J.Ricardo escreveu: Ter Set 25, 2018 11:52 am
Temos séculos de desconfiança, isso não vai acabar, podemos até aparar arestas, gerar um convívio pacífico e produtivo mas é cada um no seu quadrado, já tomamos muita facada nas costas dos "irmãos" castelhanos.
Essa conversa de povo irmão é coisa de "intelectual".
Infelizmente acho que ainda é verdade sua conclusão.
Embora devamos reconhecer que já foi bem pior no passado.
eu confesso que às vezes tento entender esta relação e um desejo quase subconsciente dos Argentinos de se comparar com o Brasil em vários aspectos. Mas também vejo como algo cultural, por me interessar bastante no país vizinho, um desejo de ver qualquer noticia que para nós seria rotineira, como algo grandioso. Como gosto muito de economia e geografia leio artigos de colunistas de vários meios e dou risada. Veja os casos por exemplo do Lítio e das reservas de petróleo e gás não convencionais ( Shale e Tight ) :
Você lê coisas como : " Argentina será primeiro lugar na exportação de Lítio"
"Lítio, ouro branco que chama a atenção do mundo para Argentina" e por ai vai.
Na verdade os grandes exportadores por várias razões de produtividade e facilidades de extração são o Chile e a Austrália e, como muitos projetos estão entrando em produção a tendência no futuro é que a tonelada, principalmente do Carbonato de Lítio caia de preço. Mesmo assim , as exportações previstas para 2023 por exemplo são de , no máximo e na melhor das hipóteses, usd. 800 milhões , o que não move o amperímetro na economia Argentina.
O mesmo para o petroleo não convencional e o gás. Veja, acho importantíssimo para a Argentina que explorem suas grandes reservas ( Vaca Morta, por exemplo ) principalmente de gás, mas lá os articulistas , muitas vezes comparam a produtividade com a bacia do permiano dos Estados Unidos , o que não está errado, mas o problema reside que nenhum país do mundo pode replicar as condições de competitividade, ambiente de negócios estáveis, e principalmente, infraestrutura petrolífera dos EUA.
Então, apesar de anunciarem grandes investimentos ( para nível Argentina) anuais, eles são sempre muito aquém dos necessários para , ao menos, serem um player de razoável importância no cenário global de energia.
Mas os participantes dos fórum argentinos de defesa constantemente mencionam as "gigantescas reservas " de não convencionais como um atrativo para serem invadidos ou coisa parecida pela ganância das grandes potências
Então estas brincadeiras sobre o ego dos "hermanos" não são desprovidas de um pouco de realidade.
Um grande abraço