Carlos Lima escreveu:knigh7 escreveu:
O Super Hornet e o GripenNG no FX2 eram como o L1 e o L2 do MMRCA. O Rafale estava na short-list mais por questões políticas.
Na sequência de matérias do Igor Gielow e da Eliane Cantanhêde sobre o relatório da FAB, apenas eu encontrei crítica a proposta do Super Hornet na matéria de 05/12/2010 (que aliás, era respeito a ToT). Teve jeito de ter sido tipo assim: "A gente te passa o relatório, você pode falar bem do Gripen, falar mal do Rafale, mas poupa o Super Hornet".
Ao contrário dos 4 que não passaram para a short-list do MMRCA, na época em que o Rafale e o Typhoon estavam disputando, eu não vi nenhuma notícia da imprensa na qual atribuíam a membros do MD/IAF. Aqui com o Gripen e o SH foi a mesma coisa.
É evidente que o GripenNG e o SH são aeronaves de classes diferentes. Mas pelo projeto do GripenNG cada uma tem suas vantagens e desvantagens. E ambas tinham um forte apelo industrial (tanto é que quando o Lula anunciou a vitória do caça francês, a FIESP e a CIESP enviaram nota atacando a decisão e defendendo o Gripen). E as possibilidades de ganhos da Embraer e de sua cadeia de fornecedores com a vitória dos americanos era alta.
Para deixar claro, o que eu penso ou deixo de pensar não vai mudar nada...
Tendo dito isso, na minha opinião o 'vazamento' deveria ter sido investigado à sério e definitivamente mediante investigação o 'processo' deveria ter sido cancelado. Para quem vaza relatório 'pontual', vai saber mais que tipo de coisa aconteceu... e isso não foi um S1 ou um Tenente Zica quem vazou.
Afinal de contas só compramos aviões de combate a cada 30/40 anos. Deveríamos ter um pouco mais de consideração com essas oportunidades raras.
Enfim, eu concordo que a Embraer tinha absolutamente tudo para fazer a festa com a vitória Americana. E nós teríamos os aviões voando no Brasil logo logo...
Bom, como eu disse em um outro post, se os papéis fossem invertidos, depois de algo tipo o 'Snowden', as coisas iriam dar uma esfriada e eu aposto uma jujuba que a Boeing seria selecionada.
PS: Sou da opinião que todas as aeronaves do short-list estavam lá por questões políticas... o Rafale por conta do namoro com o Governo Lula, o SH por conta do namoro da FAB com o EUA/Tradições/FMS e o Gripen por conta da FIESP e CIESP (para tanto que mandaram a 'cartinha' defendendo o Gripen). São assim que as coisas funcionam.
[]s
CB_Lima
Minha visão é bem diferente da sua e da mesma forma não muda nada ...
Em primeiro lugar, discordo completamente de sua opinião sobre o vazamento do relatório ... na minha opinião foi uma atitude Patriótica de proteção ao País que evitou que o Rafale fosse imposto ao "Estado" brasileiro através de uma atitude politiqueira, partidária e que acarretaria uma série de problemas de ordem econômica e OPERACIONAL para a Força com parcos benefícios industrias, algo parecido com o EC-725, porém MUITO mais oneroso e sobretudo perigoso para a operacionalidade com inegável comprometimento de nossa capacidade de defesa.
Em segundo lugar um Governo para ter AUTORIDADE para punir tal atitude deveria ser um EXEMPLO de lisura, ombridade e imparcialidade no processo coisa que, como sabemos, não passou nem perto, considerando que o próprio MD fazia lobby abertamente para um dos concorrentes, enquanto o Presidente da República manifestava suas preferências pessoais com o processo em andamento e ignorando a análise técnica ainda não concluída na ocasião.
Deu no que deu ... Rafale descartado, e punição nem se cogitou, porque? ... porque quem está errado e se portando de forma perniciosa ao País TEM QUE ENFIAR A VIOLA NO SACO E SE CALAR ... senão a mer..a iria ser jogada no ventilador ... com força ...
Sobre a escolha que o amigo INSISTE cansativamente que a FAB queria o SH, gostaria de lembrar perguntando ao amigo se sabe o que significa COPAC ???
COPAC = COMISSÃO COORDENADORA DO PROGRAMA AERONAVE DE COMBATE
Como o próprio nome diz o objetivo é o desenvolvimento de uma aeronave de COMBATE poderíamos optar por algo mais simples e partir para um AMX-2 ou partir para o TOPO e nesse caso precisamos de um "sócio" ou parceiro industrial. Esse sempre foi o objetivo do COPAC.
Assim quando a FAB emitiu os REQUISITOS do programa FX e sobretudo o "request for proposal" do FX-2 abordando capacidades, ToT, participação industrial, autonomia de manutenção etc, foram listados as Áreas de Interesse e a Cooperação Buscada, algo como isso é o mínimo que queremos e isso é o "DESEJÁVEL" ...
Responderam o RFP, Sukhoi, F-16BL"X", Typhoon, Rafale, Super Hornet e Gripen ... todos sabemos Sukhoi não atende ToT, F-16 não foi o que pedimos (inicialmente era o F-35), Typhoon custos e compartilhamento de tecnologia complicados ... assim o SL ficou :
RAFALE : Incluído do short-list por imposição política do NJ e GF, considerando as boas relações com os franceses principalmente pela cooperação bi-lateral do SUB-NUC, os franceses atenderam as expectativas brasileiras e era justo que eles permanecessem na competição até por uma questão de REAL parceria que o Brasil precisava demonstrar. Além do que o caça atende as expectativas em termos de capacidade Operacional e de Combate.
SUPER HORNET : Vejo como uma mescla tanto para o atendimento dos interesses operacionais da FAB com um caça pronto, maduro, moderno, a melhor logística e entrega mais rápida, quanto política não eliminando os dois americanos que passaria uma mensagem equivocada e com excelentes off-sets, cooperação bi-lateral, aproximação com a maior Potência do mundo ... enfim uma boa opção em todos os aspectos.
GRIPEN : A opção que atende DE FATO o que é "DESEJÁVEL" em termos de cooperação e capacitação industrial, maior autonomia considerando que teremos full acesso a manutenção INDEPENDENTE ... e por outro lado a opção vem se tornando com o desenrolar de seu desenvolvimento o equipamento com maior capacidade Operacional e de Combate das três opções do short-list.
No final do certame só tínhamos DUAS opções e AMBAS trariam grande satisfação à FAB, qualquer que fosse a escolha ... e sem dúvida politicamente falando havia o PESO dos USA em favor do Super Hornet ... Dilma estava em franco "namoro" com o Tio SAM, até Snowden resolver acabar com a festa americana ... e a FAB de forma geral ficou totalmente satisfeita com a escolha, mas sobretudo o COPAC que viu seus esforços serem coroados com a REAL participação brasileira na nova Aeronave de Combate da FAB ... como disse antes ... os próximos caças da FAB sairão de fabricas brasileiros e e serão certificados por brasileiros.
Minha opinião, claro!