Um resumo muito rápido do que se aventa em termos de poder aéreo na vizinhança na próxima década, conforme informações pública.
1. Argentina - F-16A\B MLU ex-Dinamarca (24 unidades)
2. Bolívia - K-8 LIFT made in China (6 a 8 unidades)
3. Colômbia - Gripen E\F, Rafale ou F-16C\D Block 70
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(25 unidades)
4. Chile - F-16C\D Block 70 e\ou Gripen E\F
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(quantidades a definir)
5. Equador - Super Tucano (12)
6. México - F-16C\D Block 70 e\ou Gripen E\F
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(12 não oficialmente)
7. Paraguai - Super Tucano (6)
8. Peru - Gripen E\F, Rafale, KF-21 ou F-16C\D Block 70
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(24 unidades)
9. Uruguai - Super Tucano (6 unidades)
10. Venezuela - Su-30MKV e F-16A\B (quantidade de caças operacionais desconhecida)
A Força Aérea do Equador está há vários anos sem seus caças Kfir, retirados de serviço em vista da falta de recursos para sua manutenção\operação. O governo atual ainda não demonstrou interesse em resolver a questão da falta de defesa aérea do país, e não se tem planos de curto prazo a fim de envidar um novo vetor.
Bolívia, Equador, Paraguai e Uruguai são usuários de aeronaves LITF turbohélice e a jato para a defesa aérea de seus territórios, sem grandes chances de vir a operar caças a reação em tempo previsto.
O Gripen E\F está concorrendo oficialmente em três países latino americanos para substituir os atuais vetores, sendo Colômbia, Peru e México, com chances bastantes críveis em todos eles. Por fora, o Chile começa a analisar novos caças para substituir seus antigos F-5 e F-16A\B MLU obtidos de segunda mão.
Em termos quantitativos, o caça sueco é candidato a suprir, genericamente, cerca de 61 unidades para as forças aéreas dos países citados, segundo informes das mídias locais e das forças aéreas. O Chile ainda opera cerca de 8 a 12 F-5E modernizados nos anos 1990, e dispõe também de 36 F-16 MLU a serem substituídos no longo prazo. Um contrato de modernização destes caças chilenos teria sido assinado em 2023 com a LM, com a última célula sendo entregue em 2032. A FACh tem a intenção também de elevar os seus 10 caças Block 50, para o padrão Block 70, o que deixaria a força aérea chilena com uma boa quantidade de caças atualizados por mais 15 anos, pelo menos.
Somando todas as forças aéreas de países que fazem fronteira com o Brasil, teremos até o final desta década, caso todos os processos de substituição cheguem a termo, por volta de 100 caças modernos e\ou modernizados. Se contarmos o Chile, vamos a mais de 150 caças na América do Sul ao redor de nossas fronteiras.
Ficam fora dessa conta, por motivos óbvios, Bolivia, Equador, Paraguai e Uruguai, que não possuem aviões de caça a jato, além de Guiana e Suriname, que não possuem forças aéreas. A Guiana Francesa não possui nenhuma OM da força aérea permanente, com Rafale ou Mirage 2000F aparecendo por aqui vez em quando sempre que há lançamentos na base de Kourou.
O planejamento da FAB para a sua aviação de caça na próxima década, deve observar seus quantitativos e operacionalidade, no sentido de suplantar ou, no mínimo, igualar suas capacidades às da vizinhança, tendo em vista as condições do momento. Isto significa dizer que a FAB tem de vislumbrar a frota de Gripen E\F e\o outro caça qualquer adicional, olhando o panorama geoestratégico, político, econômico e militar de norte a sul de suas fronteiras, e de preferência, adotar medidas sem soluções de oportunidade para a defesa aérea.
Como no início do FX-2 previa-se a aquisição de até 108 caças, ao olhar o quadro atual de regeneração das forças aéreas vizinhas, é de se supor que este número ainda esteja em dias com a realidade da nossa defesa aérea no continente sul americano. Se vamos conseguir chegar a tal número, é outra coisa.
Lembrar que a FAB possui hoje apenas 4 bases aéreas ativas com esquadrões de caça, todas concentradas nas regiões centro-sul do país, e com pelo menos uma delas séria candidata a ser desativada no curto prazo. O número de esquadrões de caça é também diminuto, contando apenas com 4 unidades operacionais, com mais um esquadrão de caça sendo desativado ainda este ano, supostamente, com a aposentadoria definitiva dos AMX.
O futuro não é mais como era antigamente.
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