Programa de mísseis da MB

[Túlio]

Recordo de muitas menções, desenhos, diagramas e dados, mas nenhum tópico específico. Se quiseres, estejas à vontade para criar um.

[Carlos Lima]

Esse programa está cumprindo as suas metas (algo raro no Brasil) e aos poucos pode conferir a MB uma capacidade que se explorada (encomendas, pesquisa) pode gerar uma família de mísseis que podem até no futuro agregar o que o EB está fazendo com esse programa (ou vice-versa).

Todo mundo começou assim, e é uma evolução gigante quando comparado aos programas que pagamos de prateleira para alavancar a pesquisa alheia (e ainda nós ficamos a cargo das coleiras).

O que resta entender é o "roadmap"(plenajmento futuro) desse projeto.

Se incluirmos versões lançadas do ar, versões com motor melhorado, e em paralelo a isso melhorarmos os sensores, aprender com os disparos dos mísseis (porque só assim que se aprende mesmo) e identificar pontos em comum com o programa do EB, a coisa promete.

Se nada disso acontecer, será um novo "Piranha"

[]s
CB

[vplemes]

Não consigo enxergar como fazer comparações entre o programa do AV-MT e esse mal fadado MANSUP. Muito mais fácil e factível compara-lo aos programas Piranha, MSS 1.2 e MAR 1. O porque de achar isso? Simples, todos padecem do mesmo problema que no final das contas inviabilizaram os programas. Escala e falta de encomendas das FAs que lhes possibilitem ter viabilidade econômica. Todos chegaram na fase de industrialização, mas por falta de encomendas que viabilizassem financeiramente acabaram morrendo na praia. Não consigo ver a MB fazendo encomendas suficientes para viabilizar financeiramente este míssil. E por favor, não me venham com a cantilena de que é um projeto estratégico e por isso a parte financeira não interessa. Interessa sim! E muito. Não existe projeto que vá pra frente sem retaguarda financeira nem mesmo em países como China e Russia. Lá, pelo menos as FAs compram o suficiente para viabilizar financeiramente seus equipamentos. Quanto ao AV-MT? Esse é um caso diferente. Faz parte da evolução de uma família de equipamentos muito bem sucedida. O ASTROS. Quem possui o equipamento é cliente potencial, e muito provavelmente terá vendas externas que ajudarão a sustentar financeiramente o programa. Alguém acredita mesmo que a MB vá comprar algumas centenas de MANSUP? Eu não.

[Carlos Lima]

Mais ou menos, o MAN-1 na verdade nasceu da necessidade de atualizar os MM-38/40 da MB. Sendo assim existe um bom número de mísseis que a MB necessita. Além disse existe a possibilidade de atender outros usuários desses mísseis que não tem $$ para atualizar os seus Exocet para as versões mais caras.

A partir daí existe uma família com um bom potencial incluindo versões lançadas do Ar e com melhor motorização e ainda o pontecial aproveitamento de certos aspectos do AV-MT em futuras versões da 'família' MAN.

[]s
CB

[vplemes]

Não é bem assim. Quanto a atualização dos Exocet de gerações anteriores, a única coisa que poderíamos fazer seria o retrofit de seus motores foguetes. Sobre a questão da venda para países que não possam comprar as versões mais recentes e caras, quem garante que alguém compraria a nossa versão? O preço de uma arma é determinado, entre outros fatores, por sua escala. Um míssil com componentes que possuem escala praticamente zero, quanto ficaria? Dependendo do preço, será muito mais interessante pagar um pouco mais caro e comprar um míssil mais capaz. Fabricado por um fornecedor conhecido e com boa reputação de seu suporte técnico (pois é, não é só vender e pronto). Francamente, se a MB não garantir a compra de lotes (pois é, um só no resolve) sucessivos que garantam a viabilidade econômica desse projeto, ele vai se juntar no esquecimento aos seus irmãos: MAR-1, PIRANHA I e II, MSS 1.2 (esse não morreu oficialmente, mas já rezaram a missa de corpo presente).

[Carlos Lima]

Bom, quanto a saber o que o mercado quer em termos de mísseis, só o tempo dirá. Mas não deixa de ser uma "possibilidade".

Assim como a MB comprou lotes de mísseis de vários fornecedores no passado, obviamente que para garantir esse programa terá que comprar lotes no futuro. Até agora não há indicação que é outro "Piranha".

Para isso temos que aguardar. E como disse anteriormente, temos que entender o planejamento futuro para definitivamente ver se a MB está no caminho correto ou não. Sem isso qualquer aposta é válida, seja ela positiva ou não.

[]s
CB

[FCarvalho]

A MB tem uma demanda, se considerar toda a capacidade efetiva dos navios de que dispõe hoje, muito grande. O problema da MB nunca foi demanda, mas falta de capacidade de atendê-las.
Já postei aqui as necessidades reais apenas das 4 CCT que vem por aí. Se contabilizar os demais navios então...
Enfim, sem grana no orçamento para comprar os mísseis desenvolvidos na quantidade necessária em todas as versões que temos, e teremos, e utilizá-los ao longo do tempo - já que não são infinitos - fica impossível esperar que o MAN ou qualquer outro produto nacional chegue a bom termo.
Não é apenas a MB que tem que mudar. O pensamento do governo e sociedade tem que ir junto. Sem isso de nada adianta fazer qualquer coisa em termos de P&D por aqui.

abs

[Carlos Lima]

Bom... se o orçamento então é problema, é melhor beneficiar a industria nacional do que pagar a pesquisa estrangeira.

[]s
CB

[FCarvalho]

Concordo em genero, numero e grau.
Melhor um MAN na mão para lançar a vontade do que 8 importados que não podem ser usados por causa dos outros.

abs

[Marcelo Ponciano]

Saiu o vídeo com o lançamento do MANSUP postado hoje pela MB no youtube:



Meu coração está explodindo de orgulho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Edit:
Impressão minha ou ele tem um tubo próprio só para ele?? Não é exatamente o mesmo tubo do exocet, mas sim uma versão nacional do tubo equivalente ao exocet.

[alex]

Este míssil pode gerar um filhote: uma versão menor e lançada por helicópteros para substituir o Penguin e o Sea Skua.

[knigh7]

Esse programa está cumprindo as suas metas (algo raro no Brasil) e aos poucos pode conferir a MB uma capacidade que se explorada (encomendas, pesquisa) pode gerar uma família de mísseis que podem até no futuro agregar o que o EB está fazendo com esse programa (ou vice-versa).

Todo mundo começou assim, e é uma evolução gigante quando comparado aos programas que pagamos de prateleira para alavancar a pesquisa alheia (e ainda nós ficamos a cargo das coleiras).

Que isso...

O MANSUP apresentou defeito e errou o alvo.

Um míssil tão simples e tão ruim...

[Carlos Lima]

Esse programa está cumprindo as suas metas (algo raro no Brasil) e aos poucos pode conferir a MB uma capacidade que se explorada (encomendas, pesquisa) pode gerar uma família de mísseis que podem até no futuro agregar o que o EB está fazendo com esse programa (ou vice-versa).

Todo mundo começou assim, e é uma evolução gigante quando comparado aos programas que pagamos de prateleira para alavancar a pesquisa alheia (e ainda nós ficamos a cargo das coleiras).

Que isso...

O MANSUP apresentou defeito e errou o alvo.

Um míssil tão simples e tão ruim...

Eu tive que agradecer esse post, pois é excelente em termos de erros!!

Sendo assim vamos começar esclarecendo que o míssil disparado não tinha cabeça de guerra e o seu objetivo era realizar telemetria e sendo assim o seu lançamento e corrida até o fim foram um sucesso. Objetivo alcançado.

Além disso existe um outro ponto que é super (ou mais) importante para futuros testes e qualquer projeto desse tipo:

• Só erra quem dispara o míssil
  Só aprende quem dispara o míssil
  Só evolui quem dispara o míssil

Americanos, russos, chineses, israelenses, etc que o digam.

Quem confia em manual, papo de vendedor e simulador normalmente quando aprende é muito tarde.

A história ensina isso desde sempre.

[]s
CB

[vplemes]

E haja dinheiro enfiado no ralo para desenvolver um míssil que já nasce defasado. Até quem está começando a desenvolver seus próprios misseis agora (Taiwan por exemplo), fez algo melhor do que um exocet 1ª geração piorado. Se é pra gastar num míssil, vamos gastar em algo que realmente seja relevante. Já temos empresas que produzem micro turbinas, porque diabos fabricar um míssil com o mesmo motor foguete dos exocet 1ª geração? Já que íamos gastar, pelo menos que fosse em algo que tivesse algo mais de relevância. Um míssil anti navio com míseros 70 km de alcance nos dias de hoje é uma piada de péssimo mal gosto.

[knigh7]

Que isso...

O MANSUP apresentou defeito e errou o alvo.

Um míssil tão simples e tão ruim...

Eu tive que agradecer esse post, pois é excelente em termos de erros!!

Sendo assim vamos começar esclarecendo que o míssil disparado não tinha cabeça de guerra e o seu objetivo era realizar telemetria e sendo assim o seu lançamento e corrida até o fim foram um sucesso. Objetivo alcançado.

Além disso existe um outro ponto que é super (ou mais) importante para futuros testes e qualquer projeto desse tipo:

• Só erra quem dispara o míssil
  Só aprende quem dispara o míssil
  Só evolui quem dispara o míssil

Americanos, russos, chineses, israelenses, etc que o digam.

Quem confia em manual, papo de vendedor e simulador normalmente quando aprende é muito tarde.

A história ensina isso desde sempre.

[]s
CB

Vc está dizendo que o MAN por estar com cabeça de telemetria não teria um alvo?