TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
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32%
 
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Bolovo
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75181 Mensagem por Bolovo » Sáb Jun 13, 2015 10:28 pm

Galina escreveu:
Bolovo escreveu:De inicio, eu discordo com veemência desses estudos e simulações que ditam que o combate BVR é a regra do combate aéreo atual.Mas o duro é que é... IFF e muitas outras cositas dificultavam. Não mais Esse panorama é baseado nos últimos combates aéreos que ocorreram, especialmente na experiência do AIM-120 durante os anos 90. Mas vamos analisar melhor isso. O AIM-120 tem nove vitórias em combate, são elas seis MiG-29, um MiG-25, um MiG-23 e um J-21 Soko. Absolutamente 100% desses aviões eram obsoletos e contavam com nenhum tipo de dispositivo de guerra eletrônica, jammer, contramedidas ou o que for. Sim, concordei com isso. Bateram em bêbadoAlém disso, eram aviões de países sob embargo, com falta de peças, deficiência de manutenção etc. Como já disse, os MiG-29 sérvios voavam cegos, sem RWR etc. O J-21 é literalmente um Xavante sérvio. É esse tipo de experiência que querem usar? Por favor. É um cenário muito favorável, quase ideal. É isso que eu questiono, a efetividade e essa crença no combate BVR. Eu pensava exatamente como vc. Vá por mim, não é assim mais. Tem um texto Bolovo, do Defesanet, que comentou a participação dos F-5EM na Red Flag. É um panorama legal para termos em mente. Ainda que os alcances máximos lá citados sejam maiores dos que os que acontecem na prática... Então, reafirmando: um bom percentual dos combates acaba descambando para o dogfight. Se for ver sob esta ótica, aí vc tem razão. Mas a regra é o BVR - numa arena mais curta do que se comenta, mas ainda um BVR.

Um combate aéreo moderno de fato conta com guerra eletrônica, equipamentos atualizados, tripulações treinadas etc. Esse é um cenário que acredito ser muito mais próximo do que o Brasil possivelmente vá enfrentar no futuro. Há uma distância em que a EW não faz mais efeito. Tem um conceito, inclusive, que se chama "burn through range", que é a distância em que as medidas de ECM (jamming) não são mais suficientes para impedir que o radar trabalhe adequadamente.O F-22 apesar de ser sensacional, tem um grande calcanhar de aquiles: o seu armamento, que é o mesmo de 20 anos atrás. Sim, mas mesmo assim tem uma vantagem monstruosa. Imagina com a integração do AIM-120D...A EW talvez não vença o radar do Raptor, mas com certeza absoluta vai afetar o desempenho do AIM-120, apesar deste contar com capacidade HOJ (Home-On-Jam). Foi o que eu falei na mensagem anteriorOs russos, por exemplo, estão desenvolvendo o RVV-MD (R-77-1), que será o AAM padrão russo, com um radar AESA. Continuará tendo limitações, menores quem sabe, em razão das próprias limitações de espaço e potência de um míssil.Os japoneses já tem um AAM com radar AESA também. É o mesmo que vc disse. Pra mim o combate do futuro será assim e vai vencer o mais perseverante, que leve mais armamento, que seja mais rápido, que voe mais alto, mais manobrável etc, porque todo mundo vai acabar se aproximando e somente os mais fortes vão sobreviver. É o darwinismo aéreo. Pra mim isso é claro como água, e um caça como o F-22 foi desenhado nesse pensamento.

Quanto a declaração aí do general indiano, eu não vi. Mas desde já não acredito que seja verdade. É... tem uma diferença entre a Gazeta de Pau Grande afirmar uma coisa, e a afirmação de uma fonte como uma Reuters da vida... Não que seja incorruptíveis ou que não cometam erros, mas... não há comparação. Essa traquitana russa não voa operacionalmente tão cedo. Aliás, pelos otimistas russos, já era para estar operacional. Concorda comigo que se houvesse um horizonte realista, que os indianos não estariam correndo atrás de Rafale (e provavelmente do Gripen !!) para cobrir o gap ?? [/color]Pra mim é daquelas matérias contra que existem aos montes.
Abraços
Concordo com praticamente tudo que você, Galina. Vou só comentar as discordâncias:

Vou procurar esse texto sobre a Red Flag. Mas concordo que o BVR seja imperativo, mesmo num alcance menor que o propagado. Só não acho que seja essa facilidade toda de "disparou, derrubou" que pintam nesses exercícios e que lemos em revistas etc.

Com certeza o F-22 tem vantagem em 99% dos cenários, isso não há dúvida. Estou questionando sua validade contra um alvo igual, imagine F-22 contra F-22, ambos apoiados por EW etc. Nunca li se a USAF já fez um exercício desses, deve ser interessantíssimo de ler, pois é o mais próximo da guerra aérea moderna que possa existir. O ponto é que a USAF não projetou o F-22 para derrubar MiG-29 capenga, mas sim para voar num cenário de alta intensidade, coisa que até hoje não enfrentaram. Sei que a EW não tem mais eficacia a certa distância, mas pra mim ela já vai ter cumprido sua missão, obrigando o inimigo a se aproximar e numa arena de curto alcance, onde vai imperar os sensores de infravermelho e o antigo e bom olho, ser stealth talvez não seja mais vantagem alguma. Tudo isso que eu disse me faz lembrar daquele famoso kill mark num Glower da USN.

http://www.wired.com/images_blogs/dangerroom/2009/07/ea18g_f22kill.jpg

Reconheço que o PAK-FA esteja um pouco atrasado, mas isso é normal, é um avião totalmente novo, que promete entregar algo muito grande. A questão indiana é uma coisa de escala, que estamos pouco acostumados por aqui. A FAB tem no total 7 esquadrões de caças de alta performance, sendo 3 de A-1, 3 de F-5M e 1 de Mirage 2000 (hoje inativo, esperando o Gripen). Na Índia são 36 esquadrões: 3 de Mig-29, 3 de Mirage 2000, 6 de Jaguar, 5 de MiG-27, 11 de MiG-21 e 8 de Su-30. Boa parte desses aviões, como os MiG-29, Mirage 2000 e Jaguar, estão sendo modernizados e ficarão na ativa por muito tempo ainda. Porém há muitos caças velhos, na iminência da aposentadoria. Essa modernização está sendo programada em duas fases. Na chamada Fase 1, que começa agora em 2015 e vai até 2022, irão substituir os MiG-21 de 5 esquadrões de os MiG-27 de outros 3, sendo esses os caças mais velhos, não-modernizados da IAF. Na Fase 2, que é de 2022 até 2027, irão substituir os MiG-21 modernizados de 6 esquadrões e os MiG-27 modernizados de 2 esquadrões. Resumindo, nos próximos 12 anos os indianos precisam de 16 esquadrões de novos caças, mais do que o dobro da atual frota total de caças da FAB. Pelo menos até 2022, os indianos esperam substituir 6 desses esquadrões pelos Su-30, 2 pelo Tejas e 1 pelo Rafale. Por isso a corrida pelo Rafale, que na minha opinião, serão mais do que 36. São centenas de caças. É uma demanda muito alta. O PAK-FA poderia estar sendo fabricado hoje em dez lugares diferentes que não daria conta das necessidades indianas. Por isso tudo isso, o problema não é o PAK-FA, é iminente buraco que vai surgir na IAF nos próximos anos.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75182 Mensagem por Skyway » Sáb Jun 13, 2015 10:48 pm

knigh7 escreveu:
Skyway escreveu:Não querendo puxar sardinha pro meu lado (mentira, to puxando sim :mrgreen: ), tem um lugar que pode-se aprender tudo sobre o ASTROS. É utilizado inclusive como material didático no Batalhão de Artilharia: :arrow: http://portaldefesa.com/3459-as-novas-g ... is-update/
Parabéns pela matéria, Skyway.

Excelente qualidade e diferenciada.

[009] [009] [009] [009] [009] [009] [009]
Valeu :mrgreen:

Muito mérito também ao Gerson Victorio.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75183 Mensagem por kirk » Sáb Jun 13, 2015 11:17 pm

Túlio escreveu:A meu ver ninguém precisa ficar postando coisas obviamente manipuladas para enaltecer o Gripen: duvido que não vá ser um bom caça e bem melhor do que qualquer outro aqui na região. Mas vejam só:
Com o Gripen NG será diferente. A partir da Base Aérea de Anápolis (BAAN), no interior de Goiás, as aeronaves poderão viajar para qualquer região do País a velocidades supersônicas. O alcance será de quatro mil quilômetros
O que se entende daí? Que o Gripen decola de Anápolis e voa supercruise - presumivelmente armado, senão para que isso iria servir - por até 4000 km. Cascata da grossa, enrolation, nem o F-22 faz isso. Ademais, o JSF era supercruiser no projeto, já o F-35, que é a aeronave que voa, não. Ou seja, a gente pode até ACHAR que é isso ou aquilo mas só vai SABER quando tiver sido bastante testado em voo e encarado alguns anos de serviço operacional. Eis a razão pela qual sempre ponho em dúvida esses números maravilhosos sobre hora de voo, custo de manutenção & quetales, o avião nem existe ainda e já faz de tudo, já pode tudo. É sodas...

Coisas assim só desinformam. A FAB, ao cometer essa "reportagem", na verdade prestou um desserviço a si mesma. O caça tem tudo para ser bom pra caramba, daí os caras começam a escrever despropósitos. O que virá depois, o Gripen-Shuttle? O Gripen-Enterprise que, além de supercruise por 4000 km, alcança velocidade de dobra? Péssima tacada do CECOMSAER, tiro no pé. Basta entender um pouquinho sobre Defesa para notar que estão tirando a gente pra trouxa. O Gripen, caça com tudo para ser formidável e que irá defender os nossos céus por várias décadas, não merece isso...
Túlio, nas buenas meu amigão ... acredito que tenha um (.) ponto e começa outra frase ... conotando dois dados distintos ...

A partir da Base Aérea de Anápolis (BAAN), no interior de Goiás, as aeronaves poderão viajar para qualquer região do País a velocidades supersônicas. PONTO

Ou seja vão voar rápido ... numa eventual necessidade de socorro ou interceptação !

O alcance será de quatro mil quilômetros ... E CONTINUA ... podendo ainda ser reabastecido em voo (REVO).

Sim o alcance é de 4.000 km isso foi amplamente divulgado ... o SH chega a 3.300 ... Rafale a 3.700 ... com tanques externos sem reabastecimento ... a Saab sempre divulga um melhor alcance que os concorrentes cansei de divulgar isso e comparar ... só que ninguém dá atenção ... ou quer acreditar ...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75184 Mensagem por Galina » Sáb Jun 13, 2015 11:19 pm

Continuo em azul. Não por nada tá, por pura falta de prática com outro método.

Concordo com praticamente tudo que você, Galina. Vou só comentar as discordâncias:ok

Vou procurar esse texto sobre a Red Flag. Mas concordo que o BVR seja imperativo, mesmo num alcance menor que o propagado. Só não acho que seja essa facilidade toda de "disparou, derrubou" que pintam nesses exercícios e que lemos em revistas etc.O mito do "disparou, derrubou" tem a ver justamente com as deficiências do armamento BVR... mas, porém, contudo, entretanto... precisamente em razão disso eles são disparados em distâncias menores, para aumentar o Pk !!

Com certeza o F-22 tem vantagem em 99% dos cenários, isso não há dúvida. Estou questionando sua validade contra um alvo igual, imagine F-22 contra F-22, ambos apoiados por EW etc. Nunca li se a USAF já fez um exercício desses, deve ser interessantíssimo de ler, pois é o mais próximo da guerra aérea moderna que possa existir. O ponto é que a USAF não projetou o F-22 para derrubar MiG-29 capenga, mas sim para voar num cenário de alta intensidade, coisa que até hoje não enfrentaram. Sei que a EW não tem mais eficacia a certa distância, mas pra mim ela já vai ter cumprido sua missão, obrigando o inimigo a se aproximar e numa arena de curto alcance, Como diz a propaganda da Tigre: "Hummm..... Não". Claro que varia de caso para caso, de quem está fazendo essa interferência, mas o alcance de detecção não chega a cair para "curto alcance" não. Fica na arena BVR, teno certeza. Dependendo do caso, quem saber perto dos 100km. Quem sabe perto dos 30 km[/color]onde vai imperar os sensores de infravermelho e o antigo e bom olho, ser stealth talvez não seja mais vantagem alguma. Tudo isso que eu disse me faz lembrar daquele famoso kill mark num Glower da USN.

http://www.wired.com/images_blogs/dangerroom/2009/07/ea18g_f22kill.jpg

Reconheço que o PAK-FA esteja um pouco atrasado, mas isso é normal, A dificuldade com o stealth é normal sim... o que não é nem um pouco normal é a imaturidade e irresponsabilidade russa com seu otimismo sobre prazos... Quer dizer, na verdade, eles não tem tecnologia para produzir o stealth, mas o orgulho os impede de falar a verdade. Algo parecido (apenas uma analogia ok. São tecnologias bem distintas) com que os indianos fazem com aquela avioneta deles (Tejas)... mais de 30 anos !! Dá uma olhadinha, que tem "info" citando emprego operacional do emPAK-FA em 2015/2016... Olha, os russos saíram do comunismo, mas o comunismo não saiu deles. A situação só vai mudar, acredito, no dia em que eles passarem a ter padrões ocidentais de produção, manutenção e marketing, o que, pelo visto, não vai acontecer logo... é um avião totalmente novo, que promete entregar algo muito grande. A questão indiana é uma coisa de escala, que estamos pouco acostumados por aqui. A FAB tem no total 7 esquadrões de caças de alta performance, sendo 3 de A-1, 3 de F-5M e 1 de Mirage 2000 (hoje inativo, esperando o Gripen). Na Índia são 36 esquadrões: 3 de Mig-29, 3 de Mirage 2000, 6 de Jaguar, 5 de MiG-27, 11 de MiG-21 e 8 de Su-30. Boa parte desses aviões, como os MiG-29, Mirage 2000 e Jaguar, estão sendo modernizados e ficarão na ativa por muito tempo ainda. Porém há muitos caças velhos, na iminência da aposentadoria. Essa modernização está sendo programada em duas fases. Na chamada Fase 1, que começa agora em 2015 e vai até 2022, irão substituir os MiG-21 de 5 esquadrões de os MiG-27 de outros 3, sendo esses os caças mais velhos, não-modernizados da IAF. Na Fase 2, que é de 2022 até 2027, irão substituir os MiG-21 modernizados de 6 esquadrões e os MiG-27 modernizados de 2 esquadrões. Resumindo, nos próximos 12 anos os indianos precisam de 16 esquadrões de novos caças, mais do que o dobro da atual frota total de caças da FAB. Mas então... pelo menos, na "fase 2", era para o emPAK ser o substituto... Pelo menos até 2022, os indianos esperam substituir 6 desses esquadrões pelos Su-30, 2 pelo Tejas e 1 pelo Rafale. Por isso a corrida pelo Rafale, que na minha opinião, serão mais do que 36. São centenas de caças. É uma demanda muito alta. O PAK-FA poderia estar sendo fabricado hoje em dez lugares diferentes que não daria conta das necessidades indianas. Por isso tudo isso, o problema não é o PAK-FA, é iminente buraco que vai surgir na IAF nos próximos anos.São todas as coisas juntas. E mais um pouco. Se Charles de Gaulle falou o que falou sobre o Brasil (tudo de errado bla bla bla), é porque não conhecia talvez a India. [/quote]

Abraços




"Os primeiros quarenta anos da vida dão o texto, os trinta anos restantes possibilitam o comentário".
Arthur Schopenhauer
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75185 Mensagem por Túlio » Sáb Jun 13, 2015 11:24 pm

kirk escreveu: Túlio, nas buenas meu amigão ... acredito que tenha um (.) ponto e começa outra frase ... conotando dois dados distintos ...

A partir da Base Aérea de Anápolis (BAAN), no interior de Goiás, as aeronaves poderão viajar para qualquer região do País a velocidades supersônicas. PONTO

Ou seja vão voar rápido ... numa eventual necessidade de socorro ou interceptação !

O alcance será de quatro mil quilômetros ... E CONTINUA ... podendo ainda ser reabastecido em voo (REVO).

Sim o alcance é de 4.000 km isso foi amplamente divulgado ... o SH chega a 3.300 ... Rafale a 3.700 ... com tanques externos sem reabastecimento ... a Saab sempre divulga um melhor alcance que os concorrentes cansei de divulgar isso e comparar ... só que ninguém dá atenção ... ou quer acreditar ...

Truta véio, citei (quote) literalmente, simples copy-paste. Onde tinha ponto foi ponto, onde era letra foi letra.

De resto, ambos sabemos que o alvo não é gente que nem nós, que conhece um pouco melhor o assunto. Me dá pena é da maioria, que acredita em milagre e vai entender exatamente como falei. Já os que nem nós, se não tiverem compromissos com empresas estrangeiras ou, claro, se não forem "torcedores" do caça, vão entender como eu: propaganda tão enganosa quanto desnecessária. Tem tudo para ser um senhor caça, não precisa isso...


EDIT - Esqueci, é apenas a minha opinião, tri? Não tem problema se discordas, sem debate não tem Fórum, POWS!!!




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75186 Mensagem por knigh7 » Sáb Jun 13, 2015 11:46 pm

De fato, deveria ter sido melhor redigido, com uma divisão maior entre o conteúdo de uma frase e da seguinte.

Mas eu acho que isso não seja má intenção por existir justamente esse ponto final. Foi má redação mesmo.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75187 Mensagem por prp » Dom Jun 14, 2015 12:03 am

knigh7 escreveu:
LeandroGCard escreveu:Não tenho nenhuma fonte interna dentro das FAA's, e não sei o que se passa nas Cruzex e outros treinamentos da vida. Mas pelo que leio por aí a ideia de usar um primeiro míssil (ou mesmo mais) disparado a longa distância não é assim tão incomum. Veja os exemplos abaixo:

EUA:

"Os americanos usavam táticas de colocar o inimigo logo na defensiva e tentavam atingir com um segundo ou até terceiro disparo ao fazer o inimigo gastar energia e perder a consciência da situação com os primeiros mísseis. O inimigo fica sem opção de ficar na ofensiva. Ou evade ou morre. Os americanos tem a opção de disparar muitos mísseis, rapidamente, e até contra alvos múltiplos."

Fonte: http://sistemasdearmas.com.br/aam/amraam3desemp.html


RÚSSIA

"A question often asked is why are Sukhoi Flanker variants equipped to carry between eight and twelve BVR missiles? The answer is a simple one - so they can fire more than one three or four round BVR missile salvo during the opening phases of an engagement"


Fonte: http://www.ausairpower.net/APA-Rus-BVR-AAM.html


Outros exemplos podem ser encontrados na literatura e na internet. Talvez em exercícios onde os pilotos podem estudar por vários dias as missões antes de subirem aos seus cockpits seja possível minimizar o uso dos mísseis. Mas a mim não parece que quem quer realmente vencer uma guerra em condições reais possa se dar ao luxo de ficar economizando munição. Os europeus sentiram na Líbia o que é não ter munição suficiente para completar uma campanha, e as últimas aquisições de material bélico por Israel, muito comentadas aqui no fórum, parecem mostrar exatamente como é a visão de quem entra na guerra para ganhar, e não apenas para fazer figuração.

Posso estar errado, admito. Mas esta é a imagem que consigo montar com as informações à minha disposição.


Um grande abraço,


Leandro G. Card
O Galina está correto, Leandro.

Na ação real essa teoria é outra. No conflito do Kosovo, os F-15 disparavam os AIM 120C5 a 30MN do alvo, sendo que esses tem um alcance maior-cerca de 50MN (porque contavam com os movimentos de evasão dos Mig 29). Vale ressaltar que embora esses Migs estivessem com restrições de sistemas devido ao embargo, os pilotos da coalizão não sabiam o que aquele determinado caça tinha de problema.

Uma outra informação sobre os combates lá: os americanos chegavam a fazer coisas a mais que aqui a doutrina da FAB, por exemplo, e acredito que em outras forças aéreas porque tem um orçamento muito menor, e consequentemente um estoque menor, não iriam fazer: quando os caças da USAF entrava em combate aéreo, ejetavam os tanques (aliás, houve até um capitão ansiosinho que ejetou antes, logo após detectar no radar). Na FAB se ejeta os tanques quando o caça passa a ser atacado, ou seja, quando o piloto passa, ou suspeita, que o míssil do adversário foi disparado.
Se contra um avião cego e capenga eles tiveram que se aproximar 20MN a mais que o alcance do míssil, contra um avião do mesmo nível a distância entre eles não seria reduzida ainda mais?




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75188 Mensagem por Bolovo » Dom Jun 14, 2015 12:07 am

Galina escreveu:Continuo em azul. Não por nada tá, por pura falta de prática com outro método.

Concordo com praticamente tudo que você, Galina. Vou só comentar as discordâncias:ok

Vou procurar esse texto sobre a Red Flag. Mas concordo que o BVR seja imperativo, mesmo num alcance menor que o propagado. Só não acho que seja essa facilidade toda de "disparou, derrubou" que pintam nesses exercícios e que lemos em revistas etc.O mito do "disparou, derrubou" tem a ver justamente com as deficiências do armamento BVR... mas, porém, contudo, entretanto... precisamente em razão disso eles são disparados em distâncias menores, para aumentar o Pk !!

Com certeza o F-22 tem vantagem em 99% dos cenários, isso não há dúvida. Estou questionando sua validade contra um alvo igual, imagine F-22 contra F-22, ambos apoiados por EW etc. Nunca li se a USAF já fez um exercício desses, deve ser interessantíssimo de ler, pois é o mais próximo da guerra aérea moderna que possa existir. O ponto é que a USAF não projetou o F-22 para derrubar MiG-29 capenga, mas sim para voar num cenário de alta intensidade, coisa que até hoje não enfrentaram. Sei que a EW não tem mais eficacia a certa distância, mas pra mim ela já vai ter cumprido sua missão, obrigando o inimigo a se aproximar e numa arena de curto alcance, Como diz a propaganda da Tigre: "Hummm..... Não". Claro que varia de caso para caso, de quem está fazendo essa interferência, mas o alcance de detecção não chega a cair para "curto alcance" não. Fica na arena BVR, teno certeza. Dependendo do caso, quem saber perto dos 100km. Quem sabe perto dos 30 km onde vai imperar os sensores de infravermelho e o antigo e bom olho, ser stealth talvez não seja mais vantagem alguma. Tudo isso que eu disse me faz lembrar daquele famoso kill mark num Glower da USN.

Reconheço que o PAK-FA esteja um pouco atrasado, mas isso é normal, A dificuldade com o stealth é normal sim... o que não é nem um pouco normal é a imaturidade e irresponsabilidade russa com seu otimismo sobre prazos... Quer dizer, na verdade, eles não tem tecnologia para produzir o stealth, mas o orgulho os impede de falar a verdade. Algo parecido (apenas uma analogia ok. São tecnologias bem distintas) com que os indianos fazem com aquela avioneta deles (Tejas)... mais de 30 anos !! Dá uma olhadinha, que tem "info" citando emprego operacional do emPAK-FA em 2015/2016... Olha, os russos saíram do comunismo, mas o comunismo não saiu deles. A situação só vai mudar, acredito, no dia em que eles passarem a ter padrões ocidentais de produção, manutenção e marketing, o que, pelo visto, não vai acontecer logo... é um avião totalmente novo, que promete entregar algo muito grande. A questão indiana é uma coisa de escala, que estamos pouco acostumados por aqui. A FAB tem no total 7 esquadrões de caças de alta performance, sendo 3 de A-1, 3 de F-5M e 1 de Mirage 2000 (hoje inativo, esperando o Gripen). Na Índia são 36 esquadrões: 3 de Mig-29, 3 de Mirage 2000, 6 de Jaguar, 5 de MiG-27, 11 de MiG-21 e 8 de Su-30. Boa parte desses aviões, como os MiG-29, Mirage 2000 e Jaguar, estão sendo modernizados e ficarão na ativa por muito tempo ainda. Porém há muitos caças velhos, na iminência da aposentadoria. Essa modernização está sendo programada em duas fases. Na chamada Fase 1, que começa agora em 2015 e vai até 2022, irão substituir os MiG-21 de 5 esquadrões de os MiG-27 de outros 3, sendo esses os caças mais velhos, não-modernizados da IAF. Na Fase 2, que é de 2022 até 2027, irão substituir os MiG-21 modernizados de 6 esquadrões e os MiG-27 modernizados de 2 esquadrões. Resumindo, nos próximos 12 anos os indianos precisam de 16 esquadrões de novos caças, mais do que o dobro da atual frota total de caças da FAB. Mas então... pelo menos, na "fase 2", era para o emPAK ser o substituto... Pelo menos até 2022, os indianos esperam substituir 6 desses esquadrões pelos Su-30, 2 pelo Tejas e 1 pelo Rafale. Por isso a corrida pelo Rafale, que na minha opinião, serão mais do que 36. São centenas de caças. É uma demanda muito alta. O PAK-FA poderia estar sendo fabricado hoje em dez lugares diferentes que não daria conta das necessidades indianas. Por isso tudo isso, o problema não é o PAK-FA, é iminente buraco que vai surgir na IAF nos próximos anos.São todas as coisas juntas. E mais um pouco. Se Charles de Gaulle falou o que falou sobre o Brasil (tudo de errado bla bla bla), é porque não conhecia talvez a India.

Abraços
Pode continuar em azul, por mim ok.

Quanto ao combate BVR... é concordo, porém isso nunca aconteceu na prática. No papel tudo funciona, tudo é sai como combinado. Temos que lembrar que o míssil ainda é atualizado por datalink. E se esse contra atacar e disparar de volta? Por mim um combate BVR atual vai parecer um tiroteio no escuro. Talvez alguém acerte alguém. Mas ainda estou curioso pra saber como seria um combate entre dois F-22, esquadrilhas de F-22... ele é stealth até que distância? Estou um tanto curioso quanto a isso.

Bem, quanto a suas considerações quanto PAK-FA é aquela coisa, pro mundo funcionar criaram uma coisa chamada "ônus da prova" que é basicamente quem acusa tem que provar. Teria como basear que os russos não tem como fabricar um avião stealth com argumentos? Tudo indica o contrário. Lembrando que os "comunistas russos" venderam 27% das armas do mundo ano passado, menos apenas que os 29% dos EUA. Será que precisam de aulas de marketing? Lembrando que o PAK-FA indiano vai ser uma versão própria, o FGFA, que vai ganhar espaço nessa época mesmo pós 2022. Até aquele estudo maluco que colocaram páginas atrás coloca o PAK-FA como avião stealth "inimigo" a ser batido. Por mim, o PAK-FA pode atrasar até uma década que está tudo ok, estão tentando fazer um caça stealth, de quinta geração, coisa que até o momento só existe um, que é americano, o segundo que está entrando em operação é também americano... imatura e irresponsável para mim é uma certa força aérea a sul do equador que comprou um .CAD e os reis do marketing mentiroso uma certa empresa sueca que vendeu o melhor .CAD do mundo, que vai voar só em 2016...

Quanto a frase do De Gaulle, que não é dele, e sim de um embaixador brasileiro faria sentido se não estivéssemos comparando laranja com maças. Apesar dos pesares, a IAF é uma das forças aéreas mais poderosas do mundo, com capacidade nuclear, algo em torno de 400 caças, experiência em combate de décadas. Já uma certa força aérea a sul do equador ainda não decidi se a chamo de "o maior aeroclube do mundo" ou a "força aérea guti guti", pois é a força aérea mais fofinha do mundo, parece um gatinho com semanas de vida, pois dá uns miadinhos, dá umas mordidinhas, acha que é uma onça, mas no fim faz mal para ninguém...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75189 Mensagem por knigh7 » Dom Jun 14, 2015 12:44 am

prp escreveu:

Se contra um avião cego e capenga eles tiveram que se aproximar 20MN a mais que o alcance do míssil, contra um avião do mesmo nível a distância entre eles não seria reduzida ainda mais?
Olá, PRP.

Não acredito, por causa do número de BVRs que eles costumam levar (4). A configuração padrão ar-ar de alguns é até mais, como é o caso do Rafale, já que os mísseis nas wingtips é o Mica. Salvo engano a config. da família Flanker também são 6 BVRs.

E o adversário tem noção do alcance do BVR. Embora seja sigilo há a inteligência. Observa todas essas concorrências. Para uma Força avaliar um equipamento ela tem de saber a real capacidade dele. E são dezenas de profissionais que participam. E com certeza essa informação vai ser passada para uma parte dos oficiais. E futuramente eles vão para a reserva, prestam consultoria. Eles tem de manter sigilo, mas acaba virando "sigilo".

Eu não tenho dúvida que o real alcance desses mísseis BVRs que estão em concorrência por aí não seja difícil que a inteligência de uma Força Aérea possa saber.


O piloto adversário vai saber que na posição que o outro caça está vai ser provavelmente eficaz ou não o disparo do míssil. É por isso que eu acho meio ineficaz num combate real essa teoria de disparar missíl só para manter o adversário ocupado.

Rafale, Typhoon e o GripenNG vão poder levar pelo menos 4 Meteor na configuração com 2 tanques. E eu acho que está bom demais. Se não houver uma relevante disparidade na quantidade de caças num determinado combate aéreo, certamente os caças acabam antes que os mísseis BVRs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75190 Mensagem por prp » Dom Jun 14, 2015 12:53 am

knigh7 escreveu:
prp escreveu:

Se contra um avião cego e capenga eles tiveram que se aproximar 20MN a mais que o alcance do míssil, contra um avião do mesmo nível a distância entre eles não seria reduzida ainda mais?
Olá, PRP.

Não acredito, por causa do número de BVRs que eles costumam levar (4). A configuração padrão ar-ar de alguns é até mais, como é o caso do Rafale, já que os mísseis nas wingtips é o Mica. Salvo engano a config. da família Flanker também são 6 BVRs.

E o adversário tem noção do alcance do BVR. Embora seja sigilo há a inteligência. Observa todas essas concorrências. Para uma Força avaliar um equipamento ela tem de saber a real capacidade dele. E são dezenas de profissionais que participam. E com certeza essa informação vai ser passada para uma parte dos oficiais. E futuramente eles vão para a reserva, prestam consultoria. Eles tem de manter sigilo, mas acaba virando "sigilo".

Eu não tenho dúvida que o real alcance desses mísseis BVRs que estão em concorrência por aí não seja difícil que a inteligência de uma Força Aérea possa saber.


O piloto adversário vai saber que na posição que o outro caça está vai ser provavelmente eficaz ou não o disparo do míssil. É por isso que eu acho meio ineficaz num combate real essa teoria de disparar missíl só para manter o adversário ocupado.
Obrigado.

Mas eu ainda estou confuso, se um avião capenga consegue avançar 20mn para dentro do alcance dos BVR, um mais moderno não avançaria mais? E porque que ele avançaria se seus mísseis também tem um alcance similar.

Eu acho que esse povo vai é acabar se engraçando no dogfigth. :mrgreen:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75191 Mensagem por Galina » Dom Jun 14, 2015 1:00 am

Pode continuar em azul, por mim ok.

Quanto ao combate BVR... é concordo, porém isso nunca aconteceu na prática. No papel tudo funciona, tudo é sai como combinado. Temos que lembrar que o míssil ainda é atualizado por datalink. E se esse contra atacar e disparar de volta? Por mim um combate BVR atual vai parecer um tiroteio no escuro. Talvez alguém acerte alguém. Mas ainda estou curioso pra saber como seria um combate entre dois F-22, esquadrilhas de F-22... Sim, seria muito interessante ler um texto sobre isso. Uma coisa é lógica: o combate será a curta distância, bolas. ele é stealth até que distância? Estou um tanto curioso quanto a isso.Vou liberar aqui algo que demorei anos para aprender... a RCS real desses stealth não é aquele que consta de laboratórios estáticos. Primeiro que a RCS muda muito. A 15 graus numa curva é um; a 14 graus pode ser muito diferente !! A versão real mais otimista, fala em valores entre 0,01 e 0,1 m2. Outra versão, que vi mais recentemente, fala em 0,3 e 0,4 m2. Dá uma olhada no material de propaganda do SU-35. Do alto de sua inocência (sem aprender ainda o jeito ocidental de make business camuflando a verdade...), citam os valores do mundo real, na lata.

Bem, quanto a suas considerações quanto PAK-FA é aquela coisa, pro mundo funcionar criaram uma coisa chamada "ônus da prova" que é basicamente quem acusa tem que provar.Taí uma coisa quem conheço bem Bolovo, "ônus da prova". Claro que, vc há de concordar comigo, exigir que um civil prove algo relacionado ao mundo militar, marcado pela segregação de informação, não é razoável. Informações classificadas, e por aí vaí. Mas, os russos facilitam nossa tarefa: eles mesmos estipulam datas que não conseguem cumprir. Outra coisa: a saga para tentar fabricar um stealth vem de há muito tempo. Nos anos 90, aconteceram dois projetos, Mig 1.44 se não me engano, e SU-47. Deu em água. Chegaram a conclusão que não poderiam avançar, e optaram por fazer uma versão "estado de arte" do SU-35 (aliás, em 1996, num show aéreo que assombrou o mundo, o primeiro com empuxo vetorado, o nome era SU-37 Terminator... aí depois passou para SU-35, o que visitou Anápolis. Foi, foi, foi e SU-35 acabou sendo o nome desta versão top fo mind, desenvolvida enquanto os caras tentavam avançar num stealth. Fui flankeiro...). Aí veio o bendito do emPAK-FA. Bolovo, sabe qual eu vejo como a única hipótese desse avião estar operacional antes de 10/15 anos: se os russos o lançarem conscientemente com uma RCS maior. Vale dizer, sem fazer todo o "ajuste fino" para diminuir a assinatura radar. Como eu acho que os chineses acabarão fazendo. Aliás, tenho sérias desconfianças que os chinos (como dizem os argentinos) acabarão terminando seu (s) stealth antes da mãe Rússia... Teria como basear que os russos não tem como fabricar um avião stealth com argumentos? Tudo indica o contrário. Lembrando que o PAK-FA indiano vai ser uma versão própria, o FGFA, que vai ganhar espaço nessa época mesmo pós 2022. Até aquele estudo maluco que colocaram páginas atrás coloca o PAK-FA como avião stealth "inimigo" a ser batido. Por mim, o PAK-FA pode atrasar até uma década que está tudo ok, estão tentando fazer um caça stealth, de quinta geração, coisa que até o momento só existe um, que é americano, o segundo que está entrando em operação é também americano... imatura e irresponsável para mim é uma certa força aérea a sul do equador que comprou um .CAD e os reis do marketing mentiroso uma certa empresa sueca que vendeu o melhor .CAD do mundo, que vai voar só em 2016... Vixe.. aqui eu iria ficar escrevendo até amanhã. Gostaria que tivesse sido o F-18. Mas, hoje, estou feliz que o Gripen tenha ganho. Não sei quando congelaram os sensores, mas haverá um ganho de 10 anos, pelo menos, na eletrônica. Esse é outro assunto fascinante.

Quanto a frase do De Gaulle, que não é dele, e sim de um embaixador brasileiro Verdade. Tinha lido isso já, mas não "armazenei". Entrou para a história como sendo de De Gaulle faria sentido se não estivéssemos comparando laranja com maças. Apesar dos pesares, a IAF é uma das forças aéreas mais poderosas do mundo, com capacidade nuclear, algo em torno de 400 caças, experiência em combate de décadas. Já uma certa força aérea a sul do equador ainda não decidi se a chamo de "o maior aeroclube do mundo" ou a "força aérea guti guti", pois é a força aérea mais fofinha do mundo, parece um gatinho com semanas de vida, pois dá uns miadinhos, dá umas mordidinhas, acha que é uma onça, mas no fim faz mal para ninguém...rsrsrs.. o contexto indiano é diferente Bolovo, duas potências nucleares como inimigos. Por outro lado, eu prefiro ressaltar as qualidades da FAB. Tem pessoal capacitado, tem doutrina. Mas vejo um inchaço de quadro e de estrutura. Não me conformo com isso. Quando eu (acho que o Juarez vai pela mesma linha) proponho uma FAB menor, não é porque ache que devemos nos recolher ao nosso lugar no mundo, de que não merecemos algo de melhor, nada disso. Vejo como estratégia. Faça primeiro o feijão com arroz. Torne a força enxuta, mas plenamente operacional. Nem que fossem com apenas 72 Gripens. Aí depois é ir tentando convencer as autoridades: "olha, temos 72/108 caças. Estão funcionando que é uma beleza. Mas num país como o nosso, o ideal era ter mais". Aí quem sabe entram as grandes empresas/construtoras (Odebrecht da vida), essas "benfeitoras" do capitalismo, para convencer o poder político a aumentar a quantidade. Ou seja, fazer o inverso do que sempre se fez no Brasil. Até hoje, a esmagadora maioria de tudo que se fez parte de algo grandioso, e nem metade do "projeto" acaba saindo. Uma bost@ [/quote]

A prosa tá muito boa, mas colocar meu filho na cama e vou dormir.

Abraços,




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75192 Mensagem por knigh7 » Dom Jun 14, 2015 1:02 am

PRP, vc tem de levar em conta o alcance dessa nova geração de mísseis BVR que estão chegando (R-77-1, Meteor e o AIM 120D), que é bem maior que os atuais (R-77, Mica, Derby, AIM 120C-7), etc.
O alcance deles estão na casa dos 3 dígitos, embora não se saiba com precisão cada um deles. Inevitavelmente o combate vai começar mais distante do que atualmente.

Se o número de aeronaves entre os adversários num combate não for muito dissimilar, eu acho que é baixa a probabilidade de chegar a um combate WVR.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75193 Mensagem por Galina » Dom Jun 14, 2015 1:06 am

knigh7 escreveu:
prp escreveu:

Se contra um avião cego e capenga eles tiveram que se aproximar 20MN a mais que o alcance do míssil, contra um avião do mesmo nível a distância entre eles não seria reduzida ainda mais?
Olá, PRP.

Não acredito, por causa do número de BVRs que eles costumam levar (4). A configuração padrão ar-ar de alguns é até mais, como é o caso do Rafale, já que os mísseis nas wingtips é o Mica. Salvo engano a config. da família Flanker também são 6 BVRs.

E o adversário tem noção do alcance do BVR. Embora seja sigilo há a inteligência. Observa todas essas concorrências. Para uma Força avaliar um equipamento ela tem de saber a real capacidade dele. E são dezenas de profissionais que participam. E com certeza essa informação vai ser passada para uma parte dos oficiais. E futuramente eles vão para a reserva, prestam consultoria. Eles tem de manter sigilo, mas acaba virando "sigilo".

Eu não tenho dúvida que o real alcance desses mísseis BVRs que estão em concorrência por aí não seja difícil que a inteligência de uma Força Aérea possa saber.


O piloto adversário vai saber que na posição que o outro caça está vai ser provavelmente eficaz ou não o disparo do míssil. É por isso que eu acho meio ineficaz num combate real essa teoria de disparar missíl só para manter o adversário ocupado.

Rafale, Typhoon e o GripenNG vão poder levar pelo menos 4 Meteor na configuração com 2 tanques. E eu acho que está bom demais. Se não houver uma relevante disparidade na quantidade de caças num determinado combate aéreo, certamente os caças acabam antes que os mísseis BVRs.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75194 Mensagem por prp » Dom Jun 14, 2015 1:10 am

knigh7 escreveu:PRP, vc tem de levar em conta o alcance dessa nova geração de mísseis BVR que estão chegando (R-77-1, Meteor e o AIM 120D), que é bem maior que os atuais (R-77, Mica, Derby, AIM 120C-7), etc.
O alcance deles estão na casa dos 3 dígitos, embora não se saiba com precisão cada um deles. Inevitavelmente o combate vai começar mais distante do que atualmente.

Se o número de aeronaves entre os adversários num combate não for muito dissimilar, eu acho que é baixa a probabilidade de chegar a um combate WVR.
Verdade.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75195 Mensagem por Galina » Dom Jun 14, 2015 1:13 am

knigh7 escreveu:PRP, vc tem de levar em conta o alcance dessa nova geração de mísseis BVR que estão chegando (R-77-1, Meteor e o AIM 120D), que é bem maior que os atuais (R-77, Mica, Derby, AIM 120C-7), etc.
O alcance deles estão na casa dos 3 dígitos, embora não se saiba com precisão cada um deles. Inevitavelmente o combate vai começar mais distante do que atualmente.

Se o número de aeronaves entre os adversários num combate não for muito dissimilar, eu acho que é baixa a probabilidade de chegar a um combate WVR.
100% de novo. Sobre os mísseis da nova geração, o que eu acrescentaria é que, na fase inicial, parece que funcionariam algo parecido com o míssil do Mirage 2000C. Ou seja, parecido com o semi ativo. Até porque a distância de lançamento é bem maior. Mas, ainda tenho algumas dúvidas se o mais importante, no final das contas, será o alcance maior ou a velocidade maior (motor ramjet). Ambos implicam numa NEZ maior.

Abraços,




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