Tio Bush vem aí

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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hayes
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#76 Mensagem por hayes » Dom Fev 11, 2007 6:55 pm

Carlos Mathias escreveu:E falando muito sério. O assunto "coleira" de maneira nenhuma pode ser dissossiado(?) da compra de um caça avançado pela FAB. Estaremos gastando 1,5 + bilhão de dinheiros, portanto, esqueçer uma de todas as matizes envolvidas seria no mínimo descuido, pois que no futuro podemos nos ver atrelados as políticas de governos externos, de maneira que impeça o uso do que compramos e pagamos. Não considero que o assunto "coleira" seja birra, ou cisma. Assim como tecnologia, logística e etc. São todas variantes no processo de escolha e todas têm que ser consideradas. Mas concordo plenamente que há escorregos durante as discussões.

Já temos o exemplo do EMB-145 da PF, que custou "apenas" 12 milhas, agora, quando a coisa vai prá casa dos bilhões e envolve a soberania do país...

Concordo integralmente com o Sr. Apenas entendo, pela minha experiência que coleira há de todos os lados. A coleira só não existe em um único caso: equipamento nacional desenvolvido com tecnologia própria.

Qualquer coisa fora deste prisma não passa de dogmatismo.


Sds.




Carlos Mathias

#77 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Fev 11, 2007 7:02 pm

Concordo também, porém há coleiras e coleiras. Umas bem mais longas e outras bem mais curtas. Não há como negar isso também.




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#78 Mensagem por hayes » Dom Fev 11, 2007 7:06 pm

Carlos Mathias escreveu:Concordo também, porém há coleiras e coleiras. Umas bem mais longas e outras bem mais curtas. Não há como negar isso também.

Você vai me perdoar se eu não concordar. As "coleiras" tem todas elas o mesmo "tamanho". Não existe sequer um único caso em que um cliente confrontou interesses do fornecedor, e em que este não tenha tomado medidas contra isso, incluindo-se a afamada "coleira"!




Carlos Mathias

#79 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Fev 11, 2007 7:19 pm

Não Hayes, não digo neste sentido. Refiro-me por exemplo à aversão americana em repassar tecnologia moderna, à quantidade de conflitos econômicos e políticos em que estão envolvidos e, por conseguinte, uma muito maior chance de, num dado momento qualquer, confrontar-se com os interesses de algum aliado ou deles mesmos.

Um exemplo bem básico foi o conflito africano, entre Eritréia(?) e Etiópia, em que as duas partes usavam material russo. Ambos foram abastecidos e inclusive, após o fim das hostilidades, um segundo país dotou-se dos SU-27 devido ao sucesso do avião em mãos inimigas. No cenário sul-americano por exemplo, já temos quizumba com/entre o Chávez e vários vizinhos "amigos" dos americanos, isto já teve seus efeitos na manutenção da operacionalidade dos F-16 venezuelanos. Eles - americanos - estão errados? Não, de forma alguma. Mas se formos analisar o cenário mundial, qual país tem mais chances de se envolver em guerras e problemas? E mesmo assim, nós já passamos por problemas relativos a vetos e embargos americanos, mesmo sendo "amigo" de longa data. Todos sabemos de N casos.

É neste sentido que me refiro para destacar que as coleiras não são absolutamente iguais. O aspecto político é o maior encurtador de coleiras, a instabilidade das relações americanas torna a coleira deles um elástico.

Rússia, França, Suécia e outros tem uma coleira muito mais longa. :wink:




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#80 Mensagem por hayes » Dom Fev 11, 2007 7:35 pm

Desculpe Sr. Carlos, mas a tentativa de continuar classificando a "coleira" ianque de "mais apertada" não cola mais, especialmente devido aos últimos fatos à que tivemos acesso, sobre a "coleira" russa.

Sobre "transferência tecnológica", não passa novamente de outro dogmatismo. Pelo valor do F-X (isto mesmo, do antigo F-X), dizer que existiria algum tipo de Transferência Tecnológica para o Brasil soa como brincadeira de mau gosto.

Ou o país compra pela bagatela de alguns bilhões de dólares, separadamente das aeronaves, ou não terá qualquer natureza de transferência tecnológica.




Carlos Mathias

#81 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Fev 11, 2007 7:37 pm

Se você pensa assim, ótimo.




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#82 Mensagem por hayes » Dom Fev 11, 2007 7:40 pm

Carlos Mathias escreveu:Se você pensa assim, ótimo.

Que bom que nos entendemos. :)




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#83 Mensagem por amx2000 » Seg Fev 12, 2007 2:16 pm

I want you, Brazil

Os Estados Unidos agora vêem o Brasil como um parceiro prioritário e estratégico. Eles querem etanol barato e uma postura mais ativa do Itamaraty contra o chavismo

Por Gustavo Gantois

De tempos em tempos, o Brasil desperta a cobiça norte-americana. E, na semana passada, o País sofreu uma investida digna de Hollywood. Em vez de mariners ou tomahawks, no entanto, foram três membros do governo Bush que desembarcaram em Brasília. Enquanto o secretário de Justiça, Alberto Gonzáles, expunha a política americana de combate ao narcotráfico ao ministro Márcio Thomaz Bastos, Nicholas Burns, subsecretário de Estado, e Thomas Shannon, responsável pelo Hemisfério Sul, devidamente acompanhados de uma horda de seguranças, vieram com a explícita missão de conquistar a simpatia do presidente Lula aos ambiciosos planos americanos na área energética. Na quarta-feira 7, os dois expuseram ao chanceler Celso Amorim, sem nenhuma cerimônia, a intenção. “A energia tende a distorcer o poder de alguns Estados que têm um peso muito negativo no mundo, como a Venezuela e o Irã”, disparou Burns. “Quanto mais pudermos diversificar nossas fontes de energia e nos tornarmos menos dependentes do petróleo, melhor ficaremos.” Foi a primeira vez que alguém com acesso direto ao Salão Oval manifestou o interesse americano em minar as economias contrárias à sua por meio de investimentos em novas formas de energia. E o Brasil, exemplo mundial em combustíveis alternativos, por conta do sucesso do álcool, tornou-se assim um aliado preferencial da Casa Branca.

Essa corrida pelo etanol foi um dos principais destaques do discurso anual do presidente George W. Bush ao Congresso, no qual traçou como objetivo reduzir o consumo de gasolina em 20% nos próximos dez anos. A justificativa oficial, no entanto, era diminuir a agressão ao meio ambiente. “Há também objetivos geopolíticos nessa questão”, diz o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira, especialista em temas internacionais. Hoje, a Venezuela, de Hugo Chávez, é o quarto maior fornecedor de petróleo para os Estados Unidos. O Irã, por sua vez, é o terceiro maior produtor mundial do combustível. Mas Bush pretende mudar esse quadro. Graças ao poderoso lobby do milho e do etanol, ele aprovou em 2002 um enorme aumento dos subsídios agrícolas, que saltaram para US$ 190 bilhões. O Congresso ainda impôs tarifa de US$ 0,54 por cada galão de etanol importado, para tentar reduzir a penetração do álcool brasileiro no mercado americano. Mas isso, com a nova disposição do Departamento de Estado em relação ao Brasil, pode mudar. “Queremos abrir nosso mercado”, prometeu Burns. “Mas primeiro temos de cuidar da nossa indústria. E o Brasil precisa aumentar a sua produção para atender às demandas internas e de outros países.” O Brasil produz hoje 18 bilhões de litros de álcool. Para suprir a demanda pretendida por Bush, seriam necessários pelo menos mais 130 bilhões de litros. E é por isso que a idéia dos americanos é fazer com que Brasil e EUA criem projetos-piloto em países da América Central, com tecnologia nacional.

A viagem dessa comitiva a Brasília deixou claro que desta vez são os americanos, dependentes do petróleo de países hostis, que precisam do Brasil. E isso pode melhorar as condições negociais do Itamaraty na busca de um eventual acordo em torno do etanol. Um dos mais otimistas em relação a isso é o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que se juntou a Jeb Bush, irmão do presidente Bush, numa iniciativa pan-americana em torno do etanol. “É uma oportunidade histórica”, diz ele. Hoje, os Estados Unidos respondem por 28% do PIB global. Ainda representam o maior mercado de consumo do mundo, mas sua influência externa vem sendo reduzida durante a era Bush. Além de um déficit externo superior a US$ 1 trilhão, que tem feito o dólar desabar em relação a todas as moedas, os norte-americanos perderam a liderança moral que já ostentaram no passado, desde a invasão do Iraque. Se o Itamaraty souber aproveitar as possibilidades que se abrem com a ofensiva de Bush, o Brasil poderá lucrar alguns bilhões de dólares com seu novo aliado.

POTENCIAL - 130 bilhões de litros de etanol seriam necessários para suprir a demanda norte-americana em 2010.


Fonte isto e.



Olha se o Brazil souber negociar vai se dar bem!



Quanto aos aviaoes Norte americanos sao otimos mas so se caixa preta vier aberta.

Ate+




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#84 Mensagem por WalterGaudério » Seg Fev 12, 2007 5:25 pm

amx2000 escreveu:I want you, Brazil

Os Estados Unidos agora vêem o Brasil como um parceiro prioritário e estratégico. Eles querem etanol barato e uma postura mais ativa do Itamaraty contra o chavismo


POTENCIAL - 130 bilhões de litros de etanol seriam necessários para suprir a demanda norte-americana em 2010.

....
Fonte isto e.



Olha se o Brazil souber negociar vai se dar bem!



Quanto aos aviaoes Norte americanos sao otimos mas so se caixa preta vier aberta.

Ate+


No Problem.

Mas se não pudermos arrancar aviões, vai ter ser outra coisa.

Os caras estão querendo mesmo(no bom sentido).

Então vamos espremer o limão para ter limonada. Acho que é o EB que pode arrancar alguns brinquedos legais, tipo mais M-109, M-777, o que não dá é para ficar de mãos abanando.

A FAB pode arrancar algusn helis, já que eles parecem não ter gostado dos Mi-171.

Walter

sds

Walter




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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#85 Mensagem por Plinio Jr » Seg Fev 12, 2007 5:43 pm

Eu ainda acredito que não deva rolar nada em termos de contratos militares nesta visita (se houver, no problems..), mas não se deve ignorar jamais a capacidade política e técnica dos americanos e seus produtos por estas bandas.

Pelo visto, o fator Venezuela pode nos ser benéfico em diversos aspectos, cabe ao governo brasileiro e nossas FA´s , tirarem o melhor proveito desta situação .




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#86 Mensagem por Alcantara » Seg Fev 12, 2007 8:49 pm

Plinio Jr escreveu:(...) Pelo visto, o fator Venezuela pode nos ser benéfico em diversos aspectos, cabe ao governo brasileiro e nossas FA´s , tirarem o melhor proveito desta situação .


Eu já bati nessa tecla. Se o Brasil quizer, poderá conseguir até bastante coisa dos americanos. Mas tem que decidir, ou é aliado dos norte-americanos ou do Chaves.

Todo mundo reclama que os norte-americanos são 'imperialistas' e tal, mas eles estão ganhando dinheiro lá no Iraque. Nós estamos sendo 'imperialistas' lá no Haiti e, se soubermos negociar com os norte-americanos, podemos ganhar muito dinheiro com 'etanol' por lá.

Por mim esse seria o padrão a ser seguido. Quizera eu que fossemos 'imperialistas' na Bolívia, em Angola, etc... :roll:



Abraços!!! :wink:




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#87 Mensagem por Túlio » Seg Fev 12, 2007 11:59 pm

Pois, para mim, essa charla de 'ou é capanga de um ou é jagunço do outro' não se sustenta, meu truta: MIL VEZES MELHOR SERMOS NOSSOS PRÓPRIOS ALIADOS!

Somos Brasileiros, não ianques nem comunas internacionalistas, POWS!!!

E não precisamos andar a cabresto de ninguém!

Nem de Francês, nem de Russo, nem de ianque, nem de Venezuelano: respeitamos a todos, nos respeitem também ( e tentar me tirar pra 'corinho' não é respeito...)!

Pátria SIM!

Sabujice NÃO!




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#88 Mensagem por Alcantara » Ter Fev 13, 2007 12:02 pm

tulio escreveu:Pois, para mim, essa charla de 'ou é capanga de um ou é jagunço do outro' não se sustenta, meu truta: MIL VEZES MELHOR SERMOS NOSSOS PRÓPRIOS ALIADOS!

Somos Brasileiros, não ianques nem comunas internacionalistas, POWS!!!

E não precisamos andar a cabresto de ninguém!

Nem de Francês, nem de Russo, nem de ianque, nem de Venezuelano: respeitamos a todos, nos respeitem também ( e tentar me tirar pra 'corinho' não é respeito...)!

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Ser aliado não é ser vassalo. É escolher um lado e BANCAR isso. :?

Deitado em berço explêndido o Brasil não vai a lugar algum...
Falta coragem para ser grande.




"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
Piffer
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#89 Mensagem por Piffer » Ter Fev 13, 2007 12:45 pm

tulio escreveu:
Mental Ray escreveu:Ainda mais que alguns Cats estocados lá com eles, sem destinação nenhuma.... :twisted:


Alguns???

Mais de 160, POWS!!!


(Claro que não sabemos em que condições estão...)))


50 horas de manutenção pra cada uma de vôo... Furada. Mas que são lindos, isso são.

Abraços,




Carpe noctem!
PRick

#90 Mensagem por PRick » Ter Fev 13, 2007 3:16 pm

Concordo,

Com a idéia de termos aliados, agora vassalagem, não. :twisted:

[ ]´s




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