[quote="FOXTROT"]Aposto um café como era um RF-4 coletando informações da defesa antiaérea síria, pelo visto encontrou.
Síria: tensão com Turquia é minimizada; Assad mantém postos-chave
23 de junho de 2012 • 13h22
DAMASCO, 23 Jun 2012 (AFP) -A Turquia minimizou neste sábado a perda de um avião de guerra para as forças de defesa sírias, enquanto o presidente sírio, Bashar al-Assad, anunciava um novo governo, mantendo postos-chave, e 40 pessoas morriam em episódios de violência na Síria.
Ancara, um membro da Otan, indicou hoje que um de seus jatos pode ter violando o espaço aéreo sírio, depois que Damasco confirmou ter abatido um F-4 Phantom. O comentário foi visto como uma tentativa de esfriar o desentendimento entre os ex-aliados.
[Youtube] O presidente turco, Abdullah Gul, disse que não é incomum aviões de guerra que voam em alta velocidade cruzarem fronteiras marítimas, assinalando que isto não acontece de forma intencional.
[/Youtube] As forças navais dos dois países buscam os dois tripulantes desaparecidos.
Ministros turcos discutiram os próximos passos, disse um diplomata à AFP, depois que o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, informou que Ancara "irá anunciar sua posição final e tomar medidas necessárias, com determinação, após o incidente ter sido totalmente esclarecido".
Assad anunciou a formação de um novo governo, com as pastas-chave de Relações Exteriores, Defesa e Interior inalteradas, enquanto a violência continuava no país.
O anúncio foi feito menos de dois meses depois de eleições parlamentares polêmicas terem sido boicotadas pela oposição. "O presidente emitiu o Decreto 210, formando um novo governo, liderado pelo premier Riad Hijab," anunciou a TV estatal.
O chanceler Walid al-Muallem permanecerá no cargo, assim como os ministros de Defesa e Interior, Daoud Rajha e Mohammad al-Shaar, respectivamente. Rajha, no posto desde agosto passado, está entre os punidos pelos Estados Unidos por seu papel no combate aos manifestantes sírios.
O novo gabinete, de 34 membros, assume o poder em meio a um aumento da repressão e dos confrontos, que, na semana passada, levaram à paralisação da missão de observadores da ONU.
Quarenta pessoas morreram hoje em episódios de violência na Síria, a maioria vítima de forças do regime, que atacaram redutos rebeldes em várias áreas. Os feridos incluem 10 soldados que tentaram desertar na província de Damasco, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
O jornal britânico "Guardian" publicou hoje que a Arábia Saudita irá pagar os salários do rebelde Exército Livre da Síria, para incentivar deserções em massa entre as forças de Assad.
A relação entre Turquia e Síria já havia sido estremecida pela condenação de Erdogan à reação sangrenta do governo de Assad, que, segundo ativistas dos direitos humanos, já matou mais de 15 mil pessoas desde março do ano passado.
O ataque ao F-4 é o incidente mais sério entre os dois países desde então, mas o vice-premier turco, Bulent Arinc, minimizou a tensão. "Devemos manter a calma. Sim, concordamos que este é um tema crítico,
mas não temos informações claras" a pouco tudo estava esclarecido , disse à agência de notícias Anatolia, assinalando que o resultado da investigação será divulgado "o mais cedo possível".
A Turquia já recebeu mais de 30 mil refugiados do conflito sírio, segundo sua chancelaria, e também abriga desertores daquele Exército, entre eles 12 generais.
Em Bagdá, o chanceler Hoshyar Zebari alertou para o perigo de que a crise síria se espalhe para países vizinhos: "Nenhuma nação está imune, por causa da composição das sociedades, as conexões, a dimensão étnica sectária."