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Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Qua Abr 28, 2010 11:52 am
por Bender
Guerra escreveu:
Bender escreveu: Nelson Jobim: "Com Dilma ou Serra, a defesa não muda"
O que significa "defesa não muda"?

Um dos problemas mais graves do EB hoje, na minha opinião, é a evasão.

Eu sempre fui um critica da politica de pessoal do EB. Sempre critiquei as promoções de praças. Nessa semana o EB anunciou as novas regras para promoção que para mim, sinceramente, eu não esperava que iam fazer.
Finalmente vão começar a colocar ordem na casa. Minah promoção esta garantida para esse ano. Sendo que eu não tinha mais esperança de ser promovido agora.
Eu vejo isso como uma tentativa de estancar a arteria da evasão.

A pergunta é: "defesa não muda" chega a esse ponto. Porque na epoca do PSDB foi record de evasão. A Dilma (segundo dizem) tomou umas decisões que prejudicou essa area de pessoal.
Na época do PSDB foi record de desleixo com as FAs.

Guerra,entendi e analisei que o título da matéria colocado pelo pasquim,tem à ver mais com o sentido abrangente das intenções da política de modernização e fortalecimento das Fas que estão sendo iniciadas neste governo,pois se; se referisse a detalhes do dia a dia das forças e o sentido fosse que estes detalhes não mudariam então estavam todos f@did@s para sempre.

Eu não circulo no meio militar,apesar de vez ou outra ouvir barbaridades a respeito dos "racionamentos" dentro das unidades,são coisas assustadoras,eu trabalho perto de Quitaúna,se são verdadeiras? Bem pelo que leio por aqui muito se confirma que sim.

Diante do pouco que recebo de informações as condições específicas do dia a dia nos quarteis tem que mudar urgentemente e faz tempo,se não vão ter que fechar as portas e também parar de recrutar definitivamente,mais uma vez lamentável.

Como disse no texto,acho que foi uma sinalização de caráter político em direção aos militares,agora acreditar que haverá continuidade da intenção da política atual com Serra e Psdb é uma questão de ter sangue frio e ser corajoso para caramba,na minha opinião,eu não acreditaria.

Abraços.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Seg Mai 31, 2010 12:34 pm
por Junker
EADS e Odebrecht juntam forças na área de defesa

SÃO PAULO - A EADS Defence & Security resolveu unir-se com a Odebrecht na área de defesa e tecnologia de segurança. Durante a cerimônia de assinatura do acerto, em Munique, as duas empresas comunicaram a intenção de formar uma joint venture com base em São Paulo, no Brasil.

"Nossa joint venture é prova de nosso compromisso com o Brasil. A EADS Defence & Security quer ir além de oferecer vendas de alta tecnologia para o Brasil por meio da criação de uma base industrial brasileira com o desenvolvimento de uma parceria de longo prazo, incluindo a transferência de tecnologia quando necessário", observou em nota disponível na página eletrônica da EADS.

No mesmo texto, o executivo-chefe da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, disse que o objetivo é fortalecer as operações da companhia em defesa e segurança pública.

Vale notar que a EADS Defence & Security é uma provedora de soluções de sistema para Forças Armadas e segurança civil no mundo.

Valor
Media release: EADS Defence & Security and ODEBRECHT Organization join forces in Brazil to forge a long term partnership
Monday, 31 May 2010 15:06


31 May 2010 – EADS Defence & Security (DS) and ODEBRECHT Organization join forces in the fields of defence and security technology. During a signing ceremony in Munich, DS and ODEBRECHT announced the planned formation of a joint venture company based in São Paulo, Brazil.

Dr. Stefan Zoller, CEO EADS Defence & Security, stated: "We are a high tech company driving the development of integrated system solutions for armed forces and civil security worldwide. We are proud of joining forces with one of Brazil’s biggest reputable companies. Our joint venture is proof of our commitment to Brazil. EADS Defence & Security would like to move beyond just providing high technology sales to Brazil by creating a Brazilian Industrial base with the development of a long term partnership including the transfer of technology wherever necessary.”

Mr. Marcelo Odebrecht, CEO ODEBRECHT, stated: “This is an important moment for ODEBRECHT. Our objective is to strengthen our operations in the area of defence and public security, creating a partnership with one of the global leaders from this sector to better serve our clients in Brazil and abroad through an industrial platform established in Brazil with full capacity for the absorption and the development of state-of-the-art technologies”.

EADS Defence & Security is a systems solutions provider for armed forces and civil security worldwide. Its portfolio ranges from sensors and secure networks through missiles to aircraft and UAVs as well as global security, service and support solutions. In 2009, DS – with around 21,000 employees – achieved revenues of € 5.4 billion. EADS is a global leader in aerospace, defence and related services. In 2009, EADS generated revenues of € 42.8 billion and employed a workforce of about 119,000.

ODEBRECHT is a Brazilian multinational organization that has been operating for 66 years in the sectors of heavy construction, infrastructure, environmental engineering, real state development, energy, oil and gas, petrochemical and bio energy industries. It currently has over 90,000 employees, is present in 17 countries and recorded a turnover of approximately $ 40.6 billion in 2009.

· Joint Venture intends to address the defence and security market in Brazil and other countries where synergies can be identified between the 2 companies

· Joint Venture is committed to become reliable, competent and trusted partner to the Armed Forces, Governmental Organizations and other local industry

Contact:

Annette Füllenbach Tel.: +49 (0) 89 3179 4646
annette.fuellenbach@eads.com

Michele Izawa Tel.: +55 11 3643 2750
michele.izawa@cdn.com.br

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Ter Jun 01, 2010 8:23 am
por Edu Lopes
Relatório do Senado diz que projeto da Defesa dá superpoderes a Nelson Jobim

BRASÍLIA - Parecer da consultoria técnica do Senado faz uma série de restrições ao projeto do governo que reestrutura o Ministério da Defesa e conclui que a proposta dá poderes em excesso para Nelson Jobim (Defesa) ao dar autonomia ao ministro nas escolhas dos três comandantes das Forças - Marinha, Exército e Aeronáutica - e dos oficiais a serem promovidos generais. Para os consultores, a proposta gera a "hipertrofia das atribuições e competências do ministro da Defesa e a politização na escolha os oficiais generais"

Esse relatório, chamado de "solicitação de trabalho à consultoria legislativa", foi pedido pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), relator da matéria na Comissão de Relações Exteriores. Numa reunião tensa, há duas semanas, no gabinete do ministro, Jobim queixou-se a Heráclito e aos consultores da demora da tramitação. O projeto pode ser votado esta semana, mais de um mês após ser votado na Câmara.

Pela proposta do governo, Jobim e os ministros que o sucederem terão poderes de praticamente nomear os três comandantes. Hoje, eles são "nomeados" pelo presidente, "ouvido" o ministro. Pelo texto, os comandantes passam a ser "indicados" pelo ministro e nomeados pelo presidente. A análise dos consultores critica a concessão dessa prerrogativa ao ministro.

"Isso não só dá significativo poder ao ministro, como também acaba por transferir, de fato, o comando das forças àquele, em detrimento da autoridade do chefe do Estado. A escolha dos comandantes, livre ao presidente, passa a ser restrita devido à indicação feita pelo ministro da Defesa", diz o texto.

O projeto, de setembro de 2009, cria também o Estado Maior Conjunto das Forças Amadas, que substituirá o Estado Maior de Defesa, cargo que pode ser de oficial do último posto, da ativa ou da reserva, também "indicado" pelo ministro e "nomeado" pelo presidente. Esse artigo também foi alvo dos consultores: "Sem dúvida, tem-se aí um grande poder nas mãos do titular da pasta da Defesa". Para os consultores, o projeto tem o "perfil" de Jobim.

Se aprovado o texto, o ministro ainda terá o controle sobre a nomeação dos generais das três Forças. Hoje, os comandantes apresentam a lista de escolha para promoção aos postos de generais e "indicam" os oficiais para a nomeação. Pelo projeto, eles passarão apenas a "propor" a lista. A palavra final será do ministro, o que, para a consultoria do Senado, é a politização das Forças Armadas.

"O ministro avoca a competência de escolha dos nomes oficiais generais, com risco grave de politização dessa escolha".

Único deputado a votar contra o projeto na Câmara, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), afirma que, se o regime é presidencialista, a escolha dos generais deve ser de sua incumbência. Hauly criticou também a criação do chefe do Estado Maior Conjunto.

- É um retrocesso. É colocar um intermediário no diálogo do ministro civil, uma conquista, com os três comandantes militares - disse Hauly.

O Ministério da Defesa rebateu as críticas dos consultores e afirmou que suas posições são "repetidamente reproduzidas por setores absolutamente minoritários da sociedade que ainda se opõem à prevalência do poder civil, democraticamente eleito, sobre as instituições militares", informou o ministério. Na opinião do ministro, não existe ministério forte e nem ministro forte.

O ministério negou que ocorrerá a politização da pasta se o ministro vier a ter, de fato, poder de escolher os oficiais que merecem ser promovidos a generais.

- Pelo contrário, as mudanças dão continuidade ao processo de concentração dos militares nas suas atividades profissionais.


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/0 ... 739967.asp

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Jun 05, 2010 9:39 am
por Marino
'País pode crescer 10 vezes no mercado de defesa'

Frederico Aguiar, Presidente da Abimde. Empresas brasileiras têm hoje uma participação de apenas 0,1% do mercado mundial de defesa, que chega a US$ 1,5 trilhão

Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo

ENTREVISTA



O negócio de equipamentos militares sistemas, armas e serviços ganha mais fôlego no Brasil. Na mesma semana em que os grupos Odebrecht, do Brasil, e EADS Defence & Security, da Alemanha, anunciaram em Munique a criação de uma joint venture com sede em São Paulo, para atuar no setor, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou que "a participação intensa da base industrial é vital para a consolidação da Estratégia Nacional de Defesa". Frederico Aguiar, 39 anos, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Defesa, a Abimde, concorda e avalia que o pacote de grandes programas de reaparelhamento das Forças Armadas "pode alcançar qualquer coisa entre US$ 50 bilhões e US$ 100 bilhões em contratos" ao longo de 30 anos. É um programa e tanto, no qual Aguiar quer ver as empresas nacionais como protagonistas principais.

Para isso, ele considera necessária "uma atuação mais determinada do governo", por exemplo, no processo de participação por meio de compensações o "off set" financeiro exigido de fornecedores estrangeiros. "O ideal, em um futuro próximo, é que as empresas e indústrias de interesse estratégico para o País, em sintonia com a Estratégia Nacional de Defesa, sejam as principais contratadas pelo governo para a gestão e o desenvolvimento dos projetos de Defesa", afirma. Preparando a participação brasileira na seleta mostra especializada Eurosatory, em Paris, entre os dias 14 e 18, Frederico falou ao Estado:



Qual é o tamanho do mercado internacional de material de defesa

Em 2008, os gastos militares mundiais alcançaram a marca de US$ 1,5 trilhão, seguindo um aumento contínuo desde o final da década de 90, impulsionado por conflitos regionais, ameaça terrorista, a busca por acesso a recursos naturais e fontes de energia.



A indústria brasileira tem participação efetiva nesse mercado

O último censo realizado pela Abimde, também em 2008, mostrou que as 20 principais empresas da nossa Base Industrial de Defesa, a BID, exportaram R$ 2,7 bilhões, algo em torno de US$ 1,5 bilhão, ou seja, temos uma fatia no mercado internacional de cerca de 0,1%.



Essa participação pode crescer

Se as decisões tomadas pelo governo e expressas na Estratégia Nacional de Defesa forem totalmente implementadas até 2011, estimamos que possamos alcançar até 2020 a marca de 1% de participação no mercado mundial de defesa e segurança, ou seja, podemos crescer dez vezes. Insisto: os dispositivos são suficientes, sim, para alavancar a Base Industrial de Defesa - mas desde que sejam implementados imediatamente. Existem no País acima de 300 empresas classificadas no Ministério da Defesa e cerca de outras 700 que atuam indiretamente gerando, no total, 70 mil empregos diretos e indiretos.



A política nacional do setor é coerente

Considerando a pretensão do Brasil de ser um player mundial com posição de destaque no Conselho de Segurança da ONU, comparado aos demais países do Bric (Rússia, Índia e China), entendo que há disposição política para que haja um grande avanço no campo da indústria de defesa.



O Estado brasileiro sustenta o esforço da indústria de defesa

Para se ter uma indústria de defesa forte, em qualquer país, é imprescindível a atuação do Estado. Um enorme passo no Brasil foi dado com a criação da Estratégia Nacional de Defesa END, que é um documento de Estado de longo prazo; diretrizes e prioridades para a defesa, entre outros, a transferência de tecnologia e domínio completo de nossos sistemas de defesa. Na prática, isso significa a adequação fiscal e tributária, política de desenvolvimento tecnológico, estímulos à inovação tecnológica, legislação sobre salvaguardas e responsabilidades civis na guarda de informações sensíveis; orçamento impositivo aquele protegido de cortes ou do contingenciamento para programas de alto conteúdo tecnológico, com garantias de disponibilidade orçamentária.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Qua Jun 09, 2010 10:05 am
por Marino
Vigilância nas fronteiras ganha reforço
Na maior mudança desde a redemocratização, Forças Armadas saem do eixo Rio-São Paulo e se deslocam para os limites do país
Marcelo Cabral
mcabral@brasileconomico.com.br
As peças estão mudando de posição no tabuleiro militar do Brasil. O país está em meio a um processo de migração de seus efetivos, que, quando concluído, fará com que suas Forças Armadas deixem os entornos dos grandes centros populacionais e industriais do eixo Rio- São Paulo para se fixar nas fronteiras nacionais. As mudanças fazem parte da Estratégia Nacional de Defesa proposta no ano passado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e em seu conjunto representam a maior alteração estratégica já sofrida pelas forças desde a redemocratização do país, nos anos 1980.
Um dos objetivos da mudança é proteger o país de incursões de guerrilhas, como aquelas promovidas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e por traficantes dos países andinos.
-Temos a maior região de fronteiras do mundo depois da Rússia, com mais de 10 mil quilômetros. E ela de modo geral é aberta, cheia de espaços vazios, sem defesas, com exceção talvez do Rio Grande do Sul, diz o coronel reservista Geraldo Cavagnari Filho, pesquisador de assuntos militares da Unicamp.
A situação na Amazônia é considerada precária pelos militares: a descoberta de uma base das Farc no território brasileiro no mês passado e as constantes ações contra pistas de pouso ilegais indicam a necessidade de proteger melhor a fronteira Norte. A preocupação aumentou também na fronteira Oeste, com o aumento nas atividades dos rebeldes do Exército do Povo Paraguaio (EPP) no país vizinho. A nova postura também é -uma resposta indireta para as compras de armas como as feitas pela Venezuela, segundo Cavagnari.
Para Salvador Raza, professor brasileiro da National Defense University, nos EUA, a mudança acontece porque a antiga estratégia de proteger os grandes centros estava ligada a conceitos ultrapassados, da época da Segunda Guerra Mundial, como a defesa contra bombardeios aéreos e dos grandes centros de produção de equipamentos militares. Dentro do Exército, a mudança de postura se evidencia com a adoção, no ano passado, de uma nova estratégia chamada Braço Forte. Trata-se de um conjunto de dois planos, quatro programas, 129 ações e 824 projetos que resulta no reposicionamento de unidades e em planos de modernização de equipamento militar.
A Braço Forte é um projeto ambicioso: a longo prazo - 30 anos - a previsão do Exército é que, somando-se todos os programas, a estratégia precise de um investimento total de R$ 149 bilhões. O valor assusta mas, amortizado em 30 anos, gera uma demanda anual de investimento em torno de R$ 5 bilhões, menos de 10% do orçamento do Ministério da Defesa. O problema é que a maior parte desse orçamento acaba sendo contingenciado ou então empregado no pagamento de pessoal. A ideia da cúpula militar é que recursos vindos do pré-sal ajudem a fechar essa conta. -O Chile garantiu uma parcela de suas vendas de cobre para a Defesa e hoje tem uma das melhores Forças Armadas do continente. Não vejo por que não poderíamos fazer o mesmo com o petróleo, finaliza Cavagnari.
“Temos a maior região de fronteiras do mundo depois da Rússia, commais de 10 mil quilômetros. E ela de modo geral é aberta, cheia de espaços vazios, semdefesas, com exceção talvez do Rio Grande do Sul”
Geraldo Cavagnari, pesquisador militar da Unicamp

DE OLHO NOS VIZINHOS
Confira as principais medidas das Forças Armadas para fortalecer a vigilância nas fronteiras do Brasil
EXÉRCITO
- Deslocamento de unidades blindadas para a região Sul do país
- Introdução do novo tanque modelo Leopard 1A5
- Estabelecimento de 28 pelotões fronteiriços na região Norte
- Criação de uma nova Brigada de Infantaria de Selva na Amazônia

MARINHA
- Construção de uma base naval de grande porte e criação de uma esquadra na Região Norte
- Novas unidades de fuzileiros navais ao longo do Rio Amazonas
- Integração de um sistema de vigilância para defender o pré-sal e a faixa naval de até 350
milhas da costa
- Reequipamento através da compra de fragatas, navios de patrulha e submarinos
FORÇA AÉREA
- Realocação de um elemento de jatos F-5M para uma base aérea em Manaus
- Chegada dos caças de última geração para proteger o Planalto Central
- Mudança dos paraquedistas do Rio de Janeiro para Anápolis (GO), junto com os aviões de
transporte
- Entrada em operação dos helicópteros de ataque Mil Mi-35 em Porto Velho
R$ 149 BILHÕES
É a previsão de investimentos a longo prazo (30 anos) para a implementação da estratégia Braço
Forte do Exército

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Ter Jun 15, 2010 9:46 am
por Marino
EADS planeja atuar na área de defesa no país
Virgínia Silveira, para o Valor, de Berlim
A divisão de defesa e segurança do consórcio europeu EADS planeja explorar o potencial do
mercado de defesa brasileiro desenvolvendo equipamentos e soluções para os programas de
modernização das Forças Armadas brasileiras. A porta de entrada é a recente joint venture formada com
a Odebrecht no Brasil. A parceria, no entanto, segundo o presidente da EADS Defense Security (DS),
Stephan Zoller, não inclui os demais segmentos em que o grupo EADS atua no Brasil, como os projetos
envolvendo aeronaves e helicópteros e também sistemas para o programa espacial brasileiros.
A joint venture, de acordo com Zoller, vai atuar nas áreas de sistemas para vigilância costeira e
de fronteiras e também de guerra eletrônica. O executivo também vê grandes possibilidades de ampliar
seus negócios no mercado brasileiro com a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos jogos olímpicos
de 2016.
"Este é o momento estratégico em que muitos investimentos serão direcionados para obras e
melhorias de infraestrutura, especialmente na área de defesa", comenta o presidente da DS, durante a
realização da feira aeroespacial de Berlim (ILA), na semana passada. A joint venture prevê participação
de 50% para cada empresa.
A DS atua globalmente nos segmentos de segurança e defesa, incluindo o projeto do caça
europeu Eurofighter, radares, veículos aéreos não-tripulados e sistemas de guerra eletrônica. A empresa
possui participação 37,5% na MBDA, fabricante de sistemas de mísseis.
O fato de a Odebrecht ter sido escolhida pela Marinha brasileira para atuar no projeto do novo
submarino foi importante na decisão de formar a joint venture, pois a DS precisava de um parceiro com
experiência em grandes projetos e que conhecesse bem o Brasil. "A Odebrecht já tem uma boa
referência no mercado de defesa com esse projeto para a Marinha".
Zoller lembra que a DS também tem muita experiência no mercado de defesa e cita como
exemplo mais recente dessa atuação um grande contrato feito com a Arábia Saudita. Um outro ponto
que conta a favor da expertise da DS, segundo ele, é o fato de o governo brasileiro ter assinado um
acordo com o governo da Alemanha na área de segurança, principalmente para as forças policiais.
O enfraquecimento da indústria nacional de defesa, bastante afetada pelos cortes orçamentários
e a falta de apoio governamental na década de 90, também deixou uma lacuna no segmento e é para
preencher esse espaço que a DS está investindo no Brasil. "Nós sabemos que existe uma legislação no
país, embora ainda não muito clara, que procura privilegiar a indústria nacional e a DS tem o
conhecimento e a experiência para ajudar as empresas brasileiras a se desenvolverem", comentou.
O executivo preferiu não comentar o motivo pelo qual a DS não escolheu a Embraer para formar
a joint venture , já que seu argumento para a formação da parceria reforçava a escolha de uma empresa
com forte atuação no mercado de defesa. Zoller se limitou a dizer que a fabricante de aeronaves
brasileira é um player de peso no setor aeronáutico.
"A DS já trabalhou em cooperação com a Embraer em alguns projetos que geraram negócios
importantes para a nossa empresa. Trabalhar com a Embraer, por que não? ", disse. Os negócios da DS
com a Embraer citados pelo executivo, estão relacionados ao fornecimento de sistemas embarcados
para a plataforma do jato ERJ-145, que foi fornecida na versão militar de Alerta Aéreo Antecipado
(AE&W) para o México e a Grécia.
Desde 2006 a DS está presente no Brasil através da sua unidade de negócios Security Network,
que forneceu o sistema de radiocomunicação criptografada, baseado na tecnologia Tetrapol, para a
Polícia Federal, no âmbito do projeto Proamatec. O sistema também é fornecido para a MRS Logística
S.A, que provê serviços de voz e dados ao longo de 1,5 mil quilômetros de estradas de ferro controladas
pela empresa.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sex Jun 18, 2010 11:22 pm
por MAZ543
Segundo a revista ISTOÉ, edição n° 2118 na coluna Brasil Confidencial escrita por Octávio Costa, a Marinha do Brasil fechou um pacote de US$ 12,7 bilhões com a Itália, para a compra de 18 fragatas FREMM, 10 NaPaOc da classe Comandante e 01 LSV da classe Etna.

Afirma ainda que a primeira entrega estará limitada a 3 fragatas e 3 NaPaOc e que o acordo será assinado em julho, durante a visita de Silvio Berluscone ao Brasil.

Leia a nota em sua íntegra:

“Italianos ao mar

A Marinha brasileira avança em seu programa de reaparelhamento. Acaba de fechar com a Itália um pacote de US$ 12,7 bilhões para a compra de 18 fragatas multimissão ítalo-francesa FREMM e dez navios-patrulha da classe Comandante, com capacidade de transportar helicópteros EC 725.

Foi incluso no negócio um navio de apoio Etna, que servirá para ações como abastecimento e carregamento de munição. A primeira entrega estará limitada a três navios e três fragatas, com opção de entrega para mais cinco embarcações. O acordo será assinado em julho, na visita do premiê italiano, Silvio Berlusconi.”

http://www.naval.com.br/blog/page/2/

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Jun 19, 2010 4:04 pm
por Bender
O que o Brasil quer ser...

È interessante observar os desdobramentos desde o ano retrasado e passado,depois da divulgação da END e principalmente os reflexos sobre o já sobrenatural processo de compra de caças chamado atualmente de FX2.

Aparentemente incomoda a alguns de nossos colegas,quando se tenta enxergar essa compra sobre o prisma político/estratégico,ideológico ou de outro “nome” qualquer que não seja “escolha puramente técnica.

Na realidade não deveria incomodar ninguém,mesmo porque o que sempre fizeram as forças armadas brasileiras,foi justamente ter e manter em seus quadros pessoas de elevado gabarito para o estudo e criação de quadros e pensamentos sobre estas questões já a 50 anos,tendo sido sempre, portanto, uma preocupação e aspecto legítimo a ser levado em conta,quando se discute os caminhos e futuro do Brasil.

O que talvez cause incômodo e constrangimento hoje,é a percepção do fato de que com o advento da END,o monopólio do pensamento político/estratégico que pertencia até então as FAs,se viu cooptado pelas mãos do poder civil na figura mais relevante do MD,MRE e da presidência da república.

A apropriação deste tema por parte dos componentes civis da estrutura de governo,que é fato presente nas democracias ocidentais,não fazia parte ainda da estrutura de estado do Brasil,e é inegável que foi forjada tendo como objetivo a uniformização de posições das estruturas de estado do país,para fortalece-las perante o mundo, no que tange suas políticas de alianças e posicionamentos diplomáticos,quando se vislumbra em futuro próximo maior atuação do país no cenário internacional adivindo do próprio crescimento econômico da nação.

Ao mesmo tempo porém esta “mudança programática” em tratar do tema,trouxe a tona,as evidentes e normais diferenças individuais entre as 3 forças e seus "dogmas" ideológicos,e entre elas e o governo,sobre o tema,e justamente estas diferenças talvez sejam as maiores responsáveis pelo fato de mais uma vez nos vermos diante de dificuldades para a realização da já tantas vezes adiada compra dos caças para a Força Aérea.

A insistência do MD em divulgar que a END é a configuração de uma política de estado para defesa,e que portanto se veria imune a mudanças ideológicas provocadas por mudanças governamentais,talvez venha a se tornar um discurso vazio ou no mínimo duvidoso,já que para que a mesma assim se configurasse no que tange aos equipamentos a serem utilizados pelas FAs e sua respectiva origem,fosse necessário que o país já possuísse autonomia e capacidade tecnológica e industrial "hoje",para produzir e manter seus equipamentos neste momento atual,insisto:”no hoje”, o que sabemos é impossível.

A aquisição de tecnologia através das compras atuais,como solução para a aquisição de conhecimento e em conseqüência de autonomia futura,passa a ser portanto um exercício de escolhas de parcerias possíveis,e portanto ideológico,político e diplomático,que o torna distante da análise técnica pura e simples,e mesmo que legítimo em suas intenções, sujeito as indissiocrasias e ideologias do governo e do partido que se encontra atualmente no poder,portanto,segue eivado de desconfianças e contestado em sua credibilidade,já que não existe unanimidade ideológica a respeito da questão da escolha,dentro da FAB inclusive contestações de que o aspecto técnico deve prevalecer,independente da origem do fornecedor,e desprezando portanto os outros aspectos referentes as projeções estratégicas futuras para inserção do Brasil no mundo, feitas imaginadas pelo poder civil,conflitantes aparentemente com o pensamento de determinadas correntes militares .

Parece uma questão de difícil solução,tendo em vista que a escolha dos caças,e o fornecedor,passa a ser considerada por muitos dos envolvidos ou não,como uma questão de governo pura e simples e de seus interesses e não uma questão de Estado,e portanto vem sendo “tratada” como ilegítima e falha.

As correntes de pensamento dentro de nosso fórum,falam por si mesmas ideologicamente e com relação as parcerias possíveis ao país e seu futuro de alianças,na questão dos caças,não existe unanimidade,muito pelo contrário,o que para uns é ameaça ,para outros é o caminho natural e por ai vai,em taxações de toda ordem políticas e ideológicas.

Este é simplesmente o reflexo e retrato,do embate interno que vem se travando a mais de um ano entre as estruturas governamentais com relação a questão dos caças,e portanto vou continuar a insistir que tratá-se sim de IDEOLOGIA, de falta de uniformidade quando o assunto são alianças possíveis,quando o assunto é a afirmação do Brasil como potência futura.

O que me motivou a ser “prolixo” novamente aqui neste espaço,foi a insistência do colega LIMA ,em repetir “O que o Brasil quer ser quando crescer?”

Diria ao Lima definitivamente,que nem os maiores responsáveis em decidir esta questão chegaram a um consenso a respeito,e aparentemente não vai ser neste governo ainda,que vão chegar,a despeito dos esforços despendidos pelo Prof. Mangabeira,Min. Jobim e outros tantos estudiosos militares que participaram da elaboração da END.

Talvez o Brasil só queira ser Hexa.

Abraços.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Jun 19, 2010 7:18 pm
por DELTA22
Beleza de texto, amigo metálico!!! [100]

Andas sumido por estes lares, nobre forista. Espero que seja uma "parada estratégica", que é sempre salutar. Ver o "problema" de fora sempre nos mostra melhores respostas. Também ando fazendo isso para certos assuntos (na verdade para 'aquele' que ninguém aguenta mais... :roll: :mrgreen: ). Não suma!

[]'s!!!

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Sáb Jun 19, 2010 8:20 pm
por GustavoB
Novamente.. 8-]

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Dom Jun 20, 2010 1:45 am
por Carlos Lima
Bender... muito obrigado pela cita'cao amigo!!

Fantastico o seu texto!!

[100] [009]

O que o Brasil quer ser quando crescer?
Pergunte ao Bender :)

[]s
CB_Lima

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Dom Jun 20, 2010 11:13 am
por marcelo l.
Apesar de não fazer parte da END, achei que é uma idéia que deveria ser pensada na logística.

Former Pentagon personnel official: The warrior units are holding tanks for misfits

Here is a thoughtful and worried note from Noel Koch, who recently left his position at the Pentagon overseeing the "wounded warrior" program, about "warrior transition units," or WTUs, which he says that despite their publicity have become dumping grounds for soldiers who never should have been recruited-and most, he reveals, have never seen combat.

By Noel Koch
Best Defense guest columnist

Our men and women in uniform today represent the finest fighting force ever fielded. The only problem? There aren't enough of them.

The evidence has been multiplying and cascading down on the Pentagon since the beginning of the wars in Iraq and Afghanistan. It includes the assignment of military duties to extravagantly paid private contractors because there are not enough soldiers to perform these duties; the use of "stop-loss" orders to keep personnel past the end of their contracts, at which point their service is no longer "voluntary"; and, because "stop-loss" is not a sufficient expedient, the call up of National Guardsmen to deploy, at the age of 45 or 50, to Iraq or Afghanistan.

These desperate attempts at patching institutional shortfalls have human consequences: spouses are deployed multiple times as marriages falter and fail and children grow up with a parent they scarcely know; soldiers take their lives in record numbers, their deaths lamely assigned to "relationship problems"; and, most tellingly, recruiting NCOs commit suicide because they can't bear the brutal stress put on them to bring in more people when qualified people are unwilling to join the military. The Army says it is meeting its recruiting quotas, but many of those recruited are unfit for service.

The evidence for that can be found in the failure of our Warrior Transition Units. Over the past eleven months my colleagues and I spent countless weeks visiting these units and hundreds of hours talking to the men and women in them. The WTUs were created following the discovery of substandard conditions in temporary quarters at Walter Reed Army Medical Center. They were intended to assist with the healing of combat-wounded service personnel. Yet the majority of the people in these units today are not combat-wounded. To the contrary,most have never left the country.

To understand how this happens, recall the stressed-out recruiting sergeants. To meet their quotas people who are physically unfit; mentally unfit; emotionally unstable; or, who have criminal histories and disciplinary problems are recruited. Commanders refuse to deploy with these people. So, commonly, they are put in the Warrior Transition Units, which is why these are called "warehouses" and "dumping grounds."

Here's a snapshot: I am in a room with 35 soldiers. The one first in front of me is glassy-eyed, staring into the middle distance, and I have to raise my voice to get his attention.

Wilson, what are you doing here? "I'm schizophrenic, sir." How old are you? "Nineteen, sir." You haven't been downrange, have you, son? "No, sir."

Smith, why are you here? "I'm bi-polar, sir." How old are you? "Twenty, sir." Have you deployed? "No, sir." Same glassy-eyed look.

The next youngster is also twenty. He suffers from depression. He can't be deployed.

And so on. Some are physically unfit. Some exhibit mental health problems. Others are disciplinary cases. All dumped in the WTUs. Oddly enough, many tend to get quite comfortable in these units and are adept at finding ways to remain in them for months reaching into years, as they dream up new complaints. Meanwhile, the limited numbers of personnel who actually are combat-wounded feel stigmatized by being lumped together with people they consider malingerers; they don't want to be in the WTUs, but would rather be sent back to their regular units to heal. So, in the end, the entire purpose of the WTUs is defeated.

About the glassy-eyed look? Here's a snapshot from another WTU session. A visibly agitated soldier tells me, "A lot of times I run out of my meds when the dispensary is closed and I can't get a refill when I need it." I ask him what he is taking, and he tells me Percocet. I ask him how many he takes that he can't time his refills with the dispensary schedule. He says he has a jar of the stuff that he takes when he needs it. This turns out to be a common problem, and an uncontrollable one in the WTUs.

In Vietnam the enemy turned our war fighters into drug addicts. Today, their caregivers are doing it.

These, in aggregate, are the results of going to war with insufficient manpower. These are the evidences of the failure of the All Volunteer Force. There was a time when the draft bound our nation together. Many believe that any attempt to restore it today could risk tearing us apart. Still, more and more people, quietly, are coming to the conclusion that careful consideration has to be given to restoring the draft.

The alternative is to continue to rely on that less than one percent of the American population that currently defends the nation to produce our war fighters and the question that prompts is simple enough: Are we going to continue to send these few back to the battle again and again and again until their marriages collapse, and their children are resentful strangers to them, and they are either battle-crazed or suicidal or homicidal - the way we do now? And how long can we depend on that expedient?

How long can we afford to delude ourselves about the efficacy of the All Volunteer Force?

All the problems noted here were regularly recorded and reported to the appropriate officials in the Defense Department.

Noel Koch served as the Obama Administration's first Deputy Undersecretary of Defense heading the Office of Wounded Warrior Care and Transition Policy. He is a Vietnam Veteran, served as Special Assistant to two Presidents and as Principal Deputy Assistant Secretary of Defense for International Security Affairs and Director for Special Planning in the Reagan Administration.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Dom Jun 20, 2010 2:03 pm
por Bender
Mais um resumo singelo do FX2,agora sem IDEOLOGIA . 8-]

Antes que aconteça finalmente o desfecho do FX2,talvez já esteja na hora de tentar fazer uma análise,dos protagonistas e dos fatos,que envolveram o processo,não definitiva,mas uma prévia.

Quais acontecimentos e decisões levaram o processo, para escolha pelos caças franceses?

O programa de reaparelhamento emergencial das FAs,foi iniciado a partir da formulação da END,e no caso dos caças apresentava algumas possibilidades,já amplamente debatidas aqui,sendo que um dos pontos apresentados,seria a possibilidade de um subseqüente desenvolvimento de um caça de 5.a geração em parceria com o fornecedor da compra do FX2.

Essa possibilidade dava nítida vantagem competitiva aos russos no processo,dado que a exceção dos americanos e com seu F35,nenhum outro fornecedor cogitado tinha em andamento projetos que contemplassem essa possibilidade.

Ficava nítido quando das diversas declarações sobre a questão da escolha,que tanto o Min. Mangabeira quanto o Min. Jobim,tinham em mente dessa vez,não comprar equipamento de origem norte-americana,sendo que o Min. Mangabeira parecia nitidamente se inclinar em direção dos russos,e o Min. Jobim em direção aos franceses.

Quando da divulgação da short list,a eliminação precoce da proposta russa,alem da causar perplexidade,deixou no ar,qual seria também as inclinações da FAB no processo.

Todos os treis selecionados,eram de tecnologia ocidental sendo que dois de tecnologia norte-americana ou derivada dessa,o que se levava a imaginar que a FAB se inclinava em direção aos equipamentos norte-americanos.

Independente das reais razões que levaram o Prof. Mangabeira a se afastar do governo,sua inclinação em direção aos russos e conseqüentemente em direção ao 5.aG com alguma possibilidade de não ser totalmente uma compra de prateleira estava ali definitivamente sepultada.

É de se imaginar no entanto,que a FAB não produziu a short list a revelia do Min. Jobim e do Min. Mangabeira,mas é de se imaginar também que aparentemente o Min. Mangabeira foi voto vencido na decisão da mesma,e aparentemente mais uma vez não gostou.

Como já demonstrou em várias ocasiões publicamente,uma espécie de “integração” aos comtes militares,o Min. Jobim acomodou de forma “sutil” o desejo da FAB por equipamentos somente de tecnologia ocidental,com sua inclinação pela “independência” francesa dos EUA,contentando a FAB,e ao mesmo tempo deixando a opção de sua predileção no páreo.

Até ai talvez a FAB ainda acreditasse que teria novamente a independência absoluta de fazer a escolha e somente pegar o cheque assinado,o que viria aos poucos a se revelar um engano,capaz inclusive de provocar inúmeras reações indignadas não só em blogs ou fóruns mas também na mídia usual.
As dificuldades decorrentes a partir daí,foram ditadas pela realidade percebida pela FAB,de que o caminho “político” da compra já estava determinado,cabendo a ela somente,dar seu aval a vontade governamental,mas haveria ainda a tentativa de reverter esse quadro,por diversos caminhos,alguns inclusive nebulosos e de origem não comprovada.

Na minha visão,quanto as tecnologias desejadas com a compra e diante de várias declarações públicas,a proposta norte-americana seria aceita pela FAB até com 50% de negativas,a francesa só com 100%, de positivas,e a russa como ficou comprovado com sua desclassificação nem com 200% de positivas,pois era indesejada desde sempre,tanto pela FAB quanto pelo Min. Nelson Jobim,que provocaram em comunhão sua desclassificação.

E a partir das promessas setembrinas do Pres. Sarkosy,se iniciou a luta para que se obtivesse os 100% do prometido pelos presidente francês,por parte do Min. Da defesa e GF,pois a efetiva concretização das promessas seria por conseguinte o “convencimento” definitivo da FAB e até por que não dizer,de uma parte renitente da mídia e outros lobistas.

Faltava somente convencer a Dassault a cumprir as promessas,e pela demora da decisão final,parece que a tarefa não é das mais fáceis.

Independente do contrato ser ou não assinado neste o governo se a escolha já feita pelo Rafale realmente se concretizar,se corre contra o tempo eleitoral,para a “proposta”,”intenção de compra”,”escolha”,” compromisso”,ou seja lá o nome que o anuncio e concretização tenha,para que a mesma tenha em seu escopo um detalhamento do acordado muito específico e rico,e já tente desde já amarrar o contrato a esses compromissos prévios.

Esta idéia é tratada como fundamental e necessária,talvez não confiem o suficiente nos franceses,afinal,não só negócios com americanos tem antecedentes,o tempo urge,e veremos se realmente o presidente não colocará na balança da decisão final as eleições que se aproximam.


Abraços,Delta veio,Gustavo e Lima.

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Dom Jun 20, 2010 10:52 pm
por Carlos Mathias
Bender, como sempre, irretocável. :)
Acho que já foi, caro homem de lata. :wink:

Re: Estratégia Nacional de Defesa

Enviado: Seg Jun 21, 2010 12:11 am
por suntsé
Carlos Mathias escreveu:Bender, como sempre, irretocável. :)
Acho que já foi, caro homem de lata. :wink:
Sabe, eu sou desenvolvedor. Um BITOLADO EM INFORMATICA.

E muitas veses eu pensei em me afastar do forum por um tempo para me dedicar só ao meu trabalho porque desenvolvimento ocupa um tempo incrivel, mais eu não consigo fazer isso.

Foristas como Clermont, bender, Enlil e outros foristas (que são muitos, e não da para colocar o nome de todos aqui) me deixam viciado neste forum. Graças oas belos textos que estes publicam diariamente.

Eu não confio em outro forum em questões de defesa e politica.