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#76 Mensagem por lobo_guara » Sex Jan 04, 2008 11:47 am

Estou postando essa notícia em homenagem ao meu amigo ZeRo4, que considera o Spada 2000 ultrapassado para o Brasil (um país muito bem armado por sinal e com uma vasta experiência em guerras :wink: ), pois para os "inexperientes" militares do Paquistão o Spada 2000 foi considerado uma excelente opção para a sua defesa anti-aérea (além deles os espanhois e italianos entre outras FFAA inexperientes e sem dinheiro para comprar equipamentos russos de melhor qualidade!).

Pakistan Air Force Chooses MBDA Spada 2000 Air Defence System
Tariq Iqbal | Sep 11, 2007, 20:26


Pakistan Air Force has ordered number of MBDA Spada 2000 air defence system to to meet the requirements of its low to medium air defence system. Paquistão Força Aérea tenha ordenado número de MBDA Spada 2000 sistema de defesa aérea para satisfazer as exigências da sua baixa a média sistema de defesa aérea.

It is likely that these systems will replace the long aged French Crotale air defence systems in Pakistan Air Force which have served well for the protection of Pakistan Air Space from enemy's intrusion. É provável que estes sistemas irão substituir a longo envelhecido francês Crotale sistemas de defesa aérea no Paquistão Força Aérea que tenham servido bem para a protecção do Paquistão Air Space partir do inimigo intrusão.

Componenets of MBDA Spada 2000 were displayed in International Defence Exhibition, IDEAS in 2006 which attracted the attention of Pakistan defence staff. Componenets de MBDA Spada 2000, foram exibidas na Exposição Internacional de Defesa, IDÉIAS em 2006, que atraiu a atenção do Paquistão defesa pessoal.

MBDA Spada 2000 has been evaluating ever since and was in hard competition with Raytheon SL-AMRAAM and German Diehl BGT IRIS-t SL air defence systems. MBDA Spada 2000 foi avaliar e desde então estava em concorrência com hard Raytheon SL-AMRAAM e alemão Diehl BGT IRIS-t SL sistemas de defesa aérea.

Pakistan has more than adequate coverage for low level air defence due to large number of MANPADs available to the units Anza MK1, MK2, MK3 which Pakistan produces locally. Paquistão tem mais de uma cobertura adequada para o baixo nível de defesa aérea devido ao grande número de MANPADs disponíveis para as unidades Anza MK1, MK2, que MK3 Paquistão produz localmente.

Former Air Chief Kaleem Sadaat did mention Pakistan Air Force interest in the Spada 2000 air defence system in the past, however it was up until now limited to it. Antigo Air Chief Kaleem Sadaat fez menção Paquistão Força Aérea interesse no Spada 2000 sistema de defesa aérea no passado, no entanto, ele foi até agora limitada a ela.

The Spada 2000 is an all-weather, day and night, highly automated, air defence system which has quick reaction time and requires very few operators to man the system. O Spada 2000 é um conjunto de condições meteorológicas, dia e noite, altamente automatizado, que tem sistema de defesa aérea reacção rápida tempo e requer muito poucos operadores para o homem do sistema. The system can engage up to 4 targets simultaneously, and has the track range of 60KM while it can intercept a target at 25KM accurately. O sistema pode envolver até 4 alvos simultaneamente, e tem a faixa gama de 60KM enquanto ela pode interceptar um alvo em 25KM precisão.
fonte: http://64.233.179.104/translate_c?hl=en ... 070911.php

Outras informações relativas a esse "vestuto" sistema de armas (segundo o ZeRo4) podem ser obtidas nos sites abaixo:

http://www.army-technology.com/projects/spada/

http://www.mbda-systems.com/mbda/site/F ... noeu_id=93

http://www.defesanet.com.br/eads/mbda_aspide.htm

http://www.ejercitodelaire.mde.es/WebEA ... leriatexto




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#77 Mensagem por ZeRo4 » Sex Jan 04, 2008 12:18 pm

lobo_guara, sinceramente irmão??? isso não me afeta! começou a IRONIA, depois eu sou o semeador da discórdia no DB com as minhas respostas "quentes".

Voltando ao assunto do TÓPICO, não é porque A, B ou C adquiriram determinado sistema que esse sistema seja ou não ultrapassado! Se você ao invés de copiar e colar notícias estudasse a fundo o tema (como eu estudo a mais de DOIS anos e quem me conhece aqui do DB sabe disso...), iria parar para pensar só um pouquinho antes de falar merda.

O Spada2000 é derivado do AIM-7 Sparrow que não teve uma boa atuação nem para a arena que foi projetado, combates Ar-Ar BVR. Devido as características foi então ADAPTADO para ser utilizado como SAM. Acontece que o sistema é guiado por radar SEMI-ATIVO. Isso nos trás dois problemas o primeiro é a capacidade de enganjar múltiplos alvos, o segundo é que o radar tem que ficar ligado o TEMPO TODO para engajar as possíveis ameaças.

Agora eu te pergunto, se um país inimigo manda um pacote de ataque com dois aviões de ataque e dois caças de escolta atacarem um alvo defendido por uma bateria de Spada2000... um dos aviões de ataque tem dois mísseis anti-radar, o outro possui quatro kits PGM Umbani (GPS), que com asas pode chegar a 120km de alcance...

O que você como "comandante" irá fazer??? O Spada só tem capacidade para enganjar simultâneamente QUATRO alvos de cada vez... essa conta é bem simples! ou você abate os ARMs ou abate as PGMs, sendo que das duas escolhas ou você vai perder a Bateria ou vai perder o que a bateria está defendendo! Esse tipo de problema não acontece com sistema mais atuais como Spyder, Bamse ou Pantsir.

Fora esse "probleminha" que já torna a bateria bem vulnerável, guiagem por radar Semi-Ativo (SARH) seria a menos indicada possível para realizar a função de enganjar alvos de baixos RCS e rápida capacidade de manobra como PGMs, Mísseis Cruise, UAVs e etc! Nesse caso a guiagem mais indicada é ACLOS.

Além de ser mais indicada para enganjar as atuais ameaças (que não são mais os aviões em si...) os mísseis guiados por ACLOS são bem mais baratos do que guiados por radar ativo pq todo aparato de guiagem do míssil está na estação de Comando e Controle e não no próprio míssil como na guiagem por radar Semi-Ativo, Ativo e IR/IIR.

Se você juntar isso ao fato de que sistemas como BAMSE e PANTSIR já estão na casa dos 20km de alcance e 15km de altitude, não faz sentindo nenhum uma força atualmente preferir comprar o Spada2000 do que o BAMSE ou PANTSIR... é claro que problemas "políticos", como o mesmo que fez o Osório ser preterido, acontecem...

Agora, ao invés copiar/colar notícias de sites, você primeiro faça uma pesquisa sobre métodos de guiagem de mísseis, depois leia sites interessantes sobre os sistemas (army technology não presta! é desatualizado até a alma...), faça contas, pense e depois venha aqui postar se você acha ou não que o Spada2000 pode ter o mesmo desempenho que sistemas mais modernos como BAMSE ou PANTSIR.

Abraços e mantenha uma discussão cordial, não precisamos de ironia para manter uma sadia discussão!




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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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#78 Mensagem por ZeRo4 » Sex Jan 04, 2008 12:26 pm

Outra coisa bem interessante a respeito disso, se o Aspide2000 fosse essa "maravilha toda" pq então a própria MBDA estaria desenvolvendo um outro sistema com a mesma faixa de alcance, mas dessa vez utilizando guiagem por radar ativo (ARH)??? Pois é... vai lá na página da própria MBDA e informe-se sobre o Aster-15 (SAAM) que tem uma faixa de 30km e não tem as fragilidades do Aspide2000, primeiro pq não precisa manter o seu radar ligado o tempo todo, segundo pq não tem problemas para enganjar múltiplos alvos, já que os mísseis são fire-and-forget.

http://www.mbda-systems.com/mbda/site/F ... noeu_id=87




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#79 Mensagem por Glauber Prestes » Sex Jan 04, 2008 12:51 pm

Não sou moderador, mas parou né?

Quanto ao sistema MacBeth, acho que apesar de ser um sistema interessante (podendo inclusive servir tanto para brigadas de infantaria, quanto de cavalaria), usa um equipamento que é muito caro de se utilizar (estamos no Brasil, onde o número de projéteis é limitado). Mais interessante, como o Tulio (maravilha) falou, é o aproveitamento do M113, ou Urutu 3, e fazer o nosso próprio MacBeth com um ou dois canhões de 20 ou 30 mm, um Pod de mísseis Igla (ou MSA-1, sei lá), além de poder aproveitar a nossa experiência na construção do FILA para criar o nosso sistema de acompanhamento.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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#80 Mensagem por lobo_guara » Sex Jan 04, 2008 4:23 pm

ZeRo4 escreveu:lobo_guara, sinceramente irmão??? isso não me afeta! começou a IRONIA, depois eu sou o semeador da discórdia no DB com as minhas respostas "quentes".

Voltando ao assunto do TÓPICO, não é porque A, B ou C adquiriram determinado sistema que esse sistema seja ou não ultrapassado! Se você ao invés de copiar e colar notícias estudasse a fundo o tema (como eu estudo a mais de DOIS anos e quem me conhece aqui do DB sabe disso...), iria parar para pensar só um pouquinho antes de falar merda.

O Spada2000 é derivado do AIM-7 Sparrow que não teve uma boa atuação nem para a arena que foi projetado, combates Ar-Ar BVR. Devido as características foi então ADAPTADO para ser utilizado como SAM. Acontece que o sistema é guiado por radar SEMI-ATIVO. Isso nos trás dois problemas o primeiro é a capacidade de enganjar múltiplos alvos, o segundo é que o radar tem que ficar ligado o TEMPO TODO para engajar as possíveis ameaças.

Agora eu te pergunto, se um país inimigo manda um pacote de ataque com dois aviões de ataque e dois caças de escolta atacarem um alvo defendido por uma bateria de Spada2000... um dos aviões de ataque tem dois mísseis anti-radar, o outro possui quatro kits PGM Umbani (GPS), que com asas pode chegar a 120km de alcance...

O que você como "comandante" irá fazer??? O Spada só tem capacidade para enganjar simultâneamente QUATRO alvos de cada vez... essa conta é bem simples! ou você abate os ARMs ou abate as PGMs, sendo que das duas escolhas ou você vai perder a Bateria ou vai perder o que a bateria está defendendo! Esse tipo de problema não acontece com sistema mais atuais como Spyder, Bamse ou Pantsir.

Fora esse "probleminha" que já torna a bateria bem vulnerável, guiagem por radar Semi-Ativo (SARH) seria a menos indicada possível para realizar a função de enganjar alvos de baixos RCS e rápida capacidade de manobra como PGMs, Mísseis Cruise, UAVs e etc! Nesse caso a guiagem mais indicada é ACLOS.

Além de ser mais indicada para enganjar as atuais ameaças (que não são mais os aviões em si...) os mísseis guiados por ACLOS são bem mais baratos do que guiados por radar ativo pq todo aparato de guiagem do míssil está na estação de Comando e Controle e não no próprio míssil como na guiagem por radar Semi-Ativo, Ativo e IR/IIR.

Se você juntar isso ao fato de que sistemas como BAMSE e PANTSIR já estão na casa dos 20km de alcance e 15km de altitude, não faz sentindo nenhum uma força atualmente preferir comprar o Spada2000 do que o BAMSE ou PANTSIR... é claro que problemas "políticos", como o mesmo que fez o Osório ser preterido, acontecem...

Agora, ao invés copiar/colar notícias de sites, você primeiro faça uma pesquisa sobre métodos de guiagem de mísseis, depois leia sites interessantes sobre os sistemas (army technology não presta! é desatualizado até a alma...), faça contas, pense e depois venha aqui postar se você acha ou não que o Spada2000 pode ter o mesmo desempenho que sistemas mais modernos como BAMSE ou PANTSIR.

Abraços e mantenha uma discussão cordial, não precisamos de ironia para manter uma sadia discussão!


Nossa ZeRo4 estou tremendo de medo, acho que tu não esta bem te acalma se não tu enfarta. Agora se não tens capacidade para uma simples brincadeira e descambas para a utilizar termos de baixo calão e pejorativos, os quais caracterizam ofensa pessoal (aliás achei que isso não era permitido nesse fórum, onde anda o moderador???), penso que não tem sentido tu fazer parte de um fórum se tu te consideras o dono da verdade pelo simples fato de ter estudado isso e aquilo durante tanto tempo, muito embora não consigas manter uma discussão em termos razoáveis com outro forista sem subir no púlpito para dar aulinhas.
Eu como acredito ser o caso da maioria dos demais foristas não sou especialista em armamentos, embora conheça um grande número de sistemas graças a pesquisa em revistas, sites e livros, também não estou mais no sertivo ativo das FFAA, mas tive a oportunidade de permanecer por um bom tempo (talves o tempo em que tu estudavas) nas fileiras de nossas FFAA, atualmente sou apenas um professor universitário que trabalha em benefício de nossa sociedade e que em função de ser ex-militar e ainda possuir diversos amigos vinculados as nossas FFAA nutre algum interesse a cerca de temas militares, tecnologia, estratégia e coisas do gênero, mas tenhas certeza sei de muitas outras coisas além de questões militares, principalmente ser cordial e respeitoso mesmo na discussão de idéias mais relevantes do que essa que estavas mantendo contigo, basta analisar o teor de meus posts em outras ocasiões, onde posso até discordar ou ser irônico como tu afirmas, mas nunca grosseiro. Quanto ao tema em questão, posso até aceitar os teus argumentos e poderia até agradecer pela "explicação" como já fiz em outras ocasiões com outros foristas, contudo devido ao teu comportamento lamentável somente posso recomendar que procure se controlar, até por que estamos demasiadamente distantes para que tu te aflitas tanto com um simples post num forum, pois a vida tem coisas muito mais estressantes do que isso.
A propósito, não deveria mas vou comentar a tua explicação, tu imaginas que uma bateria de misseis aspide defenderia uma posição de forma isolada, esqueceu que os sitemas de AAer atuam de forma conjunta, por ex. os espanhois utilizam o sistema Spada em conjunto com misseis mistral, na MB o aspide atua em conjunto com os canhões Bofors Trinity, além disso quando sugeres que a defesa anti-aerea brasileira seja formada apenas por misseis, tu esqueces de fazer o básico no desenvolvimento de qualquer projeto que é a análise de custo-benefício em relação ao emprego que tu pretendes, por isso outras FFAA e a própria MB optaram pelo Spada em função dos custos, das suas necessidades e da efetividade do sistema em serviço, agora se tu acreditas que o Brasil precisa de Arrows, Aster 15/30, BAMSE ou alguma coisa enorme e com um manual em cirílico aí é um problema de percepção tua, outra opção também é não ter nada e continuarmos na situação atual.
Por fim, se eu fosse o "comandante" da Bia como dissestes, e estivesse sob ataque tenhas certeza de uma coisa não entraria em crise, poderia até virar alvo mas morreria dignamente, em contrapartida penso que tu pelo que demonstra com todo esse nervosismo iria desmair no primeiro tiro que ouvisse.
E FIM DE PAPO, DEMAIS ESCLARECIMENTOS PODES TIRAR PESSOALMENTE COMIGO NA MINHA PRÓXIMA VIAGEM AO RIO! [033]




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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#81 Mensagem por Túlio » Sex Jan 04, 2008 5:00 pm

Antes de ser chamado de puxa-saco do 04, permitam-me postar um trecho de um dos FANTÁSTICOS posts da Koslova, poucas kôzaz eu fiz tão certas, quando era Moderador, quanto tornar FIXO o tópico com os posts dela, lá nos 'Geraes'. Aí, então, O PORQUÊ DE EU TAMBÉM PREFERIR ACLOS A SARH PARA APLICAÇÕES DE DEFESA DE PONTO...

Com a palavra, a Mestra Koslova:

Falando especificamente sobre os SAM.

Os de defesa de ponto existem em três sub classes em função de seus
direcionamento:

SARH (Semi-Active Radar Homing). Seriam sistemas semi-ativos como o
ASPIDE ou o Sea Sparrow.

ACLOS (Automatic Command to Line Sight). Sistemas por linha de visada
são empregado em mísseis como o Sea Wolf, Crotale, Barak, Bamse etc.

IR/IIR. (Infra-Red / Imaging Infra-Red) Mísseis como o RAM, Simbad,
Umkhonto.

Destas três classes apenas o ACLOS é um sistema naval por excelência,
as outras duas tem características peculiares que as tornaram
aplicáveis a ambientes navais.

Sistemas SARH são heranças de sistemas AAM adaptados para uso naval,
não se projeta um SAM com menos de 20Km de alcance com técnica SARH.

O míssil SAM só vai ser semi-ativo e for derivado de um projeto de
AAM (Sea Sparrow, ASPIDE) ou se for de longo alcance como o Standard.
Porque desta situação?

Um míssil SARH precisa de uma antena com movimento mecânico de
varredura que deve ter uma exigência mínima de diâmetro para que
tenha um ganho mínimo que permita a ela captar o eco do alvo.

Este diâmetro mínimo de antena trava o diâmetro base da célula do
míssil, que por sua vez determina seu arrasto.

Alem do arrasto, existem pesos maiores associados a antena,
mecanismos de varredura, geradores de pressão pneumática para a
varredura etc. Isto trava o peso do míssil em uma faixa acima do
ideal.


Um projeto ACLOS não precisa de antena de radar na ponta do míssil,
isto elimina diâmetros mínimos de célula, gera economia de peso,
simplificação de projeto.

Como peso é uma coisa que varia sempre de forma logarítmica em um
míssil, os ganhos de arrasto e peso de célula tem um reflexo muito
diferente em mísseis de defesa de ponto ACLOS x SARH.

Quer um exemplo:

Um Sea Sparrow (SARH) tem cerca de 15km de alcance, seu peso é de
230Kg


Um Crotale (ACLOS) tem cerca de 12Km de alcance, seu peso é de 86Kg

Em resumo o Crotale pesa apenas 37% do Sea Sparrow e tem 80% do seu, alcance, é uma relação peso x alcance muito favorável. Isto acontece
em função destas questões que comentei de diâmetro mínimo de célula e
pesos suplementares que um SARH tem e um ACLOS não.


Outra grande vantagem do ACLOS sobre o SARH para defesa de ponto é a
acuidade.


Sistemas SARH tem limitações neste tipo de aplicação quando a RCS
mínimo do alvo (em função do menor ganho de antena do míssil em
relação ao ganho de antena de um radar de controle de tiro ACLOS),
assim como tem que operar em faixas de freqüência menores (<11Ghz),
para que a absorção atmosférica não destrua o sinal de eco. Um ACLOS
pode operar em freqüências maiores (tipicamente 34Ghz) onde a
precisão é melhor.


O resultado é a acuidade, um Sea Wolf em conduções controladas já
interceptou uma granada lançada por um canhão de 144mm, um Aspíde não teria acuidade e tempo de resposta para este tipo de aplicação.


Estas características de baixo peso (implica no tempo de reação e
capacidade de armazenagem a bordo), assim como melhor desempenho
contra baixo RCS (implica em melhor performance contra mísseis
antinavio), e melhor acuidade (implica em melhor capacidade contra
alvos em vôo rasante), tornam o ACLOS amplamente favorável em relação ao SARH em aplicações de defesa de ponto.

Não quero dizer com isto que mísseis SARH não são bons, a questão é a
região de operação, para faixas acima de 20Km o SARH é amplamente
mais indicado que o ACLOS.

Sem detalhar muito, a principal razão é a acuidade de direcionamento
terminal, que muda radicalmente a favor do SARH conforme a distancia
aumenta.

Um ACLOS basicamente é um sistema onde o radar de controle de tiro a
bordo do navio estabelece uma linha reta entre ele e o alvo e lança o
míssil, através de um transponder a bordo do míssil ele compara a
posição do míssil com a linha reta imaginaria radar - alvo, e manda
sinais para corrigir a posição do míssil de modo que ele sempre
esteja na linha reta radar – alvo e com isto entre em curso de
colisão.

A muito grosso modo isto é um ACLOS.

Conforme aumentamos a distancia radar-alvo qualquer erro angular
entre o radar e o centróide do alvo vai aumentando a distancia de
incerteza na qual o míssil pode passar do alvo, isto exige ogivas
enormes, novamente dentro da progressão logarítmica de peso existe um
ganho enorme de peso no míssil.

Veja um exemplo.

SA-02, direcionamento ACLOS, 50Km de alcance, 2300Kg de peso, 200Kg
de ogiva

Patriot PAC-1, direcionamento SARH, 60Km de alcance, 920Kg de peso,
90Kg de ogiva.

Em outras palavras, SARH de 50km de alcance pesa 40% de um ACLOS de mesmo alcance.

Resumo da opera.

Em pequenos alcances (<15km) o ACLOS é superior e peso x alcance e
acuidade


Em maiores alcance (>30Km) o SARH é superior em peso x alcance e
acuidade


Para um navio de combate em se tratando de defesa de ponto mísseis
ACLOS são significativamente superiores, portanto a escolha ao meu
ver recairia sobre um SAM como o BARAK, SEA WOLF, BAMSE, CROTALE.

Todos são muito equivalentes, porem o Sea Wolf já foi provado em
combate e possui um projeto totalmente otimizado para emprego naval,
neste caso ele estaria em ligeira vantagem ao meu ver.

Apenas dando uma pincelada rápida em sistema IIR que seriam a outra
classe de SAM de defesa de ponto.

SAM baseado em IR só vão existir em duas situações:
Aplicações Man Pad (Igla, Stinger, Mistral etc..)
Projetos derivados de AAM, (Chaparral, RAM, por exemplo)
IR em SAM tem uma grande série de desvantagens, todas elas atreladas
a irregularidade de condições de travamento do míssil no alvo em
função das condições ambientais, posição do sol, chuva, neblina,
temperatura do alvo etc.

Em sistemas portáteis como o Stinger IR é importante porque elimina
muito o peso final do conjunto míssil + lançador, que deve ficar em
até uns 17Kg para poder ser transportado pelo soldado a pé.
Fora aplicações como esta não se costuma usar IR em SAM, alem é claro
de sistemas adaptados como o Chaparral.

Mas porque então se usa SAM IR em alguns navios?

Basicamente são aplicações peculiares. Ou se usa sistemas IR a bordo
em pequenas embarcações de patrulha, mísseis leves e baratos como o
Simbad, ou se usa SAM IR em retrofit de meia vida de embarcações,
eles tem a vantagem de preço, já que não associam a eles radares
complexos e caros de controle de tiro que um ACLOS iria trazer. São
aplicações paliativas que visam baixos custos ou aumentar a demanda
de produção de células de AAM já existentes como AIM-9.




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#82 Mensagem por ZeRo4 » Sex Jan 04, 2008 5:11 pm

lobo_guara, Eu não estou enfartando colega, mas eu discuto um ponto de vista sério... eu não brinco com muita gente do fórum e gostaria que esse comportamente se repetisse comigo.

Eu também não me considero o dono da verdade, mas sei que o meu conhecimento a cerca de sistemas anti-aéreos superam o da maioria dos usuários deste fórum... se você tivesse sido mais humilde quando eu afirmei que o Spada2000 era um sistema ultrapassado, talvez a discussão não fosse para esse lado!

Bastava você perguntar: "Zero, por qual motivo você acha que o Spada2000 é ultrapassado?"

Mas não... preferiu tentar "diminuir" o meu conhecimento afirmando que o mesmo não era ultrapassado pq o Paquistão e a MB adquiriram o sistema... Se você não sabe do que fala, PERGUNTE, até pq ninguém é obrigado a saber! Talvez eu seja um dos usuários que mais PERGUNTA nesse fórum, pq eu tenho a humildade de querer aprender cada vez mais diferente de você.

Quanto a "explicação" que eu tei dei... entenda do jeito que quiser! Fico feliz apenas por ter colocado nessa sua "cabecinha" (com argumentos...) que o Spada2000 é sim um sistema ultrapassado... mas ultrapassado (para você que é professor universitário...) não é sinônimo de ruim ou de algo que não presta.

Quanto a minha explicação em relação a uma bateria de misseis, não se aplica... eu analisei o sistema de forma única! Acontece que ele é ultrapassado pq sistemas mais novos tem uma maior capacidade perdendo apenas um pequeno percentual no alcance, sendo que um sistema como Pantsir já tem AAAe de tubo para compensar.

A MB não optou pelo Spada por questões de custos, até pq muito provavelmente o Pantsir é bem mais barato, nos SISTEMAS e nos próprios mísseis que são mais simples. A MB optou pelo Spada pq ninguém sabe o que fazem os comandantes das forças no Brasil... que parecem viver no mundo da lua e não acessar a internet. Pela sua linha de raciocínio o MD-97 também é um ótimo fuzil... deve ter desempenho próximo do HK-416 e do FN SCAR, afinal será adquirido pelo Exército Brasileiro.




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#83 Mensagem por ZeRo4 » Sex Jan 04, 2008 5:15 pm

Túlio, valeu o texto irmão, eu estava procurando justamente por ele já que a Koslowa é unanimidade no fórum!

Abraços




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#84 Mensagem por Túlio » Sex Jan 04, 2008 5:32 pm

ZeRo4 escreveu:Túlio, valeu o texto irmão, eu estava procurando justamente por ele já que a Koslowa é unanimidade no fórum!

Abraços



Para isto o tópico está lá, INAMOVÍVEL!!! :wink:




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#85 Mensagem por lobo_guara » Sex Jan 04, 2008 7:20 pm

Túlio escreveu:Antes de ser chamado de puxa-saco do 04, permitam-me postar um trecho de um dos FANTÁSTICOS posts da Koslova, poucas kôzaz eu fiz tão certas, quando era Moderador, quanto tornar FIXO o tópico com os posts dela, lá nos 'Geraes'. Aí, então, O PORQUÊ DE EU TAMBÉM PREFERIR ACLOS A SARH PARA APLICAÇÕES DE DEFESA DE PONTO...

Com a palavra, a Mestra Koslova:

Falando especificamente sobre os SAM.

Os de defesa de ponto existem em três sub classes em função de seus
direcionamento:

SARH (Semi-Active Radar Homing). Seriam sistemas semi-ativos como o
ASPIDE ou o Sea Sparrow.

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são empregado em mísseis como o Sea Wolf, Crotale, Barak, Bamse etc.

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Umkhonto.

Destas três classes apenas o ACLOS é um sistema naval por excelência,
as outras duas tem características peculiares que as tornaram
aplicáveis a ambientes navais.

Sistemas SARH são heranças de sistemas AAM adaptados para uso naval,
não se projeta um SAM com menos de 20Km de alcance com técnica SARH.

O míssil SAM só vai ser semi-ativo e for derivado de um projeto de
AAM (Sea Sparrow, ASPIDE) ou se for de longo alcance como o Standard.
Porque desta situação?

Um míssil SARH precisa de uma antena com movimento mecânico de
varredura que deve ter uma exigência mínima de diâmetro para que
tenha um ganho mínimo que permita a ela captar o eco do alvo.

Este diâmetro mínimo de antena trava o diâmetro base da célula do
míssil, que por sua vez determina seu arrasto.

Alem do arrasto, existem pesos maiores associados a antena,
mecanismos de varredura, geradores de pressão pneumática para a
varredura etc. Isto trava o peso do míssil em uma faixa acima do
ideal.


Um projeto ACLOS não precisa de antena de radar na ponta do míssil,
isto elimina diâmetros mínimos de célula, gera economia de peso,
simplificação de projeto.

Como peso é uma coisa que varia sempre de forma logarítmica em um
míssil, os ganhos de arrasto e peso de célula tem um reflexo muito
diferente em mísseis de defesa de ponto ACLOS x SARH.

Quer um exemplo:

Um Sea Sparrow (SARH) tem cerca de 15km de alcance, seu peso é de
230Kg


Um Crotale (ACLOS) tem cerca de 12Km de alcance, seu peso é de 86Kg

Em resumo o Crotale pesa apenas 37% do Sea Sparrow e tem 80% do seu, alcance, é uma relação peso x alcance muito favorável. Isto acontece
em função destas questões que comentei de diâmetro mínimo de célula e
pesos suplementares que um SARH tem e um ACLOS não.


Outra grande vantagem do ACLOS sobre o SARH para defesa de ponto é a
acuidade.


Sistemas SARH tem limitações neste tipo de aplicação quando a RCS
mínimo do alvo (em função do menor ganho de antena do míssil em
relação ao ganho de antena de um radar de controle de tiro ACLOS),
assim como tem que operar em faixas de freqüência menores (<11Ghz),
para que a absorção atmosférica não destrua o sinal de eco. Um ACLOS
pode operar em freqüências maiores (tipicamente 34Ghz) onde a
precisão é melhor.


O resultado é a acuidade, um Sea Wolf em conduções controladas já
interceptou uma granada lançada por um canhão de 144mm, um Aspíde não teria acuidade e tempo de resposta para este tipo de aplicação.


Estas características de baixo peso (implica no tempo de reação e
capacidade de armazenagem a bordo), assim como melhor desempenho
contra baixo RCS (implica em melhor performance contra mísseis
antinavio), e melhor acuidade (implica em melhor capacidade contra
alvos em vôo rasante), tornam o ACLOS amplamente favorável em relação ao SARH em aplicações de defesa de ponto.

Não quero dizer com isto que mísseis SARH não são bons, a questão é a
região de operação, para faixas acima de 20Km o SARH é amplamente
mais indicado que o ACLOS.

Sem detalhar muito, a principal razão é a acuidade de direcionamento
terminal, que muda radicalmente a favor do SARH conforme a distancia
aumenta.

Um ACLOS basicamente é um sistema onde o radar de controle de tiro a
bordo do navio estabelece uma linha reta entre ele e o alvo e lança o
míssil, através de um transponder a bordo do míssil ele compara a
posição do míssil com a linha reta imaginaria radar - alvo, e manda
sinais para corrigir a posição do míssil de modo que ele sempre
esteja na linha reta radar – alvo e com isto entre em curso de
colisão.

A muito grosso modo isto é um ACLOS.

Conforme aumentamos a distancia radar-alvo qualquer erro angular
entre o radar e o centróide do alvo vai aumentando a distancia de
incerteza na qual o míssil pode passar do alvo, isto exige ogivas
enormes, novamente dentro da progressão logarítmica de peso existe um
ganho enorme de peso no míssil.

Veja um exemplo.

SA-02, direcionamento ACLOS, 50Km de alcance, 2300Kg de peso, 200Kg
de ogiva

Patriot PAC-1, direcionamento SARH, 60Km de alcance, 920Kg de peso,
90Kg de ogiva.

Em outras palavras, SARH de 50km de alcance pesa 40% de um ACLOS de mesmo alcance.

Resumo da opera.

Em pequenos alcances (<15km) o ACLOS é superior e peso x alcance e
acuidade


Em maiores alcance (>30Km) o SARH é superior em peso x alcance e
acuidade


Para um navio de combate em se tratando de defesa de ponto mísseis
ACLOS são significativamente superiores, portanto a escolha ao meu
ver recairia sobre um SAM como o BARAK, SEA WOLF, BAMSE, CROTALE.

Todos são muito equivalentes, porem o Sea Wolf já foi provado em
combate e possui um projeto totalmente otimizado para emprego naval,
neste caso ele estaria em ligeira vantagem ao meu ver.

Apenas dando uma pincelada rápida em sistema IIR que seriam a outra
classe de SAM de defesa de ponto.

SAM baseado em IR só vão existir em duas situações:
Aplicações Man Pad (Igla, Stinger, Mistral etc..)
Projetos derivados de AAM, (Chaparral, RAM, por exemplo)
IR em SAM tem uma grande série de desvantagens, todas elas atreladas
a irregularidade de condições de travamento do míssil no alvo em
função das condições ambientais, posição do sol, chuva, neblina,
temperatura do alvo etc.

Em sistemas portáteis como o Stinger IR é importante porque elimina
muito o peso final do conjunto míssil + lançador, que deve ficar em
até uns 17Kg para poder ser transportado pelo soldado a pé.
Fora aplicações como esta não se costuma usar IR em SAM, alem é claro
de sistemas adaptados como o Chaparral.

Mas porque então se usa SAM IR em alguns navios?

Basicamente são aplicações peculiares. Ou se usa sistemas IR a bordo
em pequenas embarcações de patrulha, mísseis leves e baratos como o
Simbad, ou se usa SAM IR em retrofit de meia vida de embarcações,
eles tem a vantagem de preço, já que não associam a eles radares
complexos e caros de controle de tiro que um ACLOS iria trazer. São
aplicações paliativas que visam baixos custos ou aumentar a demanda
de produção de células de AAM já existentes como AIM-9.


Caro Túlio, conheço todas essas questões, também estudei um pouco o assunto pois embora tenha servido na Artilharia de Campanha, o treinamento recebido no EB também abordava questões relativas a defesa aérea, ainda que básicas, entretanto a curiosisdade natural a cerca do assunto permitiu que conhecesse um pouco mais dessa especialidade (infelizmente não tive oportunidade de cursar a EsACosAAe), agora quero que entendas que de forma alguma considero o Spada 2000 o melhor sistema do mundo, minha primeira preferência por esse sistema deve-se mais ao fato do Aspide já estar em uso pela MB o que possibilitaria a tão almejada comunalidade dos sistemas de armas pelas nossas FFAA em uma área onde nos encontramos em transição, buscando criar uma cultura na utilização de sistemas de misseis (sobretudo no EB), possibilitando a partir dessa padronização o intercâmbio com as outras forças no caso a MB, por esse motivo no início do tópico afirmava também a preferência pelo Mistral, por estar em uso no CFN, já a FAB nesse quesito esta tão defasada quanto o EB pois possui apenas uma Bia com misseis IGLA, implantada recentemente em Canoas e portanto não deveria ser tomada como referência e sim seguir as definições do EB e da MB (isso na minha opinião). Claro que existem sistemas mais eficientes que o SPADA 2000 (embora seja daqueles que não confie nem um pouco nos sistemas de armas Russos, pois acho que somente eles são capazes de operar de forma satisfatória aquelas gerigonças - afinal de contas os caras escrevem em cirílico! e emitem sons guturais! :roll: - isso é uma brincadeira por favor não vá se ofender), entretanto considero que como um sistema intermediário estaria mais do que apropriado para o Brasil, até por que não imagino ele de forma isolada mas integrado num sistema, onde por exemplo dispusessemos em cada um dos GAAAe umas 3 Bia constituído por 1 Bia c/ Spada 2000 + 2 Bia c/ Mistral Atlas e Skyshield e Skyguard III atuando de forma integrada com os demais unidades do sistema (FAB na defesa de área com sistemas de misseis mais sofisticados além do Mistral para a defesa das Bases e a MB e CFN na defesa de pontos sensíveis no litoral) isso porovocaria uma revolução na nossa defesa anti-aérea. Além disso o que procurei demonstrar é que de fato o sistema SPADA 2000 ainda é muito válido, em inúmeros cenários, haja vista a recente escolha das FFAA do Paquistão, um país que produz sistemas anti-aéreos e esta inserido num contexto estratégico complexo convivendo com uma real possibilidade de conflito de alta intensidade, além é claro dos outros usuários desse sistema no âmbito da OTAN.
Essa é a minha opinião, não quer dizer que seja a melhor ou a única correta, é apenas mais uma opinião, que de forma alguma pretende ser unanimidade, até por que se postassemos aqui apenas unanimidades o forum perderia o sentido pois inviabilizaria qualquer tipo de discussão.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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#86 Mensagem por lobo_guara » Sex Jan 04, 2008 7:36 pm

Algumas lições tiradas no episódio:
1º O Fórum não tem mais moderador dá para mandar todo mundo passear pois aqui vale tudo, todo tipo de palavrão e destempero.
2º Não se deve brincar como ZeRo4, pois o seu conhecimento é incontestável, apesar da forma desrespeitosa como trata os demais foristas e pelo lingujar vulgar que utiliza, contestá-lo pode provocar reações intensas, afinal de contas o mundo orbita ao seu redor.
3º Nas discussões técnicas com os seres iluminados você deve sempre adotar uma postura humilde, caso contrário serás duramente castigado reduzido a pó e suas palavras a M.
4º Nem sempre as pessoas entendem o que quer dizer fim de papo!




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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#87 Mensagem por ZeRo4 » Sex Jan 04, 2008 8:21 pm

Caros moderadores, se fosse eu um membro "recente" já teria tomado uma advertência... se o cara acha que aqui é casa da mãe Joana, pq não o mandam passear??? Que frequente outro fórum então!

Algumas lições tiradas no episódio:

1º Existem algumas pessoas muito mal educadas no fórum.

2º Algumas pessoas deveriam saber o significado da frase: "Quem fala o que quer, escuta o que não quer!"

3º Quando as pessoas não conseguem apresentar argumentos para sustentar as suas palavras descambam para ironia ao invés de apresentar uma postura humilde e simplesmente perguntar sobre aquilo que desconhecem.

4º Normalmente também quando não se tem argumentos para "contra-atacar" de forma sadia gostam deste tipo de coisa... ou seja, responder apenas as ofensas ao invés de responder e expor seus pontos de vistas. Fazer o quê??? Quando falta o argumento nada mais pode ser dito, o pior é depois de receber uma "aula" a pessoa continuar de certa forma ignorante, e olha que é "professor" universitário! coitado desses alunos...

Abraços a todos os membros do DB que sabem debater de forma cordial, sem ofensas, ironias, que aceitam as suas limitações e que tem humildade suficiente para perguntar sobre algo que desconhecem.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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#88 Mensagem por Túlio » Sex Jan 04, 2008 9:58 pm

Senhores, senhores...

Que tale se a gente sossegasse de frescuragem e se limitasse a DEBATER? No meu entender e mais, pela minha experiência pessoal, o DB TEM MODERAÇÃO SIM e ela vai acabar achando esse tópico, pra quê gente buena e que entende das kôzaz que nem o 04 e o Guará vão ficar aí tomando advertência, tópico sendo bloqueado e todos estes transtornos, que afetam a TODOS os foristas? Vamos nas buenas, tigrada...

(((E não apercisas ficar cheio de dedos comigo, amigo Guará - quase te chamei de Guaraná...heheheheheheh - sou bem difícil de ofender, o texto é da Koslova, não meu, e mesmo que fosse e discordasses, eu te respeitaria de igual maneira, tens que ver o que eu agüento de anti-patriota que quase me leva à loucura e não começo flame-war (chego perto, reconheço) por isso, Fórum tem dessas kôzaz, nem tu nem o 04 tem de levar tão a ponta-de-faca, conselho de amigo, entendam...))) :wink:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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#89 Mensagem por Paisano » Sex Jan 04, 2008 10:40 pm

Pois a Moderação achou este tópico.

A Moderação informa chamado de atenção ao usuário Zero4 pela sua conduta neste tópico. A Moderação não irá tolerar ofensas pessoais no Fórum.

A Moderação informa chamado de atenção ao usuário lobo_guara por sua conduta neste tópico. Evite o tom irônico quando este puder transpassar para o plano pessoal.

Finalmente, caso a paz e tranquilidade não retornem a este tópico o mesmo será bloqueado.




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#90 Mensagem por Sideshow » Sex Jan 04, 2008 11:07 pm

O Calcanhar de Aquiles da MB sempre foi a falta de defesa de area para a frota.

As fragatas Niteroi estavam armadas com mísseis SeaCat com apenas 5,500 m de alcance e o NaeL Minas Gerais tinha os lançadores SIMBAD com mísseis Mistral. (Os mesmo que hoje estão no Nae São Paulo).

Durante os estudos para o ModFrag o Aspide foi escolhido no lugar de um sistema dedicado de maior acuidade como o Sea Wolf em função de poder com seus 15Km de alcance fornecer um defesa de aerea limitada.

Se a MB tivesse fragatas com mísseis SM-1 com certeza teriam escolhido outro míssil.

Imagem
Esquema mostrando uma Força-Tarefa (FT) típica da MB, nucleada no NAe São Paulo (A12), com uma cobertura composta por duas corvetas "Inhaúma" (V30), duas fragatas "Niterói" (F40) e duas "Greenhalgh" (T22). Os arcos coloridos, fora de escala, demostram a sobreposição do armamento antiaéreo dos navios: laranja, última defesa - canhões de 40mm; amarelo, defesa de ponto - mísseis Seawolf; azul - mísseis Aspide, defesa de área curta.




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