alcmartin escreveu:Prick, vá com calma...
No seu afã de cumprir sua missão

, está misturando...não há nada que foi dito, tanto no texto maluco do reporter, quanto pelo pessoal, que deponha contra o avião. A "confusão" é porque existe uma série de procedimentos e regulamentos que são adotados pela maioria dos países e que muitos podem não conhecer e não há pecado nenhum nisso.
Primeiro, 2 regras gerais, que valem para todos: em guerra e emergencia vale tudo, até dedo no olho...

Isso, no oficial, no regulamento, como o sapao falou, é a operação militar. Credencia oficialmente o piloto a tentar de tudo.
Mas, felizmente, 99,99% do tempo opera-se em tempo de paz. E para isso, há que se ter regras. Disciplina. Avião custa $ e muito. $ é contrato e garantia de assistencia pós venda. SE FOR OPERADA DENTRO DAQUILO QUE O FABRICANTE CERTIFICOU. Certificar, em linguagem aeronautica, é: o fabricante testou e a autoridade aeronautica homologou. Pode fazer que eu garanto. Mas, evidentemente, que este não pode prever todas as necessidades de todos clientes. Aí o usuário solicita e o fabricante pode testar na configuração desejada. Ou não. É negócio.
Exemplo claro que todos conhecem: nenhuma fábrica tem no manual as especificações para se operar no S. Dumont. Elas vem, testam e especificamente certificam seus equipamentos e a autoridade aeronautica homologa a operação pelos usuarios. Mesmo a FAB.
Na Europa e USA, é comum os aeroportos e Bases Aéreas terem várias pistas, em formato geral de *, ou pelo menos mais de uma, cruzadas . Porque assim voce sempre terá uma pista com o vento aproado, ou próximo. Aqui, falta de grana(no geral) impedem de fazerem assim e o comum é realizarem pesquisa topográfica e meteorológica no local, descobrindo o vento comum predominante e construindo a pista o mais proximo disso. Mesmo assim, não cobre tudo. Natal, p.ex., tem várias pistas, cruzadas e mesmo assim tem um dos ventos de través mais fortes do Brasil. E o rafale operou lá, sem problema.
Agora, a FAB quer algo diferente? Pede, a Dassault vai lá e certifica. Porque o que está no manual NÂO é o limite. É o TESTADO. Para que voce vai testar até quebrar e talvez até matar alguem? Tipo, preciso de pousar após missao abortada, full carga, e lugar X tem pista reduzida e que tem obstaculo no final, comprometendo arremetida. Não dá para o fabricante prever o uso em todas pistas do mundo.
É nessa seara que entra a segurança de vôo. Não é equipamento. É doutrina, filosofia, é conjunto de normas e procedimentos de operação que visam reduzir as ocorrencias. Tanto para civil quanto para militar. Abusou, negão, sem necessidade? Violação, diferente de erro, intencional? Babau carreira...isso é militar, civil...ninguem trabalha com indisciplinado.
É simples, estão complicando...
sds!
Eu diria, o problema é que o maluco do reporter não está interessado em informar, trazer os fatos para que os outros façam seu próprio julgamento.
Como você falou e o Sapão colocou, só certifica aeronave quem fabrica em quantidade, quer dizer domina a tecnologia aeronáutica. O resto lê o manual, e nem tem condições de fazer nada além disso, podemos até considerar uma vitória que alguns países consigam tirar um caça do solo.
Mas ainda assim, estamos longe de termos algumas capacidades, entre elas está produzir aeronaves aeronavais, capazes de operar em NAe´s. Por sinal, nos últimos tempos apenas o Rafale e o F-18 foram aeronaves desenvolvidas do tipo CTOL.
Quanto as aeronaves de alto desempenho, como as que citei, como B2 ou um Rafale M da vida, são testadas em habientes que nem temos disponíveis. Recentemente o CdG cruzou o polo norte, e um das coisas que foram testadas estavam os Rafale M, que ficaram no convoo.
Quer dizer em matéria de NAe CTOL hoje somente 02 países dominam essa tecnologia, os EUA e a França. O resto corre atrás dos erros do passado(Inglaterra) ou da novidade(China).
Então como podemos gerar requisitos para o Rafale por exemplo? Dá para a FAB pedir que os EUA melhorem a aerodinâmica do F-18E, pedir que ele seja supersônico abaixo dos 5.000 metros? Esses caças são pacores fechados, é certo que podemos ter algumas adaptações, alguns sistemas nossos etc... Mas não vamos querer que um caça já infinitamente melhor que um F-5, fique perfeito, o Rafale não é perfeito, como nem o F-22 é.
O F-5 é ainda um caça que usa para-quedas! Alguém já viu por aí um Rafale usando para-quedas de frenagem?
Quanto a escolher caças, eu já falei, não sou militar, não vejo a escolha como algo corporativo, caça para mim é para usar em guerra, em tempos de paz ele não serve para nada. Se vamos pensar assim, caímos na lógica de FHC, o Brasil não precisa de armas, porque não tem inimigos. Eu penso ao contrário, exatamente porque não temos inimigos, precisamos de armas, e que sejam a melhor possível, afinal, bucha de canhão é fácil conseguir, mas gerar uma elite é coisa de anos. É isso que precisamos ter uma elite de primeira, capaz de treinar gente quando for necessário, e ter material que seja bom para a guerra, se nunca mais teremos uma guerra, então, só precisamos de KC-390.
O bom seria que pudêssemos desenvolver e fabricar aqui um caça com os nossos requisitos, que tivesse uma versão naval. Porém, nada disso é uma realidade.
Assim, eu espero de um caça melhor perfomance, como quero de um 737 a melhor segurança possível. A certificação surgiu, exatamente, por conta de projetos com falhas estruturais graves, quer por erro construtivo, quer por erro de projeto. Foi assim com o Comet e o Electra.
Porém, o que vimos em muitos casos foi o acobertamento de erros graves de projeto ou construtivos pelos órgãos certificadores e reguladores das agências governamentais, como a porta de carga do DC-10.
Enfim, uns projetam e constroem seus caças, o resto se contenta em operar eles, nada mais que isso. Nós ainda estamos no segundo caso.
[]´s