O Soldado de infantaria do Exército Brasileiro
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rodrigo escreveu:Invencível? E as armas nucleares? Bombas H? Etc?
Apesar do absurdo da dúvida: os tanques mais modernos possuem proteção NBC, que permite a sobrevivência da tripulação e dos sistemas críticos do tanque em caso de detonação nuclear próxima. Agora, se você perguntar se a detonação for em cima do tanque, não sei se atualmente existe tecnologia capaz de suportar o calor.
Hehehe...
Proteção NBC não se refere à explosão atômica em si, mas aos efeitos dela, principalmente a radiação...
Agora, experimenta lançar algum armamento tático nuclear en cima de um tanque... Não sobre um parafuso sequer para contar a história, o tanque seria pulverizado...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
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se uma bomba nuclear cair em cima de um tanque ele vira um monte de aço vaporizado...
experimenta lançar algum armamento tático nuclear en cima de um tanque... Não sobre um parafuso sequer para contar a história, o tanque seria pulverizado
É meio desproporcional uma bomba nuclear contra um tanque, não?
se você perguntar se a detonação for em cima do tanque, não sei se atualmente existe tecnologia capaz de suportar o calor
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Marechal-do-ar escreveu:Mesmo lixo de armamento, porem vivem em um ambiente mais hostil (que é o melhor treinamento de todos).
Ok Marechal, eu estou totalmente convencido que existe outros fuzis melhores que o FAL, agora me convença que um erro com um fuzil de ultima geração faz mais estrago que um tiro certo com FAL. Viu como uma coisa não tem nada a haver com a outra?
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Re: Da Tática a Prática
FCarvalho escreveu:Olá Stg. Guerra,
Alguém aí sabe dizer o porque de nao investirmos , por exemplo, em um programa como o African Warriors, ou mesmo procuramos desenvolver um programa tupiniquim
F Carvalho, você agora chegou no ponto que eu estava esperando. Eu estou muito por fora desse projeto “land warrior”, mas mesmo assim, eu também acho que o EB deveria desenvolver um projeto assim, para acompanhar a evolução tecnológica. Agora, pode ser que eu esteja errado, mas pelo o que eu sei, até hoje, ainda não se sabe qual é o efeito do sistema “land warrior” em combate. Alias, quando que a tecnologia foi um fator decisivo no combate de infantaria? Analisando a infantaria na guerra do golfo, que foi considerada a guerra tecnológica. A menor proporção que a infantaria dos EUA combateu foi 12/1 (3/1 já é vantagem). O que aconteceu realmente no golfo foi uma grande onda de homens bem treinados (destacando bem treinados) atacando um exercito totalmente despreparado. É por isso que eu dei o exemplo dos soldados do centro de avaliação de adestramento do exército. Não é muito mais viável, o EB investir em dispositivos de simulação de combate, por exemplo, que é uma tecnologia barata (em relação ao projeto em questão) e elevar o poder relativo de combate? Na minha opinião esse sistema (land warrior) é fabuloso, mas acompanha a evolução natural do exército americano, por exemplo. Do que adianta você colocar um designador de alvos na mão de um infante brasileiro, se não existe superioridade aérea e a artilharia não tem um material eficiente para atender a missão de tiro solicitada? Essa evolução ela é progressiva, não adianta querer da noite para o dia fazer do EB uma copia idêntica ao exercito americano, ate mesmo porque a missão dos dois exércitos é totalmente diferente uma da outra. O que mais se ouve aqui são criticas que o EB está parado no tempo. Quando eu comecei no EB (que não faz tanto tempo assim) pouco se falava em combate noturno. Hoje a prioridade é para o ataque noturno. Todos nós sabemos que nem todas unidades de infantaria do EB possuem o OVN, mesmo assim a doutrina mudou para acompanhar essa tecnologia. Quando eu estava na ESA, numa instrução de mrt pesado, no meio daquela loucura de cálculos da central de tiro um instrutor disse que ele viu na marinha um aparelho que quando se aperta um botão ele das coordenadas, e ainda profetizou: “previsão para chegar no EB, 2050...”, 2 anos depois eu fui fazer um estagio numa unidade de artilharia e vi lá o tal do aparelhinho que dá coordenadas, um tempo depois eu estava dando instrução de GPS na tropa. Por isso eu acho que vocês são injustos em achar que o EB está parado no tempo e não enxerga a evolução tecnológica. Agora tem que ter os pés no chão. Eu vejo todo mundo defendendo com unhas e dentes uma troca do FAL com o argumento de aumentar a eficiência do EB. Que evolução uma troca de armas traria realmente? Eu acho que o adestramento ajuda muito mais na evolução doutrinaria que uma simples (que na verdade, não é tão simples assim) troca de fuzil. Eu acho que quem já atirou com um fuzil, praticamente já atirou com todos. Eu garanto para você, se o EB mudasse o fuzil hoje, seja qual for o fuzil, em no máximo duas semanas todo mundo teria assimilado a arma. E o adestramento, quanto tempo se leva para se formar e para adestrar um homem? Por isso eu acredito que na atual conjuntura, o EB (a nível infantaria) devia investir em adestramento. Eu acho muito mais importante deixar o soldado familiarizado com o tiro de combate, e se afastar do tiro de estande. Eu acho muito mais importante é termos um profissional, e não um soldado que muitas vezes quando atinge o auge da maturidade tem que ir embora. Isso eu digo para a infantaria, mas talvez essa seja a única saída para o EB como um todo. Mas infelizmente profissionalização, na atual circunstância contradiz o que eu disse no inicio do meu post. Porque para se profissionalizar o EB precisa urgentemente trocar a quantidade pela qualidade. Todo mundo sabe que um exército se expande ao ser emprego, o EB sofre um processo de “mobilização invertida”. De uma unidade, por exemplo, se forma uma subunidade, ou seja, ao ser empregado ele não se expande nem se mantem, encolhe. Todo mundo sabe que muitas unidades hoje são formadoras de reserva e nada mais. Essas OM só dão uma medida ilusória do poder real do EB. Além disso, essas OM acabam por “consumir” um numero muito grande de profissionais, e talvez esse é o maior problema, porque o EB apostou todas suas fichas em formação. O sistema de ensino do EB é muito bom, mas o conhecimento vai acabando com o tempo, e se o profissional não tiver a sorte de servir numa OM que esteja apta ao emprego operacional, todo investimento em formação vai para o ralo. Infelizmente, eu acho que temos que sacrificar a quantidade em beneficio da qualidade. A vantagem desse "enxugamento" é que vamos abandonar a mentalidade de guarnição e adquirir o desejado espírito de força combatente. Mas antes disso é preciso definir bem qual é o papel do EB. Cada vez mais o EB esta se tornando um instrumento político. Cada vez mais o EB se afasta de sua missão principal se torna um “carregador de piano da nação”. Ou voltamos todos os nossos meios para tornar o EB uma força eficiente como um todo, ou transformamos de vez o EB numa grande guarda nacional, eu acho que a primeira opção é melhor. Por isso que digo que, para a infantaria principalmente, acho que devemos investir no homem, e ir evoluindo aos poucos, que embora não seja o desejável, acredito ser o único caminho.
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SGT GUERRA escreveu:Marechal-do-ar escreveu:Mesmo lixo de armamento, porem vivem em um ambiente mais hostil (que é o melhor treinamento de todos).
Ok Marechal, eu estou totalmente convencido que existe outros fuzis melhores que o FAL, agora me convença que um erro com um fuzil de ultima geração faz mais estrago que um tiro certo com FAL. Viu como uma coisa não tem nada a haver com a outra?
Com um fuzil mais moderno o soldado mira mais rapido, da mais tiros em menos tempo, e principalmente tem mais precisão após o primeiro disparo, isso significa que se ele errar o primeiro tiro ele ainda pode atirar de novo, ja com o FAL...
Quanto a infantaria acho que o Brasil precisa modernizar nossa infantaria sim, claro que é bem mais barato comprar um fuzil novo do que treinar um soldado ou desenvolver um exoesqueleto por exemplo, então por hora acho que a troca do fuzil e a profissionalização da força (trocar quantidade por qualidade) seja suficiente, para o futuro ja deveriamos pensar em mecanizar totalmente nossa infantaria.
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Marechal-do-ar escreveu:SGT GUERRA escreveu:Marechal-do-ar escreveu:Com um fuzil mais moderno o soldado mira mais rapido, da mais tiros em menos tempo, e principalmente tem mais precisão após o primeiro disparo, isso significa que se ele errar o primeiro tiro ele ainda pode atirar de novo, ja com o FAL...
Com o FAL tb é possivel executar um tiro de ação reflexa com 100% de acerto num tempo execelente.
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Vence quem acerta 1º, não?SGT, num duelo em que vence quem atira primeiro cada milésimo de segundo é importante, por isso o tempo nunca é excelente
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Re: Da Tática a Prática
SGT GUERRA escreveu:
F Carvalho, você agora chegou no ponto que eu estava esperando. Eu estou muito por fora desse projeto “land warrior”, mas mesmo assim, eu também acho que o EB deveria desenvolver um projeto assim, para acompanhar a evolução tecnológica. Agora, pode ser que eu esteja errado, mas pelo o que eu sei, até hoje, ainda não se sabe qual é o efeito do sistema “land warrior” em combate. Alias, quando que a tecnologia foi um fator decisivo no combate de infantaria?
Caro colega,
Creio que você confundiu o programa "Land Warrior" do US Army com o programa "African Warrior", este um programa de modernização de soldado sul-africano. O "African Warrior" prevê a integração de diversos sensores modernos ao soldado desmontado daquele país, mas não é nem de longe um programa tão complexo quanto o "Land Warrior" americano, o "Felin" francês, dentre outros.
Quanto à importância da tecnologia no campo de batalha discordo um pouco de você. Além de poupar vidas, permitir operações noturnas, mais furtivas e a mais longa distância a tecnologia é primordial para permitir a transferência de dados em tempo real entre os combatentes e o comando, permitindo melhorar estratégias e reagir mais rapidamente aos atos do inimigo. É a tal da Netcentric Warfare, i.e., a guerra centrada em redes de comunicação que creio ser vital no combate moderno.
Até mais,
Arthur
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Re: Da Tática a Prática
FCarvalho escreveu:Olá Stg. Guerra,
Alguém aí sabe dizer o porque de nao investirmos , por exemplo, em um programa como o African Warriors, ou mesmo procuramos desenvolver um programa tupiniquim
Caro FCarvalho...
Os motivos são aqueles mesmo que sempre atrapalham as FFAA no Brasil: falta de recursos, em primeiro lugar, e falta de visão, em segundo lugar.
Ademais, eu creio que, quaisquer programas de Modernização do Soldado no Brasil deveria seguir o modelo Alemão, o IdZ.
Pela sua simplicidade, preço, funcionalidade, creio que ele se adapotaria melhor às condições financeiras do país.
QUem quiser saber mais, clique neste link, do Sistemas de Armas. Logo abaixo das Notícias, exite a seção de "Modernização do Soldado", com todos os programas dessa natureeza no mundo.
http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/
Atte.
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Thomas Sowell
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A colocação do sgt. foi perfeita, quem já atirou com um já atirou com todos. Não adianta um infante com um super-fuzil se ele é super-ruim em tiro e outras técnicas básicas. O fogo de uma tropa milita\r não é de um homem mas de vários, então se um não é tão rápido os outros compensam com o fogo do grupo. Muito primeiramente se precisa investir em treinamento básico, mas básico mesmo e depois pensar em "land-warriors", aqui falta rancho prá tropa e combustível para viaturas, excetuando-se as unidades de elite e pronto emprego está uma miséria só. Quando renovei meu CR de atirador tive que esperar um cacetão de tempo para um sgt. vir a minha casa fazer uma vistoria e ele veio no carro dele, senão ia demorar mais ainda. Trocar fuzil a esta altura do campeonato é perda de tempo e dinheiro.
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Carlos, trocar o fuzil é a primeira de muitas coisas a serem feitas (e a mais barata de todas), se nós temos soldados bem treinados nada impede que o invasor tambem tenha, porem se acharmos que trocar o fuzil é perda de tempo e dinheiro não significa que o inimigo vai achar o mesmo e se ele tiver o mesmo treinamento mas um fuzil melhor ja sabe o resultado né?
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