Carlos Mathias escreveu:Orestes, a coleira não é logística, essa até se contorna como fez/faz o Irã, que mantém aviões do seu arqui-inimigo voando. A coleira maior e que deixa o povo ressabiado é a coleira política. Essa é praticamente automática se comprarmos tudo dos EUA. E muitas portas vão se fechar dessa maneira.
Seria ótimo termos caças e armas americanas aqui? Claro, ótimo. Mas... Não poderemos mais ficar neutros após essa aproximação com relações carnais. Por mais que expliquemos que somos os mesmos, muita gente boa vai ficar com o pé atrás conosco. E quais as implicações políticas e econômicas disso? Voltaremos a ser uma economia de uma parceiro só? Um cospe e o outro se afoga?
Acho que esse é o maior preço. Não fosse assim, porque nosso governo não pega logo? Pô amigo, F-16 de graça? F-15? Tudo liberado e até manutenção? Coisa que para bem poucos aliados eles oferecem. Ou seja, deve ter muito osso aí no meio, ninguém ofereçe mundos e fundos à troco de nada. Só álcool acho que não justifica, nem o Chávez.
Vamos observar, vamos observar.
Olá Carlos,
o programa do etanol é apenas um dos processos de sedução usado pelos americanos, a coisa está longe de parar por aí. Não estamos trocando vendas de porco/frango por álcool, o "buraco é bem mais em baixo". Acredite.
Os americanos não estão oferecendo nada de graça, longe disso. Ainda mais manutenção. Uma técnica deles, muito comum por sinal, é doar (empurrar??) alguns produtos usados, mas não precisamos aceitar. Não podemos achar que todos da FAB são topeiras, não pode ser assim. Eu em particular, não penso assim, por mais que vejo besteiras neste sentido aqui no DB.
Os F-16 oferecidos (novos) não serão de graça, teremos um preço a pagar, mas mesmo assim, a relação custo/benefício é melhor até agora. Os F-15 usados não serão "free". Além disso, são de operação e manutenção caras. A FAB não disse sim, apenas foi olhar de perto a tal proposta que quase todos aqui no DB disseram não existir.
Não existe este papo de economia de um parceiro só. Isto nunca existiu e nem é a proposta deste governo. Mas qualquer país que vire as costas para a maior economia do planeta é uma besta. Não tem como negar isso, precisamos vender e eles precisam comprar.
Posso garantir a você e este "contato íntimo" com os americanos não está relacionado com compras bélicas somente. Isto é só a ponta de um gigantesco Iceberg. A única coisa que posso dizer é que é tão grande o processo, que o "troco" é o que virá para as FFAA brasileiras. Daí não faz sentido falar em coleiras.
Forte abraço,
Orestes