Não tive intenção alguma de ofender ou denegrir qualquer colega do forum, se assim fiz, peço já minhas mais sinceras desculpas, principalmente a você, Corsário1.
O fomentador de exportações do Brasil é atualmente o BNDS, não temos ainda o eximbanc, quando entrar em operação, se entrar, ele absorverá esse serviço do BNDS.
Os negócios são negócios, contratos são desfeitos, punições são aplicadas, tudo isso é normal no mundo, aqui, na África, na Europa ou Asia.
É normal que o banco fomentador, seja ele qual for, tenha a propriedade de bens não pagos pelos tomadores do financiamento, não importa qual seja a instituição, pois esta é uma das seguranças do financiamento.
No caso em questão, entendo que foi feito um anúncio de compra e venda, que agora será devidamente operacionalizado, onde serão devidamente detalhadas as obrigações e direitos de ambas as partes, definidas as garantias e acordadas as contrapartidas, podendo inclusive não ser concluído, onde ambas as partes terão que sentar novamente e renegociar caso realmente desejem o bem ou serviço.
Tenho certeza que muitos interessados tentarão melar o processo, afinal o mundo capitalista é assim, como bem explicou o lord Nauta.
Entendo perfeitamente que muitos não gostariam de que o BNDS fizesse o financiamento por questões particulares de cada um, todas obviamente válidas para o foro de cada um, porém e sempre tem um porém, é assim que acontece, nenhum país do mundo, nenhum mesmo, faz vendas internacionais seja ela de serviços ou de bens sem apoio e financiamento do governo do país vendedor, inclusive para o pós venda.
Isso acontece ainda mais intensamente com equipamentos militares, onde o uso do mesmo pelo governo vendedor é salutar para as vendas.
Não vi o contrato, mas posso afirmar com categoria que no caso alemão-grego, não houve prejuizo algum para aos bancos germânicos responsáveis pelo financiamento, muito menos ao estaleiro, todo o lucro pode não ter acontecido, mas prejuizo com certeza não houve e o governo alemão teve que absorver os equipamentos.
No caso francês o BNP Paribas financia nossa empreitada submarina atravês de garantias, tanto fiducitárias brasileiras quanto expressas pelo governo francês (acionista majoritário do mesmo, salvo engano uns 16 ou 17 %).
E assim é mundo afora, resgardadas as particularidades de cada pais, como o FMS americano acima mencionado .
Não querer o financiamento, implica automaticamente em não vender.
Se o financiamento for privado, executado pelo Bradesco ou Itaú, por exemplo, as garantias governamentais (portanto públicas) serão as mesmas ou até maiores, podendo até ser obrigado a recompra do bem garantindo o lucro.
Daí eu ter falando em ingenuidade.
Resumindo o já extenso comentário, o jogo agora é para profissionais, as regras de dente de leite ficaram para trás. (é, joguei dente de leite, mirim e infantil, sou velho mesmo)
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Forte abraço