TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75091 Mensagem por Carlos Lima » Seg Jun 08, 2015 11:22 pm

Para combater a "Argentina" não sei se estamos colhendo esse benefício todo lá por 2020 e poucos e olhe lá.

Já que só ficando em 36 unidades e sem projetos consistentes de continuidade o 'barato' e vantajoso vai sair caro ao longo do tempo. Para piorar, quanto mais nos distanciarmos da versão sueca, a logística vai apanhar mais ainda.

Infelizmente como nenhum governo nosso (sendo A B C D esquerda/direita/centro/acima/abaixo) jamais se preocupou com Defesa a ponto de não encarar esses projetos com a devida maturidade, ficamos nas mãos dos lobbys e influências externas e 'internas'.

Nesse cenário de 'combate aos argentinos', era melhor ficar com uma compra direta de aviões que fazem mais ou menos a mesma coisa. Pelo menos o problema de 4 geração e da Força Aérea em termos de combate estaria resolvido e ponto. Qualquer F-16 da vida chegaria muito antes e com AESA, etc não deve nada ao Gripen seja de qualquer versão. E com a vinda do F-35 não seria inimaginável eles deixarem nós fazermos pedaços no Brasil já que existe uma ilusão quanto a isso.

A realidade é que estamos em 2015 e vamos passar o caneco até +2020 e torcer pelo bem estar dos F-5.

Quanto aos benefícios a nossa industria, até aonde consta a Embraer (e associadas) estão seguindo o seu caminho sem contar muito com "Defesa" aonde o seu projeto com benefícios reais é o KC-390.

A AEL sem dúvida vai ser beneficiada desse projeto, mas até aí ela é a Elbit disfarçada (é bom não se enganar).

O resto, fazer pedaço de asa e tanque de combustível, fazer desenhos de computador... sei lá. Vamos ver até quando isso garante empregos.

Esse cenário me lembra das partes questionáveis do projeto AM-X!

Mas no frigir dos ovos, para combater os Argentinos e a sua 'invasão' (que seria a visão dos nossos "Generais") o Gripen em 2020+ é super capaz.

Para isso até sobra!

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75092 Mensagem por Wardog » Seg Jun 08, 2015 11:36 pm

mmatuso escreveu:Impulsiona principalmente a criação de empregos na internet.
100%. Afinal, mídia social é a toada do século XXI.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75093 Mensagem por kirk » Seg Jun 08, 2015 11:38 pm

Penguin escreveu:Interessante...

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[009]

Que show heim Penguin ?




[] kirk

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75094 Mensagem por Wardog » Seg Jun 08, 2015 11:49 pm

Carlos Lima escreveu:Para combater a "Argentina" não sei se estamos colhendo esse benefício todo lá por 2020 e poucos e olhe lá.

Já que só ficando em 36 unidades e sem projetos consistentes de continuidade o 'barato' e vantajoso vai sair caro ao longo do tempo. Para piorar, quanto mais nos distanciarmos da versão sueca, a logística vai apanhar mais ainda.

Infelizmente como nenhum governo nosso (sendo A B C D esquerda/direita/centro/acima/abaixo) jamais se preocupou com Defesa a ponto de não encarar esses projetos com a devida maturidade, ficamos nas mãos dos lobbys e influências externas e 'internas'.

Nesse cenário de 'combate aos argentinos', era melhor ficar com uma compra direta de aviões que fazem mais ou menos a mesma coisa. Pelo menos o problema de 4 geração e da Força Aérea em termos de combate estaria resolvido e ponto. Qualquer F-16 da vida chegaria muito antes e com AESA, etc não deve nada ao Gripen seja de qualquer versão. E com a vinda do F-35 não seria inimaginável eles deixarem nós fazermos pedaços no Brasil já que existe uma ilusão quanto a isso.

A realidade é que estamos em 2015 e vamos passar o caneco até +2020 e torcer pelo bem estar dos F-5.

Quanto aos benefícios a nossa industria, até aonde consta a Embraer (e associadas) estão seguindo o seu caminho sem contar muito com "Defesa" aonde o seu projeto com benefícios reais é o KC-390.

A AEL sem dúvida vai ser beneficiada desse projeto, mas até aí ela é a Elbit disfarçada (é bom não se enganar).

O resto, fazer pedaço de asa e tanque de combustível, fazer desenhos de computador... sei lá. Vamos ver até quando isso garante empregos.

Esse cenário me lembra das partes questionáveis do projeto AM-X!

Mas no frigir dos ovos, para combater os Argentinos e a sua 'invasão' (que seria a visão dos nossos "Generais") o Gripen em 2020+ é super capaz.

Para isso até sobra!

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Acho que a questão nem passa por isso. Ninguém está pensando em comprar equipamento para combater o país A ou B em um curto período de tempo. Nas Forças Armadas é bastante clara a ideia de que uma guerra no curto prazo é de possibilidade remotíssima. No governo então, essa não é nem uma ideia e sim uma certeza.

Portanto, a decisão foi tomada muito pouco se baseando em capacidade de combate. Na realidade, quem tem poder de decisão não liga se podemos comprar 6 dúzia de F-16 para ficarmos equipados em um curto período de tempo. Isso simplesmente não foi o critério utilizado para a escolha.

De outra forma, foi privilegiado o projeto com maior capacitação industrial, desenvolvimento industrial tecnológico, criação de empregos e etc. E diferentemente do critério "capacidade de combate", estes últimos que mencionei foram, na minha análise, acertadamente priorizados em detrimento de outros menos relevantes no atual cenário.

Todo mundo sabe que FA têm de ser bem equipadas e estarem preparadas para qualquer inimigo. No entanto, no panorama atual, simplesmente não faz sentido armar todo mundo até os dentes, gastar rios de dinheiro e no final ver caça fazendo vrum em desfile e soldado dando tiro de bala bum bum em acampamento.

Vamos utilizar o dinheiro com mais sabedoria e tentar multiplicar... Acho que o pensamento progressista moderno gira em torno disso.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75095 Mensagem por Carlos Lima » Ter Jun 09, 2015 12:12 am

Wardog escreveu:
Carlos Lima escreveu:Para combater a "Argentina" não sei se estamos colhendo esse benefício todo lá por 2020 e poucos e olhe lá.

Já que só ficando em 36 unidades e sem projetos consistentes de continuidade o 'barato' e vantajoso vai sair caro ao longo do tempo. Para piorar, quanto mais nos distanciarmos da versão sueca, a logística vai apanhar mais ainda.

Infelizmente como nenhum governo nosso (sendo A B C D esquerda/direita/centro/acima/abaixo) jamais se preocupou com Defesa a ponto de não encarar esses projetos com a devida maturidade, ficamos nas mãos dos lobbys e influências externas e 'internas'.

Nesse cenário de 'combate aos argentinos', era melhor ficar com uma compra direta de aviões que fazem mais ou menos a mesma coisa. Pelo menos o problema de 4 geração e da Força Aérea em termos de combate estaria resolvido e ponto. Qualquer F-16 da vida chegaria muito antes e com AESA, etc não deve nada ao Gripen seja de qualquer versão. E com a vinda do F-35 não seria inimaginável eles deixarem nós fazermos pedaços no Brasil já que existe uma ilusão quanto a isso.

A realidade é que estamos em 2015 e vamos passar o caneco até +2020 e torcer pelo bem estar dos F-5.

Quanto aos benefícios a nossa industria, até aonde consta a Embraer (e associadas) estão seguindo o seu caminho sem contar muito com "Defesa" aonde o seu projeto com benefícios reais é o KC-390.

A AEL sem dúvida vai ser beneficiada desse projeto, mas até aí ela é a Elbit disfarçada (é bom não se enganar).

O resto, fazer pedaço de asa e tanque de combustível, fazer desenhos de computador... sei lá. Vamos ver até quando isso garante empregos.

Esse cenário me lembra das partes questionáveis do projeto AM-X!

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Acho que a questão nem passa por isso. Ninguém está pensando em comprar equipamento para combater o país A ou B em um curto período de tempo. Nas Forças Armadas é bastante clara a ideia de que uma guerra no curto prazo é de possibilidade remotíssima. No governo então, essa não é nem uma ideia e sim uma certeza.

Portanto, a decisão foi tomada muito pouco se baseando em capacidade de combate. Na realidade, quem tem poder de decisão não liga se podemos comprar 6 dúzia de F-16 para ficarmos equipados em um curto período de tempo. Isso simplesmente não foi o critério utilizado para a escolha.

De outra forma, foi privilegiado o projeto com maior capacitação industrial, desenvolvimento industrial tecnológico, criação de empregos e etc. E diferentemente do critério "capacidade de combate", estes últimos que mencionei foram, na minha análise, acertadamente priorizados em detrimento de outros menos relevantes no atual cenário.

Todo mundo sabe que FA têm de ser bem equipadas e estarem preparadas para qualquer inimigo. No entanto, no panorama atual, simplesmente não faz sentido armar todo mundo até os dentes, gastar rios de dinheiro e no final ver caça fazendo vrum em desfile e soldado dando tiro de bala bum bum em acampamento.

Vamos utilizar o dinheiro com mais sabedoria e tentar multiplicar... Acho que o pensamento progressista moderno gira em torno disso.
Mas se o discurso é esse, por que o amor todo pelo SHornet?

Por que a short-list dessa maneira para aeronaves que são tão diferentes? Se o ponto era Capacitação industrial e tecnológica 'local' a short-list já começou errada.

O que é a tal "capacitação industrial" de fato, o que seria o "desenvolvimento industrial tecnológico" já que isso é extremamente genérico e o Gripen parece que não precisa de nós para desenvolver mais nada (digo... precisa de $ que nunca atrapalha).

Como comprar um avião de combate pensando no cenário de hoje sabendo que ele chega em 2020 e poucos. Contando que nada vai mudar?

Bom... a Inês já está morta mesmo e o Gripen é uma aeronave ótima para combater a Argentina.

Em retrospecto ainda bem que os ingleses mostraram quem manda no fim das contas e acabaram com a nossa fanfarra política e de marketing de nós vendermos os Gripens para os hermanos... Já pensou o vexame se nós e 'eles' operamos Gripen?

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75096 Mensagem por Wardog » Ter Jun 09, 2015 12:50 am

Carlos Lima escreveu:
Wardog escreveu: Acho que a questão nem passa por isso. Ninguém está pensando em comprar equipamento para combater o país A ou B em um curto período de tempo. Nas Forças Armadas é bastante clara a ideia de que uma guerra no curto prazo é de possibilidade remotíssima. No governo então, essa não é nem uma ideia e sim uma certeza.

Portanto, a decisão foi tomada muito pouco se baseando em capacidade de combate. Na realidade, quem tem poder de decisão não liga se podemos comprar 6 dúzia de F-16 para ficarmos equipados em um curto período de tempo. Isso simplesmente não foi o critério utilizado para a escolha.

De outra forma, foi privilegiado o projeto com maior capacitação industrial, desenvolvimento industrial tecnológico, criação de empregos e etc. E diferentemente do critério "capacidade de combate", estes últimos que mencionei foram, na minha análise, acertadamente priorizados em detrimento de outros menos relevantes no atual cenário.

Todo mundo sabe que FA têm de ser bem equipadas e estarem preparadas para qualquer inimigo. No entanto, no panorama atual, simplesmente não faz sentido armar todo mundo até os dentes, gastar rios de dinheiro e no final ver caça fazendo vrum em desfile e soldado dando tiro de bala bum bum em acampamento.

Vamos utilizar o dinheiro com mais sabedoria e tentar multiplicar... Acho que o pensamento progressista moderno gira em torno disso.
Mas se o discurso é esse, por que o amor todo pelo SHornet?

Por que a short-list dessa maneira para aeronaves que são tão diferentes? Se o ponto era Capacitação industrial e tecnológica 'local' a short-list já começou errada.

O que é a tal "capacitação industrial" de fato, o que seria o "desenvolvimento industrial tecnológico" já que isso é extremamente genérico e o Gripen parece que não precisa de nós para desenvolver mais nada (digo... precisa de $ que nunca atrapalha).

Como comprar um avião de combate pensando no cenário de hoje sabendo que ele chega em 2020 e poucos. Contando que nada vai mudar?

Bom... a Inês já está morta mesmo e o Gripen é uma aeronave ótima para combater a Argentina .

Em retrospecto ainda bem que os ingleses mostraram quem manda no fim das contas e acabaram com a nossa fanfarra política e de marketing de nós vendermos os Gripens para os hermanos... Já pensou o vexame se nós e 'eles' operamos Gripen?

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Dentro das propostas que entraram na short list foi a que mais se destacou nesse sentido. O "amor"pelo SH na FAB de fato existiu entre alguns oficiais de alto escalão, no entanto mais por um aspecto operacional e muito pessoal de doutrina do que outra coisa.

A evolução da proposta da Boeing se deu devido ao lobby pesado do Governo dos EUA. Quando saiu aquele escândalo do Snowden o GF não queria se constranger A proposta do Gripen não teve "early adopters" como as outras duas. Foi mais um processo de convencimento que veio a tona com o relatório final do COPAC. A partir daí que a FAB concluiu que era melhor optar pelo Gripen, cujo projeto mais se alinhava com o que o Governo vinha requerendo para a Força. Pode ter certeza ninguém nem pensou em Argentina, Venezuela, EUA, Rússia ou qualquer outra nação quando estava tomando a decisão. A capacidade de combate dos caças foi definida na short list, a partir daí era pressuposto que todos cumpririam a missão.

Como o Snowden cortou a opção que o GF tinha feito por questões políticas, entrou aquela que se destacou no relatório da FAB.
Simplesmente o projeto que mais atendeu os requerimentos impostos pelo GF foi o do Gripen NG. Nesse aspecto o Rafale nem mais concorrente era. À época a relação política com França vinha se desgastando e o preço do conjunto Vetor+Hora de Vôo+Manutenção era o pior de todos os concorrentes.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75097 Mensagem por Carlos Lima » Ter Jun 09, 2015 3:35 am

Wardog escreveu:
Carlos Lima escreveu: Mas se o discurso é esse, por que o amor todo pelo SHornet?

Por que a short-list dessa maneira para aeronaves que são tão diferentes? Se o ponto era Capacitação industrial e tecnológica 'local' a short-list já começou errada.

O que é a tal "capacitação industrial" de fato, o que seria o "desenvolvimento industrial tecnológico" já que isso é extremamente genérico e o Gripen parece que não precisa de nós para desenvolver mais nada (digo... precisa de $ que nunca atrapalha).

Como comprar um avião de combate pensando no cenário de hoje sabendo que ele chega em 2020 e poucos. Contando que nada vai mudar?

Bom... a Inês já está morta mesmo e o Gripen é uma aeronave ótima para combater a Argentina .

Em retrospecto ainda bem que os ingleses mostraram quem manda no fim das contas e acabaram com a nossa fanfarra política e de marketing de nós vendermos os Gripens para os hermanos... Já pensou o vexame se nós e 'eles' operamos Gripen?

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A evolução da proposta da Boeing se deu devido ao lobby pesado do Governo dos EUA. Quando saiu aquele escândalo do Snowden o GF não queria se constranger A proposta do Gripen não teve "early adopters" como as outras duas. Foi mais um processo de convencimento que veio a tona com o relatório final do COPAC. A partir daí que a FAB concluiu que era melhor optar pelo Gripen, cujo projeto mais se alinhava com o que o Governo vinha requerendo para a Força. Pode ter certeza ninguém nem pensou em Argentina, Venezuela, EUA, Rússia ou qualquer outra nação quando estava tomando a decisão. A capacidade de combate dos caças foi definida na short list, a partir daí era pressuposto que todos cumpririam a missão.

Como o Snowden cortou a opção que o GF tinha feito por questões políticas, entrou aquela que se destacou no relatório da FAB.
Simplesmente o projeto que mais atendeu os requerimentos impostos pelo GF foi o do Gripen NG. Nesse aspecto o Rafale nem mais concorrente era. À época a relação política com França vinha se desgastando e o preço do conjunto Vetor+Hora de Vôo+Manutenção era o pior de todos os concorrentes.
Bom pelo visto de fato o vencedor seria o SHornet e com o Snowden, ficamos com uma "opção" já que o Rafale a muito tempo era carta fora do baralho mesmo.

Não tinha como o relatório apontar para outra solução, já que as duas outras opções se tornaram politicamente insustentáveis. A partir daí dizer que a solução escolhida é a "melhor" passa a ser a obrigação de quem escreveu o relatório. Não há outra alternativa.

Não é a toa que o FMS já tinha anunciado a venda de 36 aeronaves para a USN pouco antes da suposta visita da Dilma aos EUA.

Depois do Snowden tal 'venda' desapareceu e deu no que deu. No fim é bom deixar essas histórias claras e bola para frente e torcer...

E sim, eu entendo o papo de "desenvolvimento industrial" e coisas afins com o tipo de parceria que a Boeing queria montar com o Brasil e o seu peso (+ Dept de Estado) nas futuras vendas da Embraer e afins. Isso sim aponta por um caminho mais sustentável, porque existem segmentos que a Boeing não quer nem saber de futucar, mas ao mesmo tempo seria ótimo para eles ter um 'parceiro' fazendo isso. Além disso o portifólio aeroespacial dos caras não tem comparação e dependendo do que a Embraer estava planejando seria ótimo (sob o aspecto de agregar tecnologias, empregos, etc).

No fim vai ser o Gripen mesmo para nos defender contra a Argentina e bola para frente. :)

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75098 Mensagem por Penguin » Ter Jun 09, 2015 5:37 am

A Suécia não planejou o Gripen (qualquer versão) para se confrontar com a Argentina :roll:

Se esse era realmente o plano brazuca com o atual ciclo de investimentos militares, deveríamos ter seguido o caminho do Chile. Esse era o plano?!




Editado pela última vez por Penguin em Ter Jun 09, 2015 7:00 am, em um total de 3 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75099 Mensagem por Penguin » Ter Jun 09, 2015 5:48 am

Carlos Lima escreveu:
Wardog escreveu: Dentro das propostas que entraram na short list foi a que mais se destacou nesse sentido. O "amor"pelo SH na FAB de fato existiu entre alguns oficiais de alto escalão, no entanto mais por um aspecto operacional e muito pessoal de doutrina do que outra coisa.

A evolução da proposta da Boeing se deu devido ao lobby pesado do Governo dos EUA. Quando saiu aquele escândalo do Snowden o GF não queria se constranger A proposta do Gripen não teve "early adopters" como as outras duas. Foi mais um processo de convencimento que veio a tona com o relatório final do COPAC. A partir daí que a FAB concluiu que era melhor optar pelo Gripen, cujo projeto mais se alinhava com o que o Governo vinha requerendo para a Força. Pode ter certeza ninguém nem pensou em Argentina, Venezuela, EUA, Rússia ou qualquer outra nação quando estava tomando a decisão. A capacidade de combate dos caças foi definida na short list, a partir daí era pressuposto que todos cumpririam a missão.

Como o Snowden cortou a opção que o GF tinha feito por questões políticas, entrou aquela que se destacou no relatório da FAB.
Simplesmente o projeto que mais atendeu os requerimentos impostos pelo GF foi o do Gripen NG. Nesse aspecto o Rafale nem mais concorrente era. À época a relação política com França vinha se desgastando e o preço do conjunto Vetor+Hora de Vôo+Manutenção era o pior de todos os concorrentes.
Bom pelo visto de fato o vencedor seria o SHornet e com o Snowden, ficamos com uma "opção" já que o Rafale a muito tempo era carta fora do baralho mesmo.

Não tinha como o relatório apontar para outra solução, já que as duas outras opções se tornaram politicamente insustentáveis. A partir daí dizer que a solução escolhida é a "melhor" passa a ser a obrigação de quem escreveu o relatório. Não há outra alternativa.

Não é a toa que o FMS já tinha anunciado a venda de 36 aeronaves para a USN pouco antes da suposta visita da Dilma aos EUA.

Depois do Snowden tal 'venda' desapareceu e deu no que deu. No fim é bom deixar essas histórias claras e bola para frente e torcer...

E sim, eu entendo o papo de "desenvolvimento industrial" e coisas afins com o tipo de parceria que a Boeing queria montar com o Brasil e o seu peso (+ Dept de Estado) nas futuras vendas da Embraer e afins. Isso sim aponta por um caminho mais sustentável, porque existem segmentos que a Boeing não quer nem saber de futucar, mas ao mesmo tempo seria ótimo para eles ter um 'parceiro' fazendo isso. Além disso o portifólio aeroespacial dos caras não tem comparação e dependendo do que a Embraer estava planejando seria ótimo (sob o aspecto de agregar tecnologias, empregos, etc).

No fim vai ser o Gripen mesmo para nos defender contra a Argentina e bola para frente. :)

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:arrow: O long list tinha 6 opções.

:arrow: O short list 3. Desses 3, dois deixaram de ser escolhidos por razões diversas.

:arrow: No final do processo, um foi o escolhido e cinco foram eliminados, como deveria ser. Para isso serve um processo seletivo, concordemos ou não com a metodologia.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75100 Mensagem por Carlos Lima » Ter Jun 09, 2015 11:56 am

Mais ou menos Santiago...

6 - 3 ok... Saiu a short list.

Dos 3 que sobraram 1 nunca foi opcao mesmo e o que foi o 'escolhido' nao pode ser usado.

Sobrou 1.

O quanto realmente alguem ganha de uma escolha de uma so alternativa??

E' o caso de sentar, abrir um saco de pipoca e aguardar os proximos capitulos pois esse e' um cenario que favorece mais o vendedor do que o comprador.

Mas no fim das contas Se e' para enfrentar a Argentina eu aguardava o reinicio do namoro com os americanos, (marcado para esse ano) marcava isso com chave de ouro com a compra do SH da Boeing e todo o apoio deles. A Embraer e Muita gente na FAB ia ficar muito feliz, a Elbit daria saltos de alegria e os avioes ainda assim chegariam antes com Aesa e o tudo o que Tem direito.

Win-win com um potencial 'bonus' chamado Colombia que no momento estao quase que de noivado marcado com a LM.

Enfim...teriamos aviao e apoio de sobra contra os Argentinos.
E isso sem contar os 'bonus' que certamente parariam na mao do EB e da MB.

Mas, nao e' nada disso que vai acontecer.

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75101 Mensagem por Túlio » Ter Jun 09, 2015 12:26 pm

A meu ver, como tenho dito já faz tempo (anos, na verdade), o foco GOVERNAMENTAL no que tange a desenvolvimento industrial está fundamental e estruturalmente errado: focam no chamado "modelo EMBRAER", ou seja, obter algumas tecnologias de ponta (avanços na aerodinâmica, emprego de materiais, integração de sistemas, etc, o que usam para desenvolver um produto) para depois depender de fornecedores do exterior para a maioria dos insumos (sensores, propulsores, aviônicos, comunicações...) que realmente agregam - e muito! - valor. No caso dos caças isso chega a ser CATASTRÓFICO (vide AMX)!

Bem sei, o que não falta é quem diga que sem AMX não existiria a linha de jatos comerciais: PUTZ, a asa em particular e, em geral, a estrutura e aerodinâmica de uma aeronave de ataque pouquíssimo tem a ver com as de uma aeronave comercial, tanto que talvez o maior interessado em que a Boeing vencesse era precisamente a EMBRAER, e podemos ter certeza de que não pretendiam se basear no F-18 para resolver o problema do caixão da asa do 390.

Assim, ou o GF assume uma altamente improvável mudança diametral de foco ou veremos uma repetição do AMX no Gripen: compramos um punhado, sonhando com vastas exportações que, por esta ou aquela razão (dentre elas a impossibilidade de contornarmos vetos de quem produz os insumos de que necessitamos porque não fazemos, e não é por falta de CAPACIDADE mas de VONTADE), acabam não se concretizando (antes de voar já foi vetado aos argies); daí nem investimos em "blocks" de desenvolvimento contínuo do produto porque, embora fundamentais, são antieconômicos; por fim, após algumas décadas de uso do produto original, partimos (com ampla participação estrangeira no "filé") para uma versão M.

Alguma diferença para o AMX?




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75102 Mensagem por Carlos Lima » Ter Jun 09, 2015 2:45 pm

Túlio escreveu:A meu ver, como tenho dito já faz tempo (anos, na verdade), o foco GOVERNAMENTAL no que tange a desenvolvimento industrial está fundamental e estruturalmente errado: focam no chamado "modelo EMBRAER", ou seja, obter algumas tecnologias de ponta (avanços na aerodinâmica, emprego de materiais, integração de sistemas, etc, o que usam para desenvolver um produto) para depois depender de fornecedores do exterior para a maioria dos insumos (sensores, propulsores, aviônicos, comunicações...) que realmente agregam - e muito! - valor. No caso dos caças isso chega a ser CATASTRÓFICO (vide AMX)!

Bem sei, o que não falta é quem diga que sem AMX não existiria a linha de jatos comerciais: PUTZ, a asa em particular e, em geral, a estrutura e aerodinâmica de uma aeronave de ataque pouquíssimo tem a ver com as de uma aeronave comercial, tanto que talvez o maior interessado em que a Boeing vencesse era precisamente a EMBRAER, e podemos ter certeza de que não pretendiam se basear no F-18 para resolver o problema do caixão da asa do 390.

Assim, ou o GF assume uma altamente improvável mudança diametral de foco ou veremos uma repetição do AMX no Gripen: compramos um punhado, sonhando com vastas exportações que, por esta ou aquela razão (dentre elas a impossibilidade de contornarmos vetos de quem produz os insumos de que necessitamos porque não fazemos, e não é por falta de CAPACIDADE mas de VONTADE), acabam não se concretizando (antes de voar já foi vetado aos argies); daí nem investimos em "blocks" de desenvolvimento contínuo do produto porque, embora fundamentais, são antieconômicos; por fim, após algumas décadas de uso do produto original, partimos (com ampla participação estrangeira no "filé") para uma versão M.

Alguma diferença para o AMX?
Bem por aí mesmo... quando a coisa começa errada, na grande maioria dos casos, termina errada.

O problema não é o 'vetor' em si, mas a nossa 'visão' sobre Defesa recheada de poluição política (dentro e fora das FAs), lobbies, picuinhas pessoais, história que ainda nos afeta, vazamentos, falta de maturidade em lidar com os nossos problemas internos, etc.

E honestamente eu diria que em muitos aspectos o "foco Embraer" é uma ilusão que toda a propaganda gosta de se encostar na mínima oportunidade (vide Gripens "feitos" na Embraer para a Argentina, aonde para a nossa vergonha os ingleses já mostraram quem realmente manda no projeto, etc).

A realidade é que quando a Embraer quer se associar com alguém e/ou resolver um problema, ou vai buscar lá fora ou se vira no Brasil mesmo, pois os seus acionistas (quem mandam de verdade na empresa) não vão esperar o F-X ser assinado, o primeiro Gripen ser entregue em Deus sabe lá com que configuração em 2020 e poucos, para achar que a empresa tem futuro... muito pelo contrário.

Da maneira que está hoje, isso é só mais espaço na fábrica com questionável valor real agregado no que diz respeito a futuros projetos civis da empresa (de onde vem o $$$).

Não é a toa que muita gente na Embraer ficou bem infeliz depois da nossa escolha do F-X... Pois naquele momento a SAAB era mais uma empresa com a área aeronáutica (não aeroespacial!!!) que precisava urgentemente de uma encomenda, com um 'portifólio' aeronáutico extremamente limitado (Gripen C no fim de produção, E que ainda era o DEMO, e "conversão" de SAAB 2000 de segunda mão em ISR/AEW), um programa (Gripen E) que até dentro de casa tinha um grande número de gente torcendo o nariz e dizendo que estavam felizes com um Gripen C melhoradão ao invés de um avião 'novo', o balão apagado que a Suiça deu no projeto, que querendo ou não foi bem desagradável (dadas as promessas de fábrica na Suiça, etc).

Já uma associação com a Boeing... mesmo na remota possibilidade de não dar em absolutamente nada na prática, soa muito bem na mão e no bolso de Wall Street. E para a Embraer isso é o que importa.

Mas para quem gosta da idéia romântica da Embraer "nacional" (isso já não é o caso a muito tempo) e ao que parece em um futuro não muito distante a linha de produção do Phenom será full 'Made in USA'.

Eu tenho a impressão que se os papéis fossem invertidos (nós vendendo uma aeronave 'de caça' para os suecos) e eles tendo que escolher entre a Embraer (com o nosso portifólio composto da tal aeronave de caça na sua "Terceira reincarnação" e conversões de ERJ usados) e a Boeing, acho que a Embraer levaria a pior.

Os caras não são bobos.

Mas isso tudo é maluquice da minha cabeça, é claro, pois a decisão já está tomada e vamos de Gripen mesmo. ;)

[]s
CB_Lima




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75103 Mensagem por Alcantara » Ter Jun 09, 2015 7:29 pm

Túlio escreveu:Mas o que VOSMEÇÊS acham que vão pensar os Comandos Militares aqui (e no Chile também, aliás)? Vai ser uma verdadeira invasão das capitais por Oficiais Generais à beira do motim! "Que se dane a manteiga, precisamos é de canhões, pois O Inimigo ressurgiu mais forte do que nunca, e logo virá para cima de nós"! E a mídia vai adorar a "corrida armamentista" que se seguirá. Para programas como o do Gripen isso será a maior das bênçãos pois, sendo um caça basicamente DEFENSIVO - embora com grande capacidade ofensiva - o primeiro lote mal vai estar começando a ser entregue e já vai ter mais um balaio de encomendas (e ordem de acelerar), afinal, "Inimigo nos portões!" Mesmo que estes fiquem a mais de mil km para o sul. Acabaremos tendo a coisa certa pela razão errada... :roll: :roll: :roll: :roll:
Enquanto isso, em Puerto Madero... :lol:

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75104 Mensagem por Alcantara » Ter Jun 09, 2015 7:45 pm

Carlos Lima escreveu:Qualquer F-16 da vida chegaria muito antes e com AESA, etc não deve nada ao Gripen seja de qualquer versão.
Aham... :lol:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75105 Mensagem por Túlio » Ter Jun 09, 2015 8:07 pm

Alcantara escreveu:
Carlos Lima escreveu:Qualquer F-16 da vida chegaria muito antes e com AESA, etc não deve nada ao Gripen seja de qualquer versão.
Aham... :lol:

Melhor ainda:

Ahã...ahã... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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