Vinicius Pimenta escreveu:Vitor escreveu:A única solução efetiva a longo prazo é legalizar as substâncias proibidias. Como surgiu os mafiosos de bebida alcoólica nos EUA? Com a proibição destas. Como eles desapareceram? Com o fim da proibição.
Se existe demanda por algo, é muita pretensão do estado achar que vai fazer uma engenharia social para que se acabe essa demanada. Estou para ver algum especialista da área de segurança que não considere a "War on Drugs" um fracasso retumbante pelo mundo todo.
O problema não está necessariamente no tráfico. O problema está no nível de poder que este tráfico atingiu em determinadas cidades, no caso aqui no Rio de Janeiro. É este nível de poder que está sendo combatido.
Óbvio que não sou nem tenho a pretenção de ser um especialista na área de segurança, mas eu ainda tenho minhas dúvidas em relação a essa lógica do "não pode vencer, libera". Não acredito que isto acabe com o tráfico. Até porque, mesmo com o "libera geral", as drogas não serão vendidas na padaria da esquina. O usuário deverá ir até locais específicos. Tendo em vista a restrição cultural a essas substâncias, provavelmente boa parte irá preferir manter seu vício reservadamente, abrindo caminho para o comércio ilegal.
Um dos grades tráficos que temos hoje no país é de cigarros. O cigarro é uma substância permitida,mas há cartéis responsáveis pela produção e distribuição dessas mercadorias que entram no país via Paraguai principalmente. Então não sei se a solução é tão simples assim.
Exatamente, o problema não é o crime, em nenhuma de suas formas, o galho está no modo como o crime se manifesta no Rio, e em várias outras cidades. Legalizando ou não a droga, essas facções tem que ser destruídas, desarticuladas.
Elas tem uma similaridade com grupos guerrilheiros, mas de forma nenhuma são iguais, como o "especialista" lá em cima falou, quer dizer, elas conquistam território, fazem o papel de estado, e fazem isso através da força bruta.
Não adiantaria legalizar as drogas, porque as facções passariam a praticar outro tipo de crime. Para quem não se lembra, tivemos uma onda de sequestros durante anos no Rio.
O que se quer combates são as facções, assim como a máfia e outras organizações do tipo, quando usam armamento de guerra e passam a controlar território, confrontando o estado, aí se tornam intoleráveis.
Crime existe em toda parte. Porém, não podemos aceitar que ele determine os rumos da sociedade. Se lembram de Chicago nos anos 1920 e 1930?
É preciso deixar isso bem claro, não tem sentido em falar em fim da criminalidade, nem da corrupção da polícia. Afinal, no mundo inteiro existem problemas de corrupção policial. Isso requer outro tipo de enfrentamento.
Convenientemente, esses especialistas usam os mesmos métodos de parte de nossa mídia, aquilo que já descrito no Livro a Sociedade do Espetáculo, se colam no mesmo discurso, alguns fatos e verdades, com mentiras, para depois passar a conclusões sobre sofismas.
Se nos olharmos o discurso do Beltrame, ele é bem claro, nada de milagres ou soluções mágicas, por sinal, falou outro dia, as soluções para os erros de 40 anos não será dada em apenas alguns anos. Chegou a dizer, um horizonte de 20 anos já seria muito bom.
Mas tem gente que gosta de ignorar os fatos, de só perceber o discurso de quem faz o jogo político, que sempre existirá. Afinal, somos uma sociedade, quer dizer conjunto de seres humanos unidos pela política. Sem ou fora dela não existe solução.
A todo momento haverão os charlatães, os populistas, os demagogos, etc.. Porém, apesar disso, existe gente trabalhando sério, com todos os erros, afinal, só erra quem faz.
Então, veremos muito o discurso, é tudo igual, isso já foi feito, não tem solução, estão fazendo errado, porém, existe uma coisa que une todos esses discursos, vem de gente que nunca ajudou ou quando teve a chance nada fez, ou fez pior. Como já falei, quando o discurso e a palavra já não valem nada, a solução é ignorar eles, e se voltar para os atos, os fatos e comparar com o passado.
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