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Cada instituição tem seus recursos próprios, cada uma com doutrina diferente e muito mais ! Reunir essa turma não é tarefa fácil ! Mas hoje o Estado De Alagoas tá conseguindo este fato , foi criado o CISP , é uma delegacia conjunta onde reuni policiais militares e civil em um único prédio , reduzindo dependência extra para as instituições citadas ! Além disso tem o centro integrado para operações entre as polícias civil militar pf e Prf e guarda municipal !

Integração entre PM e PC é uma reinvindicação de muitos na área de segurança pública. Mas fato é que estas duas instituições nunca se bicaram no Brasil. Sempre concorrendo e\ou sabotando o trabalho uma da outra. Ciumentas e avessas a qualquer tipo de cooperação. Mas isso tem mudado um pouco desde o começo da década passada quando os centros integrados começaram a ser instalados por causa da copa do mundo e Olimpíada. Foram basicamente forçados a trabalhar juntos.

Mesmo assim são duas instituições diferentes em seu cerne e missão. Cada uma no seu quadrado. Como fazer para trabalharem juntos sem atrapalhar o trabalho do outro é a questão.

Acho que todo mundo já notou que o DPF, que é por essência uma polícia judiciária, ao mesmo tempo exerce também as atividades de polícia ostensiva, no que compete com PM e EB, por exemplo, nas regiões de fronteiras, e em certas atividades típicas de tropas militares no Brasil. E a polícia federal não tem, e nunca teve, efetivo suficiente para dar conta destas duas faces dentro de uma mesma instituição pública. A Força Nacional foi criada tendo em mente, também, este espaço vazio nas capacidades do DPF, que por assim dizer, deve ou deveria agir como se fosse uma PM federal. Conquanto, não tem recursos humanos e nem materiais ou financeiros para isso.

A criação de uma guarda nacional novamente poderia encontrar eco nesta questão, ainda que não apoiada pelo próprio DPF, que reclama a si mais investimentos para poder cumprir também este tipo de missão especializada onde e quando necessário. Até aí posso entender que a criação de uma guarda nacional ao invés de investir em mais e melhores condições para a polícia federal cumprir as suas atividades poderia ser uma solução lógica e menos traumática para todos os interessados. Mas, posso estar equivocado, mas o sindicato dos policiais federais reclama investimentos que levariam o DPF para a casa dos 40 mil efetivos caso fosse dotado com os recursos necessários para servir também como polícia ostensiva, missão, que como dito, o departamento já faz mas a muito custo e de forma incompleta.

Agora seria uma boa hora para colocar novamente esta pauta em discussão no cogresso. Afinal, é mais fácil investir em algo que já existe e sabe o que faz, mas não tem todos os elementos para isso, ou tirar do bolso uma nova organização apenas para chamar de minha.

PC E PM tem suas rixas , mas em minha opinião a pior se chama POLICIA FEDERAL , nessa crise em terras Yanomani quem deveria atuar deveria ser a PF junta com outros orgãos federais e estaduais ,mas so sobra para as forças armadas ...

gogogas escreveu: ↑Qui Jul 06, 2023 6:22 pm PC E PM tem suas rixas , mas em minha opinião a pior se chama POLICIA FEDERAL , nessa crise em terras Yanomani quem deveria atuar deveria ser a PF junta com outros orgãos federais e estaduais ,mas so sobra para as forças armadas ...

Aí é que está o problema @gogogas

O DPF é uma polícia judiciária, como as PC nos estados, não é uma instituição de policiamento ostensivo como as PM. No entanto, são costumeiramente utilizados neste tipo de emprego, mesmo não tendo estrutura e preparo para tanto.

Concordo plenamente que quem deveria estar fazendo o trabalho dos militares na terra Yanomami seria a polícia federal, Ibama e outros órgãos associados ao tema, mas é fato que nenhum deles tem preparo, organização, recursos humanos e materiais para fazer o que os militares fazem lá. E assim, segue a vida om as suas GLO, MMI e ACISO que são por princípio missões de caráter essencialmente do poder público na sua seara civil, mas que as ffaa's realizam por pura e simples negligência e inépcia do poder público civil.

Se pararmos para analisar, quem deveria estar junto com os miliares nos PEF fazendo o seu trabalho de policia judiciária é o DPF, como foi projetado lá no começo dessa história de pelotão de fronteira. Idem para muitos outros órgãos que deveriam também estar lá. Mas não há mais ninguém além dos soldados, que acabam fazendo o seu trabalho e o dos outros ministérios, e todo mundo acha isso lindo, bacana, fofo, e f...se se ninguém mais quer estar lá para fazer o que lhe é de obrigação.

Como disse no outro post, seria bom trazer à baila essa discussão de uma nova guarda nacional não como mais uma OM ou semi militar, mas dentro dos quadros do próprio DPF que é quem já possui hoje a estrutura administrativa e organizacional que poderia absorver sem maiores problemas esse tipo de missão, desde que equipado e organizado para isso, liberando a parte judiciária para fazer o que lhe é próprio. Mas qual seria o político de plantão que se disporia a "empoderar" mais ainda o DPF neste sentido?

Uma forma de criar um "braço militar" no DPF para servir como policiamento ostensivo sem precisar reinventar a roda é fazer um concurso interno entre as 27 PM dos estados para forma este novo quadro a ser criado dentro da organização da polícia federal.

Com 1 mil vagas por estado + DF seria possível fazer-se essa adição de pessoal ao longo de 10 anos de forma a permitir o engajamento dentro da organização da polícia federal, sem maiores traumas e nem problematizações.

O plano de cargos e salários seriam os mesmos do atuais policiais federais e uma hierarquia organizacional e disciplinar seria adequada à instituição, de forma que a questão da organização militar seria apenas à título de operacionalidade. Desaparecem patentes e tudo o mais que tiver vínculo com as PM, mantendo-se o ordenamento e a operacionalidade vindas daquelas instituições.

Pode parecer complicado, mas é exequível e legal. A questão é: quem em Brasília quer dar mais poder ainda aos "federais"?