knigh7 escreveu:Leandro, um míssil antitanque tem um ciclo de vida de cerca de 10 anos. Precisaríamos, talvez de uns 200, pois a ALAC, suprimiria outras utilizações.
Como vc acha que vai estar no EB o MSS1.2 daqui a 5 anos?
O EB comprou o Milan e o Eryx na década de 90, depois não comprou mais míssil desse tipo. Enquanto isso a gente fica vendo gente de sandália ao redor do mundo usando míssil desse tipo e o EB sem.
O MSS 1.2 só está para atrapalhar.
Sim, sim, precisaríamos de uns 200 mísseis... . E enquanto isso, em países que são grandes potências militares como o Perú...
http://www.taringa.net/posts/noticias/1 ... -2013.html
E isso em tempo de paz. Em caso de guerra real a situação seria ainda muito mais crítica.
Mas de fato o programa do MSS-1.2 teve (no passado mesmo, porque certamente já é um programa morto, para a alegria de muitos) um grande problema: Não previu a continuidade imediata dos desenvolvimentos após a finalização da primeira versão, condição básica sine-qua-non para o sucesso de qualquer programa industrial e não apenas dos de armamentos. E este é um problema recorrente da indústria brasileira como um todo, fora raríssimas exceções (como o caso da Embraer) os poucos produtos desenvolvidos aqui são vistos como objetivo final a se alcançar, após o quê todo o esforço de aprendizado em projeto e industrialização podem ser jogados fora e a preocupação é manter apenas a linha final de montagem com peões semi-analfabetos supervisionados por uns poucos engenheiros de fraca formação.
Projetistas e engenheiros especialistas com interesse e expertise no desenvolvimento de produtos tem uma vida terrível neste país em todos os campos, não só no militar. Basta ver nesta briga agora pela mudança das regras de terceirização na indústria, discute-se muito sobre que setores e serviços devem ser considerados como atividade-fim ou não dentro das empresas para serem ou não protegidos contra a terceirização, mas a engenharia de desenvolvimento e de produtos já é maciçamente terceirizada há décadas e ninguém nunca sequer estranhou isso
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Mas tudo bem, para um país que almeja um dia com muita sorte e ajuda estrangeira chegar ao nível de um Chile ou uma Colômbia está ótimo, quem precisa se preocupar com desenvolvimento industrial? Em caso de guerra pegamos nossos 200 mísseis de prateleira e o resto os soldados conscritos que resolvam com seus fuzis e granadas, do mesmo jeitinho que os argentinos fizeram em 1982 enquanto os ingleses os massacravam com mísseis guiados que causaram mais de 70% de suas baixas... .
Pro Brasil tá é bom demais!
Leandro G. Card