O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Se a bolsa e a economia fossem uma ciência, era só seguir as regras e toda a gente ganhava dinheiro...
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Economia é uma ciência, mas humana e não exata. Mas como a maior parte da academia é positivista e insiste que economia é uma ciência exata...vão continuar errando e errando.
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
X2Vitor escreveu:Economia é uma ciência, mas humana e não exata. Mas como a maior parte da academia é positivista e insiste que economia é uma ciência exata...vão continuar errando e errando.
- Bourne
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Ignorar o recursos matemático estatístico costuma ser a desculpa de quem não entende do que está falando. Ou tem uma visão religiosa das coisas.LeandroGCard escreveu:X2Vitor escreveu:Economia é uma ciência, mas humana e não exata. Mas como a maior parte da academia é positivista e insiste que economia é uma ciência exata...vão continuar errando e errando.
Contudo, usar modelos de defasagem temporal é muito útil para analisar a relação causal entre variáveis ao longo do tempo. Entre outras utilizadas que ser para complementar as teorias e visões.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
O uso de ferramentas matemáticas por si só não caracteriza um campo como ciência exata, se utilizam formulações estatísticas e de vários outros tipos também na sociologia, na antropologia e em várias outras áreas das ciências humanas.Bourne escreveu:Ignorar o recursos matemático estatístico costuma ser a desculpa de quem não entende do que está falando. Ou tem uma visão religiosa das coisas.LeandroGCard escreveu:X2
Contudo, usar modelos de defasagem temporal é muito útil para analisar a relação causal entre variáveis ao longo do tempo. Entre outras utilizadas que ser para complementar as teorias e visões.
O problema com alguns estudiosos de economia é a tendência a somente considerar os modelos matemáticos em si, esquecendo-se que a economia é uma atividade humana e portanto afetada por efeitos culturais (antropológicos), psicológicos, etc... . Se tais fenômenos não estão incluídos em uma teoria econômica é difícil imaginar como ela pode ser realmente completa, e portanto como poderá gerar previsões ou permitir um planejamento eficiente.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Não. Não é muito comum isso. Na verdade, tem que ser consoante com alguma construção teórica passada, os parâmetros de pensamento não saíram do nada. Em algum tópico por ai mostrei como o BC brasileiro pensa e toma decisões olhando quase que totalmente a inflação. De outro lado, o FED tem uma processo de decisão parecido, mas dá muita ênfase ao nível de desemprego e crescimento econômico antes de tomar alguma medida.
Editado pela última vez por Bourne em Seg Jan 25, 2010 1:06 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Obama share scare: Market drop shows vulnerability
New challenge for Obama: How to bash banks without sinking stocks, and losing votes
By Bernard Condon And Tim Paradis, AP Business Writers , On Sunday January 24, 2010, 5:53 pm EST
NEW YORK (AP) -- It was the fat cats' fault before. But now it's becoming Obama's.
With the unemployment rate stubbornly high, people were already shifting blame for their economic woes to President Barack Obama one year into his presidency. Last week, investors joined them.
For 10 months, the stock market climbed at breathtaking speed. But the Dow Jones industrial average suffered its worst week since dropping to a 12-year low in early March. It fell 552 points Wednesday through Friday, including 216 on Friday.
One big reason investors scrambled to sell: Fear over a wave of populism that swept a Republican to an upset victory in the Massachusetts Senate race on Tuesday. When Obama responded on Thursday with a broadside against big banks, the market plunged. On Friday, investors feared mounting opposition in the Senate could derail Federal Reserve Chairman Ben Bernanke's reappointment. Disappointing corporate earnings and concern that China will slow its economy added to the jitters.
The question now: If the bad news continues, will Obama, who is trying to win votes in the fall elections with his populist attacks, end up losing them instead? Put another way, can Obama win over Main Street by vilifying Wall Street if people fear opening their 401(k) statements again?
"The longer we're in (power) the more it becomes our problem," said Tad Devine, a Democratic media consultant and former senior adviser in Sen. John Kerry's 2004 campaign for president. He added, "This is a pivot point in the presidency when he needs to reassure voters that their future is secure."
And that's especially true for voters who have a stake in the stock market. For years the number that politicians worried about was the unemployment rate. In the 1970s a second figure was added -- the inflation rate.
Now, with 45 percent of households owning mutual funds, up from 6 percent in 1980, there's a third: the Standard & Poor's 500 Index.
It's anyone's guess whether jobs and stocks will be up when Americans head to the polls in November. And even before the events of the past week, the stock market was jittery. Investors had driven shares up at their fastest pace in decades, and analysts said many were looking for an excuse to sell.
A clear sign the market was in trouble came a week ago Friday. Chip maker Intel announced profits were a lot higher last quarter than analysts had expected.
Its stock fell anyway.
Last Tuesday after the Martin Luther King Jr. holiday, the indexes hit 18-month highs in anticipation of Republican Scott Brown's likely victory in the race to replace the late Sen. Edward Kennedy's seat in Massachusetts. Health insurance and pharmaceutical companies led the gains because a Brown victory endangers the massive health care bill favored by Obama and the Democratic majorities in Congress.
But stocks began falling fast on Wednesday when China announced plans to slow its economy. They fell again the next day after Obama's speech calling for limits on the size of banks and their risk taking.
The coup de grace for the market came Friday. In a nod to voter anger at Wall Street, a few Democrats said they wouldn't vote to reappoint Bernanke, whose term ends Jan. 31. But many investors have faith that Bernanke has the tools, the know-how and the political backbone to reel in the unprecedented amount of money pumped into the economy during the financial crisis and avoid a crushing round of inflation. Bernanke still has Obama's support. The Senate is expected to vote on giving him a second term by the end of the week.
The S&P 500 index closed the week at 1,091.76, down 5.1 percent in three days -- its biggest drop since March 2009.
Hank Smith, chief investment officer of equity at Haverford Investments in Radnor, Pa., warned investors to expect more stock gyrations.
"The market is overdue for a pause, a pullback, even a correction," he said, referring to a fall of 10 percent from a peak.
This week is chock-a-block with news that could help shares retrace their lost ground, or sink further.
The Federal Reserve meets on interest rates, Bernanke faces that reappointment battle in the Senate, a cavalcade of earnings reports is due and the government gives its first estimate of how the economy performed during the final three months of 2009.
Politicians will be watching the market's reaction closely.
Grover Norquist, the conservative head of Americans for Tax Reform, said the nation's investor class is increasingly calling the shots in elections. He says Obama is hurting himself with his bank bashing.
"A lot of Americans own 401(k)s -- and he's just made them a lot poorer," he said, creating "a lot of bitterness" among voters.
Just how much bitterness, if any, voters will have depends on which numbers they fixate on. Even after the recent drop, the S&P 500 is up 61 percent since its low in March, three months after Obama took office. Then again, the index is still 30 percent below its October 2007 peak.
Of course, it's not just Obama. The vote in Massachusetts scared all incumbents. It's now every man and woman for himself or herself in Washington. That helps explain the opposition to Bernanke.
There's another view, too: Policy counts more than ever in this financial crisis, but the market, and the fragile economic recovery upon which it hinges, is still largely the work of big, impersonal forces -- even if impatient voters don't see it that way.
UBS economist George Magnus said a big issue today is that banks and consumers, two years after the recession began, still need to rid themselves of debt. And this painful deleveraging could continue long after the salutary effect of monetary and fiscal stimulus runs out, he said.
He doesn't think that's likely to lead to a double-dip recession, but he's not ruling that out either.
"We're in a bungee jump recovery," he said, meaning we're bouncing back from last year's deep plunge. But that could be a prelude to a scary fall again. If so, he said, Obama "will get the blame anyway."
New challenge for Obama: How to bash banks without sinking stocks, and losing votes
By Bernard Condon And Tim Paradis, AP Business Writers , On Sunday January 24, 2010, 5:53 pm EST
NEW YORK (AP) -- It was the fat cats' fault before. But now it's becoming Obama's.
With the unemployment rate stubbornly high, people were already shifting blame for their economic woes to President Barack Obama one year into his presidency. Last week, investors joined them.
For 10 months, the stock market climbed at breathtaking speed. But the Dow Jones industrial average suffered its worst week since dropping to a 12-year low in early March. It fell 552 points Wednesday through Friday, including 216 on Friday.
One big reason investors scrambled to sell: Fear over a wave of populism that swept a Republican to an upset victory in the Massachusetts Senate race on Tuesday. When Obama responded on Thursday with a broadside against big banks, the market plunged. On Friday, investors feared mounting opposition in the Senate could derail Federal Reserve Chairman Ben Bernanke's reappointment. Disappointing corporate earnings and concern that China will slow its economy added to the jitters.
The question now: If the bad news continues, will Obama, who is trying to win votes in the fall elections with his populist attacks, end up losing them instead? Put another way, can Obama win over Main Street by vilifying Wall Street if people fear opening their 401(k) statements again?
"The longer we're in (power) the more it becomes our problem," said Tad Devine, a Democratic media consultant and former senior adviser in Sen. John Kerry's 2004 campaign for president. He added, "This is a pivot point in the presidency when he needs to reassure voters that their future is secure."
And that's especially true for voters who have a stake in the stock market. For years the number that politicians worried about was the unemployment rate. In the 1970s a second figure was added -- the inflation rate.
Now, with 45 percent of households owning mutual funds, up from 6 percent in 1980, there's a third: the Standard & Poor's 500 Index.
It's anyone's guess whether jobs and stocks will be up when Americans head to the polls in November. And even before the events of the past week, the stock market was jittery. Investors had driven shares up at their fastest pace in decades, and analysts said many were looking for an excuse to sell.
A clear sign the market was in trouble came a week ago Friday. Chip maker Intel announced profits were a lot higher last quarter than analysts had expected.
Its stock fell anyway.
Last Tuesday after the Martin Luther King Jr. holiday, the indexes hit 18-month highs in anticipation of Republican Scott Brown's likely victory in the race to replace the late Sen. Edward Kennedy's seat in Massachusetts. Health insurance and pharmaceutical companies led the gains because a Brown victory endangers the massive health care bill favored by Obama and the Democratic majorities in Congress.
But stocks began falling fast on Wednesday when China announced plans to slow its economy. They fell again the next day after Obama's speech calling for limits on the size of banks and their risk taking.
The coup de grace for the market came Friday. In a nod to voter anger at Wall Street, a few Democrats said they wouldn't vote to reappoint Bernanke, whose term ends Jan. 31. But many investors have faith that Bernanke has the tools, the know-how and the political backbone to reel in the unprecedented amount of money pumped into the economy during the financial crisis and avoid a crushing round of inflation. Bernanke still has Obama's support. The Senate is expected to vote on giving him a second term by the end of the week.
The S&P 500 index closed the week at 1,091.76, down 5.1 percent in three days -- its biggest drop since March 2009.
Hank Smith, chief investment officer of equity at Haverford Investments in Radnor, Pa., warned investors to expect more stock gyrations.
"The market is overdue for a pause, a pullback, even a correction," he said, referring to a fall of 10 percent from a peak.
This week is chock-a-block with news that could help shares retrace their lost ground, or sink further.
The Federal Reserve meets on interest rates, Bernanke faces that reappointment battle in the Senate, a cavalcade of earnings reports is due and the government gives its first estimate of how the economy performed during the final three months of 2009.
Politicians will be watching the market's reaction closely.
Grover Norquist, the conservative head of Americans for Tax Reform, said the nation's investor class is increasingly calling the shots in elections. He says Obama is hurting himself with his bank bashing.
"A lot of Americans own 401(k)s -- and he's just made them a lot poorer," he said, creating "a lot of bitterness" among voters.
Just how much bitterness, if any, voters will have depends on which numbers they fixate on. Even after the recent drop, the S&P 500 is up 61 percent since its low in March, three months after Obama took office. Then again, the index is still 30 percent below its October 2007 peak.
Of course, it's not just Obama. The vote in Massachusetts scared all incumbents. It's now every man and woman for himself or herself in Washington. That helps explain the opposition to Bernanke.
There's another view, too: Policy counts more than ever in this financial crisis, but the market, and the fragile economic recovery upon which it hinges, is still largely the work of big, impersonal forces -- even if impatient voters don't see it that way.
UBS economist George Magnus said a big issue today is that banks and consumers, two years after the recession began, still need to rid themselves of debt. And this painful deleveraging could continue long after the salutary effect of monetary and fiscal stimulus runs out, he said.
He doesn't think that's likely to lead to a double-dip recession, but he's not ruling that out either.
"We're in a bungee jump recovery," he said, meaning we're bouncing back from last year's deep plunge. But that could be a prelude to a scary fall again. If so, he said, Obama "will get the blame anyway."
Triste sina ter nascido português
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Mas é este exatamente o ponto.Bourne escreveu:Não. Não é muito comum isso. Na verdade, tem que ser consoante com alguma construção teórica passada, os parâmetros de pensamento não saíram do nada. Em algum tópico por ai mostrei como o BC brasileiro pensa e toma decisões olhando quase que totalmente a inflação. De outro lado, o FED tem uma processo de decisão parecido, mas dá muita ênfase ao nível de desemprego e crescimento econômico antes de tomar alguma medida.
Pelo que eu conheço (e reconheço que conheço pouco, pois não estudei economia e sim engenharia, e minhas leituras são mais nas áreas de história e ciências naturais), na montagem dos modelos de análise econômica procura-se prioritariamente encontrar variáveis que possam ser quantificáveis (índices de inflação, de emprego, crescimento geral ou setorial, etc...), e a partir daí monta-se um modelo matemático, que pode ser estatístico, para prever o comportamento da economia como um todo. A base "humana" do modelo sempre se refere a autores mais antigos (Adam Smith, Keynes, Marx, etc...), que trabalharam em uma época em que os modelos matemáticos ainda não haviam adquirido a sofisticação (e a preferência) que possuem hoje, e a pura filosofia ainda era a principal base de conhecimentos sobre o homem.
Na verdade tudo estaria bem, se da época dos autores clássicos até hoje os conhecimentos nas áreas de humanas não tivessem evoluído ou seja, se pudessem ser considerados definitivos. Mas acontece que não o são, o que significa que a base "humana" da economia atual está simplesmente defasada com relação ao conhecimento atual nestas áreas, e os modelos econômicos montados atualmente parecem ignorar isso (novamente, até onde eu sei) e se manter presos ao que se considerava correto há um século ou mesmo mais, e que hoje sabemos não ser verdade.
Onde estão os estudos de economia atuais que levam em conta os últimos avanços no estudo do comportamento humano (e mesmo animal), da psicologia, das neurociências, etc...? Nunca vejos estes aspectos sendo discutidos quando são propostas idéias visando explicar os fenômenos econômicos ou propor políticas econômicas.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Pô!!! Leandro. Não leu as coisas sobre teoria evolucionária que te falei a uns dois meses. Lá tem doideiras de todo o tipo e modelos que misturam de tudo. Procura qualquer artigo do Giovanni Dosi ou Jan Fagerberg, neles vai achar coisas sobre difusão tecnológica e competição que não estão nos livros mais comuns, mas são bem conhecidos e estudos mundo a fora.
A economia neo-institucional estuda basicamente o comportamento humano em uma inspiração "a la" direito. Redes neurais é uma nova onda, não me pergunte não sei nem o que é isso.
Quando se discute macroeconômica é a ortodoxia, que consiste nos novo-clássicos e neo-keynesianos. A diferença entre eles é que no curto prazo os últimos introduzem imperfeições de mercado, mas no longo chegam a mesma conclusão. Outras formas de pensar são ignoradas ou tentam argumentar pela borda.
O modelo de metas de inflação lá do BACEN usa o modelo auto-regressivo para detemrinar a relação entre as variáveis. Não é exato e muda ao longo do tempo. Boa parte da decisão é no achometro. Quem fala que é uma decisão técnica, não entende nada ou está mentindo, a decisão é ideologia.
Quer entender a crise financeira deve ler Misnky. O cara escreve bem e dá uma análise profunda da instabilidade do capitalismo. É uma coisa linda.
A maioria das coisas que se vê na mídia e mais falado é a visão mais convencional da convencional.
A economia neo-institucional estuda basicamente o comportamento humano em uma inspiração "a la" direito. Redes neurais é uma nova onda, não me pergunte não sei nem o que é isso.
Quando se discute macroeconômica é a ortodoxia, que consiste nos novo-clássicos e neo-keynesianos. A diferença entre eles é que no curto prazo os últimos introduzem imperfeições de mercado, mas no longo chegam a mesma conclusão. Outras formas de pensar são ignoradas ou tentam argumentar pela borda.
O modelo de metas de inflação lá do BACEN usa o modelo auto-regressivo para detemrinar a relação entre as variáveis. Não é exato e muda ao longo do tempo. Boa parte da decisão é no achometro. Quem fala que é uma decisão técnica, não entende nada ou está mentindo, a decisão é ideologia.
Quer entender a crise financeira deve ler Misnky. O cara escreve bem e dá uma análise profunda da instabilidade do capitalismo. É uma coisa linda.
A maioria das coisas que se vê na mídia e mais falado é a visão mais convencional da convencional.
Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Como dinheiro é facilmente quantificável, fica parecendo fácil as mais variadas equações econômicas, mas dinheiro é apenas um meio de troca. Ponha um desses economáticos em uma economia de escambo que sem a existência de dinheiro pra "quantificar", eles vão ficar confusos.Bourne escreveu:Ignorar o recursos matemático estatístico costuma ser a desculpa de quem não entende do que está falando. Ou tem uma visão religiosa das coisas.LeandroGCard escreveu:X2
Contudo, usar modelos de defasagem temporal é muito útil para analisar a relação causal entre variáveis ao longo do tempo. Entre outras utilizadas que ser para complementar as teorias e visões.
E também não ajuda que um dos maiores positivistas da economia fez previsões horríveis, ele morreu recentemente, um tal de Paul Samuelson. Ele é um grande exemplo do que Hayek chamou da "pretensão do conhecimento". Samuelson cometeu 3 erros absurdos, que só não o difamou pq as pessoas adoram a aura de engenheiro social, do sábio que sabe consertar a sociedade:
1 - Samuelson afirmava que com o fim da Segunda Guerra, a economia iria piorar, já que haveria uma grande diminuição do agregado. Porque a fabrição de bombas e munição para destruir edifícios e matar pessoas era bom pra economia, desde que os números parecessem bons.
2 - Samuelson era grande fã da Curva de Philips, aquela que dizia que bastava a inflação ser alta que o desemprego sumia. Bem, todo brasileiro sabe a "veracidade" disso...
3 - Na edição de 1989 daquele livro de Samuelson, o mais usado por estudantes de economia que começaram o curso, dizia algo como "A União Soviética não é apenas um exemplo de como economias centralizadas podem dar certo, mas com o tempo até superar a dos EUA". Alguns meses a União Soviética ruiu, ele apagou esse trecho em edições posteriores sem dar nenhuma explicação.
Qualquer um desses 3 erros faria um economista rever sua metodologia, mas Samuelson era tão enamorado com as equações que ele não conseguia observar a realidade ao seu redor. No caso do terceiro exemplo que dei, nos anos 80 já era bem conhecido a escassez do sistema soviético, era so perguntar pra qualquer um que fugiu de lá. Mas os números diziam que tava tudo bem! Em 1922, Ludwig von Mises previu que a União Soviética não daria certo, e fez isso com rigor teórico, usando uma metodologia e lógica consistente, sem recorrer a nenhuma equação. Estásticas são válidas, mas equações são traiçoeiras, já que a pessoa escolhe apenas algumas de milhões de variáveis.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Exacto, faltou essa parte na minha frase, mas convenhamos que Ciências Sociais, não são Ciências, é só um bando de geek's e de mulher boa.Vitor escreveu:Economia é uma ciência, mas humana e não exata. Mas como a maior parte da academia é positivista e insiste que economia é uma ciência exata...vão continuar errando e errando.
Desculpem mas não quis ofender, não resisti a voltar aos tempos de faculdade e rivalidade, entre engenharias e o pessoal de humanas...
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Ora, eu li e pesquisei a parte que estávamos discutindo no momento (ligada ao Schumpeterianismo, aliás, muito interessante), mas confesso que não pesquisei muito além, até por falta de orientação. A maioria dos textos que encontrei era muito rebuscada para alguém formado em engenharia, e é difícil manter a atenção se não se sabe o que se está procurando.Bourne escreveu:Pô!!! Leandro. Não leu as coisas sobre teoria evolucionária que te falei a uns dois meses. Lá tem doideiras de todo o tipo e modelos que misturam de tudo. Procura qualquer artigo do Giovanni Dosi ou Jan Fagerberg, neles vai achar coisas sobre difusão tecnológica e competição que não estão nos livros mais comuns, mas são bem conhecidos e estudos mundo a fora.
Bourne escreveu:A economia neo-institucional estuda basicamente o comportamento humano em uma inspiração "a la" direito. Redes neurais é uma nova onda, não me pergunte não sei nem o que é isso.
Taí, esta pode ser uma área interessante. Mas tem uma coisa estranha, as redes neurais estão na moda hoje, mesmo? Pelo que sei, nas áreas de exatas (matemática e programação) elas já estão meio fora de moda, pois foram encontradas limitações para o seu desenvolvimento que não eram esperadas e que não permitem que suas aplicações práticas possam ir muito longe.
Provavelmente estas são as causas da impressão que tenho sobre o assunto e do meu comentário. E realmente não sei como encontrar informações que possam me exclarecer melhor, pois não tenho a mínima intenção de a esta altura entrar em um curso de economia, até porque sei que pelo menos 80% do que eu estudaria não teria interesse direto para mim.Bourne escreveu:Quando se discute macroeconômica é a ortodoxia, que consiste nos novo-clássicos e neo-keynesianos. A diferença entre eles é que no curto prazo os últimos introduzem imperfeições de mercado, mas no longo chegam a mesma conclusão. Outras formas de pensar são ignoradas ou tentam argumentar pela borda.
O modelo de metas de inflação lá do BACEN usa o modelo auto-regressivo para detemrinar a relação entre as variáveis. Não é exato e muda ao longo do tempo. Boa parte da decisão é no achometro. Quem fala que é uma decisão técnica, não entende nada ou está mentindo, a decisão é ideologia.
Quer entender a crise financeira deve ler Misnky. O cara escreve bem e dá uma análise profunda da instabilidade do capitalismo. É uma coisa linda.
A maioria das coisas que se vê na mídia e mais falado é a visão mais convencional da convencional.
Por isso vivo te provocando, assim consigo arrancar algumas "dicas" .
um grande abraço,
Leandro G. Card
Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
O problema é que ninguém aqui está discutindo o que é convencional ou não, o que é mais moderno ou não, qual é a última teoria econômica, qual está na moda. Não estamos num debate sobre teoria econômica, epistemologia científica, mas apenas tentando entender um momento histórico.
E para tal é necessário ter os ferramentais das ciências sociais, na qual a economia está inserida, isso porque apesar das fantasias matemáticas, nenhum modelo explica a realidade, ou é capaz de prever a realidade. Tudo são aproximações, não exatas, a ciência não procurar verdades absolutas, mas tenta entender a realidade por meio de um método de estudo. A história humana não é um sistema, não é sistematizável, talvez por isso os positivistas não gostem de história.
[]´s
E para tal é necessário ter os ferramentais das ciências sociais, na qual a economia está inserida, isso porque apesar das fantasias matemáticas, nenhum modelo explica a realidade, ou é capaz de prever a realidade. Tudo são aproximações, não exatas, a ciência não procurar verdades absolutas, mas tenta entender a realidade por meio de um método de estudo. A história humana não é um sistema, não é sistematizável, talvez por isso os positivistas não gostem de história.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Sei lá, o desiderato do Leandro me parece bastante honesto: quer aprender mais sobre determinado assunto e elegeu um colega para ajudá-lo. Qual a função de um Fórum, afinal? Aprender e ensinar, oras...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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