e nao propriamente debate infraconstitucional federal", afirmou no texto.
"A prevalecer orientação monocrática do Min. Humberto Martins, pode-se citar como exemplo a possibilidade de procurador da república e juiz federal de primeiro grau ostentarem legitimidade para processar e julgar por improbidade autoridades como aquelas integrantes das Cúpulas dos Tribunais e do Ministério Público, além do próprio Presidente da República. A discussão no STF deverá ser acirrada, após o exame de agravo junto à Segunda Turma do STJ."