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Mensagem
por amx2000 » Seg Fev 12, 2007 2:16 pm
I want you, Brazil
Os Estados Unidos agora vêem o Brasil como um parceiro prioritário e estratégico. Eles querem etanol barato e uma postura mais ativa do Itamaraty contra o chavismo
Por Gustavo Gantois
De tempos em tempos, o Brasil desperta a cobiça norte-americana. E, na semana passada, o País sofreu uma investida digna de Hollywood. Em vez de mariners ou tomahawks, no entanto, foram três membros do governo Bush que desembarcaram em Brasília. Enquanto o secretário de Justiça, Alberto Gonzáles, expunha a política americana de combate ao narcotráfico ao ministro Márcio Thomaz Bastos, Nicholas Burns, subsecretário de Estado, e Thomas Shannon, responsável pelo Hemisfério Sul, devidamente acompanhados de uma horda de seguranças, vieram com a explícita missão de conquistar a simpatia do presidente Lula aos ambiciosos planos americanos na área energética. Na quarta-feira 7, os dois expuseram ao chanceler Celso Amorim, sem nenhuma cerimônia, a intenção. “A energia tende a distorcer o poder de alguns Estados que têm um peso muito negativo no mundo, como a Venezuela e o Irã”, disparou Burns. “Quanto mais pudermos diversificar nossas fontes de energia e nos tornarmos menos dependentes do petróleo, melhor ficaremos.” Foi a primeira vez que alguém com acesso direto ao Salão Oval manifestou o interesse americano em minar as economias contrárias à sua por meio de investimentos em novas formas de energia. E o Brasil, exemplo mundial em combustíveis alternativos, por conta do sucesso do álcool, tornou-se assim um aliado preferencial da Casa Branca.
Essa corrida pelo etanol foi um dos principais destaques do discurso anual do presidente George W. Bush ao Congresso, no qual traçou como objetivo reduzir o consumo de gasolina em 20% nos próximos dez anos. A justificativa oficial, no entanto, era diminuir a agressão ao meio ambiente. “Há também objetivos geopolíticos nessa questão”, diz o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira, especialista em temas internacionais. Hoje, a Venezuela, de Hugo Chávez, é o quarto maior fornecedor de petróleo para os Estados Unidos. O Irã, por sua vez, é o terceiro maior produtor mundial do combustível. Mas Bush pretende mudar esse quadro. Graças ao poderoso lobby do milho e do etanol, ele aprovou em 2002 um enorme aumento dos subsídios agrícolas, que saltaram para US$ 190 bilhões. O Congresso ainda impôs tarifa de US$ 0,54 por cada galão de etanol importado, para tentar reduzir a penetração do álcool brasileiro no mercado americano. Mas isso, com a nova disposição do Departamento de Estado em relação ao Brasil, pode mudar. “Queremos abrir nosso mercado”, prometeu Burns. “Mas primeiro temos de cuidar da nossa indústria. E o Brasil precisa aumentar a sua produção para atender às demandas internas e de outros países.” O Brasil produz hoje 18 bilhões de litros de álcool. Para suprir a demanda pretendida por Bush, seriam necessários pelo menos mais 130 bilhões de litros. E é por isso que a idéia dos americanos é fazer com que Brasil e EUA criem projetos-piloto em países da América Central, com tecnologia nacional.
A viagem dessa comitiva a Brasília deixou claro que desta vez são os americanos, dependentes do petróleo de países hostis, que precisam do Brasil. E isso pode melhorar as condições negociais do Itamaraty na busca de um eventual acordo em torno do etanol. Um dos mais otimistas em relação a isso é o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que se juntou a Jeb Bush, irmão do presidente Bush, numa iniciativa pan-americana em torno do etanol. “É uma oportunidade histórica”, diz ele. Hoje, os Estados Unidos respondem por 28% do PIB global. Ainda representam o maior mercado de consumo do mundo, mas sua influência externa vem sendo reduzida durante a era Bush. Além de um déficit externo superior a US$ 1 trilhão, que tem feito o dólar desabar em relação a todas as moedas, os norte-americanos perderam a liderança moral que já ostentaram no passado, desde a invasão do Iraque. Se o Itamaraty souber aproveitar as possibilidades que se abrem com a ofensiva de Bush, o Brasil poderá lucrar alguns bilhões de dólares com seu novo aliado.
POTENCIAL - 130 bilhões de litros de etanol seriam necessários para suprir a demanda norte-americana em 2010.
Fonte isto e.
Olha se o Brazil souber negociar vai se dar bem!
Quanto aos aviaoes Norte americanos sao otimos mas so se caixa preta vier aberta.
Ate+