Fórum Defesa Brasil

Os amigos que tenho e que fizeram curso de montanha no exterior, sempre o faziam no verão daquelas regiões, porque o curso de inverno deles não tem aplicação aqui no Brasil. Os cursos começaram em 1976 para o pessoal do 10º; 11º e 12º BI. Foram mandados militares para cursos europeus na França, na Espanha, na Alemanha, na Suíça e na Itália. Na américa, houve gente frequentando cursos na Argentina, no Chile, no Canadá e no Alasca (EUA). Atualmente ando meio por fora desse curso. Sei que em São João Del-Rei os cursos continuam, agora quanto às atualizações com cursos no exterior, me parece meio estagnado, mas vou verificar.

PORTARIA Nº 164-EME, DE 15 DE AGOSTO DE 2013.

Aprova a diretriz para as atividades de planejamento para a hipótese de integrar missões de paz sob a égide das Nações Unidas no Oriente Médio com um Batalhão de Infantaria de Força de Paz.

[....]
5. PREMISSAS
a. A participação do EB na região dependerá de decisão do Governo Brasileiro, em atendimento a consultas oficiais emanadas da ONU e materializadas por determinação do Ministério da Defesa (MD), após terem sido garantidas as condições legais e orçamentárias para tanto.
b. Para o emprego de uma OM F Paz no Oriente Médio, os seguintes aspectos deverão ser
considerados:
1) desdobramento de um BI F Paz na UNIFIL, organizado de forma conjunta ou singular;
2) atendimento do constante no FR/UNIFIL, com as seguintes ressalvas:
a) efetivo da ordem de 650 militares;
b) material disponível no EB inicialmente, devendo a estrutura do Btl ser incrementada
gradativamente; e
c) utilização de equipamento individual e coletivo de proteção adequado ao ambiente operacional
de atuação;
3) desdobramento do BI F Paz a partir de 2014.
c. No caso da ativação do BI F Paz, subsequente às ações previstas nesta Diretriz, os diversos órgãos
da Força Terrestre envolvidos nas fases destinadas ao desdobramento dessa tropa na missão (seleção,
preparo, emprego e desmobilização) seguirão as atribuições reguladas na Portaria nº 182-EME, de 23 de
dezembro de 2009.

Se esse BI F Paz for implantado e enviado ao Oriente Médio, será que nossa tropa irá com nossa camuflagem padrão? (bem inadequada para a região)

RobsonBCruz escreveu:PORTARIA Nº 164-EME, DE 15 DE AGOSTO DE 2013.

Aprova a diretriz para as atividades de planejamento para a hipótese de integrar missões de paz sob a égide das Nações Unidas no Oriente Médio com um Batalhão de Infantaria de Força de Paz.

[....]
5. PREMISSAS
a. A participação do EB na região dependerá de decisão do Governo Brasileiro, em atendimento a consultas oficiais emanadas da ONU e materializadas por determinação do Ministério da Defesa (MD), após terem sido garantidas as condições legais e orçamentárias para tanto.
b. Para o emprego de uma OM F Paz no Oriente Médio, os seguintes aspectos deverão ser
considerados:
1) desdobramento de um BI F Paz na UNIFIL, organizado de forma conjunta ou singular;
2) atendimento do constante no FR/UNIFIL, com as seguintes ressalvas:
a) efetivo da ordem de 650 militares;
b) material disponível no EB inicialmente, devendo a estrutura do Btl ser incrementada
gradativamente; e
c) utilização de equipamento individual e coletivo de proteção adequado ao ambiente operacional
de atuação;
3) desdobramento do BI F Paz a partir de 2014.
c. No caso da ativação do BI F Paz, subsequente às ações previstas nesta Diretriz, os diversos órgãos
da Força Terrestre envolvidos nas fases destinadas ao desdobramento dessa tropa na missão (seleção,
preparo, emprego e desmobilização) seguirão as atribuições reguladas na Portaria nº 182-EME, de 23 de
dezembro de 2009.

Em ninha opinião este batalhão deveria em principio ser constituído por Fuzileiros Navais, tropa de vocação expedicionária por excelência.

Sds


Lord Nauta

Ao passo que na minha opinião este batalhão deveria ser constituido por elementos de policia para militar (Policia Militar/Gendarmerie Nationale/Carabinieri/Carabineros/Guardia Civil).

A finalidade deste batalhão, e de outros na mesma função é de policiamento enão de combate.

Na minha opinião a ONU está levando este assunto de forma errada.

Bacchi

Também acho. Se for mesmo no Líbano, manda o BOPE-RJ e fecha a conta.

Lord Nauta escreveu:

RobsonBCruz escreveu:PORTARIA Nº 164-EME, DE 15 DE AGOSTO DE 2013.

Aprova a diretriz para as atividades de planejamento para a hipótese de integrar missões de paz sob a égide das Nações Unidas no Oriente Médio com um Batalhão de Infantaria de Força de Paz.

[....]
5. PREMISSAS
a. A participação do EB na região dependerá de decisão do Governo Brasileiro, em atendimento a consultas oficiais emanadas da ONU e materializadas por determinação do Ministério da Defesa (MD), após terem sido garantidas as condições legais e orçamentárias para tanto.
b. Para o emprego de uma OM F Paz no Oriente Médio, os seguintes aspectos deverão ser
considerados:
1) desdobramento de um BI F Paz na UNIFIL, organizado de forma conjunta ou singular;
2) atendimento do constante no FR/UNIFIL, com as seguintes ressalvas:
a) efetivo da ordem de 650 militares;
b) material disponível no EB inicialmente, devendo a estrutura do Btl ser incrementada
gradativamente; e
c) utilização de equipamento individual e coletivo de proteção adequado ao ambiente operacional
de atuação;
3) desdobramento do BI F Paz a partir de 2014.
c. No caso da ativação do BI F Paz, subsequente às ações previstas nesta Diretriz, os diversos órgãos
da Força Terrestre envolvidos nas fases destinadas ao desdobramento dessa tropa na missão (seleção,
preparo, emprego e desmobilização) seguirão as atribuições reguladas na Portaria nº 182-EME, de 23 de
dezembro de 2009.

Em ninha opinião este batalhão deveria em principio ser constituído por Fuzileiros Navais, tropa de vocação expedicionária por excelência.

Sds


Lord Nauta

É, a participação do CFN/BR na Guerra contra o Paraguay, na IIGM (integrando a F Expedicionária B), em São Domingos, na Faixa de Gaza...., foi excelente.

A tendência, em princípio, se a missão for mesmo a UNIFIL no Líbano, é que a MB envie tropa do CFN em nível Btl a fim de compor a mesma, já que até o presente momento - em 2014 pode ser que não mais - a MB é quem comanda a missão marítima da ONU naquele país. Então nada mais natural que a nossa participação naquele país se dê através do CFN, o que facilitaria em muito a rede de comando e logística.

O CFN atualmente dispõe através do 1o Btl de Inf de Fuz Nv - Riachuelo, de tropa neste nível preparada e adestrada para este tipo de missão. A diferença em relação ao quantitativo apresentado acima, é que este é uma OM relativamente maior do que um btl comum de infantaria do EB, posto que gira em torno de 900 homens.

E não querendo desmerecer o EB e nem nada, mas visto os requisitos apontados acima, e levando-se em conta o TO em questão, o CFN é a tropa brasileira profissional melhor adestrada, equipada e treinada de que dispomos, inclusive no quesito proteção individual dos militares, como citado.

Notar agora que esta diretiva do EME, a meu ver, justifica em termos o interesse da IVECO em trazer a produção do LMV para a sua fábrica de MG, e o interesse do EB no mesmo. A nossa participação em nos diversos cenários de missões da ONU que estão sendo considerados, em TO's mais quentes, como o da UNIFIL e a MONUSCO, por exemplo, além de uma provável convite para a MISMA no Mali, também, justificaria a indicação de compra deste bldo, e como mostrado no tópico sobre o VBR-LR outra diretiva para a aquisição deste modelo de veículo no curto prazo.

Ainda bem. Parece que as lições com as Land Rover "chapadas" no Haiti trouxeram ensinamentos válidos e muito importantes para nós, assim como, posso presumir, ao uso do AV-VB4 Guará na mesma missão.

Vamos aguardar como o governo irá se posicionar, sobre esta missão no Líbano. Eu aposto minhas fichas no CFN, posto que a missão já seria para o ano que vem, e neste aspecto a tropa naval já estar devidamente em estado de apronto operacional, e disponível para envio assim que ordenado.

Que pena não termos disponível já por agora um NPM e/ou NavApLog agora para facilitar a nossa vida e o o apoio logístico a esta tropa no Líbano, caso formos.

abs.

RobsonBCruz escreveu:Se esse BI F Paz for implantado e enviado ao Oriente Médio, será que nossa tropa irá com nossa camuflagem padrão? (bem inadequada para a região)

Na atual situação política da região duvido que o governo mande alguma força terrestre para lá. Um contingente da ONU, com armas leves para ação policial, iria fazer o que naquela confusão? Seria querer conter um incêndio numa refinaria jogando água com baldes. Se os americanos já estão pulando fora, imaginem nós querendo entrar. O congresso jamais apoiaria esta missão.





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O PAC da Defesa
23 de agosto de 2013, em Defesa, Noticiário Nacional, Orçamento, Política, Tecnologia, por Nicholle Murmel
O Presidente da Comissão de Relações Internacionais e Defesa Nacional da Câmara, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), está empenhado, junto com o Ministério da Defesa, em incluir pelo menos quatro projetos da área no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A luta para inclusão no PAC é um pouco como sair do inferno para o céu orçamentário sem escala no purgatório: uma vez incluídos entre as prioridades, os projetos ganham proteção contra cortes e contingenciamentos e inclusão automática nos orçamentos anuais. “O mais importante é a garantia de fluxo financeiro”, diz o deputado. O Ministério da Defesa foi uma das maiores vítimas dos cortes em 2013: dos R$ 18,7 bilhões previstos para este ano, 22,4% (R$ 4,1 bilhões) foram contingenciados.

O mais recente deles, realizado em julho, chegou a R$ 900 milhões. Outro muito afetado em julho foi o próprio Ministério da Fazenda: como principal patrocinador dos contingenciamentos, teve que dar o exemplo. Os projetos eleitos por Pellegrino são: a retomada do programa de lançadores de satélite em Alcântara, escanteado desde a explosão que atingiu parte da base, há 10 anos; o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (VANT); o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que tem a fiscalização das fronteiras da região amazônica entre seus alvos principais, e o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, destinado a fiscalizar o território marítimo brasileiro ao longo de toda acosta –com prioridade para as áreas de exploração do pré-sal. Os dois últimos projetos demandariam pelo menos R$ 20 bilhões nos próximos 10 anos.

FONTE: Brasil Econômico via Resenha do Exército
http://www.forte.jor.br/2013/08/23/o-pac-da-defesa/

Cupinchas, meus respeitos ao nobre Deputado! Não estou acostumado a ver gente do PT propondo coisa que preste para a área da Defesa, assim, estou agradavelmente surpreso e, não nego, algo desgostoso por ele não ser do meu Estado e, portanto, não poder votar no índio ano que vem...

EDIT - Repliquei a notícia com link e tudo em aberto no meu Face, que tem gente de toda parte...

Um projeto ligado a área espacial(pegou mal pra caramba ser espionados pelos imperialistas não?), e os demais, todos eles com consequências indiretas na área de segurança pública.

Com uma defesa assim, realmente nem precisamos de inimigos. Basta-nos a nós mesmos.

abs

RobsonBCruz escreveu:Se esse BI F Paz for implantado e enviado ao Oriente Médio, será que nossa tropa irá com nossa camuflagem padrão? (bem inadequada para a região)

Sim. No caso da UNIFIL é desnecessário outro tipo diferente da atual, já que a fronteira líbano-israelense é uma área de vegetação não-desértica, oscilando entre montanhas e planalto, com vales e algumas poucas áreas de planícies. E tudo em verde e variações.

Mesmo os militares brasileiros a serviço da ONU - independente da força de origem - em regiões de deserto não possuem ou dispõe de outra camuflagem que não a padrão atual. E mesmo que a solicitassem não haveria como dispor das mesmas já que não existe na logística material como esse e sequer estudos para a adoção deste tipo de fardamento para as ffaa's.

delmar escreveu:Na atual situação política da região duvido que o governo mande alguma força terrestre para lá. Um contingente da ONU, com armas leves para ação policial, iria fazer o que naquela confusão? Seria querer conter um incêndio numa refinaria jogando água com baldes. Se os americanos já estão pulando fora, imaginem nós querendo entrar. O congresso jamais apoiaria esta missão.

delmar, já existem tropas da ONU na missão UNIFIL a pelo menos uns 25 anos. E estão lá até hoje. A fronteira entre Israel e Líbano tem sido uma região com uma relativa estabilidade nos últimos anos, e os acontecimentos do entorno ainda não afetaram de forma arbitrária segurança desta. É uma área perigosa, instável? Sim. Mas ainda não o suficiente que se possa dizer que o envio de tropas brasileiras para lá seria menos problemático e perigoso quando do envio de soldados para o Haiti em 2004.

Como comentei no post anterior, tendo os militares consciência e conhecimento de causa da região, é provável que a avaliação do governo leve muito em conta as avaliações de risco que o MD com certeza disporá a ele num processo decisório para esta questão. Tanto assim, que no doc acima citado, fala-se claramente em um maior nível de proteção individual e coletiva para as tropas deslocadas para lá, e no posterior reequipamento, para melhor, da OM lá baseada. Ou seja, exemplificando, podemos começar de Urutus, FAL e AT-4, e podemos terminar com Guarani, IA-2 e MSS 1.2.

ps: o Líbano não é mais perigoso do que a RDC ou mesmo o Mali, Libéria, Serra Leoa, Guiné e outros "paraísos" em que a ONU tem soldados, e para os quais nós também já fomos 'convidados'.

abs.

FCarvalho escreveu:A tendência, em princípio, se a missão for mesmo a UNIFIL no Líbano, é que a MB envie tropa do CFN em nível Btl a fim de compor a mesma, já que até o presente momento - em 2014 pode ser que não mais - a MB é quem comanda a missão marítima da ONU naquele país. Então nada mais natural que a nossa participação naquele país se dê através do CFN, o que facilitaria em muito a rede de comando e logística.

O CFN atualmente dispõe através do 1o Btl de Inf de Fuz Nv - Riachuelo, de tropa neste nível preparada e adestrada para este tipo de missão. A diferença em relação ao quantitativo apresentado acima, é que este é uma OM relativamente maior do que um btl comum de infantaria do EB, posto que gira em torno de 900 homens.

E não querendo desmerecer o EB e nem nada, mas visto os requisitos apontados acima, e levando-se em conta o TO em questão, o CFN é a tropa brasileira profissional melhor adestrada, equipada e treinada de que dispomos, inclusive no quesito proteção individual dos militares, como citado.

Notar agora que esta diretiva do EME, a meu ver, justifica em termos o interesse da IVECO em trazer a produção do LMV para a sua fábrica de MG, e o interesse do EB no mesmo. A nossa participação em nos diversos cenários de missões da ONU que estão sendo considerados, em TO's mais quentes, como o da UNIFIL e a MONUSCO, por exemplo, além de uma provável convite para a MISMA no Mali, também, justificaria a indicação de compra deste bldo, e como mostrado no tópico sobre o VBR-LR outra diretiva para a aquisição deste modelo de veículo no curto prazo.

Ainda bem. Parece que as lições com as Land Rover "chapadas" no Haiti trouxeram ensinamentos válidos e muito importantes para nós, assim como, posso presumir, ao uso do AV-VB4 Guará na mesma missão.

Vamos aguardar como o governo irá se posicionar, sobre esta missão no Líbano. Eu aposto minhas fichas no CFN, posto que a missão já seria para o ano que vem, e neste aspecto a tropa naval já estar devidamente em estado de apronto operacional, e disponível para envio assim que ordenado.

Que pena não termos disponível já por agora um NPM e/ou NavApLog agora para facilitar a nossa vida e o o apoio logístico a esta tropa no Líbano, caso formos.

abs.

Tempo que não posto, mas a priori... vão ser do CML e CMP. Até porque o EB esta algum tempo presente na Africa Ocidental e Norte

delmar escreveu:

RobsonBCruz escreveu:Se esse BI F Paz for implantado e enviado ao Oriente Médio, será que nossa tropa irá com nossa camuflagem padrão? (bem inadequada para a região)

Na atual situação política da região duvido que o governo mande alguma força terrestre para lá. Um contingente da ONU, com armas leves para ação policial, iria fazer o que naquela confusão? Seria querer conter um incêndio numa refinaria jogando água com baldes. Se os americanos já estão pulando fora, imaginem nós querendo entrar. O congresso jamais apoiaria esta missão.

Mandar não duvido. Porém, realmente, é real de combate para soldados. Dependendo do que acontecer na Síria vai esquentar ainda mais. Uma guerra aberta contra guerrilha não tão longe da realidade previsível.