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Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Ter Jul 14, 2009 3:28 pm
por Wolfgang
Ressalto que nada sei.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Ter Jul 14, 2009 6:51 pm
por ninjanki
Pensando como nossos vizinhos da AL, quem aqui acha que eles vão querer depender do Brasil para fornecer peças e manutenção para seus meios de defesa aérea? Não estou duvidando da nossa competência, nem mesmo da nossa honestidade em cumprir contratos internacionais, mas fica clara a questão: Somos vizinhos desses países, e portanto os mais prováveis inimigos em caso de algum conflito... Ser sócios em questões comerciais é fácil, depender do seu vizinho para a defesa do seu território é outra história...

Allan

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qua Jul 15, 2009 2:14 am
por Bolovo

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 12:41 pm
por Mapinguari
rcolistete escreveu:
Mapinguari escreveu: Por mais que o PRick esperneie, a proposta sueca é válida e tem muitas vantagens. O caça é muito bom e tem autonomia/raio de combate similar ao do Rafale, por mais que o PRick diga que não. A persistência de combate é similar ao dos dois demais concorrentes em missões ar-ar. Apenas a carga bélica é um pouco menor (6ton x 8 ton). Mas isso não é um fator, digamos, "no go". O fato de ser o único monomotor (portanto, mais barato e mais simples de manter e voar) também é vantagem. O fato de não ter uma versão naval é, para mim, a grande desvantagem do caça sueco.
Olá Fontoura,

Na minha opinião, baseada em outras concorrências em que o Gripen C/D ganhou (África do Sul, etc), os pontos fortes dele são : baixos custos de aquisição e operação, financiamento, off-sets e transferência de tecnologia (quem iria deixar a África do Sul participar na fabricação de partes de um caça moderno ???).

Quanto à carga de armas do Gripen NG (aprox. 6 ton.) x Rafale (9,5 ton.), eu acho isso um ponto positivo do Gripen NG para o contexto da FAB ! Até hoje a FAB não tem tido cultura de explorar mais do que 50% da capacidade de seus vetores de caça, em termos de quantidade e diversidade de armamentos, sensores, etc. Nunca se vê um AMX sequer carregado com 70% da sua capacidade, mesmo com bombas burras. Meu medo é ter um Rafale F3+ e subutilizá-lo. O risco de acontecer isso com o Gripen NG é menor.
Mapinguari escreveu:Por fim, o Rafale F3. Um avião fantástico, sem dúvida. O PRick vai ficar puto lendo isso, vai dizer que isso não é argumento técnico, mas o Rafale é um caça muito caro. Isso quer dizer que sou contra sua aquisição? Absolutamente, não. Assim como afirmo que o tal risco do Gripen NG pode ser aceito pela FAB e pelo Brasil, se o conjunto da proposta sueca for considerado o melhor, afirmo o mesmo em relação ao Rafale.
Sobre o Rafale ser caro :

- eu acho que merecemos contextualizar a mudança que a FAB terá que enfrentar. Os 3 concorrentes, F/A-18E/F, Gripen NG e Rafale F3+, exigem (via checagem eletrônica) que 100% (ou quase isso) dos sistemas estejam funcionando para decolar em missão de combate (ao contrário de caças analógicos, como F-5EM que ainda tem muitas partes com tecnologia da década de 60 e 70). Isso implica em ter toda uma estrutura de manutenção e suporte logístico com bancadas de testes, grande estoque de LRU's (e outras partes), etc. Isso é muito caro, mas é assim para qualquer caça de 4a geração que se queira ter alta taxa de disponibilidade;

- ele é mais capaz do que Mirage 2000-5Mk2 em termos de missão de ataque, por exemplo. A França considera que 1 Rafale faz o papel de 2-3 Mirages 2000-5F/D/N, devido ao produto carga de armas x alcance ser maior, sensores melhores, etc. Também é informação pública que o Rafale requer pouco menos homens x hora de manutenção que o Mirage 2000-5F/D e que em certos perfis de vôo (baixa altitude) o Rafale gasta menos combustível que o Mirage 2000D;

- enfim, se a FAB quiser realmente ter e usar Rafale F3+ na sua potencialidade, ele não é caro para o que oferece. Mas isso implica em ter quantidade e diversidade de armas e sensores para explorar o potencial do Rafale : mísseis MICA (IR/EM), A-Darter, Meteor, Scalp/Apache (que requer todo um sistema de apoio em solo com mapeamento detalhado da área na rota de ataque para ser feito em modo furtivo, seguindo terreno via banco de dados sem usar o modo do radar RBE-2 de seguimento de terreno que emite e pode ser detectado pelo inimigo), AASM (INS/GPS, IR, laser, etc), MAR-1, AM-39 Exocet, pods designadores modernos, etc. E CFT's seriam ideais para a FAB operar o Rafale F3+ em configurações de ataque.
Mapinguari escreveu:Essa decisão, por outro lado, tornaria a França, sem dúvida alguma, nosso aliado preferencial no campo político-militar, no concerto das nações. Poderiam vir deste tipo de alinhamento político-militar algumas vantagens, muito além do apoioda França à nossa pretensão por uma cadeira permanente no CS da ONU. Por exemplo, na questão do sub nuclear, quem poderia garantir que, com nossos engenheiros sabendo fazer as perguntas certas, não teríamos as respostas certas para muitas outras questões envolvendo o sub? Assim, a transferência de tecnologia poderia ser bem mais efetiva do que apenas a transferência de know-how para a construção de um casco que sirva para um submarino nuclear. Pode envolver outras áreas deste mesmo submarino, quem sabe... Com certeza, com contratos tão vultosos, os franceses estariam bem mais "receptivos" a colaborar mais conosco...
Também acho isso : com a FAB comprando Rafale F3+, a França será muito grata por isso, refletindo em mais abertura/boa vontade nos outros programas da MB.

Abraços,

Roberto
Roberto, não tive a chance de respodenre a esse seu post antes. O meu maior medo, no caso do Rafale, é o de não conseguirmos operá-lo a contento. ou seja: termos uma baixa operacionalidade. Na entrevista do Merialdo na última Seguraça& Defesa, ele afirma que a operacionalidade do Rafale no Armée De L´Air tem sido de 70%, mas que, no Afeganistão, conseguiram quase 100%. Pô! 70% operando em casa, no país fabricante, acho pouco! E, no Afeganistão, onde uma frota muito pequena está operando, é quase que uma obrigação, conseguir altos índices. Não sei. Eu continuo com o pé muito atrás com os franceses. Não acho que eles sejam capazes de cumprir os contratos. E não me refiro somente a Rafale, não. Temo pelos submarinos, pelos EC725, etc. Acho temerário que a coisa esteja se caminhando para colocarmos todos os ovos (submarinos, helicópteors, caças e talvez, escoltas) na mesma cesta...
Tenho meus temores... Mas, tomara que eu esteja errado, pelo bem do Brasil.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 12:49 pm
por Mapinguari
JFilho escreveu:
Saab Gripen NG: o vencedor do F-X2?

Segundo a Bloomber, a construtora aeronáutica sueca Saab teria declarado que estava pronta a colocar no Brasil um centro de construção para o Saab Gripen, um dos finalistas do F-X2. Ou seja, não seria apenas um centro de montagem, subcontratado a uma empresa brasileira, como a Embraer, mas uma unidade de construção própria. Esta decisão da Saab demonstra o elevado grau de empenho que os suecos estão a colocar neste concurso e ainda que a prazo possa representar para as empresas brasileiras que esperavam receber contratos de montagem de aparelhos, representa para o Brasil uma oportunidade notável e coloca – confirmando-se – o Saab Gripen NG como o provável vencedor do F-X2.

A construtora sueca estaria pronta a transferir até 50% de toda a produção futura do Gripen para o Brasil, expandindo e reforçando ainda mais a possibilidade de vencer, já que o aparelho (ao contrário do seu adversário Dassault Rafale) tem demonstrado uma apetência exportadora notável. Este movimento dos suecos, é uma resposta direta à atitude agressiva da Boeing norte-americana que ofereceu à Embraer o trabalho final de montagem dos aviões a partir de kits fabricados nos EUA. A opção sueca, é do ponto de vista industrial, de Emprego e de transferência de know-how muito mais interessante, ainda que essa possa não ser a opinião da Embraer…

Sabe-se que nos começos de agosto deste ano, a Força Aérea Brasileira estará entregando a sua recomendação entre os três finalistas (Super Hornet, Rafale e Gripen) ao ministro da Defesa que deixará a decisão final ao presidente Lula da Silva.

A Saab parece disposta a transferir mais tecnologia para o Brasil do que qualquer outro dos concorrentes, o seu avião é o mais económico dos três e oferece custos de manutenção inferiores (em 1/3 do Super Hornet, alega a Saab). É certo que ainda que tenham exportado já mais de 40 aparelhos, a Saab precisa aumentar este número para continuar a desenvolver a plataforma até ao NG, aumentando as possibilidade do tipo de avião ser exportado para o mercado sul-americano, onde o Brasil é muito influente e onde existem vários países que estão a procurar renovar os seus meios. Assim, estabelecendo fábricas no Brasil, a Saab poderia mais facilmente exportar para países como a Argentna, o Equador, o Peru, a Colômbia ou até o México. O modelo de contrução partilhada entre a Suécia e o Brasil não é novo… Sendo uma variante da oferta idêntica dada aos indianos (via Hindustan Aeronautics Ltd) para a construção de Gripens localmente, para reforçar as hipóteses de vitória da Saab no concurso local para até 300 caças.
Essa matéria foi toda construída em cioma de especulações. Não vale a pena comentar. Mas que os suecos têm uma proposta consistente, podem acreditar que eles têm sim. :mrgreen:

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 1:09 pm
por soultrain
Mapinguari,

Diga-me uma força aérea que tenha uma taxa de disponibilidade superior a 70% num dado ano, basta uma.

Quanto a essa dos ovos no mesmo cesto, concordo, mas estão a ver a coisa da perspectiva errada.

Os ovos todos no mesmo cesto enquadra-se na FAB, por exemplo, ter toda a sua aviação de caça assente sobre o mesmo vector, seja ele qual for. No caso de haver um factor técnico ou não, em que seja mandatório que os caças fiquem no chão, a FAB fica sem aviação de caça?

Não consigo vislumbrar o problema se a FAB, a MB e o EB usarem equipamento principal de um só país, até mesmo do mesmo fornecedor, o que não é o caso.

[[]]'s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 1:44 pm
por Sterrius
70% operando em casa, no país fabricante, acho pouco!


A media mundial de operacionalidade é de 50%. Mesmo os EUA possuem uma operacionalidade em torno de 50% em casa.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 9:46 pm
por Paisano
soultrain escreveu:Os ovos todos no mesmo cesto enquadra-se na FAB, por exemplo, ter toda a sua aviação de caça assente sobre o mesmo vector, seja ele qual for. No caso de haver um factor técnico ou não, em que seja mandatório que os caças fiquem no chão, a FAB fica sem aviação de caça?
Vide o problema ocorrido nos F-15. :?

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 11:12 pm
por PRick
Paisano escreveu:
soultrain escreveu:Os ovos todos no mesmo cesto enquadra-se na FAB, por exemplo, ter toda a sua aviação de caça assente sobre o mesmo vector, seja ele qual for. No caso de haver um factor técnico ou não, em que seja mandatório que os caças fiquem no chão, a FAB fica sem aviação de caça?
Vide o problema ocorrido nos F-15. :?

Pior foi na FAB com seus Gloster, a frota inteira foi para o vinagre. Porém, essa é uma das grandes vantagens dos caças da Dassault, eles não sofrem de fatiga estrutural, ao contrário, costumam durar mais que os pilotos. 8-]

[]´s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 11:16 pm
por Bolovo
O cara não perde uma hoehoehoe :mrgreen:

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Jul 24, 2009 11:38 pm
por GDA_Fear
PRick escreveu:
Paisano escreveu: Vide o problema ocorrido nos F-15. :?

Pior foi na FAB com seus Gloster, a frota inteira foi para o vinagre. Porém, essa é uma das grandes vantagens dos caças da Dassault, eles não sofrem de fatiga estrutural, ao contrário, costumam durar mais que os pilotos. 8-]

[]´s
Todo caça sofre de fadiga estrutural, ums menos outros mais...todos sofrem porque ficam velhos. Imagina esses M-2000C do Brasil, até chegar o FX-2, imagina os pilotos puxando 7,8,9Gs vamo ver se não vai sofrer fadiga na estrutura e isso que é de segunda mão.

Outra, em um TO (Teatro de Operações)eu nunca vi um caça da Dassault fazendo papel de superioridade aérea onde as puxadas de Gs são bem maiores e consequentemente sofrem mais desgastes(esse papel de superioridade área fica com os EUA, quando envolve missões de interdição pela OTAN).

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jul 25, 2009 12:30 am
por PRick
GDA_Fear escreveu:
PRick escreveu:
Pior foi na FAB com seus Gloster, a frota inteira foi para o vinagre. Porém, essa é uma das grandes vantagens dos caças da Dassault, eles não sofrem de fatiga estrutural, ao contrário, costumam durar mais que os pilotos. 8-]

[]´s
Todo caça sofre de fadiga estrutural, ums menos outros mais...todos sofrem porque ficam velhos. Imagina esses M-2000C do Brasil, até chegar o FX-2, imagina os pilotos puxando 7,8,9Gs vamo ver se não vai sofrer fadiga na estrutura e isso que é de segunda mão.

Outra, em um TO (Teatro de Operações)eu nunca vi um caça da Dassault fazendo papel de superioridade aérea onde as puxadas de Gs são bem maiores e consequentemente sofrem mais desgastes(esse papel de superioridade área fica com os EUA, quando envolve missões de interdição pela OTAN).
Cara o M-2000 é o caça mais resistente e durável em uso no mundo, melhor até que o M-3, que estariam voando até hoje, 40 anos depois de construídos sem muito problema de estrutura, o segredo é a asa delta.

[]´s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jul 25, 2009 12:55 am
por GDA_Fear
Não dúvido disso, mais não sofrer NENHUM desgaste ?!

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jul 25, 2009 12:55 am
por Carlos Mathias
É verdade, os Dassault são reconhecidamente robustos.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jul 25, 2009 1:03 am
por PRick
GDA_Fear escreveu:Não dúvido disso, mais não sofrer NENHUM desgaste ?!
A peça que mais sofrem são os parafusos e os encaixes das asas, se você ver o filme Cavaleiros do Céu, verá como é fácil retirar as asas dos M-2000, basta trocas essas peças e pronto, o máximo é trocar a asa. Os que vieram para cá sofreram uma revisão estrutural completa, e somente uma das células foi reprovada, devidamente, trocada por outra.

[]´s