orestespf escreveu:LeandroGCard escreveu:orestespf escreveu:morcego escreveu:Orestes, evidentemente que a FAB sempre quiz operar caças BI TURBINA DE GRANDE RAIO DE AÇÃO, concordo que precisamos deles, TODA VIA, não deixaremos de operar MONO TURBINA POR CONTA DISSO.
os caças MONO TURBINA tendem a ser sempre mais baratos de operar e manter a força VOANDO, o GRIPEN entra como luva em nossa CARA e necessitada linha de caças, os BI-TURBINAS sendo mais caros, devem existir em menor numero e voltados ao ATAQUE.
Não estou dizendo que devemos optar apenas por MONO TURBINA, toda via, quero demonstrar que se a FAB encontra espaço para ALX, F-5M e AMXM, é pq existe "NECESSIDADE DE TAL". tanto que vc mesmo AVALIA EM SEU TEXTO NA UFJF que os projetos AMX-M e F5-M são validos, ORAS, eles são VALIDOS ou são UM PESADELO?
o FATO, é que 2020 É O dead line DE f-5 E amx, DEVERIAMOS ter entrado o século com estes vetores MODERNIZADOS para que ficassem 20 ANOS em operação, VAMOS GASTAR EM UMA MODERNIZAÇÃO EXTENSA onde estes entrarão em serviço TOTALMENTE em 2010, OS PRIMEIROS ENTREGUES FICARÃO 12/13 anos em serviço.
ACHA MESMO QUE NÃO TERIA SIDO MELHO fechar com o GRIPEN e depois negociar sem faca bolivariana no PESCOÇO?
ACHA MESMO que o GRIPEN não serve pra FAB?
Belíssimo post, Morcego. Este é o ponto. O que você escreveu se resume ao mix "hi-lo" que defendi anteriormente e que também é defendido por você a mais tempo.
O Gripen cai mais do que como luva para a FAB, seria perfeito, mas não apenas ele, precisamos de bi-turbinas de longo alcance também, mas em menor número.
Hoje a situação está assim: os pernas curtas nós já temos (F-5M e A-1M), mas precisamos comprar os bi-turbinas (ou não, não sei mesmo) de longo alcance (o FX-2). Com o tempo os pernas curtas atuais (F-5M e A-1M) terão que ser substituídos. E quem será o substituto? O FX-2? Duvido! Mas continuo sem respostas, pois estamos falando de 2020 aproximadamente e quem estará "vivo" até lá (me refiro aos caças atuais).
E aí fica uma dúvida maior ainda: se o Gripen é perfeito, quando que ele entraria nesta equação? Se deixar lá pra frente a linha de montagem fecha. Antes, o que não acredito, seria muito difícil, visto que os bi-turbinas de longo alcance serem os mais naturais.
Abração,
Orestes
Pegou o ponto Orestes,
O avião do FX-2 atual deverá ser um bi-turbina de bom porte, até devido à compra dos SU-30 pelo Chaves. E por um tempo estaremos razoavelmente bem servidos com os F-5M e A-1M.
Aí virá a hora de trocar estes últimos, e o que teremos disponível no mercado? Todos os "leves e baratos" estarão bem velhinhos, e nossa única opção será comprar aeronaves de museu e fazer malabarismos durante anos para mantê-las voando.
Não é um problema para agora, mas se desenha para o futuro à médio prazo. Se as coisas forem feitas com sempre neste país, tenta-se resolver o problema imediato e deixa-se o futuro para quando ele chegar, e daqui a uma década e pouco teremos um pepino nas mãos bem maior que a obsolescência dos 12 M-III de Anápolis, e outra novela de enredo ainda pior e mais longo estará começando.
O FX-2 atual é até fácil de resolver, basta decidir o quanto se quer gastar e comprar uma das várias opções disponíveis no momento. Mas se a decisão não for pensada já imaginando a situação futura, daqui a pouco estaremos començando tudo de novo, e aí em uma situação bem mais difícil.
Leandro G. Card
Suas dúvidas são pra lá de pertinentes, Leandro. Mas existe o Plano Estratégico Nacional de Defesa que está sendo elaborado pelo MD com a intenção de evitar estes problemas, ou seja, é a primeira vez que se fala desta forma no País.
Pode dar errado o tal Plano? Sim, pode. Porém o mesmo deverá ser abrangente e acima de tudo, pragmático. Este papo de ficar filosofando sobres as coisas não resolve nada, precisamos de algo pra hoje, já que o ontem já passou.
Este Plano leva em consideração o cenário para os próximos 10 anos, isto é planejamento de fato. Não vai depender do humor dos futuros governantes. Estou otimista demais? Talvez... Mas amanhã, no máximo depois de amanhã, está saindo um artigo meu no UFJF Defesa abordando o assunto, dando mais informações sobre o assunto (o Plano), apresentando o meu "palpite" e observando certas falhas. Para quem ainda não conhece um pouquinho sobre o assunto, talvez ajude um pouco. (E ainda faço propaganda.... hehehehe).
Abração,
Orestes
Bem,
Vamos então ficar atentos a este plano (e é claro ao seu artigo também!!!). Vamos ver se será mesmo uma coisa como "nunca antes na história deste país" se viu.
Falando sério, sou filho de militar e acompanho desde bem pequeno a evolução destes assuntos em nosso país, e o que sempre vi em décadas foram soluções pontuais para problemas já críticos, e praticamente nenhuma visão de futuro. Mesmo as boas coisas que foram feitas eram sempre uma resposta a um problema que já deveria ter sido previsto antes, e nunca houve continuidade depois do problema resolvido.
Vamos ver se isto muda agora. Estou torcendo.
Um grande abraço,
Leandro G. Card