Re: Geopolítica Brasileira
Enviado: Sáb Mai 25, 2013 10:32 pm
Aliança do Pacífico surge como bloco regional "pragmático"
Entidade formada por Chile, Colômbia, México e Peru procura evitar comparações, mas pragmatismo colide com a visão mais ideológica do grupo sul-americano
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo ... 48354.html
Ameaça ao Mercosul?24/05/2013 | 12h13Atualizada em 24/05/2013 | 21h48
Léo Gerchmann
leo.gerchmann@zerohora.com.br
Se você observar o mapa da América Latina, do sul chileno ao norte mexicano, terá a impressão de que Chile, Colômbia, México e Peru, unidos no bloco chamado Aliança do Pacífico, tratam de dominar a economia da região pelas bordas, esvaziando o protagonismo do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Essa é a leitura que alguns analistas fazem da entidade que surge com o propósito de ser "pragmática" para se tornar opção de livre mercado, conforme diz protocolo lavrado quinta-feira em Cali, na Colômbia.
— Eles disseram que querem ser pragmáticos. É tudo que o Mercosul não é. O Mercosul e a Unasul caem de importância na medida em que esse tipo de bloco surge. E repara bem: eles já virão abraçados com o grande mercado dos Estados Unidos, enquanto o Mercosul, um órgão cada vez mais político, fica aqui parado nessa retórica que rejeita a liberalização econômica — diz João Paulo Peixoto, especialista em política internacional da Universidade de Brasília (UnB).
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também é presidente pro tempore do novo bloco, carregou nas tintas ao dizer que o órgão será "dinâmico" e, sem se prender a preconceitos ideológicos, transformar-se no "motor da região". O objetivo é eliminar 90% das tarifas externas entre seus integrantes e criar uma zona de livre comércio.
— O Mercosul tem sua importância para a região, e esse bloco do pacífico não é uma ameaça. Vai favorecer o comércio entre seus integrantes, entre eles e o Mercosul e também com outros países — pondera Antônio Jorge Ramalho, especialista em relações internacionais também da UnB, em um claro debate acadêmico que já se inicia.
Ciente da polêmica, Juan Manuel Santos saiu a público na noite de quinta-feira para dizer que a Aliança do Pacífico não representa uma "força política" que irá se contrapor ao Mercosul. Não buscará será um "contraponto" a outros blocos.
— A aliança é uma iniciativa de integração que não pretende competir com outros mecanismos de integração política ou econômica que existam no continente — ressalvou Santos, em entrevista coletiva.
Também com o nítido objetivo de evitar interpretações negativas ao Mercosul, o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse à "não tira o sono" do Brasil.
— O mundo é cheio de concorrência, não há antagonismo — disse ele.
Aliança do Pacífico
Chile, Colômbia, Peru e México
População: 209 milhões de habitantes
PIB conjunto: US$ 2 trilhões
Mercosul
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai (suspenso, mas na iminência de retornar) e Venezuela
População: 279 milhões de habitantes
PIB conjunto: US$ 3,3 trilhões
Entidade formada por Chile, Colômbia, México e Peru procura evitar comparações, mas pragmatismo colide com a visão mais ideológica do grupo sul-americano
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo ... 48354.html
Ameaça ao Mercosul?24/05/2013 | 12h13Atualizada em 24/05/2013 | 21h48
Léo Gerchmann
leo.gerchmann@zerohora.com.br
Se você observar o mapa da América Latina, do sul chileno ao norte mexicano, terá a impressão de que Chile, Colômbia, México e Peru, unidos no bloco chamado Aliança do Pacífico, tratam de dominar a economia da região pelas bordas, esvaziando o protagonismo do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Essa é a leitura que alguns analistas fazem da entidade que surge com o propósito de ser "pragmática" para se tornar opção de livre mercado, conforme diz protocolo lavrado quinta-feira em Cali, na Colômbia.
— Eles disseram que querem ser pragmáticos. É tudo que o Mercosul não é. O Mercosul e a Unasul caem de importância na medida em que esse tipo de bloco surge. E repara bem: eles já virão abraçados com o grande mercado dos Estados Unidos, enquanto o Mercosul, um órgão cada vez mais político, fica aqui parado nessa retórica que rejeita a liberalização econômica — diz João Paulo Peixoto, especialista em política internacional da Universidade de Brasília (UnB).
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também é presidente pro tempore do novo bloco, carregou nas tintas ao dizer que o órgão será "dinâmico" e, sem se prender a preconceitos ideológicos, transformar-se no "motor da região". O objetivo é eliminar 90% das tarifas externas entre seus integrantes e criar uma zona de livre comércio.
— O Mercosul tem sua importância para a região, e esse bloco do pacífico não é uma ameaça. Vai favorecer o comércio entre seus integrantes, entre eles e o Mercosul e também com outros países — pondera Antônio Jorge Ramalho, especialista em relações internacionais também da UnB, em um claro debate acadêmico que já se inicia.
Ciente da polêmica, Juan Manuel Santos saiu a público na noite de quinta-feira para dizer que a Aliança do Pacífico não representa uma "força política" que irá se contrapor ao Mercosul. Não buscará será um "contraponto" a outros blocos.
— A aliança é uma iniciativa de integração que não pretende competir com outros mecanismos de integração política ou econômica que existam no continente — ressalvou Santos, em entrevista coletiva.
Também com o nítido objetivo de evitar interpretações negativas ao Mercosul, o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse à "não tira o sono" do Brasil.
— O mundo é cheio de concorrência, não há antagonismo — disse ele.
Aliança do Pacífico
Chile, Colômbia, Peru e México
População: 209 milhões de habitantes
PIB conjunto: US$ 2 trilhões
Mercosul
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai (suspenso, mas na iminência de retornar) e Venezuela
População: 279 milhões de habitantes
PIB conjunto: US$ 3,3 trilhões