Enviado: Sex Nov 10, 2006 12:29 pm
Rui Elias Maltez escreveu:Colegas:
Temos que ver as coisas como elas sãio.
Muito raramente ou nunca um páis ataca outro em surpresa.
Ou seja, se um ataque houvesse, o país atacado saberia disso, e trataria de se precaver.
Imaginemos um cenário de guerra (impovável).
O Brasil com as forças navais a aéreas que tem quereria atacar Portugal.
São países com FA's modestas.
Ora mesmo com o A-12 a navegar a a 30 nós, Portugal tinha meio de saber e ser avisados de que vinha aí o ataque.
O A-12, como qualquer CV é vulnerável, dado que não passa de um enorme alvo desarmado no meio do mar, à mercê dos navios do país que se defende.
Se Portugal quisesse atacar o A-12 na aproximação à sua costa, o Brasil não tem navios de defesa aérea 8 e daí o que eu tenho escrito várias vezes, de que o Brasil para ter navios de projecção, necessita de encarar a sério e responsavelmente essa lacuna na sua marinha.
Também é certo que Portugal não os tem.
Pernante essa situação, o Brasil apenas teria hipótese de atacar com êxito Portugal, estabelecendo uma base de ataque em terra, num país seu aliado.
Foi o que os EUA fizeram na 11ª e na 2ª guerra do Golfo, ao estacionarem homens e viaturas em bases terrestres de países aliados na região.
E mesmo a maioria dos atauqUES ao iRAQUE NÃO SAIRAM A PARTIR DE cvn'S MAS SIM A PARTIR DE BASES COMO AS DE iÇIRLIK, NA tURQUIA, E DE dIEGO gARCIA, PAR ALÉM DA BASE DE dARHAN, NA aRÁBIA sAUDITA.
oU SEJA:
uM UNICO pa, CONVENCIONAL, COM UMA ALA EMBARCADA POBRE E SEM ESCOLTAS PARA DEFESA AÉRA NADA FAZ, MESMO PERANTE PAISES FRACOS.
a ÚNICA UTILIZAÇÃO PRÁCTICA DO a-12 ACTUALMENTE E COM O ACTUAL DISPOSITIVO NAVAL DA mb, SERÁ INTEGRÁ-LO EM fORÇAS-tAREFA COM ALIADOS, NEM MISSÕES INTERNACIONAIS DE IMPOSIÇÃO E MANUTENÇÃO DE PAZ, BLOQUEIOS MARITIMOS, ETC.
pARA MAIS NADA.
sEM QUERER OFENDER O SENTIMENTO DOS COLEGAS BRASILEROS QUE MUITO PREZO, ACREDITO QUE O bRASIL FARIA MELHOR EM REDIFINIR PROFUNDAMENTE A SUA DOUTRINA DE USO DO a-12 E INICIAR DESDE JÁ UM PROGRAMA DE REFORMULAÇÃO DO SEU DISPOSITIVO NAVAL.
sE O bRASIL NÃO É POR NORMA UM PAÍS AGRESSOR, MAS PACÍFICO, E COM UMA DOUTRINA MILITAR DEFENSIVA, DEVERIA SUBSTITUIR O a-12 POR UM BOM lhd E 2 OU 3 lpd'S QUE LHE DARIA MUITO MELHOR FLEXIBILIDADE NO QUE RESPEITA A PROJECÇÃO DE FORÇAS E NA COMPRA DE 3 OU 4 FRAGATAS aaw PARA PROJECÇÃO DE PODER, A PAR DAS ACTUAIS 6 nITEROI MODERNIZADAS.
e MANTER A FORÇA DE SUBMARINOS, PARA ESCOLTA E EXCLUSÃO DOS SEUS MARES .
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E mais uma vez peço desculpa, mas só agora reparei que o caps-lock se activou durante o post.
Mas acho que dá para perceber a minha ideia.
Caro Rui,
aqui parece existir uma diferença conceitual sobre a natureza da guerra naval e a importância dos meios que estão nela. Já como vc deu sua opinião vamos as minhas.
1- É certo que a maioria dos conflitos nascem de uma escalada, mas nem por isso o ataque pode ser descoberto, pq quem consegue a surpreza, age de tal forma que garante a mesma, seja lá como:
2- Os NAE´s são os navios de superfície mais dificeis de afundar, muito mais que qualquer escolta, pela própria natureza, os grandes NAE´s possuem proteção e dispositivos de sobrevivência do casco, que nenhuma escolta no mundo hoje tem, mesmos os grandes cascos(Ticonderoga e os outros Aegys) da Us Navy:
3- Por sinal, o afundamento do CT Sheffield com um único Exocet, que não explodiu, nos dá conta da vulnerabilidade das escoltas:
4- Como? No Iraque inúmeros ataques foram feitos a partir dos NAE´s da US Navy, mas não tem sentido vc usar um NAE, quando se dispõe de bases aéreas terrestres, dado os maiores custos da aviação embarcada em sua operação, a Guerra do Iraque não foi naval, não teve nada de naval, mesmo pq o Iraque não tinha uma marinha:
5- Você parece que só concebe os NAE´s como arma de projeção de poder, mas eles também podem ser usado como navios de controle de área marítima, arma ASW e fonte de suprimento e combustível das escoltas, ou seja, o NAE é o meio marítimo mais flexível que existe:
6- Por sinal, o um NAE da Classe do SP, pode fazer o papel de 07 escoltas ASW, operando de forma muito mais consistente e persistente uma busca ASW que elas no seu conjunto. Ainda no caso da MB, já que nossas escoltas não operam os SH-3:
7- A melhor defesa AAé de longa distância no mar, são os caças embarcados, é certo que a MB não possui escoltas AAé de longo alcance, mas acho muito mais eficaz, comprar 20 F-18, do que gastar uma fortuna comprando uma escolta para Guerra AAé:
8- Ou seja, as limitações da MB, não estão presente apenas na ala embarcada o NAe SP, mas em toda a MB, por isto mesmo gosto mais falar de forma conceitual e neste prisma, digo o seguinte:
Tenho sérias dúvidas da sobrevivência de uma Marinha sem NAe´s, operando longe de seu litoral, por melhor que sejam suas escoltas, elas não tem a menor chance contra os subs e aviões de ataque armados com mísseis ar-mar, mesmo com Aegys, eu diria que um A-4 armado com mísseis ar-mar, afundaria qualquer escolta hoje em uso no mundo, sofrendo um risco muito baixo de ser alvejado.
A melhor arma AAé, é outro avião, a melhor arma ASW são os helos. Tudo que gira de importante, decisivo na guerra naval, está acima(no ar) ou abaixo do mar(submarinos).
Por sinal, o fim da era dos Couraçados nos dizem exatamente isto, os navios de superfície só servem para duas coisas, caçar e proteger outros navios dos submarinos e proteger os NAe´s. Estes são os sentidos das escoltas, Marinha que não possui NAe e Subs, não é uma Marinha, é Guarda Costeira de Luxo, ou pode integrar uma Força Naval, na qual terá papel secundário.
Ora pq isto? No mar não existe território a ser conquistado, mas a possibilidade do domínio do comércio mundial e a capacidade de projetar poder sobre o território, assim, quem domina os mares, é a nação dominante, pq em nenhum lugar do mundo eu posso transitar livremente sem ofender a soberania e o território alheio.
Os EUA puderam se tornar uma potência mundial, quando passaram a ser os absolutos no mar, e isto se deu pq compreenderam antes de qualquer outra nação, da importância das forças combinadas no mar, são as FT´s, e elas se organizam em torno do Navio Capital, Decisivo, ou seja, os NAe´s. O resto pode ser afundado, o NAE não é um navio indefeso, pelo contrário é muito mais protegido que qualquer escolta, mas é tão importante que sem ele, é melhor vc ir pra casa, dependendo da situação.
Era isto que ocorreria nas Malvinas, foi isto que ocorreu em Midway, depois da destruição dos 04 NAe´s Japoneses, a maior frota de escoltas, incluindo 03 couraçados mais poderosos da época, foram embora pq não conseguiriam enfretar 03 NAe´s, na verdade somente, 02, com o a avaria de um deles, comandados por Nimitz.
Agora, é evidente, nenhuma arma pode ser usada como absoluta, tudo tem um contexto, mas ser prudente demais em guerras é tão estupido, quando se temerário demais.
Ps.: Fico imaginando, em vez de a ARA mandar o seu sub ir atacar a esquadra inglesa, tivesse enviado ele para atacar no mar territorial inglês. O que aconteceria? Mas infelizmente, a maioria dos ditadores são péssimos militares, mesmo os ditadores generais.
[]´s