Página 6 de 8
Enviado: Dom Abr 18, 2004 10:29 am
por LEO
E tem outro lado de colocar o Exército nas ruas. O custo disso.
Todo o custo da manutenção das forças militares nas ruas saíriam dos cofres do Exército, creio eu.
Na última vez que o Exército esteve nas ruas no Rio de Janeiro, foi durante alguns dias, o que gerou gastos de mais $300.000 no período.
Enviado: Dom Abr 18, 2004 10:57 am
por Vinicius Pimenta
Provavelmente os custos da operação seriam pagos pelo Governo Federal. Mas sabe-se que os desgastes e manutenção dos equipamentos seriam pagos pelo EB. De qualquer forma, os custos são irrelevantes, caso fosse necessário, o EB deveria ser chamado independentemente dos custos. Porém, como disse, não é o caso.
Enviado: Dom Abr 18, 2004 12:46 pm
por drakonwulf
mesmo dependendo dos custos, acho q so a experiencia e o treinamento em guerrilha urbana para o EB nao teria preco...
...
Enviado: Dom Abr 18, 2004 1:17 pm
por Super Flanker
Eu não acho não que a situação que se encontra o Rio hoje se difere muito poco com o resto da país.
É claro que em todo país tem assautos, sequestro, etc. Mas o Rio está muito pior. E não sou só eu que acho isso. Muitos gavernantes pedem que coloquem o exercito na rua la no Rio, por que? Por que o Rio é a cidade que mais necessita do exercito hoje.
falow.
Enviado: Dom Abr 18, 2004 2:41 pm
por Sniper
drakonwulf escreveu:mesmo dependendo dos custos, acho q so a experiencia e o treinamento em guerrilha urbana para o EB nao teria preco...
concordo plenamente!! e seria melhor gastar em uma operação real que iria reprimir a criminalidade e treinar os soldados em guerra urbana (que por sinal o EB tem treinamento quase que nenhum!!!) do que so em treinamento fictício!!
Enviado: Dom Abr 18, 2004 7:11 pm
por Vinicius Pimenta
Desculpe SF, mas você está falando sem saber. Você escuta falar mais do Rio porque, sem querer desmerecer, violência na cidade mais conhecida do país dá muito mais IBOPE.
Muitos gavernantes pedem que coloquem o exercito na rua la no Rio, por que? Por que o Rio é a cidade que mais necessita do exercito hoje.
Porque estão todos querendo fazer política. Você acha que eles são sérios? Se eles fosse a situação não estaria como está em todo o país.
E outra. Treinar o EB pra guerrilha urbana? Não vai ter treinamento nenhum, se eles entrarem em qualquer favela não vai ter conflito.
Enviado: Dom Abr 18, 2004 8:19 pm
por Rodrigo Cadoni
Enviado: Qua Abr 21, 2004 12:24 am
por Spetznaz
Opa.
Bem. A situaçao do rio de janeiro é bem atípica mesmo.
A violencia lá, talvez nao em numeros, mas em complexidade e força dos grupos bandidos é muito superior.
Nao precisa nem falar em fuzis e confrontos violentos. Basta falar das inúmeras comunidades, dentro do Rio, que vivem uma lei completamente diferente da do nosso país. Lojas sao fechadas, há toque de recolher, há penas próprias, enfim, há um Estado paralelo.
Nao existe no país uma situaçao sequer parecida com essa. Em Sao Paulo o PCC começou a fazer esse tipo de açao mas logo foi desbaratinado, ou ao menos enfraquecido. Aqui no ES, temos uma violencia per capta enorme em relaçao a numeros. Porém, nunca ouvi dizer de um caso de fechamento arbitrario de estabelecimentos, nem de bandidos que nao tem medo de policiais e que trocam tiros com eles só por entrarem em uma determinada área. Definitivamente esse tipo de situaçao nao existe em lugar algum do país.
Nao falo de numeros, falo de situaçao fatica. A criminalidade no Rio, querendo ou nao, fugiu ao controle do Estado. A criminalidade lá, já atingiu um outro patamar de evoluçao, está anos luz a frente de qq outro Estado.
Nao sei qual seria a medida a ser tomada em uma situaçao dessas, mas creio que medidas drasticas devem ser tomadas imediatamente. Falo de estado de defesa, ou qualquer atitude similar, que cerceie a liberdade dos cidadaos e permitao ao poder público uma ingerencia maior para tentar, ao menos enfraquecer esses grupos.
Hj em dia o poder publico carioca tem que viver de acordos com os grupos bandidos, caso contrario a situaçao vira um inferno. Basta uma ordem de um sujeito que está preso para que aquilo se transforme em uma guerra civil. É uma situaçao de total descontrole que deve ser controlada pelo poder federal, antes que as coisas piorem.
Valeu gente.
Enviado: Qua Abr 21, 2004 12:33 am
por Marechal-do-ar
Pronto o spetz disse tudo o que eu queria dizer.
Enviado: Qua Abr 21, 2004 8:37 am
por VICTOR
Sou mais a linha Spetz/Marechal aqui. Apesar da violência existir em todas as capitais, é inegável que no Rio a magnitude é bem maior.
Tenho muitos conhecidos do Rio, incluindo amigos e até "parentes" agregados (a família de minha esposa é dali). Em todos, eu noto uma postura semelhante ao do Vinicius:
- não é tão ruim
- mesmo que seja ruim não atinge quem está aqui em baixo
- exagero da mídia
- a polícia é suficiente
Eu acho que essa postura é em parte a causadora do atual estado das coisas, associado a governos que fizeram conluios com os traficantes, dando a eles poderes estatais para cobrir sua própria ineficiência.
O primeiro passo para que algo realmente melhore é o povo assumir que está horrível, está uma M&**@, e não dizer que "veja, está tudo bem". E não estou me referindo necessariamente ao Vinicius, mas aos fluminenses em geral.
Aliás, em novembro, Carlos Eduardo vai ao Rio! Minha última vez foi há dois anos, e estou com saudade - gosto pacas desse lugar.
Enviado: Qua Abr 21, 2004 12:07 pm
por Vinicius Pimenta
O problema do Rio que eu falei é basicamente a diferença geográfica. Tomando o exemplo da Rocinha. Deixou-se chegar ao um ponto que aquilo é um labirinto para a polícia. A desordem das construções faz com que viaturas (bombeiros/polícia) não cheguem em todos os lugares simplesmente pela falta de uma rua larga o suficiente. Tendo isso em vista, invadir não é a coisa mais fácil.
Além disso, não adianta chegar e ocupar quando a situação apertar. Desde aquele evento não existe tráfico na Rocinha. Porém a polícia vai sair, e quando sair, algum grupo vai assumi-lo. A alternativa seria um conjunto de políticas sérias de todos os poderes (federal, estadual e municipal) que tragam para essas comunidades o poder do Estado brasileiro. Não adianta só subir polícia. Aliás é exatamente a polícia a única coisa do Estado que sobe! O resto fica restrito aos pontos mais baixos das favelas.
Uma solução simples seria abrir ruas largas na favela, permitindo um acesso mais fácil dos poderes públicos. As casas que tiverem que ser removidas seriam desapropriadas (se é que elas são legais) e transferidas até mesmo para a própria favela, mas em habitações a serem construídas. O ambiente da formaque está é propício a prolifereção do tráfico.
Enviado: Qua Abr 21, 2004 12:29 pm
por Vinicius Pimenta
Polícia encontra arsenal com granadas e minas terrestres
RJ TV
RIO - A polícia fez nesta terça-feira uma das maiores apreensões de munição e armamento dos últimos anos. Ao todo, oito minas terrestres, 16 granadas, 30 mil cartuchos para diferentes modelos de fuzil, um fuzil AR-15 e coletes à prova de balas foram apreendidos numa casa na Favela da Coréia, em Bangu. Foi a primeira vez que houve uma preensão de minas terrestres no Estado do Rio.
As granadas são fabricadas por uma empresa do interior de São Paulo. Segundo o professor Ronaldo Leão, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), as oito minas são de fabricação belga e já foram usadas em várias guerras. O armamento apreendido hoje é um modelo antipessoal, ou seja, usado para ferir gravemente a vítima. O mecanismo é acionado quando alguém pisa na mina, que explode, e pode atingir também outras pessoas a uma distância de até três metros.
O fuzil e os coletes a prova de balas também estavam escondidos na mesma casa na Favela da Coréia. Segundo as investigações, que começaram há dois meses, o material pertence à quadrilha do traficante Robinho Pinga, que está foragido. O secretário estadual de Segurança, Anthony Garotinho, cobrou empenho go governo federal para que este tipo de armamento não chegue ao Rio.
- Essas armas não são fabricadas no Rio de Janeiro. Essas armas são armas exclusivas de uso militar e a pergunta que nós temos que fazer é como elas estão saindo de onde estão saindo e chegando onde estão chegando. As autoridades federais, que são responsáveis por esse tipo de armamento, devem também fazer a sua parte - declarou.
O diretor da empresa que fabrica as granadas afirmou que o material foi encomendado pelas Forças Armadas, mas disse que, por lei, não pode fornecer mais detalhes.
O Ministério da Defesa informou que armas e munição podem ser exportadas e, depois, voltar ilegalmente ao Brasil. Sobre a possibilidade de o material ser desviado dos quartéis, o ministério informou que como regra nas Forças Armadas, a infração, quando ocorre, é detectada; as armas, em geral, são recuperadas e o infrator, punido.
-------------------------------------------------------------------------------------
Assim fica difícil! Esse carregamento veio pelas estradas e passou por vários estados do país. Mas ele foi produzido aqui mesmo no Brasil! Depois as pessoas vêem criticar o Rio. É por isso que eu digo que todos têm que se unir, União, Estados e Municípios.
Enviado: Sáb Mai 01, 2004 6:47 pm
por Slip Junior
Exército treina grupo contra terror
Grupo que vai combater tráfico no Rio começou a ser treinado depois de ataques a Nova York
Hugo Marques
BRASÍLIA - As tropas do Exército que serão enviadas ao Rio de Janeiro incluem 1.100 militares especializados em operações antiterrorismo. Trata-se da Brigada de Operações Especiais do Exército (Bda Op Esp). Como antecipou ontem a colunista Dora Kramer, o governo deve conferir poder de polícia à brigada para atuar no Rio. O grupo vem sendo treinado em Goiânia (GO) desde o fim do ano passado, para operações em áreas urbanas.
A brigada é capaz de deslocar todos os seus destacamentos para qualquer parte do território brasileiro em no máximo seis horas. Além do combate ao terrorismo, a tropa recebe treinamento especial de contra-guerrilha, resgate de reféns, desativação de explosivos, resgate de pessoal amigo e seqüestro de pessoal inimigo, além de missões envolvendo ''subversão e sabotagem''. A técnica consiste em realizar busca, destruição, neutralização e interdição de alvos específicos.
A Brigada opera com a estratégia de ações de comandos, que consiste no emprego de ''destacamentos integrados por pequenos efetivos, especialmente motivados, adestrados e equipados''. O objetivo é o de possibilitar ao Exército ''meios versáteis e eficazes que lhe assegurem pronta resposta no manejo de crises e conflitos, mediante o emprego de destacamentos integrados por pequenos efetivos''.
Pelas operações de comandos, o Exército conquista superioridade para destruir, neutralizar ou interditar aeródromos, radares de vigilância, baterias antiaéreas, instalações portuárias, diques e represas, pontes e estradas e instalações de qualquer tipo de comando.
O Exército reuniu o que existe de melhor para compor esta nova força. A estrutura da Brigada inclui o Comando, o 1º Batalhão de Forças Especiais, o 1º Batalhão de Comandos, a 3ª Companhia de Forças Especiais, a Companhia de Defesa Química, Biológica e Nuclear, o Destacamento de Operações Psicológicas, o Centro de Instrução de Operações Especiais e a Base de Apoio às Operações Especiais.
A Brigada foi ativada em janeiro de 2004. Começou a ser formatada após os ataques de 11 de setembro em Nova York, por terroristas suicidas ligados à organização Al Qaeda, do terrorista árabe Osama Bin Laden.
Esta nova força de elite do Exército tem à sua disposição os equipamentos mais sofisticados que existem, incluindo computados portáteis, óculos de visão noturna, equipamentos especiais para operações na selva, montanha e caatinga, armamentos e aparelhos de comunicações, mergulho e escalada.
Segundo o Exército, a Brigada Especial é ''extremamente flexível'' e com organização ''pouco rígida'', com variedade de técnicas, procedimentos e meios disponíveis.
Os destacamentos podem conduzir ''operações profundas com o mínimo de direção e apoio'', criando possibilidades táticas e estratégicas ''de atacar o inimigo onde e quando ele estiver mais vulnerável''. O Exército explica que ''os comandos se tornam grandemente vulneráveis após denunciada sua presença''. A Brigada tem grande mobilidade aérea, provida principalmente pela Força Aérea Brasileira (FAB).
A Brigada é formada por oficiais e praças com no mínimo três anos de experiência. São militares recrutados entre os voluntários. Os ministérios da Defesa e da Justiça estão estudando formas operacionais e jurídicas para a ação da Brigada Especial no Rio. A governadora Rosinha Matheus solicitou a presença de 4 mil militares no Estado. Outra força do Exército que está apta a atuar na área é a Brigada de Infantaria Pára-quedista.
Fonte: Jornal de Brasília via NOTIMP/FAB
Abraços
Enviado: Sáb Mai 01, 2004 11:53 pm
por Vinicius Pimenta
Só quero ver. Quando a BDA chegar só quero ver se eles vão poder agir como se deve.
Enviado: Ter Mai 04, 2004 1:21 am
por Balena
Prezados Senhores colegas de fórum,
Acredito sim, que possa haver a necessidade de intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, mas gostaria de, desde já, informa-los que não gosto de ver as nossas FFAA fazendo o trabalho da polícia. O uso de tropas federais deve ser condicionado pelo termômetro da situação, a necessidade existirá a partir do momento em que se esgotarem todas as capacidades do Estado do Rio de Janeiro em manter a lei e a ordem. O meu posicionamento sobre a questão segue os princípios expressos nos seguintes artigos constitucionais:
- artigo 34. “A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:”
III – “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública”
VII – “assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais”
b) “direitos da pessoa humana”
- artigo 136. Sobre o Estado de Defesa
- artigos 137, 138 e 139. Sobre o Estado de Sítio
Qualquer forma de atuação que estiver fora da esfera da constituição, pra mim não existe.