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Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Set 21, 2011 10:53 pm
por DELTA22
Túlio escreveu:E eu prefiro que continue a Democracia, de preferência com alternância, mas se a vontade do Povo for outra, bueno, azar meu. 8-]
Túlio, me ajuda a pedir alternância no governo de Minas que está difícil, viu? :mrgreen:

Se lograres êxito aqui nas Alterosas, vamos levar teu know-how "alternante" para Sum Paulo! [003]

[]'s.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Set 21, 2011 10:58 pm
por Túlio
É como falei, Delta véio, se o Povo pensa diferente de mim, bueno... :wink: 8-]

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Set 21, 2011 11:02 pm
por DELTA22
Túlio escreveu:É como falei, Delta véio, se o Povo pensa diferente de mim, bueno... :wink: 8-]
A m&rda de não alternar poder e ter a imprensa na mão (no caso de MG, na de Andréia Neves, irmã do Aécio), é que não há como denunciar nada, pois o governo abafa e a imprensa ajuda. Em MG, CPI ou denúncias contra o governo do Estado é mais difícil de sair que ganhar na Mega Sena! São Paulo é assim também!

[]'s.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Set 21, 2011 11:08 pm
por Túlio
Aqui no RS não sei como é isso, faz tempo que larguei a imprensa de mão. Me atualizo na net, onde posso ver os assuntos por diversos ângulos e fazer meu próprio julgamento, não pegar já 'mastigado' ao gosto de quem paga e engolir sem pensar antes... :wink: 8-]

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Set 21, 2011 11:12 pm
por DELTA22
Túlio escreveu:Aqui no RS não sei como é isso, faz tempo que larguei a imprensa de mão. Me atualizo na net, onde posso ver os assuntos por diversos ângulos e fazer meu próprio julgamento, não pegar já 'mastigado' ao gosto de quem paga e engolir sem pensar antes... :wink: 8-]
E quando não se tem nada para mastigar... Como faz?

Assuntos nacionais é fácil de achar várias fontes e formular um panorama. Assuntos regionais, não.

[]'s.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Set 22, 2011 2:26 pm
por rodrigo
Negociação por Comissão da Verdade teve reuniões até em banheiros

Durante as negociações para a votação do projeto que cria a Comissão da Verdade, na noite de ontem, parlamentares e ministros fizeram reuniões até em banheiros nas dependências da Câmara. Tudo em busca de privacidade.

Na primeira vez, o banheiro da liderança do DEM na Câmara foi usado para negociar os termos das emendas da oposição. Estavam presentes os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e José Genoino, assessor do Ministério da Defesa, além de pelo menos três parlamentares.

Na segunda vez, ministros usaram o banheiro do gabinete do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para acertar, por telefone, as mudanças no texto com a presidente Dilma Rousseff, que está nos Estados Unidos. Logo em seguida, outros parlamentares também entraram no local, que mede cerca de 1,5 metro por 2,60 metros.

Maia disse que o uso dos banheiros foi necessário por causa da falta de espaço da Câmara. "Ontem foi uma noite inusitada. Em função da falta de espaço, meu banheiro chegou a ser usado por seis pessoas ao mesmo tempo. Tudo em busca de privacidade", disse.

Depois de todas essas negociações, o texto, que segue para o Senado, foi aprovado já no final da noite. A Comissão será formada por um grupo que investigará e fará a narrativa oficial de violações aos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988.

A apuração envolverá mortes e torturas praticadas pelo Estado na ditadura militar. A comissão funcionará por dois anos. Seus sete membros serão uma escolha individual de Dilma. Ao final, o grupo vai elaborar um relatório em que detalhará as circunstâncias das violações apuradas.

Com a mudança acertada ontem, ficam impedidos de participar da Comissão dirigentes partidários, pessoas ocupantes de cargos de confiança do poder público ou "parciais" nas investigações.

Outra alteração permitiu que que qualquer pessoa dê informações quando quiser --não só quando convocada.

No Senado, em que a relatoria deve ficar com o ex-guerrilheiro da ALN (Ação Libertadora Nacional) Aloysio Nunes (PSDB), as negociações estão adiantadas.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9792 ... iros.shtml

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Set 22, 2011 2:26 pm
por rodrigo
Gabinete da Presidência guarda 69 mil documentos sigilosos

Os arquivos do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência guardam mais de 69 mil documentos sigilosos, sendo dois ultrassecretos. O número foi revelado pelo ministro do GSI José Elito Siqueira ao Senado, em resposta ao requerimento com pedidos de informações apresentado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Fernando Collor (PTB-AL), sobre esse tipo de documento.

No texto, o general José Elito informou que sua pasta, responsável pelo assessoramento da presidente Dilma Rousseff em assuntos militares e de segurança, produz, em média, "2.850 documentos sigilosos e 1.860 ostensivos" por ano.

Na relação apresentada à comissão, o GSI aponta que possui apenas dois documentos ultrassecretos (maior grau de sigilo), 4.116 secretos, 56.644 confidenciais e 8.344 reservados. Ao todo: 69.106 documentos sigilosos.

Pela lei em vigor, esses documentos podem ficar eternamente em sigilo. O Congresso discute um projeto que regulamenta o acesso a essas informações e dispõe de como esses dados serão divulgados no futuro. Pelo projeto já aprovado na Câmara, nenhum documento poderia ser mantido em segredo por mais de 50 anos.

A proposta está em discussão no Senado desde maio e tem colocado Collor e parte da base governista, especialmente o PT, em lados opostos. O presidente da Comissão de Relações Exteriores tem reclamado da pressa dos petistas para colocar o texto em votação e já se posicionou contra o fim do sigilo eterno.

Na reunião de hoje da comissão, Collor fez duras críticas ao requerimento encaminhado pelo GSI e chegou a articular a apresentação de um novo pedido de informações ao ministro, o que suspenderia mais uma vez a tramitação da proposta.

Apesar de ter conquistado o apoio de vários senadores para reiterar o pedido de informações durante a reunião, Collor ainda não decidiu se fará.

Ele considerou as respostas do GSI insuficientes, mas destacou que o texto é positivo porque o ministro afirma que participou do processo de discussão da proposta original (que permitia o sigilo eterno) e que a proposta traz "dispositivos aptos a salvaguardar os documentos cuja divulgação possa trazer prejuízos o país".

Collor disse que o requerimento foi respondido "sem maior interesse de esclarecer ou detalhar o solicitado". Ele disse que foi enganado pelo governo que prometeu discutir a proposta sem pressa e ao mesmo tempo mobilizou a base para aprovar que o projeto tramitasse em regime de urgência.

E completou: "Quer dizer que a Câmara pode discutir por vários anos e o Senado tem que receber esse enlatado e engoli-lo? Não".

O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que deve submeter o texto ao plenário do Senado em duas semanas.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9792 ... osos.shtml

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Set 22, 2011 3:08 pm
por Sterrius
so eu impressionado com a falta de arquivos ultrasecretos?

O País é mais aberto do que parece em informação pelo visto ja que até o numero de documentos é baixo.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sex Out 14, 2011 1:53 pm
por Wingate
Cabo Anselmo será o entrevistado do RODA VIVA:

http://www.estadao.com.br/noticias/arte ... 5300,0.htm


Wingate

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Out 18, 2011 1:53 pm
por rodrigo
Cabo Anselmo diz em entrevista ao Roda Viva que não se arrepende de nada do que fez

SÃO PAULO - Figura controversa da história do país, Cabo Anselmo, que ganhou notoriedade ao entregar parte dos companheiros de esquerda que lutavam contra a ditadura militar, disse na noite desta segunda-feira, que não se arrepende de nada do que fez, nem de ter entregado militantes à morte, assassinados em emboscadas armadas pelas forças de repressão.


- Me arrependo (apenas) de ter traído meu compromisso com a pátria, quando deixei a Marinha e passei para o lado da insubordinação - disse o ex-militar durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo.

Cabo Anselmo, ou José Anselmo dos Santos, foi expulso da Marinha depois de um motim, nos anos 60, e preso pela ditadura militar. Em troca da liberdade delatou perseguidos políticos ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops, incluindo sua namorada, Soledad Viedma, que acabou morta pela tortura. Cooptado pelos órgãos de segurança, tornou-se agente duplo e sua atuação foi decisiva para desmontar grupos de resistência armada urbana à ditadura.

Depois de integrar organização que reagia à repressão dos militares, ele contou que só começou a delatar os companheiros de esquerda após ter sido torturado, em 1971

- Comecei depois do pau de arara, dos choques elétricos, daquele horror todo - disse.

Cabo Anselmo não se abalou a ser perguntado se não sentia algum tipo de remorso por ter sido o responsável pela chacina de seis pessoas, em Recife, com 14 tiros na cabeça, incluindo sua mulher, a paraguaia Soledad.

- Quantas pessoas assassinadas naquele tempo e com armas dos dois lados? Todos morreram com tiro em uma guerra declarada.

Soledad, que foi assassinada grávida, foi descrita por ele como uma "criatura doce", "carinhosa", "poetisa", "filha de dirigentes comunistas paraguaios" e que "escolheu" enfrentar os policiais da ditadura. Perguntado por que a havia traído, negou.

- Não traí - afirmou, lembrando que ela não lhe dava nenhuma informação.

Segundo a versão apresentada por Cabo Anselmo nesta segunda-feira no Roda Viva, as colaborações de delação que fazia eram feitas na época por um "sombra", Carlos Alberto, que o acompanhava sempre.

- O Carlos Alberto já seguia e fazia todo o trabalho para fora. O que acontecia ali eu não sabia. Naquele momento, não. Quem passava todas as informações era minha sombra, que era um homem do Fleury.

Cabo Anselmo disse também que nunca votou, por não ter documentos, mas "talvez" tivesse votado no candidato tucano José Serra, ex-governador de São Paulo, na última eleição presidencial.

- Talvez tivesse votado no Serra. Dos males o menor - afirmou.

Ele disse que poderia ir depor à Comissão da Verdade para falar o que fez pela repressão, quantas pessoas morreram, entre outras informações, mas impôs condições:

- Estou disposto a contar tudo isso desde que a comissão seja composta por gente tanto da direita quando da esquerda, que tenha objetivo de recompor os lados.

Cabo Anselmo, que não tem nenhum documento, nem carteira de identidade, está pleiteando indenização tendo como base a sua expulsão da Marinha.

- Não quero indenização nem coisa nenhuma. Quero que se cumpra a lei, e se a lei espalhou milhões, não quero nada. Mas se houve uma anistia, fui expulso, então essa expulsão deixou de existir - disse, reivindicando: - Quero uma aposentadoria.

Ele disse ainda que vive atualmente com a "colaboração" financeira de três pessoas, empresários, "nunca ligados à força militar", que se "condoeram" de sua situação financeira.

Ele revelou que já teve muito medo de morrer, mas que hoje vive tranquilo.

- Tive muito medo. No começo tive muito. Hoje não, não temo mais nada - disse.

Em seguida ele teve de responder porque ainda vive escondido se não tem mais medo:


- Não gosto do barulho da cidade, da desinformação da cidade. Prefiro viver apartado de tudo isso, em silêncio.

Ele voltou a repetir porque decidiu trair seus companheiros de esquerda:

- Para ajudar a impedir uma guerra civil.

Ele admitiu que a questão de sua mulher Soledad, que entregou para a polícia, e foi morta ao lado de outros companheiros, não está resolvida.

- Não está resolvido, mas isso não significa que não possa ter razão para não viver tranquilo.

Ele não quis citar nomes:

- Não quero falar. Devo constranger determinadas pessoas e não quero falar.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/1 ... z1b9JAHZsc
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Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Out 18, 2011 6:13 pm
por P. K. Liulba
E "Anselmo" ainda está vivo...
Ora, onde está o "revanchismo" se ele não encontrou alguma bala como algoz?

Em tempo: a "esposa" que foi assassinada grávida devido a uma delação do infeliz, por acaso, carregava um filho dele no útero? Se afirmativo, mostra bem o caráter...

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Out 18, 2011 9:21 pm
por suntsé
P. K. Liulba escreveu:E "Anselmo" ainda está vivo...
Ora, onde está o "revanchismo" se ele não encontrou alguma bala como algoz?

Em tempo: a "esposa" que foi assassinada grávida devido a uma delação do infeliz, por acaso, carregava um filho dele no útero? Se afirmativo, mostra bem o caráter...

Falou tudo, não tenho palavras para descrever este elemento ignóbil.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Out 27, 2011 8:56 am
por J.Ricardo
Notícia fantástica:

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9973 ... tina.shtml
26/10/2011 - 22h10

"Anjo da morte" é condenado à prisão perpétua por crimes na ditadura argentina

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 22h18.

A Justiça da Argentina condenou na noite desta quarta-feira o ex-capitão da Marinha Alfredo Astiz, 59, à prisão perpétua por crimes contra a humanidade, torturas e sequestros cometidos durante a ditadura no país, entre 1976 e 1983.

"Condeno Alfredo Astiz à pena de prisão perpétua por privação ilegítima de liberdade, tortura e homicídio", foi o veredicto do tribunal que julgava 18 militares repressores da ditadura, a maioria ex-membros da Marinha.



Marcos Brindicci/Reuters
Imagem
Ex-oficial Alfredo Astiz, conhecido como "Anjo Louro da Morte"; Justiça argentina o condena a prisão perpétua

Astiz, conhecido como o "anjo louro da morte", já tinha sido condenado à prisão perpétua à revelia na França e na Itália, e é considerado um agente emblemático da repressão durante a ditadura.

O comandante Astiz, reformado em 1998 por dizer à imprensa que "mataria" e "colocaria bombas" se recebesse ordens, foi considerado culpado do desaparecimento das freiras francesas Leonie Duquet e Alice Domon, da fundadora das Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor, e do escritor e jornalista Rodolfo Walsh, entre outras vítimas.

O chefe de Astiz durante a ditadura, o comandante Jorge "Tigre" Acosta, também foi condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade.

Ainda em maio deste ano, o governo argentino pedira a prisão perpétua a Astiz, que já havia sido condenado, em 2010, à mesma pena pela Justiça francesa.

As religiosas francesas foram sequestradas nos dias 8 e 10 de dezembro de 1977, ao lado de dez militantes de defesa dos direitos humanos --entre eles a fundadora do movimento Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor.

Com a condenação, o ex-oficial, de 59 anos, poderá permanecer na prisão além do limite de 25 anos previsto pela lei, sem possibilidade de recurso.

A ditadura argentina é considerada uma das mais sangrentas da América do Sul. De acordo com organizações de direitos humanos, cerca de 30 mil pessoas morreram ou desapareceram durante o regime militar.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Out 27, 2011 11:13 am
por marcelo bahia
suntsé escreveu:
P. K. Liulba escreveu:E "Anselmo" ainda está vivo...
Ora, onde está o "revanchismo" se ele não encontrou alguma bala como algoz?

Em tempo: a "esposa" que foi assassinada grávida devido a uma delação do infeliz, por acaso, carregava um filho dele no útero? Se afirmativo, mostra bem o caráter...

Falou tudo, não tenho palavras para descrever este elemento ignóbil.
Se existisse revanchismo mesmo, minha família seria uma das interessadas em meter uma bala nesse desgraçado!

Meu avô (ex-paraquedista do EB) saiu para trabalhar num dia qualquer de 1978 e nunca mais apareceu. O carro dele foi encontrado no aeroporto de Salvador, mas não havia nenhum sinal de que ele teria comprado alguma passagem ou registro de embarque. Até hoje é um "desaparecido", minha família nunca encontrou o corpo. Minha avó nunca se recuperou e até hoje sofre. Não temos a menor dúvida que a ditadura o matou.

Em tempo: ele não era comunista, mas estava contra os marginais de Golbery que se apossaram do país.

Sds.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Out 27, 2011 11:27 am
por marcelo bahia
J.Ricardo escreveu:Notícia fantástica:

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9973 ... tina.shtml
26/10/2011 - 22h10

"Anjo da morte" é condenado à prisão perpétua por crimes na ditadura argentina

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 22h18.

A Justiça da Argentina condenou na noite desta quarta-feira o ex-capitão da Marinha Alfredo Astiz, 59, à prisão perpétua por crimes contra a humanidade, torturas e sequestros cometidos durante a ditadura no país, entre 1976 e 1983.

"Condeno Alfredo Astiz à pena de prisão perpétua por privação ilegítima de liberdade, tortura e homicídio", foi o veredicto do tribunal que julgava 18 militares repressores da ditadura, a maioria ex-membros da Marinha.
Esse Astiz foi um dos caras mais covardes e canalhas entre os que eu já tive o desprazer de escutar. Quem tiver interesse, pode buscar o depoimento dele na internet.

A "prisão" perpétua dele vai ser como a dos demais; com mordomias e entrando e saindo da prisão na hora que bem entender.

Sds.