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Re: A assinatura do TNP

Enviado: Sáb Jan 31, 2009 1:06 pm
por Marino
Quando é que o Brasil foi invadido?
Quando ainda colônia de Portugal, por franceses, holandeses e ingleses.
No Império, por paraguaios, o que resultou na Guerra da Tríplice Aliança.
Na I GM e na II GM, não fomos "invadidos", mas arrastados ao conflito pelo afundamento de nossos navios mercantes.

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Sáb Jan 31, 2009 1:31 pm
por cabeça de martelo
Ou seja, perigos de invasão do território Brasileiro só aconteceram no tempo do império.

Pessoalmente acredito que a melhor arma de dissuasão que o Brasil pode e deve ter são uns 3 SNB, um PA devidamente equipado, navios de guerra em quantidade e qualidade, um exército e Força Aérea bem equipados e bem treinados.

ADM...deixem para quando tudo o que escrevi for realizado.

ADM são eficazes quando o país em questão tem uma politica activa no mundo, ou pelo menos bastantes problemas externos (Irão, Coreia do Norte, China, EUA, Russia, etc).

O Brasil tem muitos projectos em andamento, projectos esses que são fulcrais para a modernização das vossas Forças Armadas. Um projecto destes só ia concentrar esforços, dinheiro e atenção em algo que é no minimo secundário para um país isolocionista como o Brasil.

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Sáb Jan 31, 2009 2:00 pm
por Sterrius
para um país isolocionista como o Brasil.


Creio que o país deixou de ser isolacionista em 92 quando nosso presidente Collor abriu os mercados.
Obvio que ainda estamos longe de sermos um exemplo de livre mercado mas da pra ver claramente mudanças.

Hoje eu considero o Brasil um país protecionista, nosso proximo desafio é realmente desproteger o mercado para torna-lo mais eficiente. Mas é uma tarefa complicada pois fazer rapido d+ ira detonar nossa industria, se estagnar a industria tb fica estagnada se aproveitando da proteção extra.

Obvio que estou pensando que vc falou isolacionismo no termo comercial. Em termos diplomaticos realmente o brasil continua isolacionista ja que seu foco continua sendo voltado pra AL.

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Sáb Jan 31, 2009 2:59 pm
por Carlos Mathias
É muito mais barato e certo de resultados dissuasores o anúncio da posse de armas nucleares e vetores estratégicos para lançá-las sobre qualquer lugar do mundo, os ICBMs e SLBMs. O resto é blá, blá, blá.

O Iraque tinha exército grande e ... A Coréia do Norte é um país mendigo, mas alguém tentou emparedar ela? Nããããã, só diplomacia, na manha. :lol: E isso porque a bomba deles falhou! :lol:

Se fosse ruim, todos jogavam fora, mas o que vemos é que quem tem, quer é mais e melhores.
E digo mais, o Brasil não seria isolado porra nenhuma, nem o Paquistão o é, com Talibã e tudo!
Um esperneio aqui e ali, e só, depois o pessoal assimila.

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Dom Fev 01, 2009 1:59 am
por Rodrigoiano
Carlos Mathias escreveu:É muito mais barato e certo de resultados dissuasores o anúncio da posse de armas nucleares e vetores estratégicos para lançá-las sobre qualquer lugar do mundo, os ICBMs e SLBMs. O resto é blá, blá, blá.

O Iraque tinha exército grande e ... A Coréia do Norte é um país mendigo, mas alguém tentou emparedar ela? Nããããã, só diplomacia, na manha. :lol: E isso porque a bomba deles falhou! :lol:

Se fosse ruim, todos jogavam fora, mas o que vemos é que quem tem, quer é mais e melhores.
E digo mais, o Brasil não seria isolado porra nenhuma, nem o Paquistão o é, com Talibã e tudo!
Um esperneio aqui e ali, e só, depois o pessoal assimila.
X2 Estimado CM, além do Brasil ser um celeiro de alimentos, um dos maiores exportadores de alimentos, detentor de recursos minerais e naturais valiosos, biodiversidade, convivência pacífica de pessoas de características político-religiosas-culturais diferentes, provável grande exportador de petróleo a médio/longo prazos etc, enfim isolar nós não seria fácil nem inteligente. Nada de beligerância e postura ofensiva, mas armas nucleares e seu poder dissuasório são grandioso meio de defesa...

Abraço!

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Dom Fev 01, 2009 9:37 pm
por Luiz Bastos
E Eu assino embaixo. :mrgreen:

Agora amigo tuga. Você colocou um termo que eu nunca havia lido antes. poderia traduzi-lo para o português brasileiro? "fulcral" :shock: Por favor amigo d´além mar, descendente direto de Camões, esclareça-me, sem contudo me humilhar pela minha ignorância :wink:

Fui

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Dom Fev 01, 2009 11:10 pm
por Marino
FULCRO: sustentáculo, suporte, apoio, base, fundamento, alicerce.
Em português de Portugal, ou do Brasil :wink: :wink: :wink: .
Abração

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Seg Fev 02, 2009 10:30 am
por FOXTROT
Todas as informações e perspectivas de conflito e uso da Bomba Atômica engrandecem o debate e todos têm um pouco de razão em suas postagens, o Túlio disse bem, o desgaste político seria enorme (tanto interno quanto externo) para o país que em resposta a um ataque nuclear tático destruísse cidades inteiras.

Eu não entendi o que o pessoal quis dizer em "que país usaria uma arma nuclear em seu território"?

Se a Alemanha tivesse a Bomba não teria usado em 1945? O Iraque e todos os outros países invadidos, estariam errados se o fizessem? creio que não estariam!

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Seg Fev 02, 2009 10:58 am
por LeandroGCard
Carlos Mathias escreveu:É muito mais barato e certo de resultados dissuasores o anúncio da posse de armas nucleares e vetores estratégicos para lançá-las sobre qualquer lugar do mundo, os ICBMs e SLBMs. O resto é blá, blá, blá.

O Iraque tinha exército grande e ... A Coréia do Norte é um país mendigo, mas alguém tentou emparedar ela? Nããããã, só diplomacia, na manha. :lol: E isso porque a bomba deles falhou! :lol:

Se fosse ruim, todos jogavam fora, mas o que vemos é que quem tem, quer é mais e melhores.
E digo mais, o Brasil não seria isolado porra nenhuma, nem o Paquistão o é, com Talibã e tudo!
Um esperneio aqui e ali, e só, depois o pessoal assimila.
Sobre a posse de bombas por países como a Coréia do Norte tem-se que lembrar um detalhe importante:

A Coréia do Norte com sua bombinha que nem funcionou direito, e o Irã com sua proximidade com grupos considerados em geral como terroristas (Hizbolah), utilizam uma outra forma de exercer a dissuasão nuclear, que não a ameaça militar direta: Eles deixam sub-entendido que poderiam, caso pressionados, simplesmente fornecer em segredo artefatos nucleares para grupos terroristas ativos como a Al-Qaeda, o que colocaria um problema terrível para a segurança de seus inimigos. Se bem efetuados, ataques terroristas com bombas nucleares dentro do território americano por exemplo poderiam ter consequências muito maiores que a destruição causada pelas bombas em si, mesmo se fossem bombas relativamente fracas e em pequeno número. E a menos que houvessem provas cabais do envolvimento do país fornecedor da bomba nos ataques (o que poderia não ser fácil de conseguir), o país agredido não poderia retaliar sem arriscar um desgaste diplomático também enorme. É este risco que leva por exemplo os EUA à mesa de negociações com a Coréia do Norte, e não a possibilidade de ataques táticos contra suas forças militares.

Mas estes países pagam um preço por deixar implícita esta ameaça. Eles são considerados desde já como párias pela comunidade internacional, e por isso tem grande dificuldade de se integrar a cadeia de investimentos e ao comércio mundial, o que acaba por prejudicar seu próprio desenvolvimento. Em última análise, a posse (ou tentativa de obtenção) de armas nucleares por parte destes países e de outros (como a Líbia de Kadafi e o Iraque antes do ataque israelense contra Osirak) acaba sendo contra-producente com relação ao que deveriam ser os objetivos de cada nação (progresso, desenvolvimento econômico, etc...). No caso específico destes países, porém, eles já eram de certa forma párias da comunidade internacional por vários outros motivos, e assim tinham pouco a perder adotando a posição de possíveis “terroristas nucleares”. Por isso alguns deles decidiram partir para este lado. Outros contudo desistiram...

Já o Brasil tem muito mais a perder do que a ganhar com esta posição, e portanto se vier a desenvolver ADM’s tem que deixar bem claro que elas somente seriam utilizadas por nosso governo e não entregues a “outros agentes”. E a posse de vetores convincentes (ICBM’s, SLBM’s e quetales) para lançar estas bombas seria uma boa forma de provar que nosso arsenal nuclear é “sério e responsável”, e não um potencial fornecedor dos Osamas bin Laden que andam por aí.

Leandro G. Card

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Seg Fev 02, 2009 11:05 am
por soultrain
Luiz Bastos escreveu:E Eu assino embaixo. :mrgreen:

Agora amigo tuga. Você colocou um termo que eu nunca havia lido antes. poderia traduzi-lo para o português brasileiro? "fulcral" :shock: Por favor amigo d´além mar, descendente direto de Camões, esclareça-me, sem contudo me humilhar pela minha ignorância :wink:

Fui
O marino já explicou, mas para perceber, no contexto, podia ser substituido por fundamental.

Geralmente usa-se p.ex: "O ponto fulcral desta reunião é..."

[[]]'s

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Seg Fev 02, 2009 5:15 pm
por rodrigo
O guarda-chuva nuclear da Europa

Marcelo Rech

A proliferação de armas nucleares constitui uma das principais ameaças à segurança e a paz no mundo contemporâneo e a prevenção destas ameaças é um dos desafios mais importante que se impõe à comunidade internacional.

Os Estados Unidos e a União Européia, por exemplo, têm o tema entre suas principais prioridades e os focos de maior tensão estão no Irã e na Coréia do Norte.

Neste sentido, como compreender a presença do guarda-chuva nuclear na Europa, ou seja, o armazenamento e planejamento do uso de armas nucleares norte-americanas no continente?

As armas nucleares dos Estados Unidos armazenadas no Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia permanecem sob o seu controle político e militar.

Por outro lado, cerca de 180 dessas armas e 36% do estoque podem ser utilizadas por cinco países membros da OTAN (Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia), que não têm as suas próprias armas nucleares.

Fica difícil compreender onde os Estados Unidos atuam para a não proliferação de armas nucleares.

De acordo com o acordo relativo à assistência militar mútua coletiva dos Estados-Membros, o provimento de armas nucleares está baseada na necessidade de reforçar e manter a segurança internacional e a "solidariedade transatlântica".

Uma declaração do grupo de planejamento nuclear da aliança, de junho de 2007, estabelece uma missão da OTAN/norte-americana quanto a armas nucleares táticas na Europa "para prever as necessidades de dissuasão nuclear no século XXI".

Por essa razão, aeronaves F-16 (na Bélgica, nos Países Baixos e na Turquia) e PA-200 Tornado (na Alemanha e Itália) estão permanentemente atualizadas.

Estas aeronaves podem utilizar muitos aeródromos dos Estados-Membros da OTAN, incluindo a Polônia e os países bálticos. Aviões da OTAN também podem ser equipados para transportar bombas nucleares aéreas.

O potencial de armas nucleares norte-americanas estocadas na Europa está diretamente ligado às armas ofensivas estratégicas dos Estados Unidos e dos novos elementos do sistema ABM a ser implantado na Polônia e República Checa.

Além disso, trata-se de uma grosseira violação do Tratado de Não-Proliferação, que impede os Estados dotados de armas nucleares de transferirem essas armas àqueles que não a possuem.

Os signatários do Tratado se opõem a proliferação de armas nucleares a nível mundial e, neste contexto, colocam em xeque Irã e Coréia do Norte. Por outro lado, permitem o armazenamento de bombas em seu território preparadas para serem utilizadas.

O guarda-chuva nuclear na Europa revela mais uma vez a perigosa política de dois pesos e duas medidas adotada pelos Estados Unidos e seus aliados da OTAN, constituindo-se numa grave ameaça para a Europa.

Marcelo Rech é jornalista, editor do InfoRel e especialista em Relações Internacionais e Estratégias e Políticas de Defesa. Correio eletrônico: inforel@inforel.org.

"É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte"

Fonte: http://www.inforel.org

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Seg Fev 02, 2009 6:49 pm
por scyther
Como disse LeandroGCard, o Brasil tem muito a perder caso seja punido pela comunidade internacional em razão da quebra do tratado. Perdas econômicas sobre a nossa já maltratada população iria ser muito mais danoso do que o possível benefício de possuir nukes.
Sobre a invasão desses países encrenqueiros que possuem nukes, os EUA não podem se meter em mais atoleiros se a ameça não for iminente e muito grave. As última guerras iniciadas pelos americanos não me parecem muito lucrativas, já que a exploração de qualquer atividade nos países ocupados fica seriamente ameaçada por insurgente que parecem nascer em árvores e não dão sossego.
Quanto ao uso contra esquadras, os Phalanx ou Bofors não tornariam a tarefa um tanto quanto complicada?
Acerca de usar nukes em seu próprio território, dentro de suas próprias cidades, me parece coisa que um desses líderes historicamente canalhas e odiosos fariam.

Abs

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Ter Fev 03, 2009 3:00 am
por Rodrigoiano
Estimados colegas foristas, historicamente, com o perdão da palavra, EUA, URSS e China já "bundaram" uns para os outros, para evitar um conflito nuclear. Mesmo com a suposta fraca arma nuclear testada pela Coréia do Norte, a comunidade internacional e os EUA só criticaram e adotaram restrições econômicas, pois, como sabemos, a Coréia do Norte é protegida da China e os EUA não os atacaram. Se fosse um outro país que fizesse um teste e não tivesse um "apoio", digamos de Rússia ou China, certamente seriam atacados.

Cada vez fico mais intrigado com a "demora" de Israel e dos EUA atacarem o Irã. De um país que nega o holocausto e prega a destruição de Israel, em outros tempos, já teria atacado (vide o ataque ao suposto reator na Síria, que a comunidade internacional nem deu bola! :evil: ). Por que não o foi? Obama? Descoberta de alguma arma "secreta" já em poder dos iranianos? Surpresa frente ao treinamento simulado contra os S-300 gregos? Medo da Rússia? Esta ficaria feliz com o aumento do petróleo ou triste com um dos maiores clientes militares? Ou os dois??!! E ela forneceria "alerta" antecipado por satélites para Teerã não ser "pega de surpresa". E se um caça israelense avariado ou em fuga do promissor sistema antiaéreo iraniano penetrar no espaço aéreo da vizinha Rússia? E se for derrubado? Suposições que espero NUNCA ocorram!

Abraços!

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Ter Fev 03, 2009 9:00 am
por FOXTROT
scyther escreveu:Como disse LeandroGCard, o Brasil tem muito a perder caso seja punido pela comunidade internacional em razão da quebra do tratado. Perdas econômicas sobre a nossa já maltratada população iria ser muito mais danoso do que o possível benefício de possuir nukes.
Sobre a invasão desses países encrenqueiros que possuem nukes, os EUA não podem se meter em mais atoleiros se a ameça não for iminente e muito grave. As última guerras iniciadas pelos americanos não me parecem muito lucrativas, já que a exploração de qualquer atividade nos países ocupados fica seriamente ameaçada por insurgente que parecem nascer em árvores e não dão sossego.
Quanto ao uso contra esquadras, os Phalanx ou Bofors não tornariam a tarefa um tanto quanto complicada?
Acerca de usar nukes em seu próprio território, dentro de suas próprias cidades, me parece coisa que um desses líderes historicamente canalhas e odiosos fariam.

Abs
O Brasil é um grande mercado consumidor, um país com 200 milhões de habitantes e com relativo poder aquisitivo, um dos maiores exportadores de matéria prima do mundo.

Assim a comunidade internacional não pode nos ignorar, como faz com os outros, o que A Coréia do Norte exporta? Mísseis para Síria, Líbia e Irã; O Irã? Só Petróleo e aramas para o Hamas e o Hesbolá.

"As ultimas guerras iniciadas pelos EUA não me parecem muito lucrativas", bem eu penso que forma muito lucrativas, principalmente a do Iraque, afinal as industrias bélicas venderam uma enormidade de bombas a serem usadas nos ataques, a industria petrolífera obteve acesso aos contratos de exploração e exportação antes em mãos Russas e Francesas, a construção civil vai reconstruir o país a preços exorbitantes e novamente a armamentista irá reequipar as forças armadas do Iraque, se isso não é lucrativo então não sei.

A guerra só não foi lucrativa para o Estado Americano que desembolsou milhões dos cofres públicos, mas para as industrias Norte Americanas uma maravilha, ou alguém viu informação de demissão na Boeing, Lockheed Martin e por ai vai?

"Acerca de usar nukes em seu próprio território, dentro de suas próprias cidades, me parece coisa que um desses líderes historicamente canalhas e odiosos fariam".

Qualquer líder que tenha seu país sob a ameaça de invasão eminente, não hesitará em lançar mão de seu arsenal atômico!!!

Re: A assinatura do TNP

Enviado: Ter Fev 03, 2009 9:28 am
por cabeça de martelo
O Saddam na 1ª guerra do Golfo não o fez, porque sabia que a resposta seria multiplicada 100 vezes.

Ele podia não ter misseis com ogivas Termo-nucleares, mas tinha com ogivas com substâncias não muito recomendáveis. Da famosa sigla NBQ, só lhe faltava o "N".