FCarvalho escreveu:Carlos Lima escreveu:O problema é que não dá para pensar em uma aeronave super dependente de REVOs.
O A-4 sempre foi a 'aeronave de treinamento' da MB com relação a doutrina de PAs.
Carlos, é impossível se pensar hoje em dia em operações aéreas militares sem um Revo por perto ou ao alcance. E será assim com os A-4/Gripen N e KC-2 da MB, como de fato já é/será em relação aos A-1/F-5 e os KC-130/KC-390/KC-767 da FAB.
Em termos de operação naval, nossa principal tarefa será a de defesa aérea da frota, e para isso, até o presente momento, o alcance/raio de ação apresentado pelo Gripen NG satisfaz todos os pré-requisitos da FAB. Com a MB não será diferente, caso a versão naval venha a ser desenvolvida.
Um future Sea Gripen seria uma aeronave 'prá valer', sendo assim não dá para usar a mesma lógica dos nossos velhos e cansados A-4... além do mais seria uma aeronave 'zero km'. Outro aspecto que também não dá nem para comparar com os A-4.
Pois é. Por isso que falo que colocar um Gripen no SP já vai ser uma coisa e tanto. E se conseguirmos fazer isso, e funcionar, então meu amigo, acho que vamos estar bem em matéria de caça naval.
Se o Gripen D tem o mesmo tamanho do C e se vão repetir a mesma lógica entre um Gripen E e um futuro Gripen F... teremos o mesmo problema com relação ao combustível. Vai levar menos combustível. O que não é algo que ninguém deseja para aeronaves embarcadas de um modo geral.
Sim, via de regra é isso. Mas temos que trabalhar com o que temos em mãos. E o que temos em mãos é um suposto Gripen N. Por enquanto. No mais, como disse acima, e até prova em contrário, ele terá alcance/raio de ação mais que suficiente para aquilo que se espera dele primariamente enquanto um caça de defesa da frota. Feito isso, e penso que ele fará, caso venha a existir, a questão de levar menos combustível poderá/será equilibrada com os KC-2 e substitutos.
Na minha opinião não adianta essa conversa de matar coelhos com uma cajadada... isso é fazer mal feito e pular a resposta para algumas perguntas importantes... principalmente para uma aeronave "Naval" que não pode se dar ao luxo de ter aeroportos por perto ou mesmo aeronaves reabastecedoras sempre disponíveis.
Bom, quem ai ter que dar respostas para estas questões meu amigo, é a FAB/MB e MD. Eles sabem do que precisamos, o que temos e o que viremos a dispor. Temos que tentar fazer o melhor com o que dá. E se não der, alguém cai ter que responder por isso. Também.
Com o A-4 no Sampa... tudo bem porque ele já foi comprado prazo de validade.
Um futuro "Gripen Naval", teria que no mínimo conviver um pouco com o Sampa e muito tempo com um futuro PAviões e por isso é mais crítico fazer correto.
Se é para que tenhamos um Gripen Naval, que ele seja monoplace e olhe lá (caso realmente o projeto seja mesmo viável e não nos custe uma fortuna por uma Aventura dessas).
Acertar de primeira em um projeto de avião de caça é algo bem raro na industria aeronáutica. Mas veja que temos um avião com um bom pedigree. E se isto nos servir de consolo, pode ser que a probabilidade de dar certo seja maior do que a de não dar. Vamos ter que fazer uma coisa neste país que não gostamos e não queremos em defesa: pagar para ver.
Eu entendo que é melhor fazer isso agora, e correr todos os riscos inerentes, e depois colher os aprendizados de nossos próprios erros, do que ficarmos naquela eterna coisa do "e vamos ver como está para ver como é que fica". Este tipo de postura já nos ferrou solenemente diversas vezes lá atrás na história. Acho que não precisamos repetir a dose.
Como diria o meu primeiro chefe: "é melhor pecar por excesso, do que por falta."
Se o Gripen E/F ficar um pouco acima do peso desejado, com uns quilinhos a mais, que seja.
[]s
CB_Lima
abs
Uma coisa é pensar no Gripen NG como a aeronave para a FAB que vai precisar de REVO aqui e ali.
Outra coisa é depender bastante de REVO porque estamos levando menos combustível e estamos no meio do mar. Não dá nem para comparar o Cenário da MB com o cenário da FAB sob esse ponto de vista Carvalho.
Eu sei... sim... projetos aeronáuticos sempre podem ser melhorados... não são necessariamente perfeitos... mas se levarmos em consideração esse tipo de ponto de vista como linha de argumento então deveríamos é estar investindo em um avião 100% nacional... afinal... podemos errar e depois acertar... e aprender com os nossos erros... e por aí vai.
Honestamente não acho esse tipo de pensamento correto até porque nesse caso em particular saí caro financeiramente $$$$ e operaicionalmente e como estamos no Brasil a MB terá que conviver por 30/40 com qualquer 'erro'.
Quantos aos Kilos à mais... pois é... se não tem solução... é isso aí... levaremos menos armamento, seremos menos manobráveis, teremos potencialmente um alcance menor, custaremos $$$$ ... mas tudo bem... contanto que essas coisas estejam claras para todo mundo e que tenhamos ciência do que estamos comprando.... concordo com você, que assim seja.
Só não somos obrigados a acreditar nesse papo brabo de plug and play, rcs reduzido, aeronave barata, e outras 'infos' que a propaganda adora colocar na nossa mídia.
Aeronave biplace naval vai ter perna mais curta... temos hoje um aumento de peso na aeronave 'terrestre' que vai refletir em uma versão naval (o que não é bom), desenvolver uma aeronave naval saí caro $$$$, não dá para depender sempre de revo e se está todo mundo feliz com isso... 'que assim seja'.
Enfim... se é para desenvolver um Gripen Naval que seja Monoposto na minha opinião.
[]s
CB_Lima